domingo, 27 de setembro de 2015

The Brazil's True Rock - 11. X-Rated

X-RATED : Um dos pioneiros do Heavy Metal Brasuca.


Vindo do Rio de Janeiro, o X-Rated começou suas atividades no final de 1989, tendo em sua formação André Chammom (bateria) e Mark DB (guitarra), Bruno Schubnel (baixo) e Lucky Lizard (voz). Como Chammom e DB já haviam tocado respectivamente no Stress e Azul Limão, bandas muito importantes no começo da cena metálica no Brasil, o X-Rated conseguiu a difícil façanha de conquistar o respeito de muitos dos adeptos do Heavy Metal e do Hard Rock propriamente dito. Mesmo chamando a atenção, o X-Rated estava numa situação meio difícil, pois naquela época o cenário do rock no Brasil.


O novo registro começou a ser gravado em maio de 1991, com produção de Paulo Junqueiro. Mas a morte de um familiar deste produtor impediu que ele continuasse com as gravações, que foram concluídas pela própria banda e o técnico de som. 


Enfim, em fevereiro de 1992 lançam oficialmente no Rio o álbum “Animal House”, onde Lizard chamava a atenção, pois sua voz apresenta alguma semelhança com a de Blackie Lawless (W.A.S.P.). As canções são básicas e ríspidas, se destacando facilmente a nervosa “Kill Big Brother”, “Get Your Things Together” e “Bill Bad Sanchez”. Mas a gravadora esperava um sucesso imediato, coisa que não aconteceu. Eles avisam à banda que não sairia um novo álbum em 92 devido à crise econômica e logo depois a Polygram rescinde o contrato com o X-Rated.

Formação
   Lucky Lizard lead vocals
   Mark D B guitars
   Bruno Schubnel bass
   Andre Chamon drums



X-RATED : Kill Big Brother Vídeo


X-RATED : Across The Rush Live Maracanãzinho 1991


X-RATED : Realize It Vídeo Music 1991




O X-Rated foi uma das pioneiras no Hard Rock no Brasil e merece todo respeito.
Longa Vida ao X-Rated !
Longa Vida ao Rock And Roll !


The Rock's Hidden Treasures - 75. Buffalo

BUFFALO : Um dos pioneiros do Heavy Metal Australiano.


Buffalo era uma banda de Hard Rock australiana formada em agosto de 1971, tendo como fundador o vocalista Dave Tice, que era vocalista da banda Head.  
Outros fundadores companheiros de Dave no Head foram Paul Balbi na bateria, John Baxter na guitarra, Peter Wells no baixo e Alan Milano nos vocais principais.  


Milano deixou a banda após o álbum de estréia Dead Forever (lançado em junho de 1972), e Balbi acabou sendo substituído por Jimmy Economou.


Seus próximos dois álbuns, Vulcanic Rock (julho de 1973) e Only Want You For Your Body (Junho de 1974) foram lançados pela Vertido Records.
Depois de 1975 o line-up sofreu algumas mudanças, o que acabou resultando num sm mais comercial, o que causou a ruptura e a separação da banda em 1977.


A banda tinha um som pesado, com base sólida e rítmica bem elaborada, as músicas tinham uma atmosfera densa com grandes riffs marcantes e muitas vezes progressistas.
Ao lado das bandas Billy Thorpe & The Aztecs e Blackfeather o Buffalo foi um dos pioneiros do Heavy Metal Australiano.


BUFFALO : Dead Forever


BUFFALO : Pound Of A Flesh


BUFFALO : Daed Forever Live GTK Broadcast 1974


BUFFALO : United Nations Live GTK Broadcast 1974


BUFFALO : Paranoid Live GTK Boradscast 1974


BUFFALO : King1s Cross Ladies Live GTK Boradcast 1974


BUFFALO : Sunrise Live GTK Broadcast 1974




O Buffalo foi uma fantástica banda de Heavy Metal pioneira na Austrália no gênero, acabou dando início a uma enorme quantidade de bandas que as seguiram.
Longa Vida ao Buffalo !
Longa Vida ao Rock And Roll !


sábado, 26 de setembro de 2015

Great Bands Great Songs - 49. Sabbath Bloody Sabbath

SABBATH BLOODY SABBATH : Um disco histórico do Heavy Metal.


Sabbath Bloody Sabbath é o quinto álbum de estúdio da banda de heavy metal inglesa Black Sabbath.


Repercussão
Foi o primeiro álbum da banda a ser elogiado pela crítica da época, sendo aclamado pela revista americana Rolling Stone como "um grande sucesso" e "um grande trabalho". Isto foi um grande impacto positivo para a banda, já que a mesma Rolling Stone já teria dirigido críticas duras à seus primeiros quatro trabalhos. A banda levou mais adiante as influências do rock progressivo, que já apareciam com menos intensidade no álbum anterior, Black Sabbath Vol. 4. O tecladista Rick Wakeman, do Yes, fez algumas participações nesse álbum nas músicas "Sabbra Cadabra" e "Who Are You?", tocando sob o pseudônimo "Spock Wall".
A banda planejava gravar este álbum, e alugaram uma casa em Bel Air para começarem a gravar, porém devido à sérios problemas com drogas e fadiga, não obtiveram sucesso algum compondo, e então retornaram para a Inglaterra e alugaram o Castelo Clearwell, situado na Floresta de Dean, local que, segundo os membros da banda, os faziam mais inspirados, e após algum tempo ensaiando, Tony Iommi criou o riff da música "Sabbath Bloody Sabbath", e as músicas começaram a surgir. O álbum foi gravado no Morgan Studios em Londres. A banda passou por uma transição drástica em suas músicas, misturando o peso original da banda à sons de sintetizadores e toques de progressivo, como em músicas como "Spiral Architect" e "Who are You?", o que seria uma marca até o álbum Never Say Die!.
O álbum alcançou o 4º lugar nas paradas britânicas, e o 11º lugar nas paradas americanas. Durante a turnê mundial desse álbum a banda ganhou grande popularidade após tocar para 200.000 pessoas no Festival California Jam em 1974, ao lado de bandas como Deep Purple, Emerson, Lake and Palmer, Eagles, Earth, Wind & Fire e outros.

Arte
Drew Struzan foi o artista requisitado para desenhar a capa do álbum. Ele retratou um homem em uma cama, aparentemente tendo um pesadelo ou uma visão de sendo atacado por demônios em forma humana. No alto da cama há uma grande caveira com longos e estendidos braços e o 666 (o número da besta) escrito sobre ele. O outro lado do álbum apresenta o oposto da capa, como visto em aqui.


Gravação
O álbum foi gravado no Morgan Studios em Londres, e foi um dos álbuns com o processo de gravação mais longos de toda a história da banda. O Black Sabbath usou pela primeira vez em gravação um sintetizador. A banda, acostumada a gravar álbuns em poucos meses, ou mesmo semanas, sentiu o peso da demora. Um fato curioso sobre o disco é que, segundo Tony Iommi, o uso abusivo de drogas e álcool e o isolamento da banda é que inspirou o clima de músicas como Sabbath Bloody Sabbath e Killing Yourself to Live e provocou as frequentes aparições de fantasmas, poltergeist e outros fenômenos sobrenaturais que ocorriam nas masmorras onde a banda ensaiou.


Aspectos
O disco mostra um Black Sabbath se distanciando do seu estilo inicial por vontade própria, sem medo de experimentar. Músicas como "A National Acrobat", "Looking For Today" e "Spiral Architect" mostram o amadurecimento claro da banda, arranjos mais complexos e músicas mais orquestradas. Por exemplo em "Who Are You?", o uso de teclados e sintetizador, em "Looking For Today" o uso de flautas, e em "Fluff", o uso do cravo. O álbum também revela um lado bastante introspectivo da banda: o lado acústico, como em "Sabbath Bloody Sabbath" e "Looking For Today". O álbum tem uma atmosfera muito mais caracterizada pelo rock progressivo que seu antecessor Black Sabbath Vol. 4, e é considerado por muitos o auge do amadurecimento da banda.


Faixas
Todas as canções foram compostas por Iommi/Osbourne/Butler/Ward.
   1. Sabbath Bloody Sabbath   5:45
   2. A National Acrobat   6:13
   3. Fluff   4:09
   4. Sabbra Cadabra   5:57
   5. Killing Yourself to Live   5:41
   6. Who are You?   4:10
   7. Looking for Today   5:01
   8. Spiral Architect   5:31

Créditos
   Black Sabbath
    Tony Iommi - Guitarra, Piano, Sintetizadores, Órgão, Flauta
    Geezer Butler - Baixo, Sintetizadores, Mellotron
    Ozzy Osbourne - Vocal, Sintetizadores
    Bill Ward - Bateria, Tímpano, Bongos em "Sabbath Bloody Sabbath"

Participação
   Rick Wakeman - Teclados, Sintetizadores, Piano, Moog (Faixas 4,6)

Produção
   Produzido por Black Sabbath
   Produtor Técnico Mike Butcher
   Remasterizado por Ray Staff no Whitfield Street Studios
   Fotografia adicional por Ross Halfin e Chris Walter



Sabbath Bloody Sabbath: a história da capa do clássico
Paulo Severo da Costa
Em 1973, forças estranhas invadiam o mundo midiático: inundados em sangue e vísceras, filmes como “O Exorcista” e “O Massacre da Serra Elétrica” mostravam a coincidência entre o auge da era gore e a força do terror psicológico de clássicos como “O Homem de Palha”. Assim como a temática do SABBATH, anos antes, havia se orientado pelo sinistro teor das letras e os trítonos ameaçadores, nesse mesmo ano, eles lançaram um clássico absoluto que, para “piorar” figurava com uma das melhores capas da história do metal.
Lançado em dezembro de 1973, o álbum se arriscou por uma seara mais experimentalista, misturando toques de progressivo à massa sonora metal, ungindo clássicos indiscutíveis como “Sabbra Cadabra”, “ A National Acrobat” e a própria faixa título. 
Na capa, a grande cereja do bolo: concebida por Drew Struzan - artista que dominou Hollywood nos anos 80 fazendo os cartazes de “Blade Runner”, ‘De Volta para o Futuro”, “Rambo” e mais um sem-número de clássicos - a representação do homem tendo pesadelos com alegorias satânicas, emoldurada pela representação do número da besta junto ao crânio e os braços estendidos no topo do leito. Um dado curioso - e improvável nessa época de downloads - é a concepção do verso da capa: nas primeiras edições, a imagem abaixo representa a visão oposta da cena, claramente simbolizando o dualismo entre luz e sombra.

Fonte:
Whiplash
Paulo Severo da Costa
http://whiplash.net/materias/curiosidades/167277-blacksabbath.html


Black Sabbath: 40 anos de Sabbath Bloody Sabbath
João Renato Alves 
1º de dezembro de 2013
Black-Sabbath-Sabbath-Bloody-Sabbath
Lançado em 1º de dezembro de 1973
Texto por Gabriel Ferreira
Conciliar a boa receptividade do público e a da crítica foi uma dor de cabeça para o Black Sabbath em seus primeiros discos. Os ingleses viviam uma relação de amor e ódio com os críticos musicais da época, principalmente com o lendário Lester Bangs, que simplesmente execrou as quatro obras primárias do Sabbath. Enquanto isso, as vendas superavam as expectativas, e, em 1972, Vol. 4 se tornou o quarto disco consecutivo a vender um milhão de cópias na terra do Tio Sam.
De volta da turnê de promoção de Vol. 4, Ozzy, Geezer, Tony e Bill não se demoraram a voltar também para o estúdio. A criatividade, porém, foi prejudicada pelo abuso de drogas (a cocaína era indispensável ao cotidiano da banda), e o quarteto decidiu iniciar o processo de composição em um local recluso e sombrio. A escolha foi o Castelo de Clearwell, na terra nativa dos mesmos. O clima medieval das masmorras onde ocorreram os ensaios despertou novamente a inventividade perdida. O fruto dessa alternativa peculiar pôde ser conferido um ano depois.
Lançado em novembro de 1973, “Sabbath Bloody Sabbath” conquistou avaliações satisfatórias e prosseguiu com as vendas altas dos álbuns anteriores. A conciliação entre os dois lados havia sido, finalmente, conquistada.
E não foi apenas isso. É notável o amadurecimento e, principalmente, a experimentação que ia ganhando cada vez mais espaço. Se em Vol. 4 a influência progressiva se limitava às faixas longas e complexas, em Sabbath Bloody Sabbath essa influência se estendeu ao ponto de Rick Wakeman ser convidado a contribuir com os teclados. A sonoridade muito bem trabalhada, resultado da maior liberdade dada a eles, é um dos aspectos cruciais para que o quinto lançamento do line-up clássico do Sabbath seja um dos mais marcantes.
Iniciado com a potente faixa título, o álbum traz uma gama interessantíssima de instrumentalizações. A abertura, por exemplo, mescla perfeitamente o clima mais porradeiro com toda a calmaria dos violões. “A National Acrobat”, por outro lado, é uma paulada completa, e inclui até mesmo o uso de wah-wah por parte do lendário Iommi. Em sua porção final, a canção descamba para algo próximo de uma jam, onde a cozinha de Geezer e Ward quebra tudo.
Acalmando as coisas, vem “Fluff”, belíssimo instrumental conduzido pelos violões de Geezer e Tony. A atmosfera próxima do angelical, no entanto, é substituída logo em seguida pela blueseira “Sabbra Cadabra” e os histéricos berros de Ozzy. O trabalho de Wakeman merece nota, uma vez que seus teclados criam um interessante contraste com a distorção das guitarras.
“Killing Yourself to Live” aposta em um clima denso, enquanto a experimental “Who Are You?” é totalmente orientada por Wakeman. A quase dançante “Looking For Today” abre alas para o encerramento, que fica a cargo da bem estruturada “Spiral Architect” e suas alternâncias rítmicas notáveis, onde sobra espaço até para violinos.
Sabbath Bloody Sabbath pode ser visto como a consolidação dos experimentalismos praticados por Iommi e companhia, que atingiu níveis astronômicos em Sabotage, outra obra-prima. No mais, testemunhe toda a genialidade de uma das bandas mais importantes da história do rock’n’roll. 
Obrigatório.

Fonte:
Van do Halen
http://www.vandohalen.com.br/black-sabbath-40-anos-de-sabbath-bloody-sabbath/
Texto por Gabriel Ferreira


Resenha - Sabbath Bloody Sabbath - Black Sabbath
Maurício Gomes Angelo
1973. Ano de estafa total para os pais do heavy metal. Turnês gigantescas e intermináveis em seqüência estavam deixando Ozzy e Cia. ainda mais pirados do que o normal. Egos lá em cima, drogas à toda e o caldeirão mercadológico que cercavam a banda também não contribuíam para manter a mente sã dos prolíficos rapazes de Birmingham.
Pois para tudo há solução, e no caso, o jeito era botar as idéias no lugar e procurar um refúgio tranqüilo para as gravações. A malfadada experiência no castelo ao norte da Inglaterra escolhido para ser o tal refúgio (em que a fama mística voltava a se tornar real e assustar até os próprios integrantes) era o sinal de que a palavra “convencional” definitivamente não faz parte da história do Sabbath e aquelas duas semanas dentro do estúdio (um outro castelo mais “comportado”) entrariam para a história.
No entanto, mais uma vez fugindo do que era esperado, a sonoridade do álbum estava mudada. As guitarras se distanciando da afinação baixa, uso grandiloqüente de teclados, órgãos, cordas e violões, experimentalismo em evidência, melodia em alta - inclusive na voz de Ozzy – visual diferente, técnica e magia num casamento apuradíssimo. Era o sorumbático Sabbath se rendendo á progressividade tão em alta na época? Sim, surpreendentemente era. E o fizeram com extrema sapiência e propriedade, sem jamais sequer arranhar sua identidade própria.
Não à toa o álbum em questão é considerado por muitos o melhor e mais bem produzido da longa carreira do grupo. Curioso notar que o Black Sabbath é talvez a única banda em todos os tempos que tem 5 ou 6 álbuns que podem ser considerados “o melhor” e que há defensores ferrenhos para cada um deles. Sorte nossa que ganhamos obras e mais obras magníficas para saciar nossa sede de boa música pesada.
Ao mesmo tempo em que trazia inovações, “Sabbath Bloody Sabbath” – um nome perfeito, ressaltemos - evocava uma volta às raízes em se tratando de sua temática ocultista, mística e mágica, de arte gráfica (um trabalho primoroso de Drew Struzen) e musicalidade idem.
Por vezes “alegre” demais, outras, introspectivo. Ainda assim, vigoroso e eficaz. E é essa mistura de harmonias, sentimentos, climas, alma, progressividade, heavy metal, blues e genialidade que faz de “Sabbath Bloody Sabbath” algo especial. Seu tema título, clássico rapidamente imortalizado, demonstra essa variedade perfeitamente, indo da letargia onírica ao clímax em transe, complementado pelo peso característico, seu riff central alucinante e os berros paranóicos de Ozzy.
“A National Acrobat”, rítmica, empolgante, com todo o charme do blues e o peso do heavy metal fundidos, que se eleva nas vigorosas suítes instrumentais proporcionadas, dotadas de rara pegada e senso melódico e harmônico.
A linda e emotiva instrumental “Fluff”, carregada de tenros arpejos por parte de Tony Iommi consagra-se como uma das composições mais expressivas melódica e sentimentalmente que a banda já fez.


E ainda a deliciosamente bluesy “Sabbra Cadabra”, daquelas que quando você percebe, está dançando igual um louco pela sala, outro clássico que uma vez incorporado ao repertório ao vivo do grupo não saiu mais, fácil de entender pela sensação que causa na platéia, o típico heavy-rock que a banda faz tão bem, dessa vez incrementado pelos lapsos do progressivo.
A ousadia experimental – para se ter uma idéia foram usados percussão, piano, órgão, sintetizadores, mellotrons, flauta, gaita de foles, tímpano, espineta e diferentes tipos de baixo, violão e guitarra – é sentida durante todo o play, mas fica principalmente evidente na faixa “Who Are You?”, lacônica música cantada soturnamente por Ozzy e dona da letra mais “assombrosa” da bolacha.
Não podemos deixar de citar as contribuições de Rick Wakeman, tecladista do Yes, sob o pseudônimo de Spock Wall e que também deixaria sua marca no próximo LP, o “Sabotage”.
Ozzy Osbourne sabidamente não era um músico dos mais apegados á teoria e técnica, mas que intérprete fantástico, que frontman único, que entrega tudo de si á música alcançando resultados inimagináveis com isso, louco, insano, imprevisível e por último, dono de uma voz inimitável, enfim, o homem perfeito para ser "a" cara e "a" voz do heavy metal.
Não que eu não queira, ou que sejam de menor importância, mas não é preciso comentar “Killing Yourself To Live” e “Looking For Today”, dois cultos ao bom gosto, duas pérolas de refino metálico. Descrevê-las é tirar o impacto da descoberta, desnudar o prazer de encontrar algo novo, porque é isso que acontece a cada vez que se ouve “Sabbath Bloody Sabbath”, o típico álbum que a cada nova audição se gosta mais, acha-se coisas novas, detalhes, peculiaridades de uma grande banda. Por isso dê-se ao prazeroso trabalho de descobrir as canções por conta própria e senti-las com a individualidade que é necessária. 
Por fim, "Spiral Architect" emociona com sua introdução dedilhada ao violão para depois explodir em técnica e virtuose sadia, se valendo de passagens eruditas, cordas e violinos, no melhor estilo progressivo-setentista, uma das melhores e mais trabalhadas composições do Black Sabbath.
Até os críticos gostaram, eles, metidos e acostumados a serem refinados, eles que sempre detestaram a banda, foram obrigados a se render e derramaram-se em elogios; também pudera, fica difícil achar o que criticar neste material. O álbum acabou sendo o mais vendido da banda desde Paranoid.
Não é um tratado sobre a complexidade, nem tem pretensão de ser, não tem ostentações megalomaníacas e não foi feito para disputar quem é mais rápido ou toca mais difícil, mas quem disse que não há magia e genialidade na pureza?
Simples quando preciso, belo, sutil e agressivo num mesmo espaço, empolga, toca, diverte, encanta. “Sabbath Bloody Sabbath” mostra os mestres se reinventado, produzindo mais uma obra atemporal e influente, fruto da criatividade, técnica e competência que talvez nem os próprios rapazes sabiam que tinham.
Está aí a graça da coisa, o segredo: eram tão espontâneos, sinceros e originais no que faziam, que nenhuma outra banda poderia imitar, de repercussão e importância incalculáveis á época, mas que o tempo se encarregou de imortalizar, criando uma infindável geração de admiradores.
“Sabbath Bloody Sabbath” – que nome fabuloso! Que discaço de heavy metal! Um marco para a banda, um marco para a boa música. Nossos extasiados sentidos agradecem.

Fonte:
Whiplash
http://whiplash.net/materias/cds/003695-blacksabbath.html#ixzz3mrx15WVP 



BLACK SABBATH : Sabbath Bloody Sabbath Video Music


IRON MAIDEN : Sabbath Bloody Sabbath


METALLICA : A National Acrobat


BLACK SABBATH : Killing Your Self To Live Live California Jam 74


BLACK SABBATH : Iron Man & Sabbath Bloody Sabbath Live 94


STRING QUARTET : Tribute To Black Sabbath


BRUCE DICKINSON : Sabbath Bloody Sabbath Live At Obras 95


METALLICA : Feat. Geezer Butler Plays Sabbra Cadabra & A National Acrobat Live San Francisco 2011


BLACK SABBATH : Spirtal Architect Live Denmark 98


BLACK SABBATH : Fluff




O Sabbath Bloody Sabbath é um extraordinário disco de uma fantástica banda, ambos imortais na história do Rock.
Longa Vida ao Black Sabbath !
Longa Vida ao Rock And Roll !


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

The Brazil's True Rock - 10. Cheiro de Vida

CHEIRO DE VIDA : Uma Banda de Jazz Rock de Altíssima Qualidade !


O Cheiro de Vida é composto por três grandes nomes da música instrumental do sul do Brasil: Alexandre Fonseca (bateria), André Gomes (baixo e sitar) e Carlos Martau (guitarra). 


Juntos formaram em 1978, em Porto Alegre, o lendário Cheiro de Vida, grupo instrumental de Jazz Rock progressivo. Na década de 80 foram para o Rio de Janeiro e rapidamente chamaram a atenção de nomes famosos do cenário musical do Brasil e desenvolveram trabalhos com vários artistas conhecidos.


Na Bagagem destes excelentes músicos, há muita história para contar: tours no exterior, participações especiais em estúdio e shows com vários artistas renomados, a fábrica de instrumentos de Martau... Como grupo, o Cheiro de Vida gravou dois álbuns históricos. 


O primeiro, em 1984, contou com participações de Paulo Supekóvia, Pedro Tagliani, Renato Alscher e Augusto Licks. O segundo álbum ao vivo (1988) contou com Dudu Trentin que participou do grupo por um período. Atualmente separados, André, Martau e Alex continuam sendo músicos altamente requisitados em estúdios e em shows por todo o país.


CHEIRO DE VIDA : Africa


CHEIRO DE VIDA : Live 1988 Full Concert



O Cheiro de Vida foi uma banda de Jazz Rock Instrumental de alta qualidade, nos deixa dois registros da amais alta importância para a história de nosso Autêntico Rock Nacional.
Longa Vida ao Cheiro de Vida !
Longa Vida ao Rock And Roll !



domingo, 20 de setembro de 2015

New Band New Record - 24. Bear Bone Company

BEAR BONE COMPANY : Uma fantástica banda sueca de peso com moldes setentistas !


O Bear Bone Company é uma anda formada em Estocolmo na Suécia em 2012, que se caracteriza por uma banda estilo Power Trio e que preza pelo peso de suas músicas.


Seu som lembra muito o Hard Rock e o Heavy Metal feito nas décadas de 70 e 80, com uma base muito consistente, e uma guitarra rasgante, seu vocal completa o som dando um brilho incomum às suas interpretações.


Banda
   B.K. - Guitar and Lead Vocal
   Knauz - Drums
   J.Martin. - Bass and Vocals


BEAR BONE COMPANY : Down In Flames Live


BEAR BONE COMPANY : Don't Belong



BEAR BONE COMPANY : GTV Live



O Bear Bone Company é mais uma grande banda sueca de Rock Pesado para nossos ouvidos serem acariciados.
Longa Vida ao Bear Bone Company !
Longa Vida ao Rock And Roll !


domingo, 13 de setembro de 2015

New Band New Record - 23. Hair Of The Dog

HAIR OF THE DOG : Uma fantástica banda escocesa bebendo dos anos 70 !


A banda Hair of the Dog é um Power Trio formado em Edimburgo, na Escócia, pelos irmãos Adam (vocais e guitarras) e Jon Holt (bateria) e um velho amigo de ambos, Iain Thomson (baixo), todos amantes do Rock dos anos 70 que desde os seus tempos de escola como muitos de nós, e tem como base de sua música bandas sagradas dos anos 70 como Zeppelin, Hendrix e Sabbath, embora acrescentem uma boa pitada de Stoner Rock e Psicodélico em suas composições, o que faz com que sua música seja única.


Os irmãos já tocavam juntos há muito tempo, fazendo performances com músicas cover de suas bandas favoritas, mas já nessa época também compunham, e ali estaria sendo formada a base da banda que só iria aparece pelos idos de 2011.


Em 2011, o trio decide formar uma banda, então definem a base da música coom sendo um som metal acrescido de um elemento mais bluesy, o resultado foi a formação da banda Roll On Three.  
Por dois anos Roll On Three estabeleceu-se como uma das principais bandas da cena Stoner Metal de Edimburgo fazendo shows em toda Escócia. No entanto, com o tempo a banda começa a tocar as suas músicas mais antigas.


Em meados de 2013 a banda praticamente cessou as atividades, enquanto eles começaram a trabalhar em algo diferente, com um novo rumo, em algo que eles amavam, o resultado foi o Hair Of The Dog.
No início de 2014 a banda entrou no estúdio em Edimburgo para gravar um álbum, eles não tinham sequer feito um show.  Sobre o espaço de um fim de semana, eles gravaram seu álbum auto-intitulado de estréia, que foi lançado em fevereiro de 2014 e coincide com a sua primeira apresentação ao vivo. 
O álbum foi muito bem recebido ganhando uma série de comentários positivos.  


No ano de 2014 a banda continua um giro por toda Escócia, para estabelecer seu nome e espalhar seu novo som, entrando pelso anos de 2015 como todo vapor e força.

Banda
   Adam Holt - Guitar/Vocals
   Jon Holt - Drums
   Iain Thomson – Bass



HAIR OF THE DOG : Weary Bones


HAIR OF THE DOG : Gypsy Eyes & Weary Bones Live Edinburgh 2015


HAIR OF THE DOG : Wage With The Devil


HAIR OF THE DOG : Wage With The Devil Live Glasgow 2014



O Hair Of The Dogs é uma Grande Banda que esperamos continue nesse caminho por muito tempo.
Longa Vida ao Hair Of The Dog !
Longa Vida ao Rock And Roll !



The Brazil's True Rock - 9. Vênus

VÊNUS : Uma Grande Banda Hard dos anos 80 !


O Vênus foi uma banda de heavy metal que atuou no cenário musical brasileiro na década de 1980. O grupo formou-se no início de 1982, em Teresina, Piauí, com Pincel no baixo, Kinha na bateria, Nenê na guitarra líder e Thyrso Marechal no vocal e na guitarra base.
Tocavam inicialmente covers de várias bandas do cenário internacional. Logo, porém, começaram a compor material próprio e a tocar bastante ao vivo, principalmente seu material autoral. Em 1984, apresentaram-se no Festival Setembro Rock, em Teresina, diante de 2000 pessoas. No mesmo ano, o guitarrista Ico Almendra juntou-se à banda no lugar de Nenê, irmão do baterista Kinha, que teve que se retirar da banda por motivos profissionais. Um ano e meio depois, a primeira fita demo, com 6 faixas, foi gravada e para a divulgação da mesma, partiram para a procura de um vocalista mais agressivo, quando então encontraram Kleber, ex-integrante da banda Wagark.
No ano de 1986, começaram a gravar o primeiro (e que acabaria por ser o único) álbum, Vênus. Nessa época, pouco antes do início da gravação, o novo vocalista deixou a banda e Thyrso Marechal teve que voltar a cantar, fazendo o papel de vocalista do disco. No material produzido, a capa do álbum apresentava o pôr-do-sol, visto a partir do delta do Rio Parnaíba, em meio à tábua zodiacal e o verso da capa apresentava a silhueta dos membros da banda na cor cinza, emoldurando a temática musical do trabalho: ecologia, misticismo e o anti-racismo.
Após a gravação do álbum, João Filho assumiu os vocais e com essa nova formação o grupo fez uma turnê por algumas cidades do meio norte do Brasil, chegando a deslocar-se até São Paulo para promover o álbum. Na capital paulista fizeram dois concertos que chegaram a ser filmados oficialmente, além do álbum ter sua audição registrada numa crítica positiva de uma edição de 1986 da revista especializada Rock Brigade, até hoje publicada. O estilo das faixas do álbum foi marcado por longos duetos de guitarra, além de letras em português e, a despeito da escassez dos recursos técnicos empregados na gravação dos "riffs" das guitarras e bateria, o álbum é atualmente reconhecido como um dos precursores e um dos mais antigos registros no Brasil de heavy metal cantado em português, além de uma qualidade musical surpreendente no contexto do estilo, naquela década, denominado "metal nacional".
Ainda em 1986, tocaram novamente na última edição do Festival Setembro Rock, ao lado de bandas como A Chave do Sol, Megahertz e outras. Após alcançar reconhecimento com letras em português, longos duetos de guitarra e de ter influenciado o cenário do "heavy metal" nacional, a banda separou-se inesperadamente no final da década de 1980.
O Vênus chegou a se reunir em várias apresentações isoladas nos anos de 1988 e 1989, numa última formação contando com um guitarrista até então desconhecido, de nome Erisvaldo Borges, que chegou a compor algumas faixas com influências de música clássica, na linha do estilo neoclássico de Yngwie Malmsteen, mas que jamais foram gravadas em CDs ou LPs. Juntou-se à banda, na época, um guitarrista de nome Marcelo Leonardo, porém tais reuniões não prosseguiram por muito, até a banda se desfazer definitivamente no final do ano de 1989.
Tanto o grupo, quanto o álbum lançado, aparecem listados numa das mais proeminentes referências enciclopédicas do rock brasileiro até o final dos anos 1980: o ABZ do rock brasileiro, de Marcelo Dolabela.


Após o fim do Vênus, os guitarristas Ico e Thyrso formaram a banda Avalon; Thyrso não permaneceu por muito tempo e, após deixar o Avalon, participou da primeira formação (1991) da Scud (banda), atuando na primeira gravação (Lampião) do grupo que atua até hoje no cenário do rock brasileiro. Atualmente, Thyrso participa do projeto da banda Radiofônicos, adepta do estilo rock'n'roll e blues-rock.
Já o guitarrista Ico Almendra participou da gravação de todos os álbuns do Avalon e mudou-se para os Estados Unidos, onde vive com a família e os filhos até hoje em dia, e depois de um tempo afastado da música, voltou a compor e gravar. Seu primeiro álbum solo foi lançado em 2005, nos EUA, sob o pseudônimo de Frank Krischman. O segundo foi gravado em 2007, chamado "Full Bloom", em parceria com a cantora paulistana Olivia, e chegou a ter uma boa distribuição e reconhecimento da crítica, sendo indicado a melhor álbum do ano em um prêmio da revista Dynamite. Esses dois álbuns seguem a linha do folk rock acústico. Em Austin (EUA) tem participado de vários projetos, todos envolvendo de alguma forma música brasileira. Foi membro da "The Flying Club", banda do Texas, com um disco gravado (Far and Away - 2006), que mistura pop estadunidense com MPB. Sua principal banda agora chama-se Manga Rosa, onde atuando com o nome artístico de Frank Almendra mistura Samba, Bossa-nova e ritmos nordestinos com arranjos modernos. Ainda participa do Ipanema, uma banda de Jazz-Bossa e do "The Batykum", grupo de música instrumental que enfatiza o ritmo afro-brasileiro, liderado pelo percussionista brasileiro Luiz Coutinho.
Erisvaldo Borges abandonou, desde o final da década de 1990, o uso de guitarras elétricas, tornando-se um violonista clássico instrumental reconhecido no cenário nacional e internacional, chegando a gravar onze CDs instrumentais e atualmente atua como organizador do Festival Nacional de Violão do Piauí - Fenavipi que ocorre anualmente, contando com atrações do violão instrumental de vários estados brasileiros, além do exterior.Borges também realiza um trabalho único no Brasil na área de educação musical, por meio de suas oficinas de violão, que estão presentes em 35 escolas da rede municipal da cidade de Teresina no Piauí e atendem mais de 800 alunos das mais diferentes idades.
Atualmente, dos ex-integrantes da banda, somente Thyrso, Ico e Erisvaldo Borges ainda continam atuando como músicos. A outra parte dos ex-integrantes ainda vivem em Teresina, onde possuem lojas e negócios próprios. O baterista Kinha e o baixista Pincel tornaram-se empresários do ramo de armarinho e construção civil, atuando na região Meio-Norte do Brasil (Piauí, Maranhão e Ceará). Na mesma região, o vocalista João Filho passou a atuar no ramo de comércio de veículos, não mais sendo ouvido nos palcos do rock nacional.
Quase três décadas após a gravação original, as 500 unidades do LP prensadas e lançadas no início da década de 1980 tornaram-se peças de colecionador, sendo possível para os fãs atuais da história de "heavy" nacional a audição da banda somente em registros obtidos em sites especializados de rock.

Primeira Formação
   Thyrso – Vocal e Guitarra
   Nenê – Guitarra
   Pincel – Baixo
   Kinha – Bateria

Última Formação
   João Filho - Vocal
   Erisvaldo Borges – Guitarra
   Marcelo Leonardo – Guitarra
   Pincel – Baixo
   Kinha - Bateria

Discografia
   Vênus – 1986 ( Vinil )


VÊNUS : Vênus 1986 Full Album



O Vênus foi uma banda dos gloriosos aos 80 que manteve a bandeira do Heavy Metal no nordeste com muita galhardia.
Longa Vida ao Vênus !
Longa Vida ao Rock And Roll !