sábado, 26 de setembro de 2015

Great Bands Great Songs - 49. Sabbath Bloody Sabbath

SABBATH BLOODY SABBATH : Um disco histórico do Heavy Metal.


Sabbath Bloody Sabbath é o quinto álbum de estúdio da banda de heavy metal inglesa Black Sabbath.


Repercussão
Foi o primeiro álbum da banda a ser elogiado pela crítica da época, sendo aclamado pela revista americana Rolling Stone como "um grande sucesso" e "um grande trabalho". Isto foi um grande impacto positivo para a banda, já que a mesma Rolling Stone já teria dirigido críticas duras à seus primeiros quatro trabalhos. A banda levou mais adiante as influências do rock progressivo, que já apareciam com menos intensidade no álbum anterior, Black Sabbath Vol. 4. O tecladista Rick Wakeman, do Yes, fez algumas participações nesse álbum nas músicas "Sabbra Cadabra" e "Who Are You?", tocando sob o pseudônimo "Spock Wall".
A banda planejava gravar este álbum, e alugaram uma casa em Bel Air para começarem a gravar, porém devido à sérios problemas com drogas e fadiga, não obtiveram sucesso algum compondo, e então retornaram para a Inglaterra e alugaram o Castelo Clearwell, situado na Floresta de Dean, local que, segundo os membros da banda, os faziam mais inspirados, e após algum tempo ensaiando, Tony Iommi criou o riff da música "Sabbath Bloody Sabbath", e as músicas começaram a surgir. O álbum foi gravado no Morgan Studios em Londres. A banda passou por uma transição drástica em suas músicas, misturando o peso original da banda à sons de sintetizadores e toques de progressivo, como em músicas como "Spiral Architect" e "Who are You?", o que seria uma marca até o álbum Never Say Die!.
O álbum alcançou o 4º lugar nas paradas britânicas, e o 11º lugar nas paradas americanas. Durante a turnê mundial desse álbum a banda ganhou grande popularidade após tocar para 200.000 pessoas no Festival California Jam em 1974, ao lado de bandas como Deep Purple, Emerson, Lake and Palmer, Eagles, Earth, Wind & Fire e outros.

Arte
Drew Struzan foi o artista requisitado para desenhar a capa do álbum. Ele retratou um homem em uma cama, aparentemente tendo um pesadelo ou uma visão de sendo atacado por demônios em forma humana. No alto da cama há uma grande caveira com longos e estendidos braços e o 666 (o número da besta) escrito sobre ele. O outro lado do álbum apresenta o oposto da capa, como visto em aqui.


Gravação
O álbum foi gravado no Morgan Studios em Londres, e foi um dos álbuns com o processo de gravação mais longos de toda a história da banda. O Black Sabbath usou pela primeira vez em gravação um sintetizador. A banda, acostumada a gravar álbuns em poucos meses, ou mesmo semanas, sentiu o peso da demora. Um fato curioso sobre o disco é que, segundo Tony Iommi, o uso abusivo de drogas e álcool e o isolamento da banda é que inspirou o clima de músicas como Sabbath Bloody Sabbath e Killing Yourself to Live e provocou as frequentes aparições de fantasmas, poltergeist e outros fenômenos sobrenaturais que ocorriam nas masmorras onde a banda ensaiou.


Aspectos
O disco mostra um Black Sabbath se distanciando do seu estilo inicial por vontade própria, sem medo de experimentar. Músicas como "A National Acrobat", "Looking For Today" e "Spiral Architect" mostram o amadurecimento claro da banda, arranjos mais complexos e músicas mais orquestradas. Por exemplo em "Who Are You?", o uso de teclados e sintetizador, em "Looking For Today" o uso de flautas, e em "Fluff", o uso do cravo. O álbum também revela um lado bastante introspectivo da banda: o lado acústico, como em "Sabbath Bloody Sabbath" e "Looking For Today". O álbum tem uma atmosfera muito mais caracterizada pelo rock progressivo que seu antecessor Black Sabbath Vol. 4, e é considerado por muitos o auge do amadurecimento da banda.


Faixas
Todas as canções foram compostas por Iommi/Osbourne/Butler/Ward.
   1. Sabbath Bloody Sabbath   5:45
   2. A National Acrobat   6:13
   3. Fluff   4:09
   4. Sabbra Cadabra   5:57
   5. Killing Yourself to Live   5:41
   6. Who are You?   4:10
   7. Looking for Today   5:01
   8. Spiral Architect   5:31

Créditos
   Black Sabbath
    Tony Iommi - Guitarra, Piano, Sintetizadores, Órgão, Flauta
    Geezer Butler - Baixo, Sintetizadores, Mellotron
    Ozzy Osbourne - Vocal, Sintetizadores
    Bill Ward - Bateria, Tímpano, Bongos em "Sabbath Bloody Sabbath"

Participação
   Rick Wakeman - Teclados, Sintetizadores, Piano, Moog (Faixas 4,6)

Produção
   Produzido por Black Sabbath
   Produtor Técnico Mike Butcher
   Remasterizado por Ray Staff no Whitfield Street Studios
   Fotografia adicional por Ross Halfin e Chris Walter



Sabbath Bloody Sabbath: a história da capa do clássico
Paulo Severo da Costa
Em 1973, forças estranhas invadiam o mundo midiático: inundados em sangue e vísceras, filmes como “O Exorcista” e “O Massacre da Serra Elétrica” mostravam a coincidência entre o auge da era gore e a força do terror psicológico de clássicos como “O Homem de Palha”. Assim como a temática do SABBATH, anos antes, havia se orientado pelo sinistro teor das letras e os trítonos ameaçadores, nesse mesmo ano, eles lançaram um clássico absoluto que, para “piorar” figurava com uma das melhores capas da história do metal.
Lançado em dezembro de 1973, o álbum se arriscou por uma seara mais experimentalista, misturando toques de progressivo à massa sonora metal, ungindo clássicos indiscutíveis como “Sabbra Cadabra”, “ A National Acrobat” e a própria faixa título. 
Na capa, a grande cereja do bolo: concebida por Drew Struzan - artista que dominou Hollywood nos anos 80 fazendo os cartazes de “Blade Runner”, ‘De Volta para o Futuro”, “Rambo” e mais um sem-número de clássicos - a representação do homem tendo pesadelos com alegorias satânicas, emoldurada pela representação do número da besta junto ao crânio e os braços estendidos no topo do leito. Um dado curioso - e improvável nessa época de downloads - é a concepção do verso da capa: nas primeiras edições, a imagem abaixo representa a visão oposta da cena, claramente simbolizando o dualismo entre luz e sombra.

Fonte:
Whiplash
Paulo Severo da Costa
http://whiplash.net/materias/curiosidades/167277-blacksabbath.html


Black Sabbath: 40 anos de Sabbath Bloody Sabbath
João Renato Alves 
1º de dezembro de 2013
Black-Sabbath-Sabbath-Bloody-Sabbath
Lançado em 1º de dezembro de 1973
Texto por Gabriel Ferreira
Conciliar a boa receptividade do público e a da crítica foi uma dor de cabeça para o Black Sabbath em seus primeiros discos. Os ingleses viviam uma relação de amor e ódio com os críticos musicais da época, principalmente com o lendário Lester Bangs, que simplesmente execrou as quatro obras primárias do Sabbath. Enquanto isso, as vendas superavam as expectativas, e, em 1972, Vol. 4 se tornou o quarto disco consecutivo a vender um milhão de cópias na terra do Tio Sam.
De volta da turnê de promoção de Vol. 4, Ozzy, Geezer, Tony e Bill não se demoraram a voltar também para o estúdio. A criatividade, porém, foi prejudicada pelo abuso de drogas (a cocaína era indispensável ao cotidiano da banda), e o quarteto decidiu iniciar o processo de composição em um local recluso e sombrio. A escolha foi o Castelo de Clearwell, na terra nativa dos mesmos. O clima medieval das masmorras onde ocorreram os ensaios despertou novamente a inventividade perdida. O fruto dessa alternativa peculiar pôde ser conferido um ano depois.
Lançado em novembro de 1973, “Sabbath Bloody Sabbath” conquistou avaliações satisfatórias e prosseguiu com as vendas altas dos álbuns anteriores. A conciliação entre os dois lados havia sido, finalmente, conquistada.
E não foi apenas isso. É notável o amadurecimento e, principalmente, a experimentação que ia ganhando cada vez mais espaço. Se em Vol. 4 a influência progressiva se limitava às faixas longas e complexas, em Sabbath Bloody Sabbath essa influência se estendeu ao ponto de Rick Wakeman ser convidado a contribuir com os teclados. A sonoridade muito bem trabalhada, resultado da maior liberdade dada a eles, é um dos aspectos cruciais para que o quinto lançamento do line-up clássico do Sabbath seja um dos mais marcantes.
Iniciado com a potente faixa título, o álbum traz uma gama interessantíssima de instrumentalizações. A abertura, por exemplo, mescla perfeitamente o clima mais porradeiro com toda a calmaria dos violões. “A National Acrobat”, por outro lado, é uma paulada completa, e inclui até mesmo o uso de wah-wah por parte do lendário Iommi. Em sua porção final, a canção descamba para algo próximo de uma jam, onde a cozinha de Geezer e Ward quebra tudo.
Acalmando as coisas, vem “Fluff”, belíssimo instrumental conduzido pelos violões de Geezer e Tony. A atmosfera próxima do angelical, no entanto, é substituída logo em seguida pela blueseira “Sabbra Cadabra” e os histéricos berros de Ozzy. O trabalho de Wakeman merece nota, uma vez que seus teclados criam um interessante contraste com a distorção das guitarras.
“Killing Yourself to Live” aposta em um clima denso, enquanto a experimental “Who Are You?” é totalmente orientada por Wakeman. A quase dançante “Looking For Today” abre alas para o encerramento, que fica a cargo da bem estruturada “Spiral Architect” e suas alternâncias rítmicas notáveis, onde sobra espaço até para violinos.
Sabbath Bloody Sabbath pode ser visto como a consolidação dos experimentalismos praticados por Iommi e companhia, que atingiu níveis astronômicos em Sabotage, outra obra-prima. No mais, testemunhe toda a genialidade de uma das bandas mais importantes da história do rock’n’roll. 
Obrigatório.

Fonte:
Van do Halen
http://www.vandohalen.com.br/black-sabbath-40-anos-de-sabbath-bloody-sabbath/
Texto por Gabriel Ferreira


Resenha - Sabbath Bloody Sabbath - Black Sabbath
Maurício Gomes Angelo
1973. Ano de estafa total para os pais do heavy metal. Turnês gigantescas e intermináveis em seqüência estavam deixando Ozzy e Cia. ainda mais pirados do que o normal. Egos lá em cima, drogas à toda e o caldeirão mercadológico que cercavam a banda também não contribuíam para manter a mente sã dos prolíficos rapazes de Birmingham.
Pois para tudo há solução, e no caso, o jeito era botar as idéias no lugar e procurar um refúgio tranqüilo para as gravações. A malfadada experiência no castelo ao norte da Inglaterra escolhido para ser o tal refúgio (em que a fama mística voltava a se tornar real e assustar até os próprios integrantes) era o sinal de que a palavra “convencional” definitivamente não faz parte da história do Sabbath e aquelas duas semanas dentro do estúdio (um outro castelo mais “comportado”) entrariam para a história.
No entanto, mais uma vez fugindo do que era esperado, a sonoridade do álbum estava mudada. As guitarras se distanciando da afinação baixa, uso grandiloqüente de teclados, órgãos, cordas e violões, experimentalismo em evidência, melodia em alta - inclusive na voz de Ozzy – visual diferente, técnica e magia num casamento apuradíssimo. Era o sorumbático Sabbath se rendendo á progressividade tão em alta na época? Sim, surpreendentemente era. E o fizeram com extrema sapiência e propriedade, sem jamais sequer arranhar sua identidade própria.
Não à toa o álbum em questão é considerado por muitos o melhor e mais bem produzido da longa carreira do grupo. Curioso notar que o Black Sabbath é talvez a única banda em todos os tempos que tem 5 ou 6 álbuns que podem ser considerados “o melhor” e que há defensores ferrenhos para cada um deles. Sorte nossa que ganhamos obras e mais obras magníficas para saciar nossa sede de boa música pesada.
Ao mesmo tempo em que trazia inovações, “Sabbath Bloody Sabbath” – um nome perfeito, ressaltemos - evocava uma volta às raízes em se tratando de sua temática ocultista, mística e mágica, de arte gráfica (um trabalho primoroso de Drew Struzen) e musicalidade idem.
Por vezes “alegre” demais, outras, introspectivo. Ainda assim, vigoroso e eficaz. E é essa mistura de harmonias, sentimentos, climas, alma, progressividade, heavy metal, blues e genialidade que faz de “Sabbath Bloody Sabbath” algo especial. Seu tema título, clássico rapidamente imortalizado, demonstra essa variedade perfeitamente, indo da letargia onírica ao clímax em transe, complementado pelo peso característico, seu riff central alucinante e os berros paranóicos de Ozzy.
“A National Acrobat”, rítmica, empolgante, com todo o charme do blues e o peso do heavy metal fundidos, que se eleva nas vigorosas suítes instrumentais proporcionadas, dotadas de rara pegada e senso melódico e harmônico.
A linda e emotiva instrumental “Fluff”, carregada de tenros arpejos por parte de Tony Iommi consagra-se como uma das composições mais expressivas melódica e sentimentalmente que a banda já fez.


E ainda a deliciosamente bluesy “Sabbra Cadabra”, daquelas que quando você percebe, está dançando igual um louco pela sala, outro clássico que uma vez incorporado ao repertório ao vivo do grupo não saiu mais, fácil de entender pela sensação que causa na platéia, o típico heavy-rock que a banda faz tão bem, dessa vez incrementado pelos lapsos do progressivo.
A ousadia experimental – para se ter uma idéia foram usados percussão, piano, órgão, sintetizadores, mellotrons, flauta, gaita de foles, tímpano, espineta e diferentes tipos de baixo, violão e guitarra – é sentida durante todo o play, mas fica principalmente evidente na faixa “Who Are You?”, lacônica música cantada soturnamente por Ozzy e dona da letra mais “assombrosa” da bolacha.
Não podemos deixar de citar as contribuições de Rick Wakeman, tecladista do Yes, sob o pseudônimo de Spock Wall e que também deixaria sua marca no próximo LP, o “Sabotage”.
Ozzy Osbourne sabidamente não era um músico dos mais apegados á teoria e técnica, mas que intérprete fantástico, que frontman único, que entrega tudo de si á música alcançando resultados inimagináveis com isso, louco, insano, imprevisível e por último, dono de uma voz inimitável, enfim, o homem perfeito para ser "a" cara e "a" voz do heavy metal.
Não que eu não queira, ou que sejam de menor importância, mas não é preciso comentar “Killing Yourself To Live” e “Looking For Today”, dois cultos ao bom gosto, duas pérolas de refino metálico. Descrevê-las é tirar o impacto da descoberta, desnudar o prazer de encontrar algo novo, porque é isso que acontece a cada vez que se ouve “Sabbath Bloody Sabbath”, o típico álbum que a cada nova audição se gosta mais, acha-se coisas novas, detalhes, peculiaridades de uma grande banda. Por isso dê-se ao prazeroso trabalho de descobrir as canções por conta própria e senti-las com a individualidade que é necessária. 
Por fim, "Spiral Architect" emociona com sua introdução dedilhada ao violão para depois explodir em técnica e virtuose sadia, se valendo de passagens eruditas, cordas e violinos, no melhor estilo progressivo-setentista, uma das melhores e mais trabalhadas composições do Black Sabbath.
Até os críticos gostaram, eles, metidos e acostumados a serem refinados, eles que sempre detestaram a banda, foram obrigados a se render e derramaram-se em elogios; também pudera, fica difícil achar o que criticar neste material. O álbum acabou sendo o mais vendido da banda desde Paranoid.
Não é um tratado sobre a complexidade, nem tem pretensão de ser, não tem ostentações megalomaníacas e não foi feito para disputar quem é mais rápido ou toca mais difícil, mas quem disse que não há magia e genialidade na pureza?
Simples quando preciso, belo, sutil e agressivo num mesmo espaço, empolga, toca, diverte, encanta. “Sabbath Bloody Sabbath” mostra os mestres se reinventado, produzindo mais uma obra atemporal e influente, fruto da criatividade, técnica e competência que talvez nem os próprios rapazes sabiam que tinham.
Está aí a graça da coisa, o segredo: eram tão espontâneos, sinceros e originais no que faziam, que nenhuma outra banda poderia imitar, de repercussão e importância incalculáveis á época, mas que o tempo se encarregou de imortalizar, criando uma infindável geração de admiradores.
“Sabbath Bloody Sabbath” – que nome fabuloso! Que discaço de heavy metal! Um marco para a banda, um marco para a boa música. Nossos extasiados sentidos agradecem.

Fonte:
Whiplash
http://whiplash.net/materias/cds/003695-blacksabbath.html#ixzz3mrx15WVP 



BLACK SABBATH : Sabbath Bloody Sabbath Video Music


IRON MAIDEN : Sabbath Bloody Sabbath


METALLICA : A National Acrobat


BLACK SABBATH : Killing Your Self To Live Live California Jam 74


BLACK SABBATH : Iron Man & Sabbath Bloody Sabbath Live 94


STRING QUARTET : Tribute To Black Sabbath


BRUCE DICKINSON : Sabbath Bloody Sabbath Live At Obras 95


METALLICA : Feat. Geezer Butler Plays Sabbra Cadabra & A National Acrobat Live San Francisco 2011


BLACK SABBATH : Spirtal Architect Live Denmark 98


BLACK SABBATH : Fluff




O Sabbath Bloody Sabbath é um extraordinário disco de uma fantástica banda, ambos imortais na história do Rock.
Longa Vida ao Black Sabbath !
Longa Vida ao Rock And Roll !


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