quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Great Bands Great Songs - 45. Love It To Death

LOVE IT TO DEATH : Alice Cooper – Um dos maiores discos de toda história do Rock !


Love It to Death é o terceiro álbum de Alice Cooper , lançado em 1971. Foi o primeiro álbum de sucesso comercial da banda, e é considerado o disco onde a banda consolidou seu som Hard-Rock Agressivo.  A faixa mais conhecida é  “I’m Eighteen” que foi lançada como single para testar a viabilidade comercial da banda antes do álbum foi gravado. 


A banda foi formada em meados de 1960, e adotou o nome de Alice Cooper em 1968, tendo se tornado conhecido por seus extravagantes shows teatrais.  O Rock solto e psicodélico de seus primeiros discos não conseguiram encontrar uma audiência significativa.  A banda mudou-se para Detroit em 1970 e foi influenciado pela cena do Hard Rock Agressivo de lá.  O grupo recrutou um jovem, Bob Ezrin, como produtor e passou dois meses ensaiando dez a doze horas por dia, com Ezrin incentivando a banda a aperfeiçoar as suas composições.  Logo depois, o single "I’m Eighteen" alcançou o sucesso Top-Quarenta, atingindo um máximo no lugar de número 21. Isso convenceu a Warner Bros. que Alice Cooper tinha o potencial comercial para lançar um álbum.  Após o seu lançamento, em março de 1971, Love It to Death alcançou o número 35 na Billboard e desde então foi subindo até atingir o Disco de Platina .  O segundo single do álbum, "Caught in a Dream ", alcançou o número 94. 


A capa original do álbum mostrava Alice Cooper posando com seu polegar saliente para que ele parecia ser o pênis, a Warner Bros. Proibiu a capa, substituindo-a pela versãso conhecida.
The Love Of To Death Tour apresentou um elaborado show de Rock: durante "Ballad of Dwight Fry" Alice Cooper seria preso por dois elementos, que o tirariam de palco, voltando logo a seguir envolrto em uma camisa de força, eo show atingiria seu clímax com a execução simulada do Cooper em uma simulação de cadeira elétrica durante "Black Juju". Ezrin e Alice Cooper continuaram a trabalhar juntos por uma série de álbuns de sucesso até dissolução da banda em 1974. O álbum chegou a ser visto como uma influência fundamental sobre o Hard Rock , do Punk e Heavy Metal ; várias faixas tornaram-se clássicas de Alice Cooper ao vivo e são frequentemente tocadas por outras bandas.


Backgrounds
O vocalista Alice Cooper, nascido em Detroit com  nome de Vincent Furnier, co-formou os Earwigs em meados dos anos 1960, em Phoenix, Arizona, com o guitarrista Glen Buxton , guitarrista e tecladista Michael Bruce , o baixista Dennis Dunaway , eo baterista Neal Smith .  A banda lançou alguns singles em 1967 depois de mudar os nomes para The Spiders. Em 1968, a banda mudou de nome novamente para Alice Cooper, um nome posteriormente adotado por Vincent, esse nome, segundo consta, teria vindo de uma bruxa do Século 17, cujo nome eles conheceram numa sessão de Ouija. 


Em algum momento, Buxton apareceu pintado com círculos sob os olhos com cinzas de cigarro, e logo o resto da banda seguiu usando maquiagem preta com tons macabros e roupas extravagantes. A banda mudou-se para Los Angeles e tornou-se conhecida por seu Rock Pesado e suas encenações teatrais chocantes e provocantes no palco. Em um incidente que provocou manchetes espalhafatosas na mídia, onde durante uma performance no Toronto Rock and Roll Revival em 1969, Cooper jogou uma galinha viva para a platéia, a qual foi literalmente despedaçada pela plateia, gerando a idéia de que Alice gostava de beber sangue. Isso impulsionou o marketing da banda. 


Os dois primeiros álbuns do grupo, Pretties For You (1969) e Easy Action (1970) foram gravados prlo selo Frank Zappa Straight Records, e não conseguiu ter uma grande audiência.  A banda mudou-se, então, para Detroit onde se deparou no meio da cena de Rock onde predominavam bandas como o MC5, Iggy Pop com os Stooges , ea teatralidade de George Clinton 's Parlamento e Funkadelic .  A banda de Alice Cooper passou a incorporar essas influências, resultando em um som apertado, Hard-Rock dirigido com uma ultrajante teatralidade nos shows ao vivo.


Enquanto no Strawberry Fields Festival no Canadá em abril de 1970 o empresário da banda Shep Gordon contactou o produtor Jack Richardson , que produziu singles de sucesso para o Guess Who, para que ele produzisse a banda, o mesmo desinteressou-se e recomendou que a banda procurasse um garoto de 19 anos de idade para isso, seu nome; Bob Ezrin.

Bob Ezrin e Alice Cooper

Alice Cooper recorda-se de que, em seu primeiro encontro com Ezrin, o qualificou como sendo  um produtor júnior hippie judeu, o qual reagiu, assim que conheceu a banda, como se estivesse de frente a uma das coisas mais estranhas que já teria visto, como se tivesse acabado de abrir um pacote de surpresa e encontrasse uma caixa cheia de vermes.
Ezrin inicialmente recusou trabalhar com a bandas, mas mudou de opinião após vê-la ao vivo no Max Kansas City , em New York City em outubro seguinte ao encontro. Ezrin ficou impressionado com a participação do público com o desempenho da banda, e a devoção de fãs Cult que se vestiam iguais a Alice e cantavam todas as músicas junto com a banda.
Ezrin retornou a Toronto para convencer Richardson a assumir a banda, e Richardson não queria trabalhar diretamente com esse grupo, mas concordou com a condição de que Ezrin assumisse a liderança.


Gravação e Produção
A banda e Ezrin fizeram a pré-produção do álbum em Pontiac, Michigan , em novembro e dezembro de 1970, ea gravação foi feita no Centro de Gravação RCA Mid-americano em Chicago em dezembro.  Richardson foi o produtor executivo, e Richardson e Ezrin produziram o álbum pela Richardson Nimbus 9 Productions.  


Ezrin, por sua formação clássica e folclórica, tentou fazer com que a banda tivesse liberdade na criação do arranjo das músicas, porém que a executassem e melhorassem até a exaustão, tomando várias horas por dia de ensaios.  A banda resistiu no início, mas chegou a ver as coisas à maneira de Ezrin, e dez a doze horas por dia de ensaio resultou em um conjunto de canções de Hard Rock com um pouco do Psychedelic dos dois primeiros álbuns.  De acordo com Cooper: Ezrin, após montadas as músicas, acertou nota a nota, dando-lhes a coloração e a personalidade. Ezrin reorganizou a música “I1m Eighteen” a partir de um pedaço de uma jam de oito minutos chamado "I Wish I Was 18 Again" para um Hard Rock de três minutos.

Alice Cooper Band & Frank Zappa

Buxton e Bruce, ambos, utilizavam Guitarras Gibson SG e frequentemente dobravam as notas, tocando peças semelhantes com dferenças sutis em fraseado e tom. A parte do baixo de Dunaway é muitas vezes um movimento contra-melodia em vez de seguir a estratégia típica de Rock apenas servindo de base para  desenvolvimento da música. 
Zappa tinha vendido a Straight Records para a Warner Bros. , em 1970, por US $ 50.000. Em novembro daquele ano o grupo lançou um single de "I’m Eighteen" no lado A e com "Is It My Body" no lado B, e a Warner Bros. concordou que se vendesse bem o grupo poderia ir para a frente com um álbum.  A banda posou com fãs e fez centenas de chamadas para estações de rádio para pedir a música, e Gordon disse ter pago mais alguns um dólares por uma edição no rádio.  Logo que a canção soou pelas ondas de rádio por todo país, mesmo não sendo através de uma hgrande emissora por rádio AM, a música avabou chegando ao número 21 nas paradas. O sucesso do single convenceu a Warner a chamar Richardson para produzir o disco.


Uma curiosidade sobre uma música: Dwight Frye era um ator de filme de terror da vida real, apelidado de "o homem com o olhar de mil watt". 
Ezrin, classicamente treinado, tinha a intenção de desenvolver um som coeso para a banda, e sua seriedade foi uma fonte de humor para a banda. Numa altura em que a reputação dos Beatles faziam parecer além da crítica, a música “Second Coming” era intencional como um soco na faixa recentemente lançada “The Long and Winding Road” e na elaborada produção que Phil Spector deu a isso. A aclamação hiperbólica recebida atingiu a banda como se fosse a Segunda Vinda de um compositor mestre da ordem de um Beethoven, com as tentativas de Ezrin para trazer esses valores de produção para a música de Alice Cooper.  Quando da gravação de "I wanna get out of here”, seqüência de "Ballad of Dwight Fry”, Ezrin fez Alice Cooper deitar no chão cercado por uma gaiola feita por cadeiras de metal. "Black Juju" foi a única faixa gravada ao vivo no estúdio.

Lançamento e Recepção
"I’m Eighteen" foi o primeiro do top 40 nos EUA, um sucesso que levou a um contrato de gravação com a Warner Bros Records. Ele passou oito semanas nas paradas dos EUA, chegando ao número 21. No Canadá ele quebrou o top ten, atingindo o máximo no Sétimo Lugar.
Love It to Death foi lançado em 8 de março de 1971, na Inglaterra o disco saiu em  junho do mesmo ano. Love It To Death foi o primeiro álbum de uma banda no qual os membros receberam os créditos individuais no selo do disco, ao invés de creditar as músicas simplesmente para a banda. Embora originalmente o disco fora produzido pela Straight Records esta já tinha sido comprada pela Warner, por isso nós rótulos e créditos a gravação dicou para a aWarner Bros. O álbum alcançou o pico nas paradas de álbuns dos EUA no número 35, número 28 na Grã-Bretanha, e número 34 no Canadá. A RIAA conferiu ao disco o “Disco de Ouro” em 6 de novembro de 1972, e “Disco de Platina” em 30 de julho de 2001. 


Alice Cooper foi a primeira banda da Warner Music do Canada a vender mais de 100.000 cópias, sendo que em 1973 a banda foi premiada com o prêmio “Álbum de Platina”, além de “Killer”, “School’s Out” e “Billion Dollar Babies”. O álbum apareceu pela primeira vez em CD em outubro de 1990.
A capa original tem os membros de cabelos compridos e vestidos e maquiados, e Alice Cooper segurando uma capa em torno dele com o polegar saindo para dar a ilusão de um pênis exposto. Isto levou a Warner Bros a censurá-la-em dezembro, cobrindo-o com tiras brancas, e em seguida a foto sofreu retoques com tinta nas prensagens em 1972. Tanto a foto da frente do álbum como a de trás foram feitas por Roger Prigent, creditado como "Prigent", eo gatefold caracteriza uma foto de close-up por Dave Griffith dos olhos de Cooper fortemente maquiados com cílios parecidos como patas de aranha. 


"Caught in a Dream "foi lançada como um single com suporte de" Hallowed Be My Name" em 27 de abril de 1971, e atingiu o pico nos EUA até o número 94. O grupo promoveu o álbum com uma extensa turnê.  "Ballad of Dwight Frye" foi uma peça dramatizada no show ao vivo, com uma atriz vestida como uma enfermeira que arrasta Alice Cooper pelo palco, trazendo-o de volta envolto numa camisa de força a tempo da execução do segundo verso da música que fala: Sleepin' don't come very easy / In a strait white vest. No clímax da canção, Cooper iria libertar da camisa de força e atirá-la para o público. A Love It to Death Tour de 1971 contou com uma cadeira elétrica na qual se encenava a excução de Alice. Estas execuções eram para se tornar uma atração dos shows da banda, e acabaram se tornando cada vez mais extravagantes e sofisticadas. Os shows da Billion Dollar Babies Tour de 1973 ocorre a execução de Alice numa guilhotina. A The Love It To Death Tour arrecadou tanto dinheiro que a banda comprou uma mansão de quarenta e dois quarto de Ann-Margret em Greenwich, Connecticut, o qual acabou sendo sua residência para os  próximos anos.
O álbum recebeu críticas de várias espécias: a Billboard chamou o álbum de "artisticamente absurdo de um Rock da Terceira Geração" e do grupo "as primeiras estrelas do Rock do Futuro", John Mendelsohn deu ao álbum uma crítica favorável na revista Rolling Stone, onde escreveu: "representa um oásis modesto no deserto do triste distanciamento blue-jeaned servido em concerto pela maioria das bandas de Rock Americana. No entanto, referindo-se a "Black Juju", ele também afirmou que "a única chatice sobre este álbum é tão grande que poderia neutralizar todo o efeito insinuante das outras faixas. Robert Christgau classificou o disco assim; nunca teria imaginado esse tipo de teatro para chegar a isso, e faloiu sobre I’m Eighteen como arquétipo do único Hard Rock audível e apreciável neste ano fraco e flácido no Rock. 


A banda teve um enorme crescimento de popularidade ao longo dos próximos álbuns. Killers, seguido, em novembro de 1971, que alcançou o número 21 nas paradas dos EUA, e a banda finalmente superou essas paradas em 1973 com seu sexto álbum, Billion Dollar Babies.  Unreleased demos de Love It To Death têm circulado entre os fãs;  destaques incluem outtakes de "Ballad of Dwight Fry" com letras alternativas e as primeiras versões de "You Drive Me Nervous", que não têm uma versão oficial, até que ela apareceu no álbum Killers.

Conteúdo
A música dark, agressiva, com uma guitarra pesada e distorcidar, com um Rif Matador de guitarra em Mi menor, "I’m Eighteen" foi o primeiro hit da banda.  Os vocais soam roucos, com arpejos de guitarra no fundo, as letras falam da angústia existencial de ser no auge da idade adulta, contendo, em cada verso as palavras "no meio", "de vida" ou "de dúvida", caracterizando excepcionalmente a condição do adolescente que se prepara para, ao mesmo tempo, sair da juventude para adentyrar a vida adulta. O coro muda para uma série de batidas de Power Chord com base no acorde de Lá, e os vocais proclamando: "Eu tenho dezoito anos / E eu não sei o que eu quero ... Eu tenho que sair deste lugar / Eu vou correndo para o espaço sideral.  A canção termina, entrelaçando todos esses conceitos, quando ele diz: "Eu tenho dezoito anos e eu gosto disso".
“I’m Eighteen" é colocada entre duas músicas: "Long Way to Go" e "Caught in a Dream".  Ambas seguem fórmulas simples de Hard Rock, a presença e conversa entre riffs pesados com preenchimentos de vários liks e solos de guitarra. O álbum título deriva de letras encontradas em "Long Way to Go" e "Caught in a Dream", foi a do segundo single do álbum e apresenta irreverentes letras como "Eu preciso de tudo o que o mundo me deve / Eu digo para mim mesmo e eu concordo". O primeiro lado fecha com "Black Juju" composta pelo baixista Dunaway, uma faixa longa que segue a veia misteriosa do The Doors e do Pink Floyd ( lembra muito a música Interstellar Overdrive ). Curiosamente, a banda de Alice Cooper já havia aberto shows para essas duas bandas. Os teclados dessa música foram inspirados nos teclados da música Set The Controls To The Heart Of The Sun do Pink Floyd. 


"Is It My Body", abre o lado B do dsico. Os versos da música fazem as seguintes questões: "O que eu tenho / Que faz você querer me amar / É o meu corpo?" E declarar no refrão: "Você tem o tempo para descobrir / Quem sou eu realmente ? " "Hallowed Be My Name" segue com letras como "Gritos às mães / Xingamentos a Bíblia". "Second Coming" continua com letras com temas religiosos: "Não terás outros deuses diante de mim / Eu sou a luz / O diabo fica mais esperto o tempo todo" 
"The Ballad of Dwight Fry" é uma peça dramática sobre um homem insano em um asilo para doentes mentais.  Ela abre com a voz de uma garota perguntando se ela "Daddy" vai "sempre voltar para casa", contra um pano de fundo de piano com intenção infantil.  A música muda para um violão suave com Alice cantando presumivelmente na personalidade do pai da menina, sendo este canto oscilando em volume até quase um sussurro.  Sua voz aumenta de intensidade com o aumento da instabilidade do personagem, rompendo em gritos e em coro com a guitarra tocando uma Hard Metal: "Ver a minha mente apenas explodir / Desde que eu fui embora".  Após o segundo refrão há um clima mais suave, quebrado por um teclado pesado e assustador tocado por Buxton, e, quando os vocais reaparecer, eles repetem "Eu quero sair daqui", caindo numa primeira tentativa suplicante, culminando na quebra total da sanidade do personagem, retornando ao coro. O nome do personagem principal da canção é retirada de Dwight Frye, um ator de Hollywood apelidado de "o homem com o olhar de mil watt" e que retratou Renfield , o escravo lunatico do Vampiro principal do filme Dracula estrelado por Bela Lugosi em 1931.
O álbum fecha com um cover de "Sun Arise " do músico australiano Rolf Harris .  Essa canção pop otimista tinha sido feita para as aberturas dos shows para a banda durante todo ano de 1970, e representa um contraste dramático com a escuridão do resto do álbum.


Legado
Love It to Death é visto como um dos álbuns fundamentais de todo Heavy Metal, juntamente com as músicas do Black Sabbath , Led Zeppelin , Deep Purple , entre outros. 
A descrição dada pela revista britânica Melody Maker fala; "um álbum para o Punk e para sua multidão espinhenta ", isso alguns anos antes do Punk Rock se tornar um fenômeno. 
Grupos Punks, como os Ramones, encontraram inspiração na música de Alice Cooper e no disco Love It to Death em particular. O vocalista Joey Ramone baseou muitas de suas músicas  iniciais nesse disco, e disse: "Eu não me importo", sobre os acordes do riff principal de "I’m Eighteen". John Lydon escreveu a canção "Seventeen" para o álbum do Sex Pistols “Never Mind the Bollocks” em resposta ao "eu" de I’m Eighteen. Love It to Death inspirou Pat Smear para pegar o guitarra aos doze anos de idade, quando ainda era da banda Germs, passando a atuar como segundo guitarrista da banda Foo Fighters. 
A Hit Parader incluíu Love It to Death em seu Heavy Metal Hall Of Fame em 1982, e classificou o álbum no vigésimo primeiro na lista dos "100 Maiores Álbuns de Metal", em 1989. Em 2003, foi classificado como # 452 na Revista Rolling Stone nos 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos. Greg Prato declarou que Love It to Death era "incrivelmente consistente de ouvi-lo do começo ao fim". 



Diz a lenda que John Lydon fez o teste para os Sex Pistols por mímica para "I’m Eighteen". 
 A banda ficou tão satisfeita com a colaboração de Ezrin, que ele permaneceu com o produtor até o primeiro álbum solo de Cooper, Welcome to My Nightmare em 1975. Love It to Death lançou a carreira de produção de Ezrin, que passou a incluir álbuns de destaque, como Aerosmith 's Get Your Wings (1974), Kiss's Destroyer (1976), e Pink Floyd The Wall (1979).
As músicas de Love It To Death continuam a ser frequentemente pedidas muito tempo depois após Alice Cooper seguir carreira solo. Em resposta, ao escrever material para o seu álbum de 1989, Trash , Cooper e o produtor Desmond Child, passaram um tempo ouvindo Love it to Death e o disco Greatest Hits da banda de 1974, para "encontrar essa vibe e combiná-la com um estilo mais apropriado para a década de 1990. 
A banda de Thrash Metal Anthrax incluiu um cover de "I’m Eighteen" em seu álbum de estréia Fistful of Metal em 1984. Bandas de Metal Alternativo como os Melvins também fizeram covers de “Second Coming” e "Ballad of Dwight Fry" em seu álbum Lysol em 1992. 
A música "Dreamin” do disco do Kiss “Psycho Circus” de 1998 tem uma tal semelhança com "I’m Eighteen" que um mês após o lançamento do álbum a Promotora deAlice Cooper entrou com uma ação de plágio, resolvido fora do tribunal em favor de Cooper. 
AS banda sueca de Death Metal Entombed lançou um EP em 1999 intitulado Black Juju que inclui um cover de "Black Juju".  
A banda de Rock Alternativo Sonic Youth gravou covers de "Ballad of Dwight Fry", "Hallowed Be My Name" (como "Hallowed Be Thy Name"), e "Is It My Body", sendo esta última uma das interpretações vocais favoritas deo baixista Kim Gordon. O título da canção é o título de um ensaio de 1993 por Gordon sobre o artista Mike Kelley , onde ela descreveu Alice Cooper como "um anti-hippie deleitando-se com a estética do feio ". O ensaio foi publicado em 2014, em uma coleção de ensaios por Gordon também intitulado Is It My Body?

Faixas
Lado Um
1 Caught in a Dream ( Michael Bruce ) 03:10
2 I’m Eighteen ( Bruce, Cooper, Dunaway, Smith, Buxton ) 03:00
3 Long Way to Go ( Bruce ) 03:04
4 Black Juju ( Dunaway ) 09:09
Lado dois
1 Is It My Body ( Cooper, Dunaway, Bruce, Smith, Buxton ) 02:39
2 Hallowed Be My Name ( Smith ) 02:29
3 Second Coming ( Cooper ) 03:04
4 Ballad of Dwight Fry ( Bruce, Cooper ) 06:33
5 Sun Arise ( Harry Butler , Rolf Harris ) 03:50

A Banda 
   Alice Cooper - vocais , harmônica
   Glen Buxton - guitarra
   Michael Bruce - guitarra rítmica , teclados , backing vocals
   Dennis Dunaway - contrabaixo , backing vocals
   Neal Smith - bateria , backing vocals

Musicos Adicionais
    Bob Ezrin - teclados em "Caught in a Dream", "Long Way to Go", "Hallowed Be My Name", "Second Coming", e "Ballad of Dwigth Fry" (creditado como "Bob Ezrin Toronto")

O pessoal técnico 
    Jack Richardson e Bob Ezrin - Produtores
    Jack Richardson - Podutor Executivo
    Brian Christian - Engenheiro de Gravação
    Randy Kring - Engenheiro de Masterização
    Bill Conners - Técnico de Gravação


ALICE COOPER : I’m Eighteen Special TV


ALICE COOPER : Is It My Body Live


ALICE COOPER : I’m Eighteen Live Reelin’In The Years Archives 1971


ALICE COOPER : Ballad Of Dwight Fry Studio Filming 1971


ALICE COOPER : Is It My Body Live At New Jersey Nightclub 1971


ALICE COOPER : Caught In A Dream


ANTHRAX : I’m Eighteen


THE HELLACOPTERS : I’m Eighteen


DON DOKKEN : I’m Eighteen


TESLA : Is It My Body


SONIC YOUTH : Is It My Body


GOV’T MULE : Is It My Body Live At Charlotte 2012


THE 69 EYES : Is It My Body


ALICE COOPER : I’m Eighteen Live Shoreline Amphitheatre 2014


ALICE COOPER : Is It My Body Live Montreaux




O disco Love It To Death é um dos principais discos de toda história do Rock, e que serviu e serve, ainda, de inspiração para muitas bandas pelo mundo a fora.
Longa Vida a Alice Cooper !
Longa Vida ao Rock And Roll !



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Women's In Rock - 24. Nita Strauss

NITA STRAUSS : Uma guitarrista de muito punch e talento ! 


Nita Strauus é uma guitarrista americana de Rock, mais conhecida pelo seu trabalho junto a banda tributo do Iron Maiden formada só por mulheres.
Em junho de 2014 substitui Orinathi na banda de apoio de Alice Cooper.
Ela esteve em primeiro lugar na Lista do Guitar World de Guitarristas Femininas.


Nita nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 7 de dezembro de 1986. Ela começou sua carreira tocando Metal no violão já com a idade de 13 anos, ela não teve nenhum estudo formal de música ou sequer frequentou nenhuma escola de música. 
Em 2009, Nita tornou-se membro da turnê de As Blood Runs Black, tocando por toda Europa durante todo ano. 


Também em 2010 Nita foi escolhida a dedo para se juntar a Jermaine Jackson e membros do Michael Jackson Band para uma série especial de shows em estádios na África. 
Mais tarde, em 2011, Nita foi convidada a tocar com a banda tributo ao Iron Maiden, sendo que após isso ela viria a se fixar como membro efetivo da banda. Nessa banda, seu nome artístico é "Mega Murray", uma versão feminina do nome do guitarrista do Iron Maiden Dave Murray.
Em junho de 2014, é anunciado que Nita substituiria Orianthi como Guitarrista de Alice Cooper para as datas da turnê de 2014. 
Suas habilidades de guitarra já lhe permitiu fazer shows em os EUA, Reino Unido, Europa, Ásia, América do Sul, África e Caribe. 


Sua habilidade com a guitarra, presença de palco exuberante e reputação profissional levou a endossos de Ibanez, DiMarzio, Dunlop Manufacturing, Bogner Amplification, Bosse Corporation, Roland Corporation, GHS - Rocktron, Line 6, Korg, Affliction e muito mais. 
Nita tem sido destaque em muitos comerciais em todo o mundo e anúncios impressos e em dezenas de álbuns, e trilhas sonoras.


NITA STRAUSS : Solo from Alice Cooper Show Live At Montgomery 2014


NITA STRAUSS : Alice Cooper Guitar Woman Nita Strauss Live Auburn 2014


ALICE COOPER : Foxy Lady Live Montgomery 2014



Nita Strauss é outra guitarrista super talentosa descoberta pela Tia Alice.
Grande Guitar Woman  !
Longa Vida a Nita Strauss !
Longa Vida ao Rock And Roll !




The Rock's Hidden Treasures - 56. Parlor Trixx

PARLOR TRIXX : O peso de uma Banda Canadense !


O Parlor Trix é uma banda canadense, de Regina Saskatchewan, de Hard Rock, formada em 2002. Encontramos muito poucas informações a cerca desta banda, infelizmente.


Logo após seu nascimento, grava um disco ( o qual seria o único de sua discografia ), chamado Step Into My Parlor, de excpecional qualidade, onde mescla elementos dos movimentos Hard Rock, Heavy Metal, Glam Metal e Hair Metal dos Anos 80 com elementos modernos, mas de forma própria, sem cópias, e muito original.


O peso de suas músicas e seus riffs marcantes formam a base da música da banda, tornando suas músicas bem pesadas mas com ritmo marcante.
Uma pena que não tenha durado muito, pois teriam ainda muito o que dar ao Rock.


Formação
   Kyle Bottcher : Vocais, Guitarra
   Matt Mann : Guitarra, Backing Vocals
   Sean Hayward : Bateria, Backing Vocals
   Rick Knouse : Baixo, Backing Vocals


Discografia
   Step into My Parlor (CD - 2002)



PARLOR TRIXX : Tell The Truth


PARLOR TRIXX : Aphrodisiac Smile Live 2002 


PARLOR TRIXX : Over The Top




O Parlor Trixx é uma grande banda de Rock, com um baita som.
Esperamos mais material dessa banda.
Longa Vida ao Parlor Trixx !
Longa Vida ao Rock And Roll !


sábado, 17 de janeiro de 2015

Women's In Rock - 23. Durga McBroom

DURGA McBROON : Uma das mais belas vozes do Progressivo ! 


Durga McBroom (nascida em 16 outubro de 1962 na Califórnia ) é uma cantora e atriz norte-americana, ela se apresentou nos Backing Vocals para Pink Floyd e foi membro do Blue Pearl.
Depois de trabalhar como cantora em clubes nos Estados Unidos, ela e sua irmã Lorelei McBroom trabalharam com o Pink Floyd para fazerem o Backing Vocals. Ela tinha muito apoio dos membros da banda, sendo ela a única Backing Vocals que aparecia de forma consistente em quase todos os shows do Floyd, a partir do show de novembro de 1987, na Omni Arena na Turne “A Momentary Lapse of Reason” até o último concerto do “The Division Bell Tour” em outubro 1994. 


Ela também se apresentou no show do Pink Floyd em sua aparição no Festival Knebworth em 1990, além de ter participado na gravação de todos os backing do disco Pulse. Também atuou na Turne Solo de David Gilmour em 2001. Ela também gravou "Mother Dawn" com Billy Idol, em seu álbum "Cyberpunk". 


Por volta de 1989, formou a banda Blue Pearl , cantando, tocando teclados e escrevendo a maioria de suas músicas;  ela teve várias canções de sucesso no início dos anos 1990, incluindo "Naked in the Rain" (UK # 3 em Julho de 1990), "Little Brother" (Reino Unido # 30 em Outubro de 1990) e uma versão cover de Kate Bush 's " Running Up That Hill ".   


Além de cantar, ela se apresentou como atriz nos filmes Flashdance e The Rosebud Beach Hotel .  Em abril de 2010 Durga se juntou à banda argentina "The End Pink Floyd Show”, em Buenos Aires , em conjunto com Guy Pratt e Jon Carin.  Em outubro de 2011, Durga se juntou a sua irmã Lorelei para cantarem a música “The Great Gig In The Sky” no Anaheim com a banda Australian Pink Floyd, 
Ela agora é casada com Mark Hudson, e atende pelo nome Durga McBroom-Hudson.



PINK FLOYD : The Great Gig In The Sky Live Pulse


THE AUSTRALIAN PINK FLOYD : The Great Gig In The Sky Live 


PINK FLOYD : The Great Gig In The Sky Live In Verneza 1989



Durga é detentora de um talento vocal maravilhoso, que conferiu às suas apresentações no Pink Floyd notoriedade, pois suas interpretações sempre foram talentosas e enriqueceram a música.
Longa Vida a Durga McBroom !
Longa Vida ao Rock And Roll !



The Rock's Hidden Treasures - 55. Cain

CAIN : Outra banda setentista com qualidade atemporal !


Ao longo da década de 1970, o Hard Rock prosperou  no meio-oeste americano como em nenhum outro lugar na Terra.  Tanto é assim, que não era incomum para bandas como o Kiss, Bob Seger e Ted Nugent, virtualmente ignorado na costas leste e oeste, mas que tinham platéias que lotavam as arenas por onde passavam registrando as maiores bilheteria do país.  Como resultado disso, foram criadas centenas de bandas formadas na sua esteira, ansiosas para abrir seus shows em uma tentativa de abrir suas próprias rodovias interestaduais para a fama e glória, incluindo bandas como o Cain. 
As raízes do Cain estava numa duple de bandas do final dos anos 60, chamadas de Grasshoppers e os Bananas ( sem brincadeira! ), que serviu como campo de provas para o vocalista Jiggs Lee , o guitarrista Lloyd Forsberg, eo baixista Dave Elmeer , antes que eles decidissem juntar forças num projeto comum. A procura de um novo começo, conforme os anos 70 foram amanhecendo, o trio, conectado com o tecladista Al Dworsky eo baterista Mike Mlazgar antes de adotar o nome de Cain, certamente como um emblema para uma nova forma musical.  


E assim, vários anos de trabalho de base seguidos, com a banda aperfeiçoando seu som enquanto a construção de uma forma de divulgar seus trabalhos através de shows em clubes, que iam desde a sua base em Twin Cities até o sul de Chicago, batendo em cada ponto no meio desse caminho  ... uma e outra vez.  Durante esse período, Cain compartilhou o palco com outras bandas aspirantes de Hard Rock do Centro-Oeste, como o Styx e o Cheap Trick , enquanto numerosos bateristas e tecladistas iam e vinham, mas em 1975, com o baterista Kevin DeRemer gravam seu primeiro disco; A Pound Of Flesh. Lançado através de uma pequena gravadora independente chamada ASI, o LP ostentava canções que lembram as duas bandas que eram adoradas pelos seus elementos, como Deep Purple e Queen, bem como aqueles contemporâneos do Centro-Oeste ainda relativamente desconhecidos, como Styx e Kansas. 


Então a bandas pega a estrada para divulgação do álbum, passando por todo Texas, mas a gravadora ASI simplesmente não tinha os recursos de marketing e de distribuição sufiicentes para levar a carreira da banda para o próximo nível.  Tampouco tinha a capacidade de enxergar a xtrema qualidade de suas músicas, pois acabam lançando o álbum com uma capa simplesmente horrorosa e de extremo mau gosto. Embora a banda tinha músicas com temáticas de Shakespeare e O Mercador de Veneza, que ficou preso com uma lata de carne crua. No entanto, Cain iria cumprir seu contrato com a ASI através de um álbum de 1977 em seu segundo ano, Stinger , antes de sair da gravadora, mas eles iriam sucumbir a desilusão e desespero de montagem no meio das sessões para o seu terceiro álbum no ano seguinte. Lee e Elmeer saem da banda, deixando Forsberg e DeRemer levarem sozinhos a banda por um longo ano, para acabarem definitivamente com a banda.


Mas ainda assim a banda não foi totalmente esquecida, mas como forma de um reconhecimento tardio, tiveram seu primeiro disco reeditado em CD em 2003 pela Monster Records.
Mais uma banda excepcional que ficou no merio do caminho por detalhes, e nos privou de mais material de qualidade, embora o A Pound Of Flesh seja um disco excelente.



Formação
   Bass – Dave Elmeer
   Drums – Kevin DeRemer
   Guitar – Lloyd Forsberg
   Keyboards – Dave Elmeer
   Vocals – Jiggs Lee

Discografia
   A Pound of Flesh - 1975
   Stinger - 1977



CAIN : If The Right Don't Get You The Left One Will


CAIN : Queen Of The Night


CAIN : Take A Little Time


CAIN : Hees The Call


CAIN : Badside


CAIN : Heed The Call Live At Wilebsky's Blues Salloon 2011


CAIN : Leave It All Behind Live At Wilebsky's Blues Salloon 2011


CAIN : Stinger 1977





O Cain foi outra banda absolutamente fantástica, que não prosperou por fatores muito pequenos, uma pena !
Mas é uma das grandes bandas de toda história do Rock.
Longa Vida ao Cain !
Longa Vida ao Rock And Roll !


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Special Edition - 47. WattStax

WATTSTAX : O Woodstock Negro !


WattStax é um documentário de 1973 dirigido por Mel Stuart que incidiu sobre o Festival de Música Wattstax 1972 e da comunidade afro-americana de Watts, em Los Angeles, Califórnia. O filme foi indicado para o Globo de Ouro de melhor filme documentário em concerto 1974. O show foi realizado no Los Angeles Memorial Coliseum em 20 de agosto de 1972, e organizado pela gravadora Stax de Memphis para comemorar o sétimo aniversário dos distúrbios de Watts. Wattstax foi visto por alguns como "a resposta afro-americana à Woodstock..."


Em minha pesquisa sobre o festival, encontrei na Internet no site Ideafixa uma matéria sobre o festival escrita por Eddu Ferreira, absolutamente fantástica, e resolvi coloca-la na íntegra.


Abaixo vai a história do festival, por Eddu Ferreira, ao qual antecipadamente agradeço pela permissão da transcrição de seu texto no Planet Caravan:


SE CONSELHO FOSSE SOM : WATTSTAX, O WOODSTOCK NEGRO ?
Por Eddu Ferreira
Publicado na Internet em 18.08.2013
http://www.ideafixa.com/wattstax-woodstock-negro

Em agosto de 1965, um incidente entre policiais de trânsito e civis motivou dez dias de tumultos no bairro de Watts, em Los Angeles, California. Discriminação vinda da policia aos negros e latinos do bairro, especulação imobiliária e desemprego também estavam entre os principais motivos do que ficou conhecido como a Revolta de Watts. A população do bairro pegou em armas, saqueou lojas, enfrentou tanques nas ruas. Segundo os números oficiais, 34 pessoas morreram, mais de 3 mil pessoas foram presas, milhares ficaram feridos e mais de 40 milhões de dólares foram gastos na recuperação dos danos.

HISTORIC STOCK FOOTAGE : Watts Riots Los Angeles 1965


A ideia, vinda da Stax, clássica gravadora de soul, era armar um show para arrecadar fundos para o Festival de Verão de Watts, relembrar o sétimo aniversário da Revolta, e criar um sentimento de orgulho nos cidadãos de Watts e na comunidade negra como um todo.


Em 20 de agosto de 1972, o Festival Wattstax tomou o estádio Los Angeles Memorial Coliseum. Entre os músicos estavam os maiores nomes da Stax no momento: Isaac Hayes, Albert King, The Staple Singers, Rufus Thomas, Jonnie Taylor e outros. Um dólar por cabeça de cada um dos 112 mil participantes e foram conseguidos milhares de dólares para causas locais. Wattstax é as vezes chamado também de Woodstock negro, mas é um paralelo que vale apenas para que mais gente o conheça. As motivações, o formato e o momento eram outros. O que vale são os bons músicos no palco e a história ali feita.


Um desses momentos clássicos é esse logo abaixo. Quando Rufus Thomas fez Breakdown e Funky Chicken, o público ficou louco e invadiu o gramado. Mais loucos ainda ficaram os proprietários do estádio. No contrato de locação havia uma cláusula de multa caso o gramado fosse danificado, pois no dia seguinte aconteceria um jogo ali, que seria transmitido pela televisão.

RUFUS THOMAS : Breakdown & Funky Chicken Live WattStax 1973


Tudo foi filmado e lançado como o filme que você pode ver inteiro logo abaixo, dirigido por Mel Stuart, o mesmo cara que, anos antes, havia  feito a Fantástica Fábrica de Chocolate. Nele, há depoimentos e entrevistas que abordam política, questões raciais, violência, religião, o blues, humor e, claro, momentos marcantes de apresentações do festival.

WATTSTAX : Woodstock Negro 1973


Aqui, uma playlist com músicas que aparecem na trilha sonora do filme e gravações do festival que não aparecem nele, como Isaac Hayes fazendo uma versão pesada de Ain't no Sunshine, do Bill Withers, e mais de duas horas de muita coisa boa.


domingo, 4 de janeiro de 2015

Womens In Rock - 22. Nico

NICO : Um vulcão no Rock ! 


Christa Päffgen (Köln, Alemanha, 16 de outubro de 1938 - Ibiza, Espanha, 18 de julho de 1988) foi uma cantora, compositora, modelo e atriz, mais conhecida pelo pseudônimo Nico. 
Este pseudonimo lhe foi dado por Andy Warhol e é um anagrama da palavra ICON (ícone).
Nico nasceu a 16 de outubro de 1938, em Köln, na Alemanha. Algumas fontes afirmam que ela teria nascido a 15 de março de 1943, em Budapeste, capital da Hungria.
Nico encontrou fama como modelo. Após abandonar a escola aos 13 anos de idade, ela começou a vender lingerie. Um ano mais tarde, iniciou seu trabalho como modelo em Berlim.


Enquanto trabalhava como modelo, ela conheceu o fotógrafo Herbert Tobias,que lhe deu o nome Nico. Mais tarde, ela se mudou para Paris e trabalhou para a revista Vogue, Tempo, Vie Nuove, Mascotte Spettacolo, Camera, Elle, e outras revistas fashion no começo dos anos 1950.
Após aparecer em vários comerciais de televisão, Nico conseguiu um papel pequeno no filme "La Tempesta" (1958), do diretor Alberto Lattuada. Mais tarde, porém naquele mesmo ano, apareceu no filme "For the First Time", do diretor Rudolph Maté, ao lado de conhecidos atores como Mario Lanza.


Em 1959, ela foi convidada para ir ao set de "La dolce vita", do diretor Federico Fellini, atraindo a atenção de tal diretor, fazendo com que ele desse a Nico um pequeno papel no filme. Naquela época, ela tinha se mudado para Nova York para ter aulas de teatro com Lee Strasberg.
Após dividir o seu tempo entre Nova York e Paris, ela conseguiu o papel principal no filme "Strip-Tease" (1963), do diretor Jacques Poitrenaud. Ela gravou também o title track para o filme, que foi produzido por Serge Gainsbourg, mas que não fora lançado até 2001, quando a música foi incluida no CD como parte da coletânea francesa "Le Cinéma de Serge Gainsbourg".


Durante esse período, ela deu à luz ao seu filho, Ari (nascido em 1962), que teve como pai o ator francês Alain Delon. Entretanto, a criança foi criada a maior parte do tempo pelos pais de Delon, que sempre insistiu em negar sua paternidade.
Em 1965, Nico conheceu o famoso guitarrista do Rolling Stones Brian Jones e gravou com ele o seu primeiro single, "I'm Not Sayin'". O ator Ben Carruthers apresentou-a a Bob Dylan em Paris naquele verão. Dizem que Dylan, mais tarde, escreveu a música "I'll Keep It With Mine" para Nico.
Após ser apresentada a Bob Dylan, ela começou a trabalhar com Andy Warhol e Paul Morrissey em seus filmes experimentais, incluindo "Chelsea Girls", "The Closet", "Sunset" e "Imitation of Christ".



The Velvet Underground & Nico
Após Andy Warhol se tornar o empresário do Velvet Underground, ele propôs que o grupo tivesse Nico como vocalista. O grupo concordou, apesar de uma considerável relutância, devido a razões pessoais e musicais — John Cale, do grupo, descreveu Nico como "tone deaf", algo como: "quem não tem ouvido". Apesar disso, ele iria ter papel fundamental na carreira solo de Nico. O grupo, incluindo Nico, tornaram-se os acompanhadores pessoais para a "Exploding Plastic Inevitable", um show experimental e alternativo de Andy Warhol, que misturava música, filme, dança e pop art.
Nico fez o vocal principal em três músicas ("Femme Fatale", "All Tomorrow's Parties" e "I'll Be Your Mirror") e providenciou o backing vocal em ("Sunday Morning") no álbum de estréia da banda: The Velvet Underground and Nico. Lançado no ano de 1967, o álbum foi fundamental para o aparecimentos de muitos gêneros musicais, incluindo o punk rock e New Wave.


Nico teve uma breve relação romântica com o vocalista e compositor, Lou Reed. Nesse mesmo período, ela esteve envolvida em relações amorosas com outros músicos, incluindo Cale, Jackson Browne, Brian Jones, Tim Buckley, Bob Dylan e também com Iggy Pop.
Pouco tempo após a turnê que se seguiu, a Exploding Plastic Inevitable, saiu de cena no começo de 1967, Nico e o Velvet Underground foram para caminhos diferentes. Tanto Lou Reed como John Cale tocaram em partes significantes do projeto solo de Nico. Nos próximos 20 anos que seguiram-se, ela gravou uma série de álbuns bem aclamados pela crítica, trabalhando em coisas parecidas com Brian Eno e Phil Manzanera. John Cale esteve particularmente envolvido nas músicas de Nico, produzindo quatro de seus álbuns, como também fazendo arranjos e tocando diversos instrumentos nas gravações.



Carreira Solo
Para o seu álbum de estréia, o Chelsea Girl, lançado em 1967, Nico gravou músicas de diversos artistas como Bob Dylan, Tim Hardin, Jackson Browne e também de Lou Reed e John Cale, dois dos membros do Velvet Underground. Ela gravou também uma música que Lou Reed e John Cale co-escreveram com Sterling Morrison, chamada "It Was a Pleasure Then", uma música de oito minutos com solos de guitarra e de viola.


Chelsea Girl é um álbum tradicional de folk que influenciou artistas do estilo como Leonard Cohen, com arranjos de instrumentos de corda e flautas sobrepostos por seu produtor. Nico, no entanto, não ficou satisfeita com o resultado do álbum finalizado.
Para o seu outro LP, o The Marble Index, lançado em 1969, Nico escreveu todas as músicas do álbum e fez as estruturas de todas as músicas, que consistem principalmente em um balanço de harmônio nos acordes. Os arranjos foram escritos por John Cale, que deu às músicas de Nico um estilo de folk e instrumentos clássicos. Frazier Mohawk produziu o álbum. A harmonia de Nico tornou sua assinatura para o resto de sua carreira. O álbum combina elementos clássicos com o som de folk europeu.
Nico lançou mais dois álbuns solo nos anos 1970: o clássico Desertshore (1970), também produzido por John Cale. Já o The End (1974), co-produzido por Cale e Joe Boyd. Cale tocou a maior parte dos instrumentos nesses dois álbuns. Nico escreveu as músicas, cantou, e tocou harmônica. The End, traz o músico Brian Eno tocando sintetizador.


No dia 13 de dezembro de 1974, Nico fez a abertura para o infame show da Tangerine Dream na Reims Cathedral em Reims, na França. O promotor tinha vendido mais ingressos que o permitido, deixando o local inapropriado para aquele gigantesco número de pessoas, que, pela falta de espaço, mal conseguiam andar ou se mover. Isso resultou em pessoas urinando dentro do hall da catedral. A igreja católica denunciou essas ações e, no fim de tudo, acabou por banir futuras apresentações nas propriedades da igreja.
Nico voltou para Nova York no fim de 1979, onde o seu show de volta no CBGB no começo do ano de 1980, foi bem comentado no New York Times. Ela começou a tocar regularmente no Mudd Club e em outros locais.
Nico gravou seu próximo álbum de estúdio, o Drama of Exile, em 1981. O álbum a separou de John Cale (que vinha acompanhado-a desde o começo), e trouxe uma mistura de rock e arranjos do oriente médio. Ela gravou seu último álbum solo, Camera Obscura, no ano de 1985, novamente com John Cale, desta vez, como produtor, e com o The Faction (James Young e Graham Dids).



Filmes de Philippe Garrel
Entre 1970 e 1979, Nico fez sete filmes com o diretor francês Philippe Garrel. Ela conheceu Garrel em 1969 e contribui com a música "The Falconer" para seu filme, "Le Lit de la Vierge". Mais tarde, ela estava vivendo com Garrel e tornou-se uma figura central em seu círculo pessoal e cinematográfico. A primeira aparição de Nico em um filme de Garrel aconteceu em, La Cicatrice Intérieure, de 1972. Nico contribui também com uma música para o filme. Ela apareceu em outros filmes de Garrel como Anathor (de 1972); o filme biográfico de Jean Seberg, Les Hautes Solitudes, lançado em 1974; Un ange passe (de 1975); Le Berceau de cristal (de 1976), estrelando Pierre Clementi, Nico e Anita Pallenberg; e também Voyage au jardin des morts (de 1978). Seu filme de 1991, J'entends Plus la Guitare, é dedicado à Nico.


Nico parecia uma criança, era uma pessoa infantil, muito doce, mas as drogas deixaram-na medonha. Nos anos cinquenta, tinha sido uma modelo famosa por causa daquele visual loiro alemão. Mas com todo aquele veneno em seu organismo, ela quis ficar feia, porque, se você quisesse ser aceito no mundo da droga, devia ser repulsivo e fazer sons feios. Por isso ela se esforçou bastante pra parecer feia e fazer sons feios, mas era apenas uma trilha auto-destrutiva na qual ela entrou quando se ligou em heroína. Ela levou bastante tempo para morrer, mas na época já tinha parado. Estava usando metadona, mas provavelmente o organismo dela estava debilitado. 
Paul Morrissey


Morte
Nico foi uma viciada em heroína por mais de quinze anos. O biógrafo Richard Witts especulou que o vício de Nico se deu por suas experiências traumáticas de guerra, ainda durante sua infância, e também por ser uma criança ilegítima.
No dia 18 de julho de 1988, enquanto estava em férias com o seu filho em Ibiza, na Espanha, Nico teve um ataque cardíaco enquanto andava de bicicleta e, na queda, bateu a cabeça. O motorista de um táxi que passava a encontrou inconsciente e teve dificuldade para conseguir encontrar um hospital que a atendesse em Ibiza, pois Nico não tinha plano de saúde.


No fim da manhã de 17 de julho de 1988, minha mãe me disse que precisava ir ao centro para comprar marijuana. Sentou na frente do espelho e enrolou um lenço preto em volta da cabeça. Minha mãe fixou o olhar no espelho e tomou o maior cuidado para enrolar o lenço de maneira apropriada. Desceu a colina na bicicleta dela: "Não vou demorar". Ela saiu no começo da tarde, lá pela uma hora, no dia mais quente do ano, estava trinta e cinco graus. 
Ari Delon, filho de Nico

Nico morreu porque não tinha plano de saúde em Ibiza. Ela usava aquelas detestáveis roupas hippies de lã para disfarçar sua aparência, que tinha se deteriorado com o vício. E ela estava pedalando, usando aquelas coisas de lã no meio do verão, no maior calor, e teve uma insolaçãozinha que provavelmente teria sido bem fácil de tratar. Mas o cara que a pegou na estrada levou-a a dois ou três hospitais em Ibiza e nenhum deles a aceitou. Finalmente a Cruz Vermelha pegou-a, e ela morreu lá. 
Paul Morrissey

Incorretamente, ela foi diagnosticada por ter sofrido insolação, e morreu no dia seguinte. O exame de raio-X, mais tarde, acabou revelando uma severa hemorragia cerebral, que foi o que lhe causou a morte.
Nico foi enterrada no "Grunewald Forest Cemetery" em Berlin. Alguns amigos colocaram uma fita da música "Mütterlein", uma música de seu álbum "Desertshore", em seu funeral.

Discografia

Álbuns de estúdio
   1967 - The Velvet Underground and Nico
   1967 - Chelsea Girl
   1969 - The Marble Index
   1970 - Desertshore
   1973 - The End
   1981 - Drama of Exile
   1985 - Camera Obscura

Álbuns ao vivo
   1974 - June 1, 1974
   1982 - Do or Die: Nico in Europe
   1985 - Nico Live in Pécs
   1986 - Live Heroes
   1986 - Behind the Iron Curtain
   1987 - Nico in Tokyo
   1988 - Fata Morgana (Nico's Last Concert)
   1989 - Hanging Gardens
   1994 - Heroine
   2003 - Femme Fatale: The Aura Anthology
   2007 - All Tomorrow's Parties (álbum duplo)


Christa Päffgen: ou Um Vulcão Chamado Nico
Por Luiz Carlos Barata Cichetto



Começo essa história pelo fim. Em 11 de Abril de 1986, em Tokyo, Japão, com a melhor interpretação já feita da música "The End" do The Doors, por uma alemã chamada Christa Päffgen. Ou simplesmente Nico. E continuo com o fim, em Ibiza dois anos depois, em 18 de Julho de 1988, por falta de atendimento médico adequado, de hemorragia cerebral.
Nico era um ícone (“icon”, em inglês), num anagrama sacado por Andy Warhol. Feminina, linda e dona de uma voz grave que penetra fundo, perturba, cutuca e fere. Mas Warhol errou, Nico não era um ícone, era um uma fonte, um vulcão, uma fonte de lavas que escorriam pelas calçadas e até os bueiros mais escuros de Nova York, Londres, Paris; um vulcão gerador do caos, um vulcão cujas lavas solidificadas geram montanhas, colinas...
Christa Päffgen nasceu a 16 de outubro de 1938, em Köln, na Alemanha. Mas Nico não nasceu, jorrou das entranhas da Terra feito a lava de um vulcão, que brota e se esparrama queimando o que encontra em seu caminho. E queimou a muitos: Andy Warhol, Alain Delon, Lou Reed, John Cale, Bob Dylan, Brian Jones, Paul Morrissey, Jim Morrison, Jackson Browne, Tim Buckley, Iggy Pop… Nico queimou a todos e todos queimaram por ela.
Aos 13 anos Nico abandonou a escola e começou a esparramar suas lavas fumegantes, primeiramente trabalhando como modelo, para revistas de moda como a Vogue. Depois como atriz aparecendo em pequenas participações em filmes de diretores como Alberto Lattuada, Rudolph Maté e Fellini, decerto encantados com aquele Vulcão de beleza e sensualidade. Em 1962 Alain Delon também queimou nas lavas fumegantes de Nico e tiveram uma criança de nome Ari. Em 1963 o Vulcão Nico reina, ao ganhar o papel principal e gravar a música tema do filme "Strip-Tease", do diretor Jacques Poitrenaud, produzido por Serge Gainsbourg.
Em Londres de 1965 foi a vez do guitarrista do Rolling Stones Brian Jones conhecer o Vulcão e gravar com ela "I'm Not Sayin'". Logo em seguida Paris a apresentaria a Bob Dylan que mais tarde escreveria a música "I'll Keep It With Mine" para ela.
E Andy Warhol e Paul Morrissey conheceram o Vulcão Nico e a colocaram a jorrar suas lavas de sensualidade e talento em seus filmes experimentais, "Chelsea Girls", "The Closet", "Sunset" e "Imitation of Christ". Warhol deu ao Vulcão o nome de Nico e a colocou no centro do underground nova-iorquino com seu projeto "Exploding Plastic Inevitable", um show experimental e alternativo que misturava música, filme, dança e pop art. O Velvet Underground que passaria a ser: "& Nico" e ela fez o vocal principal em três músicas ("Femme Fatale", "All Tomorrow's Parties" e "I'll Be Your Mirror") e o backing vocal em "Sunday Morning" no álbum de estréia da banda, lançado no ano de 1967, fundamental para a história do Rock.
O Vulcão a cada ímpeto jorrava a lava fervente de suas entranhas e é claro que isso incomodava àqueles em suas encostas. E Nico foi brilhar sozinha, lançando a partir daí e pelos próximos 20 anos, discos com a qualidade gerada por sua energia vital. Afinal, Nico era o Vulcão. O gênio John Cale esteve particularmente envolvido nas músicas de Nico, produzindo, fazendo arranjos e tocando nas gravações em vários de seus discos.
E durante muitos anos o Vulcão jorrou intensamente sua lava e ela participou de inúmeros filmes e gravou muitos discos. Sempre a presença do cigarro, as mãos trêmulas, e os olhos sempre a procura de algo. Olhos depois escondidos por óculos escuros... O jorro ainda era intenso, mas a força e a intensidade daquele vulcão estava debilitada pela heroína e por suas experiências traumáticas de guerra durante a infância... E principalmente por ter gerado tanto calor e tanta luz, que fizeram com que ela se esgotasse completamente em Ibiza em 1988.
Nico teve um ataque cardíaco enquanto andava de bicicleta e, na queda, bateu a cabeça. Nenhum hospital quis atender uma mulher que usava aquelas detestáveis roupas hippies de lã para disfarçar uma aparência deteriorada...
E o Vulcão silenciou, esvaiu, extinguiu ou adormeceu?... Mas ainda podemos, das profundezas da Terra escutar suas canções, naquela voz grave... E o Vulcão Nico ainda jorra, ainda queima, ainda arde, ainda é bela, ainda... É um Vulcão!
Fonte: http://whiplash.net/materias/biografias/154042-nico.html#ixzz3MLZXNpBA


NICO & THE VELVET UNDERGROUND : Femme Fatale


NICO : Winter Song


NICO : The End Live In Tokyo 1986


NICO : I’ll Be Your Mirrir Warhol Video 1966


NICO : All Tomorrows Parties Live At The Preston Warehouse 1982


NICO : My Heart Is Empty


Nico foi uma extraordinária vocalista, que depois das palavras de Luiz Carlos Barata Cichetto esgotam-se as demais.
Longa Vida a Nico !
Longa Vida ao Rock And Roll !