domingo, 5 de julho de 2015

Special Edition - 54. Ópera Rock

ÓPERA ROCK : A Riqueza Multidimensional do Rock !


Ópera rock é uma obra de rock que apresenta uma narrativa contada em diversas partes, canções ou seções, ao estilo de uma ópera. Uma ópera rock difere-se de um álbum convencional por geralmente trazer canções unificadas por um tema ou narrativa em comum, contando uma história com princípio, meio e fim. Uma ópera rock pode ou não ser apresentada de forma teatral. Em formato gravado, pode ser similar a um álbum conceitual, embora este simplesmente mantenha um tema ou estilo específico e as canções não sejam unidas por um enredo.


THE SOLAR SYSTEM : A Rock Opera !



Características
É consenso geral que a principal característica de uma ópera compartilhada pela ópera rock é a narrativa consistente,1 centrada em seres humanos e seus conflitos e problemas, e que relata tais aspectos de forma coesiva e coerente.2 Alguns estudiosos, como o escritor Eric V. d. Luft, defendem ainda que, analisado mais a fundo, o gênero pode revelar outras semelhanças:

A ópera rock não é um drama musical unificado ou Gesamtkunstwerk de um Wagner ou um Strauss, mas simplesmente uma série de canções interligadas que, reunidas, contam uma história. Dessa forma, também não chega a ser unificada como uma obra de Verdi ou de Puccini mas, sendo caracteristicamente disjuntiva e impressionista, guarda semelhança mais próxima com os trabalhos de Mozart, Händel ou Monterverdi. Da mesma maneira que as obras desses compositores do século XVII e XVIII, a ópera rock não apresenta um recitativo para amarrar a narrativa entre as canções, não tendo nada para substituir esta função exceto a imaginação do ouvinte. Sendo assim e, a não ser que seja excessivamente polida por seu autor, uma ópera rock é tipicamente aberta a diversas interpretações plausíveis.
Eric V. d. Luft, In ''Die at the Right Time!: A Subjective Cultural History of the American Sixties

A principal diferença entre a ópera e a ópera rock, por outro lado, é que a segunda é normalmente apresentada por seus próprios compositores e arranjadores, sendo desenvolvida ainda durante o processo de produção e vista na maioria das vezes como um esforço colaborativo entre diversos músicos.2 Embora não represente um padrão ou norma a ser seguida, a apresentação em concerto de uma ópera rock é em geral acompanhada de elaborados sistemas de iluminação, cenário e outros objetos de palco, e em determinados casos até mesmo de encenações ou trechos de diálogos para acompanhar a música.

Origens
Assim como acontece com "álbum conceitual", há controvérsias acerca de quem surgiu com o termo "ópera rock". Tommy, do The Who, é frequentemente citada como a precursora das óperas rock e, senão a primeira, foi pelo menos a obra que definitivamente popularizou o gênero.3 5 Pete Townshend, guitarrista e principal compositor e do Who, é creditado por muitos como o pai do gênero, enquanto outros, como o crítico John Rockwell, afirmam que os créditos cabem ao obscuro grupo psicodélico britânico dos anos 60 Nirvana e seu álbum de 1967 The Story of Simon Simopath. Há ainda um terceiro segmento — incluindo aí os próprios integrantes do Nirvana — que defendem que a banda britânica Pretty Things inventou a ópera rock com seu álbum S.F. Sorrow, de 1968.
Quem quer que tenha sido o criador, a gênese do fenômeno foi inquestionavelmente britânica, parte de uma tentativa maior de intelectualizar o cenário musical do rock e ao mesmo tempo transpor o fosso entre a música clássica e a música pop.


Histórico

Década de 1960
Em meados de 1966, Pete Townshend presenteou Kit Lambert, empresário e produtor do Who, com uma gravação chamada "Gratis Amatis", uma ária formada por vozes satíricas cantando a frase gratis amatis repetidamente. Alguém teria chamado a música de "ópera rock", o que levou Lambert a exclamar pensativo "Aí está uma idéia!". No final do mesmo ano, o Who entrou em estúdio para sua primeira tentativa de gravar um trabalho operístico. Denominada "mini-ópera", a canção de nove minutos "A Quick One, While He's Away" foi lançada em dezembro de 1966 no álbum A Quick One.
Em outubro de 1967, o grupo Nirvana lança The Story of Simon Simopath, um dos primeiros álbuns por uma banda de rock a englobar um único enredo em todas as suas canções. Em dezembro de 1968, o Pretty Things lança S.F. Sorrow, com a biografia musicada do personagem Sebastian F. Sorrow do berço ao túmulo e da alegria à miséria.
Em abril de 1969, o The Who lança Tommy, o primeiro trabalho musical denominado explicitamente como uma ópera rock. Composto primariamente por Pete Townshend, foi um enorme sucesso de vendas, dando origem a versões para balé, teatro e cinema, entre outras.8 Em outubro do mesmo ano o The Kinks lançou sua experimentação com o novo gênero, Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire), obtendo também grande êxito de público e crítica.

Década de 1970
Tommy influenciou muitos, incluindo o compositor Andrew Lloyd Webber que, com o letrista Tim Rice, compôs Jesus Christ Superstar, gravado e lançado como álbum conceitual em 1970. O trabalho foi um sucesso, e o dinheiro obtido com as vendas foi usado para patrocinar a subsequente produção teatral, encenada no final de 1971. A obra foi explicitamente divulgada como uma "ópera-rock", e embora seu formato original tenha sido o de um álbum, a intenção sempre foi a de montá-la em forma musical. Acabou alcançando então grande êxito na Broadway, passando a ser definida como um "musical rock".
Em 1972, David Bowie lança sua ópera rock The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, a história de um astro do rock que é orientado por alienígenas a compor músicas às vésperas do fim do mundo.11 Em 1973, o Who lança sua segunda ópera rock, Quadrophenia, sobre um adolescente da década de 1960 sofrendo de um transtorno de personalidade.12 No mesmo ano Lou Reed lança Berlin, uma ópera rock trágica a respeito de um casal condenado, tratando de temas como uso de drogas, depressão e suicídio.13 Em 1974, o Genesis lança The Lamb Lies Down on Broadway, uma história surreal sobre um jovem à procura de seu irmão desaparecido.
Em 1979, o Pink Floyd lança The Wall. O trabalho, encenado em elaboradas apresentações teatrais pela banda, acabaria se tornando uma das mais famosas e celebradas óperas rock. No mesmo ano Frank Zappa lança Joe's Garage, uma ópera rock em três atos sobre a vida de um jovem músico chamado Joe, situada em um futuro distópico onde a música foi tornada ilegal (esse último detalhe inspirado na Revolução Iraniana, que condenou apresentações musicais públicas).

Estilo
De acordo com Fleming, óperas de rock são mais parecidas com uma cantata ou suíte , como eles normalmente não são encenados. Da mesma forma, Andrew Clements do The Guardian chama Tommy de uma obra musical marcadamente subversiva. Clements afirma que as letras dirigem as óperas de rock, o que as torna não uma verdadeira forma de ópera. Em resposta às acusações de que as óperas de rock são pretensiosas e exageradas, Pete Townshend escreveu que a música pop, por sua própria natureza esvazia tais atitudes e é simplista. Townshend disse que o único objetivo da música pop é atingir o público, e que as Óperas Rock são apenas mais uma forma de fazê-lo. Peter Kiesewalter, por outro lado, disse que o Rock e Ópera Rock são, ambas, exageradas, são como óculos enormes que cobrem os mesmos temas.
Kiesewalter, que originalmente não é um fã de ópera, diz não achar possível que esses dois estilos possam ser mesclados, mas suas óperas modernizadas com Rock surpreenderam com sua popularidade na Companhia de Ópera East Village.
Óperas Rock normalmente são gravadas e interpretadas em álbuns pelos próprios artistas, mas eles também podem ser realizadas no palco, como o Rent, que apresentou-se na Broadway.
Esse uso também tem gerado polêmica;  Anne Midgette do The New York Times chamou-os musicais com "não mais do que a adição de um teclado e um conjunto de tambores”.


Revista Rolling Stones
Edição 18 - Março de 2008
Ópera Rock
Eterno baixista do Pink Floyd, Roger Waters fala sobre a ópera que ajudou a trazer ao Brasil
por Toninho Spessoto

Roger Waters faz sua primeira incursão na música erudita ao criar a melodia da ópera Ça Ira - Há Esperança, com roteiro do autor francês Etienne Roda-Gil e inspirado na história da Revolução Francesa. Além de assinar a música, Waters foi o responsável pela versão em inglês da obra. Um dos fundadores do mítico Pink Floyd, o baixista, guitarrista e cantor estará em Manaus (AM) nos dias 15, 22 e 24 de abril para acompanhar a apresentação de Ça Ira no XII Festival Amazonas de Ópera, com elenco brasileiro e texto em inglês. "Sempre que posso, supervisiono as montagens, e não perderia por nada a chance de voltar ao Brasil", disse o músico, por telefone, de Nova York.

Ça Ira é uma ópera transgressora?
Totalmente! O simples fato de mostrar a história da Revolução Francesa sem rodeios é uma ousadia. E chamar um homem do rock para criar a partitura só aumenta essa transgressão&

Como você se envolveu com o projeto?
Tudo começou em 1989, durante as comemorações do bicentenário da Revolução Francesa. Fui apresentado ao compositor francês Etienne Roda-Gil e à esposa, Nadine, artista plástica. Os dois me entregaram o libreto da ópera em francês e me convidaram para escrever a música. Comecei a trabalhar imediatamente, mas tudo foi interrompido com a morte repentina de Nadine, vítima de leucemia. Retomamos a tarefa em 1997. Considero um dos trabalhos mais importantes da minha carreira.

O que o motivou a criar a música para Ça Ira?
Em primeiro lugar, a própria história. A Revolução Francesa é um tema que me fascina. E sempre gostei de trabalhos longos, com difíceis soluções melódicas e harmônicas. São desafios que gosto de encarar.

Na sua opinião, a ópera atrai os fãs do Pink Floyd?
Certamente. Várias pessoas que viram montagens em países como Bósnia, Ucrânia e Polônia me disseram que se interessaram pela ópera por causa do meu envolvimento. E também identificaram elementos do som do Pink Floyd na estrutura melódica de Ça Ira. O som do Pink Floyd teve fortes influências da música erudita de várias épocas. Álbuns como Ummagumma (de 1969), Dark Side of the Moon (1973) The Wall (1979) e The Division Bell (1994) estão repletos dela.

Você partiu de imediato para a criação das orquestrações?
Não, fiz as bases com teclado, voz e bateria. Utilizei minha experiência com o rock e a paixão pela música erudita e procurei criar fusões entre os dois gêneros. Isso só seria possível se eu partisse da base crua do rock para chegar à formatação final.

Qual sua expectativa quanto às apresentações em Manaus?
O público brasileiro é impressionante, muito entusiasmado. Acredito que a receptividade será boa. E há a questão de ser montada no Teatro Amazonas. É um local fascinante, que tive a oportunidade de conhecer através do filme Fitzcarraldo, de Werner Herzog. Fazer a ópera num teatro às margens de um afluente do Rio Amazonas e próximo à maior floresta do planeta é, no mínimo, instigante.

Quais são seus próximos projetos?
Estou terminando um novo álbum, que deverá ser lançado ainda em 2008. Farei alguns concertos beneficentes, inclusive na América Latina. Já estão confirmadas datas em maio na Argentina. E pretendo voltar ao Brasil para shows em breve.

E existe alguma possibilidade de novos trabalhos com o Pink Floyd?
Essa é uma pergunta que deve ser feita a outras pessoas, não a mim.



A HISTÓRIA DE SIMON SIMOPATH - NIRVANA


A história de Simon Simopath é o álbum de estréia da banda psicodélica britânica Nirvana , lançado pela Island Records em 1967. As letras traçar a história da vida para a morte do herói titular através de uma série de canções curtas.  A história trata de um menino chamado Simon Simopath que sonha em ter asas.  Ele é impopular na escola, e depois de atingir a idade adulta (em 1999) vai trabalhar em um escritório na frente de um computador.  Ele sofre um colapso nervoso e é incapaz de encontrar ajuda em uma instituição mental, mas fica a bordo de um foguete e encontra um centauro que será seu amigo e uma pequena deusa chamada Magdalena, que trabalha no Pentecostes Hotel.  Simon e Magdalena se apaixonar e se casar, seguido de uma festa jazzy.
Em uma retrospectiva feita pela AllMusic , Stewart Mason relata que o "desavergonhadamente suave conceito inicial do álbum", com o seu "tom deliberadamente infantil", apesar de ser "uma coleção de canções desconexas forçadamente agrupadas" em uma "história bastante tola", é um "conjunto uniforme sólido de músicas psych-pop bem construídas".


Músicas 
   1. Wings of Love
   2. Lonely Boy
   3. We Can Help You
   4. Satellite Jockey
   5. In the Courtyard of the Stars
   6. You Are Just the One
   7. Pentecost Hotel
   8. I Never Found a Love Like This
   9. Take This Hand
   10. 1999
Em 2003 a Universal Island Remasters reeditou a obra onde incluiu versões em mono e estéreo das músicas em um único disco, sendo que ali encontraremos várias faixas bônus:
   11. I Believe in Magic (b-side to "Tiny Goddess")
   12. Life Ain't Easy (previously unreleased version)
   13. Feelin' Shattered (b-side to "Pentecost Hotel")
   14. Requiem to John Coltrane (b-side to "Wings of Love")

Músicos
   Patrick Campbell-Lyons - guitarra e vocal
   Ray Singer - guitarra
   Alex Spyropoulos - piano, teclados e vocais
   Michael Coe - chifre e viola francesa
   Brian Henderson - baixo
   Peter Kester - bateria
   David Preston - bateria
   Patrick Shanahan - bateria
   Sylvia A. Schuster - cello

Notas de Produção
   Chris Blackwell - produtor executivo
   Brian Humphries - engenheiro
   Syd Dale - Condutor


NIRVANA : The Story Of Simon Simopath Full Álbum




TOMMY – THE WHO


Tommy é o quarto álbum de estúdio e uma das duas óperas rock em larga escala do The Who, o primeiro trabalho musical explicitamente chamado desta maneira. A ópera foi composta pelo guitarrista do Who, Pete Townshend, com duas faixas do baixista John Entwistle e uma creditada ao baterista Keith Moon, na verdade composta por Townshend. Uma canção antiga de blues do músico Sonny Boy Williamson II também foi incorporada à obra.
Em 2003 o canal de TV VH1 nomeou Tommy o 90° "Melhor Álbum de Todos os Tempos".


Enredo
Tommy é a biografia fictícia de Tommy Walker. O pai de Tommy foi considerado perdido em batalha durante a Primeira Guerra Mundial, mas retorna inesperadamente em 1921 e o amante de sua esposa, o mata, enquanto Tommy, então com sete anos de idade, presencia tudo através de um espelho. Seus pais o forçam a acreditar que ele não viu, ouviu e não irá falar nada a ninguém, e Tommy consequentemente se torna surdo, cego e mudo. Ele tem uma visão de um estranho, vestido de dourado, com uma longa barba, provavelmente uma figura paternal, e a visão o leva a uma jornada espiritual. Durante o resto de sua infância ele sofre abusos por parte de vários familiares, interpretando suas sensações físicas como música. Adulto, ele encontra uma máquina de pinball, logo se tornando mestre no jogo, com um séquito de fãs. Tommy finalmente é curado quando um médico o coloca na frente de um espelho e sua mãe, melindrada ao perceber que ele enxerga o próprio reflexo, estilhaça o objeto. Posteriormente Tommy assume o manto de Messias e tenta levar seus seguidores à “luz”, como aconteceu com ele, mas a mão pesada de seu culto e a exploração por parte de seus parentes provoca uma revolta contra ele. A história termina ambigüamente, com o refrão Listening To You de “Go To The Mirror”, sugerindo que Tommy fechou-se novamente ao mundo depois da rebelião, voltando às suas fantasias.
Na versão original, lançada no álbum, a história não passa de um esboço, com detalhes frequentemente preenchidos por Townshend em entrevistas. Quando outras adaptações do álbum começaram a surgir, alguns detalhes eram acrescentados e outros alterados (por exemplo o avanço para a época da Segunda Guerra Mundial e 1951 em versões posteriores e na do filme, com o amante matando o pai ao invés do oposto).


Análise e História
Musicalmente o álbum original é uma série de complexos arranjos pop-rock, geralmente baseados no violão de Townshend e construído com inúmeras adições pelos quatro integrantes da banda usando vários instrumentos, como baixo, guitarra, piano, órgão, bateria, gongo, trompete, harmonias e solos vocais. Apesar de sua riqueza instrumental, o som tende a ser bastante “duro”, especialmente se comparado aos trabalhos anteriores do grupo. Muitos dos instrumentos só aparecem de vez em quando – a instrumental de dez minutos “Underture” apresenta só um pequeno trecho de trompete – e quando justapostos, muitos instrumentos foram mixados em níveis mais baixos, que requerem uma atenção cuidadosa para se perceber. Townshend mistura sua técnica no violão com seus acordes poderosos e cheios na guitarra, em momentos mais delicados soando quase como uma harpa. A bateria de Moon é controlada, com alguns momentos dramáticos; o baixo de Entwistle providencia suporte e efetivamente toma a liderança dos instrumentos vários vezes. Daltrey jacta-se no papel de vocalista principal, mas divide a função com os outros em um número surpreendente de faixas. O interesse posterior de Townshend pelo sintetizador pode ser antecipado aqui pelo seu uso de fitas tocadas ao contrário para criar efeitos sonoros em “Amazing Journey”.
As faixas “Pinball Wizard”, “I’m Free” e “See Me Feel Me/Listening To You” foram lançadas como compactos, obtendo espaço considerável nas rádios. “Pinball Wizard” alcançou o Top 20 nos EUA e o Top 5 no Reino Unido. Em 1998, "Tommy" seria incluído no Hall da Fama do Grammy.
O tema do abuso infantil, que aparece tão proeminentemente durante a história, causou bastante polêmica quando o álbum foi lançado. Apesar das afirmações de que a idéia tenha sido tirada do álbum conceitual "S.F. Sorrow", lançado pelo The Pretty Things em 1968, diversos precedentes de "Tommy" já podiam ser encontrados no próprio trabalho de Townshend, como em “Glow Girl” (1968), “Rael” (1967) e “A Quick One While He’s Away” (1966).
Um ano antes do álbum ser lançado Pete Townshend explicou suas idéias e aparentemente criou algumas sobre a estrutura da ópera durante uma famosa entrevista para a revista Rolling Stone. John Entwistle diria tempos depois que na verdade nunca parou para ouvir o disco, tão enjoado ficou do trabalho depois de intermináveis gravações e regravações das músicas.


Edições
Tommy foi lançado originalmente como um LP duplo, com um encarte com as letras das músicas e ilustrações e uma espécie de capa tripla que se desdobrava. Todos os três painéis foram tirados de uma única pintura Pop Art feita por Mike McInnerney. O desenho é uma esfera com buracos no formato de losango, com um fundo formado por nuvens e gaivotas voando. No outro lado uma mão estrelada parece rasgar o papel enquanto aponta com o dedo. Os executivos da gravadora insistiram que uma foto da banda fosse incluída na capa, então algumas pequenas imagens, quase irreconhecíveis, dos quatro integrantes foram colocadas nos buracos da esfera. O CD remasterizado lançado recentemente traz a arte original de McInnerney, sem os rostos do The Who. As ilustrações internas consistem de algumas fotos de malabaristas/mágicos e algumas pinturas simples que meramente ilustram a história.
A MCA Records relançou o álbum como um CD duplo em 1984, com cópias em miniatura da arte original e a capa tripla reduzida para dois painéis. A versão remasterizada só sairia em 1996, em CD simples, com o encarte completo trazendo ainda uma introdução escrita por Richard Barnes.


Faixas
Lado 1
   1."Overture" - 5:21
   2."It's A Boy - 0:38
   3."1921" - 2:49
   4."Amazing Journey" - 3:24
   5."Sparks" - 3:46
   6."Eyesight To The Blind (The Hawker)" - 2:13

Lado 2
   1."Christmas" - 4:34
   2."Cousin Kevin" - 4:07
   3."The Acid Queen" - 3:34
   4."Underture" - 10:09


Lado 3
   1."Do You Think It's Alright?" - 0:24
   2."Fiddle About" - 1:29
   3."Pinball Wizard" - 3:01
   4."There's A Doctor" - 0:23
   5."Go To The Mirror" - 3:49
   6."Tommy Can You Hear Me?" - 1:36
   7."Smash The Mirror" - 1:35
   8."Sensation" - 2:27

Lado 4
   1."Miracle Cure" - 0:12
   2."Sally Simpson" - 4:12
   3."I'm Free" - 2:40
   4."Welcome" - 4:34
   5."Tommy's Holiday Camp" - 0:57
   6."We're Not Gonna Take It" - 7:08

Todas as faixas compostas por Pete Townshend, com exceção das faixas 2 (lado 2) e 2 (lado 3) compostas por John Entwistle, faixa 5 (lado 4), creditada a Keith Moon mas na verdade composta por Pete Townshend (Moon foi quem deu a idéia do acampamento de férias) e faixa 6 composta originalmente por Sonny Boy Williamson.


Gravações ao vivo
Gravações ao vivo de Tommy foram lançadas nos álbuns The Who: Live At The Isle Of Wight Festival 1970 e em Live At Leeds (edição de luxo), ambas gravadas em 1970 mas só lançadas em 1996 e 2001, respectivamente.
O Who também tocou Tommy durante seu vigésimo aniversário, na Turnê de Reunião da banda em 1989. Esta versão pode ser conferida no álbum Join Together, mas não conseguiu capturar o espírito da época que deu origem à ópera. O Who também tocou Tommy em Woodstock, mas só algumas músicas deste show acabaram sendo lançadas.


Outras encarnações
"Tommy" ressurgiria posteriormente através de outras mídias. Em 1972 a Orquestra Sinfônica de Londres lançou sua versão do álbum, com o papel de cada personagem cantado por integrantes do Who e outros astros pop da época, como Steve Winwood, Rod Stewart e Ringo Starr. Pete Townshend também toca um pouco de guitarra, mas no geral a música é inteiramente orquestral.
Em 1975 o cineasta Ken Russell lançou sua versão, no mínimo corajosa, da história de Tommy. Trazia o The Who e um elenco eclético, que incluía entre outros Elton John, Tina Turner, Oliver Reed e Jack Nicholson; o filme ganhou um status de “cult” por suas cenas retratando o músico Arthur Brown como um pastor no culto de Tommy, a atriz Ann-Margret afundando em uma sala cheia de feijão e a brilhante sátira à música pop apresentada na sequência de “Sally Simpson”.
Em 1993 Townshend e o diretor Des MacAnuff escreveram e produziram uma versão em musical da Broadway de "Tommy". Apresentando várias músicas inéditas de Townshend e um elenco estelar, a produção ganhou um Tony Award no mesmo ano, e várias edições posteriores inspiradas neste musical alcançaram grande sucesso de público.


Notas
O álbum "Snow", lançado em 2002 pela banda Spock’s Beard, traz uma história e temas bastante similares à "Tommy".
Em abril de 2004 a revista Uncut produziu uma coletânea chamada "The Roots Of Tommy" ("As Raízes de Tommy"), apresentando as diversas canções que inspiraram o álbum.
O Hall da Fama do Rock and Roll exibiu durante 2005 e 2006 uma exposição sobre o álbum chamada “TOMMY: The Amazing Journey”.
A versão original de Tommy foi dedicada a Meher Baba.


THE WHO : Tommy Live At Los Angeles 1989


TOMMY : Filme Completo em Espanhol




QUADROPHENIA – THE WHO


Quadrophenia é o sexto álbum de estúdio do The Who. Lançado em 19 de outubro de 1973, é uma das duas óperas rock em larga escala do grupo.[1] [2] O nome é uma modificação a partir de uma noção não-científica da esquizofrenia, aqui como uma doença de personalidade múltipla; o protagonista da ópera sofre de personalidade quádrupla, cada uma delas associadas a um integrante do The Who. O encarte do álbum traz as descrições:

•Um cara durão, um dançarino incapaz. ("Helpless Dancer" - Roger Daltrey)
•Um romântico, sou eu por um momento? ("Is It Me?" - John Entwistle)
•Um maldito lunático, eu até mesmo carrego tuas malas. ("Bell Boy" - Keith Moon)
•Um mendigo, um hipócrita, amor, reine sobre mim. ("Love Reign O'er Me" - Pete Townshend)


Além de descrever a personalidade de cada membro da banda, os quatro comentários referem-se às quatro músicas-tema que retratam o personagem Jimmy: “Helpless Dancer”, “Doctor Jimmy”, “Bell Boy”, e “Love Reign O’er Me”. Os quatro temas misturam-se na penúltima faixa do disco, uma elaborada peça instrumental chamada “The Rock”.

História
A história cobre aproximadamente dois dias da vida de um certo Jimmy, participante do movimento mod na Inglaterra no começo dos anos 60. “A história começa numa rocha, no meio do oceano…”, disse o compositor Pete Townshend durante uma apresentação ao vivo. Sua observação parece indicar que a ópera representa as lembranças de Jimmy dos dois dias anteriores, que resultaram na triste situação em que ele se encontra no final da história. A narrativa é difícil de se aperceber só pelos versos das músicas, mas é complementada pelos “comentários” de Jimmy sobre vários assuntos em um encarte incluído no disco.


Já que pode-se dizer que Quadrophenia é a narrativa de uma história, esta história é contada então na primeira pessoa. A primeira metade da ópera trata das frustrações e inseguranças que guiam a vida de Jimmy, incluindo breves momentos de sua vida caseira, seu trabalho, seu psicanalista, e suas tentativas infrutíferas de ter uma vida social. Na metade da ópera ele canta “I’ve Had Enough” (“Eu já tive o bastante”), vendo-se chutado de casa depois que seus pais encontram anfetaminas em seu quarto, depois do qual ele se droga e pega um trem para Brighton, rouba um bote e o dirige para uma rocha no meio do oceano, esfacelando-se emocionalmente. Sem mais nenhum motivo para viver, ele encontra a redenção na chuva (uma manifestação da fixação espiritual por Townshend pela água).
Quadrophenia foi lançado originalmente como um vinil duplo, em embalagem formato livro, que trazia as letras das músicas e uma versão textual da história, além de um encarte que vinha à parte, com fotografias para ilustrar o conto. A MCA relançou-o em CD em 1985, com as letras e o texto mas sem o encarte. A versão remasterizada de 1996 traz o encarte original completo em miniatura.
No encarte da versão remasterizada de Odds and Sods, Townshend revela que Quadrophenia evoluíu de uma idéia para uma auto-indulgente autobiografia da banda. Duas das faixas da ópera datam de 1972, um ano que viu o Who produzir compactos referentes à banda, como “Join Together” e “Long Live Rock” (o último só lançado em 1974). Entretanto, na época em que Quadrophenia foi lançado, o papel da banda na história era apenas simbólico, através das quatro personalidades de Jimmy.
Os versos da canção “The Punk and the Godfather” deixam a impressão de que Townshend estava ciente da rebelião musical chamada punk já em 1973, com uma interpretação dúbia sobre Townshend ser o “punk” os executivos de sua gravadora o “godfather” e/ou músicos novatos inventando novos estilos como os “punks” e Townshend como o “godfather”.
Quadrophenia seria posteriormente transformado em filme, com várias canções adicionais acrescentadas pela banda na trilha sonora.
Em 2003 o canal de TV VH1 nomeou Quadrophenia o 86º melhor álbum de todos os tempos.


Faixas
Todas as canções compostas por Pete Townshend.
Esta é a lista de faixas da versão em LP. Nas versões em CD, a divisão entre os dois discos é no mesmo ponto, entre “I’ve Had Enough” e “5:15”..


Disco Um
Lado A
   1."I am the Sea" - 2:08
   2."The Real Me" - 3:22
   3."Quadrophenia" - 6:15
   4."Cut my Hair" - 3:46
   5."The Punk and the Godfather" - 5:10

Lado B
   1."I'm One" - 2:39
   2."The Dirty Jobs" - 4:30
   3."Helpless Dancer" - 2:32
   4."Is it in my Head" - 3:46
   5."I've Had Enough" - 6:14

Disco Dois
Lado A
   1."5:15" - 5:00
   2."Sea and Sand" - 5:01
   3."Drowned" - 5:28
   4."Bell Boy" - 4:56

Lado B
   1."Doctor Jimmy" - 8:42
   2."The Rock" - 6:37
   3."Love, Reign O'er Me" - 5:48


Pessoal
The Who
   John Entwistle – Bass, horns, vocals
   Roger Daltrey – Lead vocals
   Keith Moon – Percussion, vocals
   Pete Townshend – Remainder[b]

Músicos Adicionais
   Jon Curle – newsreader voice
   Chris Stainton – piano on "The Dirty Jobs", "5:15", and "Drowned"


Produção
   Kit Lambert, Pete Townshend - pre-production
   Chris Stamp, Pete Kameron, Kit Lambert - executive producer
   Ron Nevison - engineer
   Ron Fawcus – mixing continuity, engineering assistance
   Bob Pridden - studio earphone
   Rod Houison, Ron Nevison, Pete Townshend – special effects
   Graham Hughes – front cover design and photography
   Ethan Russell – art direction, insert photography
   Jon Astley – remixing (1996 reissue)
   Bob Ludwig – remastering (1996 reissue)
   Richard Evans -design and art direction (1996 reissue)


THE WHO : Quadrophenia Full Álbum


THE WHO : Quadophenia Concert Hyde Park London 1996


QUADROPHENIA : Trailer Movie


QUADROPHENIA : Trailer From Criterion Collcetion




JESUS CRISTO SUPERSTAR


Jesus Christ Superstar (Jesus Cristo Superstar) é um musical de rock de Andrew Lloyd Webber, com libreto e letras de Tim Rice. Apresentado em 1970, destaca as lutas políticas e pessoais de Judas Iscariotes e Jesus. O musical começou como um álbum conceitual de ópera-rock. Devido ao seu sucesso, foi para a Broadway em 1971, e desde então tem sido encenado em todo mundo.
Em 1973 o diretor Norman Jewison levou as telas esta ópera rock estrelada por Ted Neeley (Jesus), Carl Anderson(Judas Iscariotes) e Yvonne Elliman(Maria Magdalena). Foi indicado ao Oscar de melhor trilha sonora daquele ano. Em 2000 o musical ganha uma versão moderna (sem sofrer nenhuma alteração nas musicas). Lançado em DVD tem no elenco Glenn Carter (Jesus), Jérôme Pradon (Judas) e Renee Castle (Maria Madalena).
A ação ocorre, na maior parte, conforme os evangelhos da Bíblia sobre a última semana da vida de Jesus, começando com a chegada em Jerusalém e terminando com a Crucificação. Atitude moderna e gírias prevalecem nas letras e há alusões irônicas à vida moderna enquanto a visão política dos acontecimentos é retratada. As produções cinematográficas e teatrais apresentam muitos anacronismos, na visão dos sectários, isto é, daqueles que querem separar política de religião. Grande parte do enredo é focado na personagem de Judas, que é retratado como uma figura trágica, realista e conflitada que não está satisfeita com a aparente falta de planejamento político e afirmações de divindade de Jesus.

Enredo
Ato I
Após uma pequena abertura musical, a peça começa com um monólogo musical do apóstolo Judas Iscariotes, que expressa sua preocupação com a sempre crescente popularidade de Jesus como "rei" e as repercussões negativas que isso pode ocasionar ("Heaven on Their Minds"). Apesar de Judas ainda amar Jesus como ser humano, está claro para ele que seu movimento está crescendo demais e eventualmente se tornará uma ameaça à ordem maior. E, uma vez que se torna uma ameaça à ordem maior, não só Jesus sofrerá as conseqüências, assim como todos seus seguidores.
No entanto, o aviso de Judas não é ouvido, já que os seguidores de Jesus estão decididos em ir a Jerusalém com Jesus. Enquanto eles questionam Jesus sobre quando chegarão em Jerusalém, Jesus diz a eles para pararem de se preocupar com o futuro, já que o que acontecerá já está predeterminado pelo destino ("What's the Buzz").


Vendo que Jesus está irritado com a badulação de seus seguidores, Maria Madalena ajuda Jesus a relaxar massagendo-o com ungüento. No entanto, Judas expressa sua preocupação com o fato de Jesus estar se associando a Maria, quem ele acredita ser uma concubina. Judas diz que, ao se associar com ela, ele (Jesus) está contradizendo tudo que pregou e que isso, em troca, será usado contra ele e seus seguidores ("Strange Thing Mystifying"). Jesus irrita-se com Judas e diz que, a não ser que ele não tenha cometido pecados, ele não deveria ficar julgando o caráter dos outros. Jesus então fala a seus seguidores que eles não são melhores que Judas, já que o fato de eles estarem preocupados em ir a Jerusalém e aumentar o número de seguidores é uma prova clara de que eles não ouvem o que ele (Jesus) diz e não se importam com ele, mas somente com o poder que ele pode os trazer.
Jesus está visivelmente pessimista sobre o futuro, mas Maria Madalena tenta assegurá-lo que tudo ficará bem e tenta relaxá-lo com mais ungüento ("Everything's Alright"). Em resposta, Judas diz que o dinheiro utilizado para obter o ungüento poderia ter sido utilizado para causas mais filantrópicas, como ajudar os pobres. Mas Jesus insiste que ele e seus seguidores não têm os recursos necessários para ajudar cada pessoa pobre, e que isso não é uma esperança realista. Jesus canta que sempre haverá pobres, "lutando pateticamente". "Olhe as coisas boas que tem/ pense enquanto ainda tem a mim/ mova-se enquanto ainda me vê/ estará perdido/ está tão arrependido/ quando eu me for".
Enquanto isso, Caifás e outros sacerdotes judeus de alto-escalão encontram-se para discutir sobre Jesus e seu movimento. Neste ponto, seus seguidores continuam a crescer aos milhares, ao ponto da ordem maior tomar conhecimento da tendência. Dado o tamanho do movimento de Jesus e o fato de que o movimento consiste principalmente de judeus que não querem aceitar os romanos como seus reis (em contraste aos poderosos sacerdotes judeus), está claro aos sacerdotes que ele está se tornando uma ameaça ao Império Romano. E se o Império estiver ameaçado, então muitos judeus sofrerão, talvez até mesmo aqueles que não seguem Jesus. Enquanto todos sacerdotes tentam resolver o problema de Jesus e seus seguidores, Caifás declara que a única solução real é matar Jesus ("This Jesus Must Die").


Quando Jesus e seus seguidores chegam em Jerusalém, eles são confrontados por Caifás, que exige que Jesus mande-os voltar e se separar. Jesus responde que acabar com a histeria é impossível ("Hosanna"). Após isso, Simão, o Cananeu vai falar com Jesus. Percebendo a popularidade que Jesus recebeu, Simão sugere que Jesus lidere seus seguidores numa guerra contra Roma e ganhe poder absoluto ("Simon Zealotes"). Mas Jesus rejeita veementemente a sugestão, declarando que nenhum dos seus seguidores entendem o que poder verdadeiro é, nem sua verdadeira mensagem ("Poor Jerusalem").
Enquanto isso, Pôncio Pilatos, o procurador da Judeia, revela um sonho que teve. O sonho prevê seu encontro com Jesus e o resultado da morte de Jesus, no qual Pilatos recebe toda culpa. No entanto, Pilatos não sabe ao certo qual é o significado de seu sonho ("Pilate's Dream").
Jesus chega no templo em Jerusalém e descobre que ele está sendo utilizado para vender todos os tipos de coisas, de armas a prostitutas, além de drogas. Quando Jesus chega, ele está furioso e exige que os mercadores e cambistas saiam do templo ("The Temple"). Irritado e cansado, Jesus sai e é confrontado por uma multidão de leprosos, aleijados e mendigos, todos querendo ser curados. Mas a multidão é muito grande e Jesus fica esmagado. Sem poder agüentar a pressão, Jesus pede para ser deixado sozinho.
Após a multidão partir, Maria Madalena encontra Jesus decepcionado. Maria sugere que ele descanse e, enquanto Jesus dorme, Maria reflete sobre o fato de Jesus ser diferente de qualquer outro homem que ela tenha amado antes. Como resultado disso, Maria não sabe como lidar com seus sentimentos ("I Don't Know How to Love Him").
Enquanto isso, Judas continua a se preocupar mais e mais com o sempre crescente movimento de Jesus. Sem saber o que fazer, ele visita secretamente os sacerdotes do alto-escalão. Judas implora para eles ajudarem-no a encontrar uma solução, mas que não o condene ("Damned for All Time"). A solução oferecida por Caifás é que Judas revele o paradeiro de Jesus, para que as autoridades possam capturá-lo e prendê-lo. Em troca da informação, oferecem dinheiro a Judas, que inicialmente declina a oferta, já que vai contra sua ética pessoal. Eventualmente, ele acaba aceitando após Caifás falar sobre a caridade que ele pode fazer com o dinheiro. Judas decide que seria melhor entregar Jesus antes que seu movimento aumente ainda mais, o que ocasionaria não somente a morte dele, mas de todos os seus seguidores também. Então, para salvar os milhares de seguidores e a ele mesmo, Judas revela que na noite de quinta-feira Jesus de Nazaré estará no Jardim do Getsêmani ("Blood Money").


Ato II
Na quinta-feira, Jesus se encontra com seus doze apóstolos para a Última Ceia. Jesus percebe, sem o conhecimento dos apóstolos, que será sua última ceia com eles. Enquanto Jesus passa o pão e o vinho àqueles que jantam com ele, ele os lembra que devem pensar no vinho como seu sangue e o pão como seu corpo. Após refletir, Jesus reconhece que, até agora, nenhum dos seus seguidores entenderam verdadeiramente sua pessoa e sua mensagem de amor. Ele também percebe que será traído e negado por dois amigos próximos. Com raiva, diz aos outros que ninguém sequer irá lembrar dele após sua morte e que dois de seus amigos próximos irão traí-lo e negá-lo, revelando que Pedro será aquele que o nega, não uma, mas três vezes. Judas então se revela como a pessoa que irá cometer a traição, tentando explicar o motivo, mas Jesus se recusa a ouvir, o que deixa Judas irritado e ele culpa Jesus por todos os problemas que ocorreram até este ponto. Decepcionado, Judas sai para encontrar a polícia e trazê-los a Jesus ("The Last Supper").
Após seus apóstolos terem ido dormir, Jesus fala com Deus, seu pai. Jesus O questiona perguntando o motivo de ele ter que ser quem morre e o que sua morte significará no "grande esquema das coisas". Mas Jesus reconhece que não pode ir contra o plano divino – seja sabendo o significado de sua morte ou não –, e concorda em morrer de acordo com o plano ("Gethsemane"). Judas chega com a polícia e para mostrá-los quem é Jesus, beija-o na bochecha.
Jesus é preso. Quando seus apóstolos acordam, tentam lutar com as autoridades para liberar seu messias, mas Jesus pede a eles que guardam as espadas e deixem as autoridades levá-lo a Caifás. Enquanto é levado a Caifás, uma multidão de repórteres perguntam a Jesus o que ele fará, mas ele não quer comentar o assunto. Quando Jesus encontra-se com Caifás, Caifás pergunta se ele é o filho de Deus. Jesus responde dizendo que nunca disse isso sobre si mesmo, e que somente os outros o chamavam assim. Tal resposta já serve de justificativa para os sacerdotes enviarem Jesus a Pôncio Pilatos ("The Arrest").
Enquanto isso, o apóstolo Pedro é confrontado por um velho, um soldado e uma criada, tendo cada um deles dito que lembrava ter visto Pedro com Jesus, mas Pedro nega, a todos os três, que o conhece. A negação de Pedro é testemunhada por Maria, que, depois dos três irem embora, pergunta a Pedro por que ele negou Jesus. Pedro responde que teve de o fazer para salvar a si mesmo, já que provavelmente seria preso e processado se fosse descoberto que era amigo próximo de Jesus. Maria se pergunta como Jesus sabia que Pedro iria traí-lo ("Peter's Denial").
Jesus é trazido a Pilatos, que debocha dele. Quando Pilatos pergunta a Jesus se ele é o filho de Deus, Jesus diz a Pilatos a mesma resposta que deu a Caifás: "É o que vocês dizem". Pilatos não fica satisfeito com a resposta, mas como Jesus é da Galileia, ele não está sob sua jurisdição, e então o envia para o Rei Herodes ("Pilate and Christ").


Herodes ouviu toda história sobre Jesus e está animado por finalmente conhecê-lo, mas fica frustrado quando Jesus opta por não demonstrar seus supostos poderes. Herodes decide que Jesus é somente outro falso messias e nem quer perder seu tempo processando-o. Herodes o envia de volta a Pilatos ("King Herod's Song").
Numa cena adicionada para a produção da Broadway, os apóstolos e Maria Madalena lembram de quando tudo começou e desejam que pudessem apenas começar tudo de novo ("Could We Start Again Please?").
Neste ponto, Judas já viu Jesus, mal-tratado pelas autoridades e cansado. Sentindo muita culpa, Judas volta a se encontrar com sacerdotes de alto-escalão e expressa arrependimento sobre o que fez. Ele sente que, depois de tudo, será culpado pela morte de Jesus e será para sempre lembrado como o traidor desleal. Caifás diz que Judas não tem motivos para ficar envergonhado e que o que fez salvará a todos. No entanto, isso não tira a culpa de Judas. Quando é deixado sozinho, ele se sente traído por Deus por ter sido escolhido como aquele que trai Jesus. Culpa a Deus por ter o assassinado e se enforca ("Judas' Death").
Jesus é trazido de volta a Pilatos para seu julgamento. Pilatos pede a Jesus para se defender, mas ele mal consegue falar. Pilatos decide que, como Jesus não está estável mentalmente, ele ainda não merece morrer, mas isso não satisfaz a multidão, que pede constantemente para Pilatos crucificá-lo. Relutante em aceitar o pedido do povo, ele tenta satisfazer o desejo de sangue da multidão flagelando Jesus. Após 39 chicotadas, o povo ainda está insatisfeito. Jesus está tão batido que até Pilatos está se sentindo culpado. Esperando de alguma maneira libertar Jesus, ele implora para o messias se defender. Mais uma vez, Jesus não se defende. Com a multidão gritando pela crucificação de Jesus e com ele se negando a dar um motivo para Pilatos não o matar, relutantemente, Pilatos aceita crucificá-lo. No entanto, Pilatos quer fugir da responsabilidade e lava o sangue de suas mãos ("Trial Before Pilate").


Enquanto Jesus se prepara para ser crucificado, o espírito de Judas se encontra com ele. Judas questiona por que Jesus escolheu chegar da maneira que chegou e se o que aconteceu com ele era realmente parte de um plano divino ("Superstar").
Jesus morre lentamente na cruz ("The Crucifixion"). A peça termina com uma canção instrumental, "John 19:41". O título é uma referência ao verso João 19:41, sobre Jesus sendo posto na tumba: "No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto".

Personagens Principais
   Jesus Cristo - tenor
   Judas Iscariotes - tenor
   Maria Madalena - mezzo-soprano
   Pôncio Pilatos - baritenor
   Caifás - baixo
   Annas - contratenor
   Pedro - barítono
   Simão - tenor
   Rei Herodes - tenor

Álbum
O álbum é uma dramatização musical da última semana de vida de Jesus Cristo e foi a base para a criação dos vários musicais na Broadway e West End. Atingiu o primeiro lugar nos mais vendidos da Billboard em 1971. No álbum original, a parte de Jesus foi cantada por Ian Gillan, vocalista do Deep Purple, que mais tarde também trabalhou com Black Sabbath e outros, e Murray Head como Judas. O futuro Gary Glitter tinha uma frase como um sacerdote e Michael d'Abo apareceu como o Rei Herodes. A canção-título, "Superstar", cantada por Judas (Murray Head), e "I Don't Know How to Love Him", cantada por Maria Madalena (Yvonne Elliman) sobre seu relacionamento com Jesus, foram ambas grandes sucessos.
O álbum original tem um sabor de rock que é muito diferente dos trabalhos posteriores de Lloyd Webber. Isto é em parte devido ao canto emotivo de Murray Head e Ian Gillan e o jogo de músicos de rock bem conhecidos, tais como guitarristas Neil Hubbard e Chris Spedding, o baixista Alan Spenner e o baterista Bruce Rowland. Os arranjos musicais são muitas vezes multi-camadas, com elementos de rock e clássicos, e contêm muitos mudanças abruptas e dinâmicas de tempo.

Faixas
Disco 1
   1. Overture - 3:56
   2."Heaven on Their Minds" - 4:21
   3."What's the Buzz/Strange Thing Mystifying" - 4:13
   4."Everything's Alright" - 5:14
   5."This Jesus Must Die" - 3:33
   6."Hosanna" - 2:08
   7."Simon Zealotes/Poor Jerusalem" - 4:47
   8."Pilate's Dream" - 1:26
   9."The Temple" - 4:40
   10."Everything's Alright" - 0:30
   11."I Don't Know How to Love Him" - 4:07
   12."Damned for All Time/Blood Money" - 5:07


Disco 2
   1."The Last Supper" - 7:06
   2."Gethsemane (I Only Want to Say)" - 5:32
   3."The Arrest" - 3:20
   4."Peter's Denial" - 1:27
   5."Pilate and Christ" - 2:43
   6."King Herod's Song (Try It and See)" - 3:00
   7."Judas' Death" - 4:14
   8."Trial Before Pilate (Including the 39 Lashes)" - 5:12
   9."Superstar" - 4:15
   10."Crucifixion" - 4:00
   11."John Nineteen: Forty-One" - 2:04

Produções
O espetáculo estreou na Broadway em 12 de outubro de 1971, dirigido por Tom O'Horgan , no Mark Hellinger Theatre. A produção da Broadway recebeu críticas mistas, com críticos do The New York Times dizendo que é uma produção desalmada e sensacionalista; Andrew Lloyd Webber também criticou duramente. O show foi estrelado por Jeff Fenholt como Jesus, Ben Vereen como Judas e Bob Bingham como Caifás. Barry Dennen, o Pilatos do álbum original tinha vivido e trabalhado em Londres, quando ele gravou o álbum. Ele estava de volta nos Estados Unidos a tempo de interpretar Pilatos na Broadway. Yvonne Elliman, a Maria Madalena original , também fazia parte do elenco. Kurt Yaghjian interpretou Annas. Ted Neeley (que foi lançado como um substituto de Cristo), Samuel E. Wright, e Anita Morris também apareceram no elenco. Carl Anderson entrou no papel de Judas quando Vereen adoeceu, e os dois artistas mais tarde se revezavam tocando o papel. O show foi fechado em 30 de junho de 1973 após 711 performances. Uma nova produção da Broadway estreou no Ford Center for the Performing Arts, em abril de 2000 e funcionou por 161 performances. O musical teve outro revival na Broadway em 2012, e foi bem recebido pela crítica, embora tenha recebido uma revisão mista do público. O revival foi indicado a dois prêmios Tony, de Melhor Revival, e outro de Melhor Ator Coadjuvante em Musical para Josh Young como Judas. Nenhum prêmio foi conquistado, mas Young ganhou o prêmio Theatre World por sua interpretação. O revival encerrou em 1 de julho de 2012, depois de 116 performances e 24 previas.


Controversias
O show da Broadway e produções subsequentes foram condenados por alguns grupos religiosos. Tim Rice foi citado como dizendo: "Acontece que nós não vemos Cristo como Deus, mas simplesmente o homem certo na hora certa no lugar certo". Alguns cristãos consideram esses comentários a ser blasfemo, o personagem de Judas bastante simpático e algumas de suas críticas á Jesus ofensiva. Ao mesmo tempo, alguns judeus alegou que o show reforçou a crença anti-semita de que os judeus são responsáveis pela morte de Jesus, mostrando a maioria dos vilões como judeu ( Caifás e os outros sacerdotes, Herodes) e mostrando a multidão em Jerusalém pedindo a crucificação. O musical foi banido na África do Sul por ser "sem religião".

Produções Internacionais
O musical foi produzido na Irlanda, Brasil, Hungria, Índia, Nova Zelândia, Itália, França, México, Chile, Bulgária, Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Rússia, Polônia, República Checa, Grécia, Austrália, Filipinas, África do Sul, Panamá, Colômbia (Misi Group), Croácia (Teatro Komedija), Bolívia (onde também foi lançado como um filme de TV ), Portugal e muitos mais. Dois Jesus notáveis foram Takeshi Kaga de Iron Chef que estrelou a versão japonesa e o cantor Camilo Sesto em na versão espanhola de 1975, com Ángela Carrasco como Maria Madalena e Teddy Bautista como Judas. Bautista também fez os arranjos musicais desta versão, gerenciou a banda e tocou sintetizadores nas gravações. Esta versão foi exibida em Madrid com grande sucesso e não menos polêmica, uma vez que o show estava em cartaz nos últimos dias do ditador espanhol Francisco Franco. Outra Maria Madalena notável foi a cantora mexicana, Rocío Banquells, em uma produção de 1981 no México. Um remake da versão espanhola foi feita de novo em 1985 com Pablo Abraira como Jesus, Estibaliz como Maria Madalena e Ruy Blas como Judas. Desta vez, Teddy Bautista também fez os arranjos musicais, que eram uma pequena adaptação da música total, tocando principalmente nos teclados. Esta versão também visitou a Espanha e América Latina, mas sem o mesmo sucesso que a anterior de Camilo Sesto.
A versão checa foi criada em 1993 e 1994, e estreou em 22 de julho de 1994, em Praga Spirala Theatre. A produção foi um sucesso, funcionando até 1998, com 1.288 apresentações e mais de 850 000 espectadores.
Na década de 2000, a produção venezuelana correu por dois anos (2006-2008), com Johnny Sigal como Jesus, Karina como Maria Madalena e Luke Grande como Judas, dirigido por Michel Hausmann e Salomon Lerner responsável pela organização e realização da banda. Produções internacionais recentes incluíram uma produção espanhola 2007-2009 (Stage Entertainment), estrelada por Miquel Fernández como Jesus (mais tarde substituído por Gerónimo Rauch), Ignasi Vidal como Judas e Lorena Calero como Maria Madalena; 2007-2008 uma produção italiana fez uma turnê pelo país (Compagnia della Rancia); uma produção 2008-2009 sueca fez destaque em Ola Salo na Opera Malmö em Malmö, na Suécia; e 2009-2010 houve uma produção norueguesa com o cantor de rock Hans Erik Dyvik Husby do Det Norske Teatret em Oslo.
Em 2010, o público australiano foi apresentado a duas versões do show que caracterizam o mesmo ator interpretando o papel-título; O Gilbert & Sullivan Society of SA, Inc., (no Sul da Austrália) produziu uma versão modernizada no Teatro de Sua Majestade, em Adelaide, Sul da Austrália a partir de outubro até o início de novembro. Com Luke Kennedy como Jesus, Danny Lopresto como Judas, Sarah Lloyde como Maria, Joel Valenti como Pilatos e Kent Green como Herodes, o show foi dirigido pelo diretor David Lampard com o diretor musical Ross Curtis e diretor associado Sharon Angrove . A produção de 2010, em Brisbane, na Austrália, foi apresentada pela Harvest Rain Theatre Company e dirigido por Tim O'Connor e com Luke Kennedy como Jesus, Naomi Price como Maria, Tod Strike como Judas, Lionel Theunissen como Pilatos e Steven Tandy como um convidado especial, aparecendo como Herodes. A produção voltou a QPAC em fevereiro de 2011 com Paul Watson assumindo o papel de Judas.
A produção em Lima, Peru abriu em 2014 na prisão de Sarita Colonia como parte de um programa de reabilitação para os presos. Oitenta detentos trabalharam na produção, que foi dirigida pelo detento Freddy Battifora, que também desempenhou o papel de Jesus. A Igreja Católica aprovou a produção.


Versão em português
Jesus Cristo Superstar é o nome do musical na versão brasileira e na portuguesa. A versão brasileira de 1972 teve tradução de Vinicius de Moraes, e estreou em Sao Paulo, no teatro Aquarius, no bairro do Bixiga, em março de 1972, tendo no papel principal o ator carioca Eduardo Conde. A versão portuguesa foi traduzida por Filipe La Féria e António Leal.
A versão brasileira, foi produzida por Maria Cèlia Camargo e Altair Lima e dirigida por Altair.Teve a direçao musical dos maèstros Paulo Herculano e Samuel Kerr,o pianista João Carlos Pegoraro e os mesmos, foram os responsàveis pela preparaçao vocal do elenco e ensaios corais. Moracy Doval, Altamir Lima e José Ayrton Salvanini foram os responsáveis pelo lançamento e pela campanha publicitária do espetàculo.
Em março de 2014 estreia a mais recente versão do musical no Brasil, produzida pela Time For Fun e dirigida por Jorge Takla e Vania Pajares. O espetáculo ficará em temporada de 14 de março a 8 de junho no Teatro do Complexo Ohtake Cultural em São Paulo.


A produção traz Igor Rickli no papel-título, Alírio Netto como Judas, Negra Li como Maria Madalena, Wellington Nogueira como Herodes, Fred Silveira como Pilatos, Rogério Guedes como Caifás e Julio Mancini como Anás. O elenco traz ainda com Daniel Caldini como Primeiro Sacerdote, Thiago Lemmos como Segundo Sacerdote, Marcelo Vasquez como Terceiro Sacerdote, Beto Sargentelli como Simão e Cadu Batanero como Pedro. O elenco é composto por Alessandra Dimitriou, Beto Sargentelli, Beto Sorolli, Cadu Batanero, Daniel Caldini, Felipe Guadanucci, Fernando Lourenção, Gabriel Camilo, Jhafiny James Lima, Marcelo Vasquez, Marisol Marcondes, Murilo Armacollo, Nathalia Mancinelli, Olivia Branco, Paula Miessa, Philipe Azevedo, Renato Bellini, Sandro Conte Febras, Thatiane Abra, Thiago Lemmos e Tino Zanni.
Em dezembro de 2014, foi feita uma nova tradução e adaptação do musical em Portugal pela Sandra Leal, e produzido pela Associação ContraCanto. Com encenação de António Leal, com André Lourenço no papel de Jesus e Bruno Ribeiro como Judas. Esteve em cena no Centro Cultural de Carregal do Sal.


JESUS CRISTO SUPERSTAR : Full Movie


JESUS CRISTO SUPERSTAR : Full 1973 Álbum


JESUS CRISTO SUPERSTAR : Live Amstetten Austria 2005




HAIR


Hair: The American Tribal Love-Rock Musical é um rock-musical escrito por James Rado e Gerome Ragni, também autores das letras das músicas criadas por Galt MacDermot. Produto da contracultura hippie e da revolução sexual dos anos 60, muitas de suas canções tornaram-se hinos dos movimentos populares anti-Guerra do Vietnã nos Estados Unidos.
A profanação de valores embutida no musical, sua descrição do uso de drogas ilegais, tratamento da sexualidade, irreverência pela bandeira nacional e uma cena de nu explícito, causaram enorme controvérsia. Ele trouxe o mundo dos musicais a novos parâmetros, criando o "rock-musical", usando a integração racial para compor o elenco e convidando a platéia a interagir com o espetáculo, subindo ao palco na cena final.
Hair conta a história da "Tribo", um grupo de hippies cabeludos politicamente ativos da 'Era de Aquário', que levam uma vida boêmia em Nova York e lutam contra o alistamento militar para o Vietnã. "Claude", seu bom amigo "Berger", sua amiga "Sheila" e outros amigos hippies, tentam equilibrar suas jovens vidas, amores e sexo livre com a rebelião pessoal contra seus pais e a sociedade conservadora norte-americana. Em última análise, "Claude" precisa decidir entre rasgar seu cartão de alistamento como seus amigos fizeram ou sucumbir à pressão de seus parentes (e da América conservadora) e servir no Vietnã, comprometendo seus princípios pacifistas e arriscando sua vida.


Após estrear off-Broadway em outubro de 1967 no The Public Theater – onde ficou por 45 dias – e fazer algumas apresentações numa discoteca no centro de Manhattan, a peça estreou na Broadway em 29 de abril de 1968 para uma carreira que duraria por 1750 apresentações. Produções subsequentes e simultâneas foram montadas em diversas cidades dos Estados Unidos e da Europa e a partir daí a peça foi apresentada por todo o mundo, incluindo a gravação de discos nas línguas locais, como a gravação original do elenco nova-iorquino, que vendeu cerca de três milhões de cópias nos Estados Unidos e ganhou o Grammy Awards de Melhor Álbum de Musical. Algumas das canções fizeram parte da lista de Top 10 da Billboard e um filme foi feito em 1979, dirigido por Milos Forman, baseado no musical.

História
Hair foi concebido pelos atores James Rado e Gerome Ragni, que se conheceram em 1964 durante uma peça fracassada encenada off-Brodway chamada Hang Down Your Head and Die e começaram a escrever juntos o musical no fim daquele ano. Os personagens principais, "Claude" e "Berger", são autobiográficos, com o "Claude" de Rado sendo um romântico pensativo e o "Berger" de Ragni um extrovertido. A relação próxima e volúvel dos dois autores foi refletida no musical. Rado diz: "Nós éramos grandes amigos. Tínhamos um tipo de relação passional que dirigíamos para a criatividade, para os textos e canalizamos para a criação da peça. Nós colocamos o drama existente entre nós em cima do palco."


Rado descreve a inspiração para Hair como a combinação de alguns personagens que encontravam pelas ruas, pessoas que conheciam e sua própria imaginação: "Nós conhecemos esse grupo de garotos do East Village que estavam recusando e jogando fora os certificados de alistamento e havia vários artigos na imprensa sobre alunos que estavam sendo expulsos das escolas por usarem cabelos compridos. Havia uma grande excitação nos parques, nas ruas e nas áreas hippies e nós imaginamos que se pudéssemos transmitir isso para o palco seria magnífico. Nós saíamos com eles e íamos a seus "Be-Ins" e deixamos nossos cabelos crescer. Vários integrantes do elenco original foram recrutados diretamente das ruas." Rado continua: "Aquilo foi muito importante historicamente e se nós não o tivéssemos escrito, não teria havido nenhum registro daquele movimento. Você hoje pode ler ou ver filmes sobre aquilo, mas não pode vivenciar a experiência pessoalmente. Nós pensamos: Isto está acontecendo nas ruas e queremos levar para o palco."
Rado e Ragni levaram seus rascunhos da peça até um produtor, Eric Blau, que os colocou em contato com o compositor canadense Galt MacDermot. MacDermot havia ganho o Grammy em 1961 e tinha um estilo de vida completamente diferente dos outros dois. Usava cabelo curto, tinha esposa, quatro filhos e nunca tinha entrado em contato com um hippie antes do encontro,[4] mas dividiu com eles o entusiasmo por criar um musical de rock & roll. Os três trabalharam de maneira independente, com Rado e Ragni lhes levando as letras e ele transformando-as em música. MacDermot compôs a trilha musical completa em três meses.

Off-Broadway
Os criadores de Hair apresentaram o musical para diversos produtores e receberam apenas negativas. Eventualmente, Joseph Papp, que dirigia o New York Shakespeare Festival, resolveu que queria Hair para abrir o novo The Public Theater, ainda em construção no East Village de Nova York. Hair seria a primeira atração oferecida por Papp que não era relacionada a William Shakespeare. A montagem, porém, não ocorreu com tranquilidade. O diretor do Public, Geral Freedman, demitiu-se frustrado: "A seleção e os ensaios foram confusos, o material em si era incompreensível para vários de nós da equipe do teatro." Papp aceitou a renúncia de Freedman e contratou a coreógrafa Anna Solokow para o cargo, mas após um desastrado ensaio final com as roupas da peça, ele foi obrigado a chamar Freedman em Washington, onde ele se encontrava, para que assumisse o trabalho novamente.
Hair estreou em 17 de outubro de 1967 e foi encenado no Public por cerca de seis semanas. Apesar de receber críticas mornas da imprensa, ele logo se tornou popular com as audiências  e no mesmo ano um álbum com as músicas foi gravado pelo elenco off-Broadway.


Michael Butler, um empresário de Chicago que pretendia lançar sua candidatura ao Senado dos Estados Unidos tendo como plataforma política a oposição à Guerra do Vietnã, viu um anúncio da peça no New York Times e, imaginando tratar-se de uma obra sobre índios americanos, sugestionado pelo cartaz do anúncio, foi ao teatro assistí-la. Acabou assistindo-a várias vezes e resolveu juntar esforços com Papp para levar o musical a outro teatro de Nova York quando acabasse o tempo acordado de exibição no Public. Sem um teatro disponível, os dois levaram Hair para uma discoteca na Broadway, onde ela estreou em 22 de dezembro de 1967 e foi encenada durante 45 dias. Tanto no Public Theater quanto na discoteca, ainda não havia nudez em Hair.
Entre o fim das apresentações na discoteca Cheetah e a estréia na Broadway três meses depois, Hair passou por várias modificações. Seu enredo original off-Broadway, que já trazia a base do que o faria famoso mas tinha muitas divagações surreais, foi ainda mais depurado, tornando-o mais realista. Por exemplo, o personagem "Claude", que na concepção original era um extra-terrestre que pretendia ser um cineasta, na montagem final da Broadway tornou-se um humano. Além disso, treze novas canções foram incluídas no roteiro e "Let the Sunshine In", um de seus futuros hinos pacifistas, foi adicionado ao fim do musical, para que ele se tornasse mais edificante e otimista em sua mensagem. Antes da mudança para a Broadway, a equipe de criação contratou o diretor Tom O'Horgan, que havia feito sua reputação dirigindo teatro experimental em Nova York. Ele tinha sido a primeira escolha dos autores para dirigir a peça no Public, mas na época encontrava-se na Europa. A revista Newsweek descreveu o estilo de direção de O'Horgan como "selvagem, sensual, e bem musical … [ele] desintegra a estrutura verbal e muitas vezes divide e distribui o caráter narrativo até mesmo entre diferentes atores.... O'Horgan gosta de um bombardeio sensorial." Nos ensaios, o diretor usou técnicas que envolviam jogos de improvisação e muitas delas acabaram incorporadas ao roteiro final. O'Horgan e a nova coreógrafa Julie Arenal encorajaram a liberdade de criação e a espontaneidade entre seus atores, introduzindo um estilo de interpretação expansiva e orgânica nunca vista antes na Broadway. A inspiração para incluir a nudez no musical veio quando os autores assistiram a uma demonstração anti-guerra no Central Park onde dois homens ficaram nus numa atitude de desafio e liberdade, e decidiram incorporar a ideia ao show. O'Horgan já havia usado da nudez em várias de suas peças experimentais, e ajudou a integrar a ideia dentro da estrutura do musical.
Papp, o produtor original off-Broadway declinou de tentar uma carreira para Hair na Broadway, e assim Butler assumiu a produção e o desafio sozinho. Durante algum tempo parecia que ele não seria capaz de conseguir um teatro, já que os donos dos principais deles ficaram receosos de exibir material tão controverso. Butler, porém, puxou alguns cordões de ligações políticas e laços familiares e acabou convencendo David Cogan, dono do Biltmore Theater, a lançar o espetáculo.


Enredo
Prólogo
O ano é 1968 e o lugar é um parque em Greenwich Village, Nova York. Claude está sentado sozinho no meio do palco. Um altar e uma chama estão dispostos à sua frente. Aos poucos, a Tribo se aproxima e se junta a ele. Berger e Sheila, dois amigos e integrantes da Tribo, cortam uma mecha de seu cabelo e a colocam no fogo. O grupo então abre o musical cantando '"Aquarius".

Ato I
Berger se apresenta ao público e canta "Donna", sobre seu amor perdido. A Tribo o segue cantando "Hashish", enquanto "Woof" homenageia a sexualidade cantando "Sodomy". "Hud" entra em cena, pendurado de cabeça para baixo pelas pernas numa vara e canta "Colored Spade". Finalmente é Claude quem se apresenta à platéia cantando "Manchester, England" e diz: 'Eu sou Aquarius, destinado à grandeza ou a loucura'. A Tribo o segue cantando "I'm Black" e "Ain't Got No".
Sheila, a estudante burguesa da Universidade de Nova York e ativista política, é carregada numa fanfarra enquanto canta "I Believe in Love". Ela então lidera a Tribo numa manifestação pela paz ("Ain't Got No Grass" e "Air"). "Jeannie", membro da Tribo, que canta "Air" com as amigas "Crissy" e "Dionne", revela que está grávida mas que se apaixonou por Claude. A Tribo canta "Initials" e então Claude anuncia: "Esta, amigos, é a Idade da Pedra psicodélica".
Claude é então confrontado por três conjuntos de "pais" e "parentes", interpretados por membros da Tribo, que o pressionam falando sobre ética, trabalho, valores americanos e lhe dizem que uma carta com sua convocação para a Guerra do Vietnã chegou pelo correio. Um conflito então surge entre as épocas de 1948 e 1968 ("I Got Life" e bis de "Ain't Got No").
Mais tarde, Berger diz à Tribo que Claude teve que se apresentar na junta de alistamento. Berger também acabou de ser expulso do colégio e é atacado por três diretores de estilo "hitlerista" ("Goin' Down"). Claude retorna anunciando que passou nos exames físicos do exército. Berger, Woof e Hud tentam ter ideias para permitir a Claude se livrar da convocação e do serviço militar no Vietnã. Em seguida, Claude queima o que parece ser seu cartão de alistamento mas a Tribo descobre que era apenas um cartão de biblioteca. Um homem e uma mulher passam pelo local, turistas numa terra de hippies, e falam com o grupo. Claude, Berger e o resto da Tribo cantam "Hair" para eles. A mulher, impressionada, canta "My Conviction" em resposta e confessa que é um travesti.
Sheila se junta ao grupo. Ela conta como vive em conjunto com Berger e Claude e mostra uma camisa de cetim amarela que trouxe para Berger. Ele começa a brincar em volta deles, "estapeando-a", pisando na camisa e gritando. Claude e Sheila tentam fazê-lo ficar quieto cobrindo sua cabeça com a camisa, quando Berger a pega, leva para longe e a rasga. Sheila, irritada com a atitude, canta "Easy to Be Hard". Berger então pega a camisa de volta e a leva para costurar e Sheila confessa a Claude que está impaciente com o amigo. Então Berger e Woof fazem sua irônica saudação à bandeira americana cantando "Don't Put it Down".


"É hora pra o Be-In! Turistas…venham para a orgia!" Jeannie tentar ficar junto a Claude mas ele a rejeita. Ela está saindo para segui-lo ao "Be-In" quando vê Crissy num canto. Crissy lhe diz que está ali para esperar por "Frank Mills" (que ela canta), um amor que se foi. Participando do Be-In, a Tribo canta "Hare Krishna" celebrando o amor e a vida, consumindo maconha.
Claude então prepara-se para queimar realmente seu cartão de alistamento, mas muda de ideia e canta "Where Do I Go". Depois, pergunta onde estão todos. A Tribo então emerge toda nua entoando palavras como 'liberdade', 'felicidade' e 'flores'.

Ato II
Crissy tenta ouvir uma música numa vitrola mas é abafada pelo grupo cantando "Electric Blues". A Tribo emenda a canção com "Oh Great God of Power" mas tudo que conseguem é ver Claude aparecer vestido com uma roupa de gorila. Ele acaba de retornar do centro de alistamento e Berger e a Tribo descrevem sua versão do encontro. Três das mulheres da tribo cantam as virtudes dos negros em "Black Boys" e são respondidas por três loiras caracterizadas como integrantes do trio The Supremes que cantam "White Boys". Berger começa a distribuir cigarros de maconha entre todos e logo que a droga faz efeitos todos cantam "Walking in Space".
A ação então é focada na viagem alucinógena de Claude. Nela, aparece George Washington na guerra, acompanhado de vários índios. A eles se juntam Abraham Lincoln, John Wilkes Booth, Ulysses Grant, Calvin Coolidge e Scarlett O'Hara. Logo depois aparecem monges budistas, freiras católicas e manifestações contra a guerra se seguem, como a feiúra da guerra contra os vietcongs. A Tribo invoca as palavras de Shakespeare cantando "What a Piece of Work is Man" para tentar entender e racionalizar os fatos. Enfim a "viagem" termina ("How Dare They Try") e todos tentam trazer Claude de volta à realidade. Entretanto, ele parece ter problemas em retornar aos dias presentes.
A Tribo divide-se em grupos para dormir sob a luz do luar e Sheila canta "Good Morning, Starshine". Um colchão aparece e a Tribo comemora, cantando "Never Can You Sin in Bed". Eles separam-se de Claude e reuném-se num grupo de "Flower Power" batendo paus e panelas, entoando cânticos anti-guerra. Depois chamam por Claude, mas ele desapareceu.
Sem ser visto por seus amigos, pois só está ali em espírito, Claude reaparece de uniforme militar e diz:"Estou exatamente aqui. Gostem disso ou não, eles me pegaram." ("The Flesh Failures"). Ainda sem poder vê-lo, a Tribo canta "Eyes, Look Your Last" em contraponto a Claude que canta novamente "Manchester, England". Sheila repete "The Flesh Failures" e lidera o grupo na canção final "Let the Sun Shine In".
Ao final, a Tribo descobre a presença de Claude, que está deitado no chão, de uniforme sobre a bandeira americana, no centro do palco. Berger pega seus pedaços de pau, com eles faz uma cruz sobre o corpo deitado de Claude, e todos desaparecem, deixando o corpo estendido no chão. No encerramento, a Tribo volta a cantar "Let the Sunshine In" e chama a platéia para dividir o palco com eles.

Canções
A trilha musical tinha muito mais canções que os musicais típicos da época. A maioria dos espetáculos da Broadway tinha entre seis e dez canções por ato. O total de Hair era de mais de trinta. A lista abaixo reflete a apresentação mais comum na Broadway:

Ato I
   "Aquarius"
   "Donna"
   "Hashish"
   "Sodomy"
   "I'm Black/Colored Spade"
   "Manchester England"
   "Ain't Got No"
   "I Believe in Love"
   "Air"
   "Initials (L.B.J.)"
   "I Got Life"
   "Going Down"
   "Hair"
   "Easy to Be Hard"
   "Don't Put It Down"
   "Frank Mills"
   "Be-In"
   "Where Do I Go"


 Ato II
   "Electric Blues"
   "Black Boys"
   "White Boys"
   "Walking in Space"
   "Yes, I's Finished/Abie Baby"
   "Three-Five-Zero-Zero"
   "What a Piece of Work Is Man"
   "Good Morning Starshine"
   "The Bed"
   "Aquarius" – (repetição)
   "Manchester England" (repetição)
   "Eyes Look Your Last"
   "The Flesh Failures"
   "Let the Sunshine In"


Gravações
A primeira gravação de Hair foi feita em 1967 com o elenco da produção off-Broadway. A gravação com o elenco original da Broadway recebeu o Prêmio Grammy em 1968 para melhor trilha de musical e vendeu cerca de 3 milhões de cópias nos Estados Unidos até dezembro de 1969. Em 2007, o New York Times observou que "o álbum com o elenco de Hair tornou-se obrigatório para a classe média. Sua exótica arte da capa laranja e verde ficava imediatamente impressa na psiquê de quem a olhava.... ele tornou-se um clássico do pop-rock, que, como todo bom pop, tem um apelo que transcende gostos particulares por gêneros ou épocas."
Canções da peça foram gravadas por diversos artistas, entre eles Diana Ross, Shirley Bassey e Barbra Streisand. "Good Morning Starshine" foi gravada por Sarah Brightman, Diana Ross e Oliver. Com este último, o compacto da música chegou ao 3º posto da Billboard Hot 100, vendeu mais de um milhão de cópias e recebeu o Disco de Ouro da R.I.A.A. em agosto de 1969. O grande sucesso de Hair porém, foi o medley "Aquarius / Let the Sunshine In", gravado pelo The 5th Dimension. A single com as duas canções integradas chegou ao topo da Billboard, passando seis semanas consecutivas em primeiro lugar das paradas, sendo o primeiro medley na história da fonografia americana a conseguir esse feito, e conquistou o Prêmio Grammy para Gravação do Ano, em 1970. Na Grã-Bretanha, Nina Simone fez sucesso com o medley "Ain't Got No / I Got Life". Em 1970, a ASCAP anunciou que "Aquarius" foi a música mais tocada nos rádios e televisões naquele ano.
Produções da Inglaterra, Alemanha, Brasil, Suécia, Japão, Israel, Austrália e outros países também lançaram discos gravados por seus elencos e mais de mil gravações vocais e/ou instrumentais individuais de suas canções foram colocadas no mercado. O sucesso das músicas chamou tanto a atenção que a ABC Records, depois de uma guerra de ofertas, contratou Galt MacDermot por uma soma recorde para compor as músicas do próximo musical a ser produzido pela empresa.

Temática
Raça e tribo
Hair explora muitos dos temas pacifistas do movimento hippie dos anos 60. Excluindo dois musicais precedentes dos anos 20 e 30, que tratam do preconceito racial, da vida dos negros americanos e tinham elencos eminentemente negros, Hair abriu a Broadway para a integração racial, com um terço do elenco sendo de negros. Exceto por esquetes satíricos, os papéis dos negros na Tribo os colocam como iguais aos brancos, quebrando a tradição dos papéis de escravos e servos sempre reservados a eles no ramo do entretenimento. A revista Ebony, dedicada ao mercado afro-americano, declarou que o musical era o maior mercado para atores negros da história do teatro nos Estados Unidos.
Várias das cenas e canções da peça tratam de temas raciais. "Colored Spade", a música que introduz o personagem "Hud", um militante negro, tem na letra uma longa lista de insultos raciais, como "jungle bunny" (coelhinho da selva) e "little black sambo" (pequeno mestiço negro) com que os negros eram denominados.". Ao fim dela, "Hud" diz à Tribo que o "bicho papão" vai pegá-los e o grupo finge estar assustado. "Dead End", cantada pelos integrantes negros, é uma coletânea de sinais de rua que simbolizam a frustração e a alienação da população negra ("keep out… mad dog… hands off"). Um dos cânticos de protesto diz: "O que nós achamos que é realmente legal? Bombardear, linchar e segregar!. Enquanto "Black Boys/White Boys" é um exuberante reconhecimento da miscigenação.
As inúmeras referências aos nativos americanos na peça são parte do foco anticivilização, anticonsumismo e a favor do naturalismo do movimento hippie. Os personagens do grupo são denominados como "Tribo", emprestando o termo das comunidades indígenas. O elenco de cada produção deveria escolher um nome tribal. "A prática não é apenas cosmética… todo o elenco deve trabalhar junto, gostarem uns dos outros e muitas vezes dentro do espetáculo deve funcionar com um único organismo. Todo o sentido de família, de laços, de responsabilidade e de lealdade inerentes à palavra 'tribo', precisam ser sentidos por todo o elenco". Para reforçar este sentimento, o diretor O'Horgan fez o elenco praticar exercícios de sensibilidade baseados na confiança mútua, incluindo toques, audição e um extenso exame uns dos outros, que derrubou a barreira entre os membros do elenco e da equipe de produção e incentivou a união de todos. Estes exercícios foram baseados em técnicas do Esalen Institute e do teatro laboratório polonês.[32] A própria ideia de Claude, Berger e Sheila viverem juntos, é uma outra faceta do conceito de tribo dos anos 60, mostrado na capa do livro The Love Tribe, de Joseph Mathewson, que descrevia a vida dos jovens do East Village de então.


Nudez, liberdade sexual e drogas
A breve e famosa cena de nudez ao final do Primeiro Ato foi objeto de grande controvérsia e notoriedade. O crítico Gene Lees escreveu:"Muito se tem falado desta cena…a maioria um monte de bobagens". A cena foi inspirada na nudez de dois homens, para provocar a polícia, presenciada por Rado e Ragni durante uma manifestação anti-guerra. Durante a canção "Where Do I Go", o palco era forrado com uma grande peça de tecido, próprio para uso em cenários de teatro, principalmente cortinas, em cima do qual, aqueles que escolhessem ficar nus – a nudez era opcional para os atores – retiravam as roupas. Enquanto a canção se desenrolava, eles ficavam nus, imóveis e em pé, cantando sobre pérolas, flores, felicidade e liberdade. A cena demorava cerca de 20 segundos. Ela era tão rápida e iluminada de maneira tão difusa, que levou o comediante Jack Benny a fazer graça num intervalo de uma apresentação em Londres, perguntando: "Vocês repararam se algum deles era judeu?" Mesmo assim, a cena resultou em várias ameaças de censura e reações violentas em alguns lugares.
O elenco francês - que contou por dois anos com a participação do ator e cantor português Sérgio Godinho - era o que mais ficava nu das produções estrangeiras, enquanto a Tribo de Londres achava a cena a mais difícil de fazer no musical. O elenco sueco teve muita relutância com a cena enquanto o dinamarquês chegava a andar nu pelos corredores do auditório durante o prelúdio da peça. Em algumas apresentações iniciais, os alemães realizavam a cena atrás de uma grande faixa cobrindo a parte de baixo de seus corpos, escrita "censurado". Donna Summer, que fez parte da tribo alemã, resumiu o fato: "A cena não tinha nenhuma pretensão de ser sexual e não era. Nós ficávamos nus, em pé, simbolizando o fato de que a sociedade se preocupa mais com a nudez do que com mortes. Nós nos preocupamos mais com alguém andando quase nu pelas ruas do que com alguém andando por aí atirando nas pessoas". No Brasil, o problema foi de outra maneira, com a cena sendo realizada normalmente mas com duração limitada, exigida pela censura militar da época e só permitida após longa negociação entre os produtores e os censores do governo.


Natalie Mosco, integrante do elenco original da Broadway, explicou seus sentimentos:'"Eu era totalmente contra fazer a cena de nu em princípio, mas me lembrei de minha professora de arte dramática me dizendo que parte do trabalho de representar é ser privado em público. Então eu a fiz." Outra atriz da montagem original, Melba Moore, disse:"A cena não significa nada mais do que você quer que signifique. Nós damos muito valor em cobrir nossos corpos, mas isso não significa nada. É como muitas pessoas ficarem tensas sobre nada. Sim, no começo eu estava apavorada. Pensei, 'estou aqui nua, sem proteção e todo mundo olhando pra mim'. Agora, eu fico surpresa de estar ali, nua, completamente à vontade, sem ficar embaraçada. Quem fica assim é a audiência."  James Rado disse:" Ficar nu na frente de uma plateia significa que vocês está desnudando sua alma. Não apenas sua alma mas todo seu corpo. A cena é muita apta para o musical, muito honesta e quase necessária".
Hair glorifica a liberdade sexual de várias maneiras. "O elemento amor era palpável no movimento pacifista", diz Rado. Durante a canção "Sodomy", Woof exorta a todos "participarem da completa orgia do Kama Sutra.". Perto do fim do Segunto Ato, os membros da tribo revelam suas tendências ao amor livre quando brincam sobre quem vai dormir com quem naquela noite. Woof tem uma grande atração por Mick Jagger e um abraço a três entre Claude, Berger e Sheila, acaba com os dois homens se beijando.
Várias drogas ilegais são usadas pelos personagens durante o musical, especialmente um alucinógeno durante a sequência da viagem lisérgica de Claude. A canção "Walking in Space" começa durante a sequência e a letra homenageia a experiência declarando "como eles ousam interromper esta beleza…neste mergulho nós redescobrimos as sensações…nossos olhos estão abertos, muito, muito, muito…" Em outra fala, Sheila fuma um cigarro de maconha e diz que quem pensa que maconha é ruim, tem a cabeça cheia de merda". De maneira geral, a Tribo tem preferência por alucinógenos e drogas de 'expansão da mente', em detrimento de depressivos e anfetaminas. A canção "Hashish" fala de um lista de drogas farmacêuticas, legais e ilegais, como álcool, cocaína, LSD, ópio e clorpromazina, usada como psicotrópico.


Pacifismo e ambientalismo
O tema do pacifismo que permeia o musical é unificado com o dilema moral de Claude, se ele queima ou não seu cartão de alistamento. O pacifismo é explorado em diversas canções e sequências da peça, uma delas a viagem lisérgica durante o Segunto Ato. A letra de "Three-Five-Zero-Zero" evoca os horrores da guerra. Ela foi baseada num poema de 1966 de Allen Ginsberg. Neste poema, um "general Maxwell Taylor" orgulhosamente informa o número de inimigos mortos em um mês, "Três-Cinco-Zero-Zero", repetindo-o dígito a dígito para causar mais efeito.
"Don't Put It Down" satiriza o irrefletido patriotismo de pessoas que são absolutamente 'loucas' pela bandeira norte-americana.[46] "Be In (Hare Krishna)", evoca e elogia os movimentos pacifistas e eventos como os "Be-Ins" de São Francisco e do Central Park. Durante o desenrolar do musical, a Tribo entoa slogans populares como "O que nós queremos? Paz – Quando queremos isso? Agora!". A otimista e final "Let The Sunshine In" é um chamado à ação para rejeitar a escuridão da guerra e mudar o mundo para melhor.
Hair também satiriza a poluição causada pela civilização. Jeanie aparece através de um alçapão no palco usando uma máscara contra gases e canta "Air". Na letra, "Bem-vindo dióxido de enxofre, alô monóxido de carbono, o ar… está em todo lugar". Ela sugere que a poluição acabará matando-a em "vapor e fumaça na pedra do meu túmulo, respirando como um perfume sombrio". Com uma veia cômica pró-verde, "Woof" apresenta-se ao público dizendo que faz "crescer coisas", como beterraba, milho e ervilhas doces.

Religião e Astrologia
A religião aparece tanto abertamente quanto simbolicamente durante a peça, muitas vezes tratada como piada. Berger canta sua procura por "My Donna", o que leva ao duplo significado entre a mulher que ele procura e a Madona. Em "Sodomy", um hino a tudo que seja "sujo" sobre sexo, o elenco evoca posições religiosas como a Pietá e Cristo na cruz. Antes da canção, inclusive, Woof recita um rosário modificado.
Claude torna-se uma clássica figura de Cristo em várias partes da peça. No Primeiro Ato, ele entra dizendo "Eu sou o Filho de Deus; eu desaparecei e serei esquecido" e então abençoa a tribo e a audiência. Há também alusões textuais a 'Claude' sendo crucificado e ao final ele é escolhido para dar sua vida pelos outros. Berger é visto como uma representação de João Batista, preparando o caminho para 'Claude'.
Músicas como "Good Morning Starshine" e "Aquarius" mostram o interesse da contracultura dos anos 60 na Astrologia e nos conceitos cósmicos. A segunda é o resultado da pesquisa de James Rado em seu próprio signo astrológico. A astróloga da companhia, Maria Crummere, era sempre consultada sobre o elenco. Sheila era normalmente interpretada por uma atriz de Libra ou Capricórnio e Berger por um ator de Leão, apesar de Gerome Ragni, o Berger original, ser de Virgem.
Crummere também era consultada com relação à data de estreia mais propícia para o musical. Foi ela que escolheu o dia 29 de abril de 1968 para a estreia na Broadway: "o dia 29 era auspicioso porque era noite de lua cheia, indicando que o público viria em massa. A posição dos "fazedores da história" (Júpiter, Urano e Plutão) na décima casa, fariam o show ser único, poderoso e sucesso de bilheteria. E o fato de que Netuno estava ascendente, predizia que Hair criaria uma reputação envolvendo sexo."
No México, quando Crummere não escolheu a data da estreia, Hair foi encerrado após a primeira apresentação e o elenco preso e deportado. Ela também não ficou satisfeita com a data marcada para a estreia em Boston, quando os produtores foram processados por conteúdo imoral.

Literatura e simbolismo
Hair faz muitas alusões às peças de William Shakespeare, especialmente Romeu e Julieta e Hamlet, e algumas vezes usa material lírico diretamente de Shakespeare. A letra de "What a Piece of Work Is Man" é retirada da segunda cena do Segunto Ato de Hamlet. Em "Flesh Failures/Let The Sun Shine In", os versos "Eyes, look your last!/ Arms, take your last embrace! And lips, O you/ The doors of breath, seal with a righteous kiss" são de Romeu e Julieta. Simbolicamente, a indecisão de Claude entre queimar ou não seu cartão de convocação, e que ao final causa seu desaparecimento, é visto como um paralelo a Hamlet.
O simbolismo se faz presente na última cena, quando Claude aparece entre seus amigos como um espírito fantasmagórico em uniforme militar, num irônico eco de uma cena anterior, e diz:"Eu sei porque eu quero ser invisível". Oskar Eustis, diretor artístico do Public Theater, analisa a relação: "Ambos, 'Hair' e 'Hamlet', são centrados em dois brilhantes idealistas que lutam para achar seu lugar num mundo corrompido pela guerra, violência e políticos venais. Os dois veem as possibilidades luminosas e as mais duras realidades do ser humano. Ao final, incapazes de combater com eficiência o mal ao seu redor, ambos sucumbem."
Outras referências literárias são o retrato de Scarlett O'Hara de E o Vento Levou e do ativista e poeta negro LeRoi Jones durante a 'viagem ' da Tribo; a canção "Three-Five-Zero-Zero" também é baseada no poema Wichita Vortex Sutra, de Allen Ginsberg.

Carreira
Hair estreou na Broadway, no Biltmore Theatre, em 29 de abril de 1968, dirigido por Tom O'Hogan, com coreografia de Jule Arenal, cenografia de Robin Wagner, figurinos de Nancy Potts e iluminação de Jules Fisher. O elenco original e os personagens que representaram era composto por James Rado (Claude), Gerome Ragni (Berger) (os dois autores nos papéis masculinos principais), Steve Curry (Woof), Lynn Kellogg (Sheila), Sally Eaton (Jeanie), Lamont Washington (Hud), Shelley Plimpton (Crissy), Melba Moore (Dionne), Jonathan Kramer (travesti) e Diane Keaton - anos depois vencedora do Oscar - Donnie Burks, Lorrie Davis, Paul Jabara - que nos anos 70 e 80 comporia sucessos para Donna Summer, Barbra Streisand e The Weather Girls - Ronnie Dyson, Leata Galloway, Emmaretta Marks (integrantes da Tribo), entre outros.
Além do elenco original, durante a carreira do musical outros nomes famosos no show business americano fizeram parte do elenco, como Ben Vereen, Keith Carradine, Meat Loaf e Joe Butler, baterista e vocalista do Lovin' Spoonful.
A produção do musical logo se viu envolvida num processo judicial com os organizadores do Prêmio Tony. Depois de assegurar a Michael Butler que todos os espetáculos que tiveram pré-estreias até 3 de abril estariam elegíveis para concorrer aos prêmios, a direção da New York Theatre League, que administra os Tony, voltou atrás e estipulou a data de 19 de março de 1968 como o prazo máximo para que os concorrentes do ano pudessem participar, o que deixava Hair de fora. Os produtores então processaram a entidade, mas não conseguiram ganhar a causa nem forçar os administradores do Tony a reconsiderarem.
Hair participou dos Tony apenas no ano seguinte, 1969, indicado para Melhor Musical e Melhor Diretor mas perdeu nas duas categorias. O musical entretanto, continuou seu sucesso de público por 1750 apresentações na Broadway, encerrando apenas em 1 de julho de 1972.
Da Broadway, várias montagens da peça foram feitas pelos Estados Unidos, iniciando por Los Angeles para onde foram alguns dos integrantes do elenco original, incluindo os dois autores, e depois São Francisco e Chicago, chegando a haver nove produções simultâneas e fixas em cidades diferentes, além de um grupo que saiu em turnê nacional pelo país. As produções regionais tinham em seu elenco atores locais, mas em algumas delas os atores originais também participavam fazendo seus personagens da Broadway. O'Horgan, Rado e Ragni muitas vezes aproveitavam improvisações feitas nestes espetáculos para os incorporarem ao musical em Nova York, como quando galinhas vivas foram jogadas no palco em Los Angeles.
Na época, era extremamente raro que tantas montagens secundárias fossem espalhadas pelo país enquanto uma peça ainda estivesse sendo apresentada na Broadway. O produtor Michael Butler, que tinha declarado que Hair era o "mais poderoso libelo anti-guerra jamais escrito", disse que a razão para isso é que ele queria que mais pessoas tivessem contato imediato com as mensagens do musical, para influenciar a opinião pública contra a Guerra do Vietnã e terminá-la o mais rápido possível.


Montagens Internacionais
A primeira estréia de Hair fora dos Estados Unidos foi no West End de Londres, em 27 de setembro de 1968, com o mesmo time criativo da Broadway. A estreia foi adiada até a abolição da censura nos teatros ingleses feito pelo Theatres Act 1968. Tal como aconteceria em outras produções iniciais estrangeiras, a primeira montagem inglesa adicionou pitadas de alusões locais junto às originais vindas da Broadway. Entre os atores do elenco original britânico estavam Elaine Paige e Tim Curry, em sua primeira peça completa antes de tornar-se um astro internacional com o musical e o filme The Rocky Horror Picture Show. A carreira do musical em Londres foi ainda mais longa que na Broadway, durando 1997 apresentações, até ser interrompida em julho de 1973 depois do desabamento do teto do teatro onde era encenado.
O trabalho de cuidar das produções em língua não-inglesa foi entregue a Bertrand Castelli, sócio de Butler e co-produtor executivo do musical original. Castelli tormou a decisão de encenar a peça na linguagem local de cada país, numa época em que quase todos os shows oriundos da Broadway encenados pelo mundo eram encenados em inglês. As traduções seguiam o roteiro original e os mesmos cenários da Broadway eram usados. Cada roteiro continha referências da cultura local, como o nome de ruas e de autoridades ou celebridades de cada país. Ele produziu pessoalmente versões no México, França e Alemanha, algumas vezes dirigindo o próprio espetáculo.
A versão alemã estreou em 25 de outubro de 1968 em Munique[65] e trazia a cantora Donna Summer entre as integrantes da Tribo.[66] Em Paris, ele estreou em 1 de junho de 1969.[67] e a ansiedade do público francês em vê-lo fez com que US$ 60 mil em ingressos fossem vendidos antes da estreia.
Outra notável montagem de Hair aconteceu em Belgrado, na antiga Iugoslávia, a primeira versão do musical num país comunista.[69] Dirigido por uma produtora-diretora local, o musical teve a presença do presidente Tito e foi uma das versões favoritas da dupla Rado e Ragni, com o segundo dizendo para o público que ali não haviam "preconceitos da classe media". O roteiro do Hair iugoslavo incluía farpas atiradas à Mao Zedong e à Albânia, rival tradicional do país.
Em 1970, Hair havia se tornado um grande sucesso financeiro mundial, com montagens em dezenove países fora dos Estados Unidos, incluindo Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Itália, Japão, Noruega e Suécia. As várias produções simultâneas do musical estavam faturando cerca de US$ 1 milhão a cada dez dias e royalties estavam sendo recebidos de 300 gravações diferentes das músicas, fazendo de Hair a "mais bem sucedida trilha sonora escrita especialmente para um musical da Broadway em todos os tempos."


Recepção
A recepção da crítica após a estreia na Broadway, foi, com algumas exceções, esmagadoramente positiva. Clive Barnes, no New York Times, escreveu:"O que é tão agradável em Hair? Acho que é simplesmente porque ele é agradável. Tão novo, tão fresco e tão despretensioso, mesmo em suas pretensões." O Wall Street Journal resenhou: "… o show é exuberante, desafiador e a produção explode por todos os cantos do Biltmore Theater". No New York Post, "Hair tem uma surpresa, ou talvez seja um charme intencional, seu bom humor é contagiante e seu sabor juvenil o torna difícil de resistir".
As críticas na televisão foram ainda mais entusiásticas. A ABC disse que "Os atores são os hippies mais talentosos que você jamais viu, dirigidos de uma maneira lindamente selvagem por Tom O'Horgan." Para Leonard Probst da NBC, "Hair é o único novo conceito em musicais da Broadway em anos e é o mais divertido deste ano." John Wingate da WWOR-TV elogiou a dinâmica trilha sonora de MacDermot que "explode e se eleva" e Len Harris da CBS decretou: "eu finalmente encontrei o melhor musical da temporada. É aquele desleixado, vulgar e fantástico rock musical de amor tribal chamado Hair".
Já as revistas trouxeram altos e baixos em suas resenhas. Para a Variety, a mais pessimista delas, Hair era "... um musical estúpido, sem história, forma, música, dança, beleza ou arte… é impossível dizer inclusive se o elenco tem talento. Mas talvez talento seja irrelevante neste novo tipo de show business."Para um crítico da Time, "... apesar de mostrar vitalidade, ele é prejudicado por ser um musical sem estrutura e, como um peixe sem osso, oscila quando deveria nadar."Jack Kroll, da Newsweek, entendeu diferente e bem humoradamente que "não há como negar a unidade cinética pura deste novo Hair. Existe algo difícil, contagiante, ligeiramente corrupto na virtuosidade de O'Hogan, como se ele fosse um Busby Berkeley mal intencionado."
Conhecendo as críticas ao musical em sua época de lançamento, em 2001 o dramaturgo e escritor Scott Miller escreveu, em seu livro Rebels with Applause: Broadway's Ground-Breaking Musicals: "... algumas pessoas não conseguem ver sob a aparência de caos e aleatoriedade a brilhante construção e as sofisticadas imagens escondidas em Hair. Não apenas as letras das músicas geralmente não rimam, mas muitas das canções não tem exatamente um fim, apenas diminuindo e parando de repente, assim a audiência fica sem saber quando deve aplaudir… ele rejeitou todas as convenções anteriores da Broadway, do teatro tradicional em geral e especificamente dos musicais americanos. E era brilhante."


Controvérsias
Hair desafiou muitas das normas da sociedade ocidental vigentes em 1968. O nome do musical, que deriva de uma pintura do artista da pop art Jim Dine, que mostra um pente e alguns fios de cabelo, era uma reação às restrições da civilização e seu consumismo e uma opção pelo naturalismo. James Rado relembra que cabelos compridos era "uma forma visível de consciência na expansão de seu consciente. Quanto maior era o cabelo, mais expansiva era a mente. Cabelos longos eram algo chocante e era um ato revolucionário deixá-los crescer. Era, realmente, como se fosse uma bandeira."
O musical levantou controvérsias desde que surgiu nos palcos. O final do Primeiro Ato, onde os atores ficam nus, foi a primeira vez que a Broadway viu atores e atrizes inteiramente nus em cena. Ele também foi acusado de profanação à bandeira nacional e linguagem obscena. Estas polêmicas, junto com a postura e o tema anti-Guerra do Vietnã, ocasionou algumas ameaças e atos de violência nas primeiras apresentações de Hair e se tornaram a base de ações legais contra os produtores, tanto nas montagens fixas em outras cidades, quanto nas apresentações em turnês pelo país. Dois casos de tentativa de censura foram parar na Suprema Corte dos Estados Unidos.
A companhia de Hair que excursionou pelo interior dos Estados Unidos foi a que mais enfrentou resistências morais. Em Indiana, a produção sofreu piquetes de diversos grupos religiosos. No Texas, a montagem era constantemente ameaçada de ser fechada pelas autoridades. Em Chattanooga, no Tennessee, as autoridades se negaram a ceder o auditório público da cidade para a montagem, o que depois foi contestado pela Suprema Corte como censura e inconstitucional.
Em Boston, as medidas legais tomadas pela autoridades locais contra Hair por causa, em princípio, da cena com a bandeira americana, foram também levadas à Suprema Corte pelos produtores. Mesmo com a cena removida antes da abertura, a procuradoria-geral da cidade continuou tentando impedir a exibição depois da temporada iniciada sob o argumento de que cenas lascivas e libidinosas aconteciam no palco. Depois de uma batalha legal que passou pela Suprema Corte de Massachusetts, a apelação à Suprema Corte federal decidiu em favor dos produtores citando a liberdade de expressão e as autoridades foram obrigadas a permitir a reabertura do espetáculo em 22 de maio de 1970, preliminarmente censurado após já ter estreado.
Em abril de 1971, uma bomba foi jogada na frente do teatro que o exibia em Cleveland, destruindo vidros e abalando e causando danos na marquise no edifício. No mesmo mês, familiares do integrante do elenco local Jonathan Johnson e do diretor de palco Rusty Carlson morreram num incêndio num hotel que alojava 33 membros do elenco. Em St. Paul, Minnesota, um clérigo protestante soltou dezoito ratos brancos dentro do teatro.
Mesmo em Nova York, um protesto silencioso feito na Broadway foi muito noticiado pela imprensa. Os astronautas James Lovell e John Swigert, recém-retornados da dramática missão da Apollo 13 (que, por ironia, tinha o módulo lunar que os salvou a vida batizado como 'Aquarius') retiraram-se no meio do espetáculo por considerarem que o musical pregava o anti-americanismo por causa da cena com a bandeira americana.
Por outro lado, em São Francisco a população hippie considerava Hair como uma extensão deles mesmos e de suas vidas nas ruas. Frequentemente ultrapassavam a barreira entre arte e realidade meditando em conjunto com os integrantes do elenco ou subindo ao palco durante o espetáculo. Henry Kissinger foi visto na platéia de uma das apresentações em Washington D.C. e a Princesa Anne, então com 18 anos, foi flagrada dançando no palco durante uma das apresentações em Londres.


Reações pelo mundo
No exterior, as montagens da peça também tiveram problemas e conviveram com protestos conservadores. Em 1969, a noite de estreia do musical em Sydney, Austrália, teve que ser interrompida devido a uma ameaça de bomba. No mesmo ano, em Acapulco, México, ele foi exibido por apenas uma noite. Após o encerramento, a polícia interditou o teatro, que se localizava na mesma rua de um famoso bordel da cidade, dizendo que a produção era "prejudicial à moral da juventude mexicana" e prendeu o elenco americano que lá se apresentou, entregando-os ao Departamento de Imigração. A equipe concordou em deixar o país mas complicações legais fizeram com que fossem obrigados a se esconder. Dias depois, foram todos expulsos do México.
Até em Paris, onde a nudez não era incomum nos palcos e o elenco se desnudou quase religiosamente, a peça encontrou alguma oposição, como quando um membro do Exército da Salvação local, usando um megafone, começou a exortar os espectadores para que interrompessem o espetáculo. Em Bergen, na Noruega, cidadãos fizeram uma barreira humana na porta do teatro para impedir a entrada do público. Na montagem de Munique, as autoridades ameaçaram cancelar o musical se a cena de nudez não fosse suprimida; porém, depois que um relações-públicas local declarou de público que seus parentes haviam marchado assim, nus, para Auschwitz, as autoridades cederam.
Hair efetivamente marcou o fim da censura nos palcos britânicos. O censor de teatros de Londres, Lord Chamberlain, inicialmente recusou-se a conceder a licença para a exibição do musical, e a estreia foi adiada até que o Parlamento passou uma lei retirando dele o poder de licenciamento de obras teatrais.

Legado
Hair foi o primeiro musical conceitual, uma forma de expressão que dominou o teatro musical norte-americano nos anos 70. Musicais como Follies, Company e Pacific Overtures refinaram o gênero enquanto A Chorus Line, de Michael Bennett, o popularizou. Assim como Hair, A Chorus Line foi construído durante um período de experiência no The Public Theater de Joseph Papp.
Apesar do aparecimento de musicais conceituais terem sido uma consequência inesperada da tomada da Broadway por Hair no fim dos anos 60, a esperada revolução do rock nos musicais não se completou. Depois dele, MacDermot compôs três peças musicais roqueiras sucessivas, Two Gentlemen of Verona (1971); Dude (1972), um segunda colaboração com Ragni e Via Galactica (1972). Apesar do sucesso do primeiro, que conquistou público e ganhou um Tony de Melhor Musical, Dude fracassou depois de apenas dezesseis apresentações e Via Galactica após um mês. Jesus Cristo Superstar (1970) e Godspell (1971), foram dois sucessos do gênero, de temática religiosa. Grease (1975) reverteu o rock aos anos 50 e musicais de temática negra como The Wiz foram fortemente influenciados pelo blues, gospel e soul music. Ao fim da década de 70, entretanto, o gênero tinha se esgotado.
Exceto por alguns postos avançados do rock como Dreamgirls e A Pequena Loja dos Horrores no começo da década, o gosto do público nos anos 80 migrou para os megamusicais com trilhas pop como O Fantasma da Ópera e Os Miseráveis. Nos anos 90, poucos musicais, como Rent, conseguiram sucesso com a temática rock.
Por outro lado, Hair teve um profundo efeito não apenas no que passou a ser aceito na Broadway, mas como parte do movimento social que ele celebrava. Em 1970, por exemplo, Michael Butler, Castelli e vários elencos de Hair contribuíram para o levantamento de fundos para a World Youth Assembly, uma organização patrocinada pelas Nações Unidas criada em conexão com a celebração do 25º aniversário da ONU. A Assembleia escolheu 750 jovens de todo o mundo para encontraram-se em Nova York em julho de 1970 para discutirem temas sociais. Durante uma semana, membros dos elencos de todas as partes do mundo onde ele era encenado recolheram donativos a cada show para este fundo. No total, conseguiram US$ 250 mil e acabaram sendo os principais financiadores da assembleia. Atores integrantes das Tribos contribuíram com um dia de salário e Butler com um dia de seus lucros de cada uma das montagens existentes ao redor do mundo.
Graças a seu tema universal, Hair continua, até hoje, a ser uma das principais escolhas de produção de elencos amadores de escolas, cursos de arte dramática e universidades de todo mundo. Sua influência foi sentida não apenas nas artes, mas também nos costumes da sociedade. Como observou Ellen Stewart, fundadora do La MaMa:

"Hair chegou de jeans, roupas confortáveis e coloridas, sons, movimentos… e você pode ir a um escritório e ver uma secretária hoje em dia e ela está de jeans…você pode ir a qualquer lugar que quiser assim e é o que Hair fez, e continua fazendo, décadas depois....uma espécie de emancipação, uma emancipação espiritual que veio da montagem de O'Horgan. Até os dias de hoje, Hair tem influenciado cada pequena coisa que você vê na Broadway, off-Broadway, off-off-Broadway. Em qualquer lugar do mundo você vê elementos das técnicas experimentais que Hair trouxe não apenas para a Broadway mas para o mundo todo."


No cinema
Hair foi levado ao cinema em 1979 pelo diretor tcheco Milos Forman, com roteiro de Michael Weller e coreografado por Twyla Tharp. No elenco, nomes como John Savage, Treat Williams, Beverly D'Angelo e dois integrantes do musical original da Broadway, Melba Moore e Rony Dyson. Filmado em grande parte no Central Park e no Washington Square Park em Nova York, o filme difere em muitos pontos do musical original, a começar pela eliminação de diversas músicas constantes na peça.
Personagens também tiveram seus perfis mudados. Nele, "Claude" é um inocente recruta de Oklahoma que chega a Nova York para integrar-se ao exército, convocado para o Vietnã, e "Sheila" é uma socialite nova-iorquina que lhe chama a atenção. Na que talvez seja a maior liberdade com a história original, um engano acaba mandando Berger, ao invés de Claude, ao Vietnã, onde ele morre na guerra.
Estreando mundialmente como hors concours no Festival de Cinema de Cannes, o filme, apesar das mudanças, teve sucesso de público e recebeu críticas positivas importantes como a de Vincent Canby, do New York Times, que escreveu " …as invenções de Weller (o roteirista) fizeram este Hair ser mais divertido que o original. Ele também deu tempo e espaço para o desenvolvimento dos personagens que, no palco, tinham que expressar a si mesmos quase que inteiramente por música. O elenco é soberbo e o filme, de maneira geral, é delicioso." A Time afirmou que "Hair é bem sucedido em todos os níveis - como um divertimento vulgar, um drama emocional, um espetáculo estimulante e uma observação social provocadora."
Em 2004, "Aquarius", cantada no filme por Ren Woods, recebeu a 33ª posição entre as 100 maiores músicas do cinema pelo American Film Institute.
James Rado e Gerome Ragni, porém, ficaram insatisfeitos com o resultado, achando que Forman retratou os hippies como "algum tipo de aberração" sem qualquer ligação com o movimento pacifista, falhando em transportar para a tela a essência original da obra. Eles declararam que qualquer semelhança entre o filme e o musical se limita a algumas canções, o título em comum e o nome dos personagens. Na opinião dos autores, a verdadeira versão cinematográfica de Hair ainda não foi feita.

Remontagem
Depois de seu encerramento na Broadway em 1972, Hair teve diversas remontagens nos Estados Unidos e no exterior. A primeira delas, mal sucedida, foi no mesmo Biltmore Theater cinco anos depois, em 1977, onde ele ficou apenas 43 dias em cartaz. Apesar de produzido pela mesma equipe, o musical teve críticas de maneira geral negativas, com o New York Times dizendo que ".... nada envelhece pior do que grafite" e que a "... produção mostrava apenas suas cinzas.”
Na década seguinte, algumas outras montagens se seguiram em Chicago e em Montreal. Em maio de 1988, o 20º aniversário da estréia na Broadway foi comemorado com uma apresentação na Assembleia Geral das Nações Unidas em benefício de crianças com AIDS, que contou com a presença da primeira-dama dos Estados Unidos Nancy Reagan. Rado, Ragni e MacDermot reuniram-se para criar nove novas canções e 168 atores que participaram de Hair em todo mundo se apresentaram na montagem. A renda de espetáculo, que teve ingressos vendidos a até 5 mil dólares, foi integralmente entregue ao Comitê dos Estados Unidos para a UNICEF e para o Fundo de Crianças com AIDS da Creo Society.
Após a morte de Gerome Ragni em 1991, Rado e MacDermot continuaram a escrever canções para os revivals do musical que ocorreram nos anos 90 pelos Estados Unidos e no exterior. Em 1992, uma montagem especial, Hair Sarajevo AD 1992, foi apresentada durante o Cerco de Sarajevo - e na própria cidade sitiada - como um apelo à paz na Bósnia.

Broadway 2009
O relançamento de maior sucesso de Hair, porém, aconteceu em 2009 na Broadway, quando ganharia o Tony Award que não conseguiu receber em seu lançamento original em 1968. Dirigido por Diane Paulus – que já havia dirigido uma remontagem especial em 2007, em comemoração aos 40 anos da peça, apresentada em forma de concerto de rock por três dias no Delacorte Theater, um teatro aberto no Central Park – o musical estreou oficialmente no Al Hirschfeld Theatre em 31 de março. Coreografada por Karole Armitage, trouxe no elenco jovens atores como Gavin Creel, Will Swenson, Caissie Levy, Allison Case, Darius Nichols, Bryce Ryness, Kacie Sheik e Sasha Allen.
A resposta da crítica foi quase unanimemente positiva. A Variety, que em 1968 tinha feito uma crítica bastante negativa da peça, resenhou: "A diretora Diana Paulus e seu elenco extremamente talentoso conectam-se com a história de maneira a ir direto ao coração do rock-musical de 1967, gerando uma enorme energia que se irradia pelas vigas do teatro. O que poderia ter sido apenas nostalgia, ao invés disso se torna uma imersão completa numa grande festa. Se esta produção explosiva não mexer alguma coisa em você, então está na hora de você checar seu pulso."Elizabeth Vincentelli do New York Post escreveu: "Hair emerge em triunfo. Eu tenho zero nostalgia pelos anos 60 mas adoro ESTE Hair". A manchete do New York Daily News trazia: "Hair Revival's High Fun!" (A grande diversão do relançamento de Hair!)"
Remontada inicialmente pela direção do The Public Theater em 2008, o novo musical teve problemas na sua transferência para a Broadway. Os produtores encontraram dificuldades em levantar os 5,5 milhões de dólares do orçamento necessário por causa da crise econômica de 2008-2009, mas conseguiram o financiamento depois de algum tempo graças a novos parceiros comerciais conquistados. A diretora Paulus colaborou criando um novo cenário mais econômico. O sucesso popular fez com que o musical arrecadasse mais de 800 mil dólares em apenas duas semanas. Em 30 de abril de 2009, no programa de televisão The Late Show with David Letterman, da CBS, o novo elenco recriou exatamente o mesmo número apresentado no palco do Teatro Ed Sullivan - onde o talk-show é apresentado - quarenta anos antes pelo elenco original, cantando "Aquarius", "Let The Sunshine In" e interagindo com o auditório. Ao final da apresentação, Letterman descreveu o número como "fantástico".
A remontagem conquistou o Prêmio Tony de Melhor Revival de Musical e o Drama Desk Award for Outstanding Revival de 2009. Em agosto de 2009, cinco meses após a estreia, Hair tinha recuperado todo seu investimento financeiro inicial, tornando-se um dos musicais de mais rápida recuperação financeira da história da Broadway. A nova carreira do musical encerrou-se em 27 de junho de 2010, depois que o elenco original transferiu-se para Londres, para um relançamento no West End, com o próprio elenco da Broadway. Ao terminar a carreira da mais bem sucedida remontagem de sua história, Hair havia sido apresentado 519 vezes, entre março de 2009 e junho de 2010.
O álbum gravado pelo novo elenco recebeu o Prêmio Grammy de Melhor Álbum de Musical.[120] Lançado em 23 de junho, estreou nas paradas no nº1 da Billboard Top Cast Album e atingiu a 63ª posição da Billboard 200, trazendo nele novas músicas nunca gravadas antes.

Produção Brasileira
Hair estreou no Brasil em outubro de 1969, pouco depois da edição do AI-5, durante o período mais duro da ditadura militar no país, quando a cassação de direitos políticos, censura aos meios de comunicação e a prisão e tortura dos adversários do regime ocorriam constantemente. O musical estreou no Teatro Bela Vista em São Paulo após longa negociação de seus produtores com a censura. A montagem original tinha várias cenas de nudez, e foi necessário chegar a um acordo em que os atores apareceriam nus uma única vez na peça e imóveis, durante um minuto apenas.
A Altair Lima Produções encenou o musical com produção de Maria Célia Camargo e direção de Ademar Guerra, versão de Renata Pallottini, direção musical de Claudio Petraglia na versão paulista e de Geny Marcondes na montagem carioca posterior. O pianista João Carlos Pegoraro foi o pianista e ensaísta da peça e quem acompanhou o musical, mais tarde incluindo no seu trabalho Jesus Cristo Superstar e Godspell (este trabalhando como maestro/arranjador).
Hair contou em seu elenco, entre 1969 e 1972, com vários atores jovens, muitos deles ainda desconhecidos, que mais tarde se tornariam astros do cinema e da televisão. O elenco original era encabeçado por Altair Lima, Aracy Balabanian, Armando Bogus, Bibi Vogel, Sonia Braga, Laerte Morrone, Helena Ignez, Fernando Reski, Ricardo Petraglia, Maria Regina, Ariclê Perez, Maria Helena Dias, Neuza Borges, Rosa Maria, José Luiz de França Penna (depois deputado do Partido Verde), Buza Ferraz, Ivone Hoffman, entre outros. Mas o rodízio de atores foi grande devido à extensa temporada de dois anos em cartaz, e assim, passaram por lá também, Luiz Fernando Guimarães, Célia Olga, Antonio Pitanga, Cléo Ventura, Esther Góes e Edyr de Castro (mais tarde uma das Frenéticas); posteriormente Antonio Fagundes, Francarlos Reis, Nuno Leal Maia, Ney Latorraca, Denis Carvalho, Tamara Taxman, Maria Aparecida Baxter, José Wilker, Betina Viany, Tânia Scher e Wolf Maia, entre outros.
A grande estrela do musical, porém, foi Sonia Braga, então com 18 anos. A princípio recusada pelo diretor Ademar Guerra, só entrou no elenco por insistência de Altair Lima, também ator do musical e um dos produtores, que comprou os direitos da peça para ser encenada no Brasil e investiu todas as suas economias nela. Também houve, em 1969, o lançamento do disco LP da peça Hair pela Produções Fermata. Mais tarde, Sonia foi consagrada por Caetano Veloso em seus versos "uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel, ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair", da música "Tigresa", de 1977.
Seguindo-se ao relançamento do musical na Broadway em 2009, os diretores e produtores Charles Moeller e Cláudio Botelho produziram uma nova montagem brasileira, quarenta anos depois da original, que estreou no Rio de Janeiro em novembro de 2010 e em São Paulo, no Teatro Frei Caneca, em janeiro de 2012, com trinta jovens atores e cantores também pouco conhecidos do grande público como Hugo Bonemer, Igor Rickli, Letícia Colin e Karin Hils entre outros, escolhidos entre mais de 5 mil inscritos para a seleção do elenco.

Outras produções internacionais
Hair já foi encenado na maioria dos países do mundo. Após a Queda do Muro de Berlim, ele foi apresentado pela primeira vez na Polônia, Líbano, República Tcheca e em Sarajevo, durante a guerra. Em 1999, Michael Butler e o diretor Bo Crowell ajudaram a produzir uma montagem em Moscou, no Parque Gorki. O musical causou a mesma reação na Rússia que o original havia causado trinta anos antes nos Estados Unidos, porque soldados russos lutavam na Chechênia na mesma época.
Em 2003, James Rado escreveu que os únicos lugares onde Hair ainda não tinha sido apresentado eram a China, Vietnã, Cuba, Índia, alguns países da África, o Ártico e a Antártida. Desde então, Hair já foi encenado na Índia.


HAIR : Aquarius


HAIR : Song Hair


HAIR : Let The Sunshine In



THE WALL – PINK FLOYD


The Wall é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda britânica de rock Pink Floyd. Lançado como álbum duplo em 30 de novembro de 1979 foi, posteriormente, tocado ao vivo com efeitos teatrais, além de ter sido adaptado para o cinema.
Seguindo a tendência dos últimos três álbuns de estúdio da banda, The Wall é um álbum conceitual, tratando de temas como abandono e isolamento pessoal. Foi concebido, inicialmente, durante a turnê In the Flesh, em 1977, quando a frustração do baixista e letrista Roger Waters para com seus espectadores tornou-se tão aguda que ele se imaginou construindo um muro entre o palco e o público.
The Wall é uma ópera rock centrada em Pink, um personagem fictício baseado em Waters. As experiências de vida de Pink começam com a perda de seu pai durante a Segunda Guerra Mundial, e continuam com a ridicularização e o abuso de seus professores, com sua mãe superprotetora e, finalmente, com o fim de seu casamento. Tudo isso contribui para uma auto-imposta isolação da sociedade, representada por uma parede metafórica.
O álbum contém um estilo mais duro e teatral do que os lançamentos anteriores do Pink Floyd. O tecladista Richard Wright deixou a banda durante a produção do álbum, continuando no processo como um músico pago, apresentando-se com o grupo na turnê The Wall. Comercialmente bem-sucedido desde o seu lançamento, o álbum foi um dos mais vendidos de 1980, vendendo mais de 11.5 milhões de unidades nos Estados Unidos, atingindo a primeira posição da Billboard. A revista Rolling Stone listou The Wall na 87ª posição em sua lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.


Antecedentes
A In the Flesh Tour foi a primeira turnê da banda em grandes estádios, e em julho de 1977, no último show, realizado no Estádio Olímpico de Montreal, um pequeno grupo de fãs barulhentos que estavam perto do palco irritou Waters, a tal ponto que ele cuspiu em um deles. Mais tarde, naquela noite, ao voltar do hospital para tratar uma lesão sofrida no pé, Waters conversou com o produtor musical Bob Ezrin, e um amigo de Ezrin, um psiquiatra, sobre os sentimentos de alienação que ele estava tendo na turnê. Ele articulou o seu desejo de isolar-se construindo um muro no palco, separando a banda do público. Mais tarde, ele disse: "Eu odiava tocar em estádios ... Eu dizia para as pessoas sobre essa turnê, 'Eu realmente não estou gostando disso ... há algo muito errado com isso."Enquanto Gilmour e Wright estavam na França gravando álbuns solo, e Nick Mason estava ocupado produzindo o álbum Green, de Steve Hillage, Waters começou a escrever material novo. O incidente da turnê deu o ponto de partida para um novo conceito, que explorou o isolamento do protagonista depois de anos de interações traumáticas com figuras de autoridade e a perda de seu pai quando criança. O conceito de The Wall era tentar analisar a situação psicológica do artista, usando uma estrutura física como um dispositivo metafórico e teatral.
Em julho de 1978, a banda se reuniu no Britannia Row Studios, onde Waters apresentou duas novas ideias para álbuns conceituais. A primeira foi uma demonstração de noventa minutos com o título Bricks in the Wall. O segundo, um projeto sobre os sonhos de um homem em uma noite, que lidavam com o casamento, sexo, e os prós e contras da monogamia e da vida familiar versus a promiscuidade. A primeira opção foi escolhida pelo grupo para ser o novo projeto do Pink Floyd, enquanto a segunda ideia se tornou um esboço para o primeiro disco solo de Waters, um álbum conceitual intitulado The Pros and Cons of Hitch Hiking.
Em setembro, a banda estava passando por dificuldades financeiras. A Norton Warburg Group (NWG), tinha investido cerca de três milhões de libras (14,1 milhões no valor contemporâneo) do grupo em capital de risco para reduzir as suas obrigações fiscais. A estratégia falhou, deixando a banda enfrentando altas taxas fiscais, que chegava a até 83 por cento. O Pink Floyd terminou seu relacionamento com a NWG, exigindo a devolução de fundos não investidos. A banda, assim, precisava urgente produzir um álbum para ganhar dinheiro. Devido ao projeto de 26 faixas ter apresentado um desafio maior do que os álbuns anteriores da banda, Waters decidiu trazer um produtor e colaborador de fora. Mais tarde, ele disse: "Eu precisava de um colaborador que estava em um lugar musicalmente e intelectualmente semelhante a onde eu estava."
Por sugestão da então namorada de Waters, Carolyne Christie, que havia trabalhado como secretária de Ezrin, a banda o contratou para coproduzir o álbum. Desde o início, Waters deixou Ezrin em dúvida quanto a quem estava no comando: "Você pode escrever o que quiser, só não espere qualquer crédito." Ezrin, Waters e Gilmour leram o conceito de Waters, mantendo o que eles gostaram e descartando o que eles achavam que não estava bom o suficiente. Waters e Ezrin trabalharam principalmente sobre a história, melhorando o conceito. Seu script de quarenta páginas foi apresentado ao resto da banda, com resultados positivos: "No dia seguinte, no estúdio, tivemos uma mesa de leitura, como você faria em um jogo, mas com toda a banda, e os olhos de todos brilharam, porque eles poderiam ver o álbum." Ele ampliou a história, distanciando-a da obra autobiográfica que Waters tinha escrito, baseando-se em um composto, ou um personagem chamado Pink. O engenheiro Nick Griffiths disse mais tarde do produtor canadense: "Ezrin foi muito bom em The Wall, porque ele conseguiu puxar a coisa toda em conjunto. Ele é um cara muito forte. Houve muita discussão entre Roger e Dave sobre como ele deve soar, e ele preencheu a lacuna entre eles." Waters escreveu a maior parte do material do álbum, dividindo com Gilmour os créditos em "Comfortably Numb", "Run Like Hell", e "Young Lust", e com Erzin "The Trial".


Conceito e história
The Wall é uma ópera rock que explora o abandono e o isolamento, simbolizada por uma parede metafórica. As músicas criam uma história na vida do protagonista, Pink, um personagem baseado em Waters, cujo pai foi morto durante a Segunda Guerra Mundial. Pink é oprimido pela mãe superprotetora, e atormentado na escola por professores tirânicos e abusivos. Cada uma dessas traumas se tornam os "tijolos no muro". O protagonista se torna uma estrela do rock e suas relações são marcadas por infidelidade, uso de drogas, e explosões de violência. Como seu casamento desmorona, ele termina a construção de sua parede, completando o seu isolamento do contato humano.
Escondido atrás de sua parede, a crise de Pink aumenta, culminando em uma performance alucinante no palco, onde ele acredita ser um ditador fascista. Atormentado pela culpa, ele se coloca em julgamento, onde seu juiz interior ordena-lhe que mande abaixo o seu próprio muro e se abra para o mundo exterior. O álbum gira um círculo completo com suas palavras de encerramento "Não é este onde ...", as primeiras palavras da frase que inicia o álbum, "... Nós chegamos?" com a continuação da melodia da última canção insinuando a natureza cíclica do tema de Waters.
O álbum inclui várias referências ao ex-membro da banda Syd Barrett, incluindo "Nobody Home" que sugere a sua condição durante a turnê do Pink Floyd nos Estados Unidos abortada de 1967, com letras como "selvagens, olhos arregalados". "Comfortably Numb" foi inspirada por injeções de relaxante muscular em Waters para combater os efeitos da hepatite durante a In the Flesh Tour.

Gravação
The Wall foi gravado em vários locais. Na França, o Super Bear Studios foi usado entre janeiro e julho de 1979, com Waters gravando seus vocais perto dali, no estúdio Miraval. Michael Kamen supervisionou os arranjos orquestrais no CBS Studios, em Nova York, em setembro. Ao longo dos próximos dois meses a banda utilizava o Cherokee Studios e The Recorder Village, em Los Angeles. Um plano para trabalhar com os Beach Boys no Sundance Productions em Los Angeles foi cancelado. Durante uma semana em novembro, eles trabalharam no Producers Workshop, também em Los Angeles.
James Guthrie, recomendado por Alan Parsons, antigo colaborador da banda, chegou no início do processo de produção. Ele substituiu o engenheiro Brian Humphries, emocionalmente drenado por seus cinco ano com a banda. Guthrie foi contratado como coprodutor, mas não tinha consciência do papel de Ezrin: "Eu me vi como um novo e quente produtor... Quando chegamos, eu acho que nós dois sentimos que tinhamos sido reservados para fazer o mesmo trabalho." As primeiras sessões no Britannia Row foram carregadas de emoção, sendo que Ezrin, Guthrie e Waters tinham ideias fortes sobre a direção que o álbum iria tomar. As relações no interior da banda estavam em baixa, e o papel de Ezrin se expandiu para algo entre Waters e o restante da banda. Como o Britannia Row foi inicialmente considerada inadequado para The Wall, a banda atualizou muito do seu equipamento, e em março um outro conjunto de demos estavam feitas. No entanto, a sua antiga relação com a NWG colocou-os em risco de falência, e eles foram aconselhados a deixar o Reino Unido antes de 06 de abril de 1979, por um período mínimo de um ano. Como não residentes não pagam impostos no Reino Unido durante esse tempo, dentro de um mês todos os quatro membros e suas famílias haviam deixado o país. Waters mudou-se para a Suíça, Mason para a França, e Gilmour e Wright para as Ilhas Gregas. Alguns equipamentos do Britannia Row foram realocados na Super Bear Studios, perto de Nice. Gilmour e Wright foram se familiarizando com o estúdio e gostavam de sua atmosfera, depois de ter gravado lá durante a produção de seus álbuns solo. Mason mais tarde mudou-se para perto da casa de Waters, perto de Vence, enquanto Ezrin ficou em Nice.


A pontualidade de Ezrin causou problemas com a agenda apertada de Waters. As partes de Ezrin sobre os royalties foi menor do que o resto da banda e ele viu Waters como um bully, especialmente quando o baixista zombavam dele por ter emblemas feitos com NÃO (Sem Pontos Ezrin), aludindo à sua menor parte dos royalties. Ezrin admitiu mais tarde que ele tinha problemas conjugais e não estava "na melhor forma emocionalmente".
Mais problemas tornaram-se aparentes quando a relação de Roger com Wright quebrou. Os quatro raramente iam juntos ao estúdio. Ezrin e Guthrie Mason previamente gravaram faixas juntos, e Guthrie também trabalhou com Waters e Gilmour durante o dia, retornando à noite para receber as contribuições de Wright. Wright, preocupado com o efeito que a introdução de Ezrin teria nas relações internas da banda, estava ansioso para ter o crédito de produtor no álbum (os álbuns da banda até o momento tinham sempre: "Produzido por Pink Floyd"). Waters concordou com um período experimental com a produção de Wright, mas depois de algumas semanas ele e Ezrin expressaram sua insatisfação com os métodos do tecladista. Gilmour também expressou sua irritação, queixando-se que a falta de Wright estava "deixando-os todos loucos". Wright também tinha seus próprios problemas, um casamento fracassado e o início da depressão. As férias da banda foram reservadas para agosto, depois que eles estavam para se reunir no Cherokee Studios em Los Angeles, mas a Columbia ofereceu à banda um melhor negócio em troca do lançamento do álbum no Natal. Waters, portanto, aumentou a carga de trabalho da banda. Ele também sugeriu a gravação em Los Angeles dez dias antes que o acordado, e contratar outro tecladista para trabalhar ao lado de Wright, cujas partes de teclado ainda não haviam sido registradas. Wright, no entanto, recusou-se a diminuir suas férias em Rhodes.
Em sua autobiografia, Inside Out, Mason diz que Walters chamou O'Rourke, que estava viajando para os Estados Unidos no QE2, e disse-lhe para ter Wright fora da banda no momento em que Waters chegou a Los Angeles para mixar o álbum. Em outra versão gravada por um historiador da banda, Waters chamou O'Rourke e pediu-lhe para falar com Wright sobre os novos arranjos de gravação, a que Wright supostamente respondeu "Diga a Roger para se foder ...". Wright não concordou com essa lembrança, afirmando que a banda concordou em gravar apenas durante a primavera e início do verão, e que ele não tinha ideia de que eles estavam tão atrasados. Mason escreveu mais tarde que Waters estava "chocado e furioso", e sentiu que Wright não estava fazendo o suficiente para ajudar a completar o álbum. Gilmour estava de férias em Dublin, quando soube dos acontecimentos, e tentou acalmar a situação. Mais tarde, ele conversou com Wright e deu-lhe seu apoio, mas lembrou-lhe sobre sua contribuição mínima para o álbum. Waters, entretanto, insistiu na saída de Wright, mais ele se recusava a liberar The Wall. Vários dias depois, preocupado com sua situação financeira, Wright saiu. A notícia da sua partida foi afastada da imprensa musical. Embora seu nome não ter aparecido em qualquer parte do álbum original, ele foi contratado como músico da banda na The Wall Tour.
Em agosto de 1979, Wright concluiu as suas funções no Cherokee Studios auxiliado pelos músicos de sessão Peter Wood e Fred Mandel, e Jeff Porcaro tocando bateria no lugar de Mason em "Mother". Com seu dever completo, Mason deixou a mixagem final para Waters, Gilmour, Ezrin e Guthrie, e viajou para Nova York para gravar seu primeiro álbum solo, Nick Mason's Fictitious Sports. Em antecipação do seu lançamento, limitações técnicas levou a algumas mudanças que estavam sendo feitas no conteúdo do The Wall, com "What Shall We Do Now?" sendo substituídos pelas semelhantes, mas mais curta "Empty Spaces" e "Hey You" foi movida de seu lugar original no final do lado três, para o começo. Com o prazo se aproximando de novembro de 1979, a banda deixou agora incorretos capas internas do álbum inalteradas.


Instrumentação
As primeiras sessões de Mason foram realizadas em um espaço aberto no piso superior do Britannia Row Studios. As gravações de dezesseis faixas foram misturadas e copiadas para 24 master tracks como um guia para o resto da banda tocar depois. Isso deu aos engenheiros uma maior flexibilidade, mas também melhorou a qualidade do áudio final, com as gravações originais dos dezesseis canais de bateria sendo finalmente sincronizados com o mestre de 24 canais, e o guia duplicado de faixas foi removido. Ezrin depois relacionou o alarme da banda no método de trabalho, visto que, eles aparentemente viram o apagamento de material de 24 faixas como "bruxaria".
No Super Bear, Waters havia concordado com a sugestão de Ezrin, de que várias faixas, incluindo "Nobody Home", "The Trial" e "Comfortably Numb", deveriam ter um acompanhamento orquestral. Michael Kamen, que já havia trabalhado com David Bowie, foi reservado para supervisionar esses arranjos, que foram executadas por músicos da Filarmônica de Nova York e Orquestra Sinfônica de Nova York e um coral da Opera de Nova York. Suas sessões foram gravadas na CBS Studios, em Nova York, apesar do Pink Floyd não estar presente. Kamen finalmente conheceu a banda uma vez a gravação foi concluída.
"Comfortably Numb" tem suas origens no solo de Gilmour apresentado em seu álbum de estreia, e foi a fonte de muita discussão entre Waters e Gilmour. Ezrin alegou que a canção inicialmente começou a vida como "... registro de Roger, sobre Roger, por Roger", embora ele achasse que precisava de mais trabalho. Waters re-escreveu a canção e acrescentou mais letras para o coro, mas "despojada e mais difícil" a gravação não foi do agrado de Gilmour. Após uma discussão em larga escala em um restaurante de Hollywood do Norte, os dois concordaram; corpo da canção acabou incluindo o arranjo orquestral, com solo de guitarra de Gilmour.

Efeitos e vozes
Ezrin e Waters supervisionaram a captura de vários efeitos sonoros utilizados no álbum. Waters gravou o telefonema usado na demo original de "Young Lust", mas esqueceu de informar seu destinatário; Mason assumiu que era um trote e desligou o telefone com raiva. A chamada é uma referência direta a um incidente da banda na turnê Flesh, quando uma chamada de Waters à sua esposa Judy foi atendida por um homem. Waters também registrou os sons do ambiente em Hollywood Boulevarde e o engenheiro Phil Taylor gravou alguns dos ruídos de pneus em "Run Like Hell" de um parque de estacionamento do estúdio, e um aparelho de televisão sendo destruído foi usado em "One of My Turns". De volta ao Reino Unido no Britannia Row Studios, Nick Griffiths gravou o esmagamento de louça para a mesma canção. Várias transmissões de televisão foram usadas no álbum e um ator, reconhecendo a sua própria voz, aceitou um acordo financeiro com o grupo no lugar de ação legal contra eles.
O professor maníaco presente em todo o álbum foi dublado por Waters, e a atriz Trudy Young forneceu a voz da groupie. Os backing vocals foram realizadas por uma gama de artistas, apesar de uma aparência planejada pelos Beach Boys em "The Show Must Go On" e "Waiting for the Worms", que foi cancelado por Waters. Ezrin sugeriu liberar "Another Brick in the Wall part II" como um singlecom uma batida no estilo discoteca, que inicialmente Gilmour não gostava, embora Mason e Waters estarem mais entusiasmados com a canção. O baixista foi originalmente contra a ideia de lançar um single, mas tornou-se mais receptivo, uma vez que ele ouviu a mixagem de Ezrin e Guthrie da canção. Com dois versos idênticos, a canção foi enviada para Griffiths, em Londres, juntamente com um pedido para que encontrasse grupos de crianças para a execução de várias versões das letras. Griffiths conversou com Alun Renshaw, diretor de música na escola próxima do Islington Green, que estava mais do que entusiasmado com a ideia:

Eu queria fazer música relevante para as crianças—não apenas ficar sentado ouvindo Tchaikovsky. Eu pensei que as letras eram grandes—"Nós não precisamos de nenhuma educação, não precisamos de nenhum controle de pensamento ..." Eu apenas pensei que seria uma experiência maravilhosa para as crianças.


Griffiths primeiro gravou com pequenos grupos de alunos e, em seguida, convidou mais, dizendo-lhes para afetar um sotaque de cockney, e gritar, em vez de cantar. A voz do coral foi sobreposta doze vezes para dar a impressão que havia mais gente cantando e depois foi enviada para Los Angeles. O resultado foi que Waters estava "radiante", e a canção foi lançada, tornando-se um hit número de Natal. Houve alguma controvérsia quando a imprensa britânica informou que as crianças não tinham sido pagas por seus esforços, mas depois cada criança recebeu uma cópia do álbum, e a escola recebeu uma doação de mil libras (3000 libras em valor contemporâneo).

Reconhecimento
O álbum foi galardoado com platina 23 vezes e é o 3.º álbum mais vendido de sempre nos Estados Unidos, chegando a primeira colocação nas tabelas da Billboard 200 em 1980. "The Wall" foi reeditado em CD em 1994 no Reino Unido e em 1997 no resto do mundo. No ano 2000, por ocasião do 20.º aniversário do seu lançamento, fora novamente reeditado.
Em 1998 os leitores da Q magazine votaram em The Wall como o 65º melhor álbum de todos os tempos e em uma enquete similar em 2003, leitores da Rolling Stone o escolheram como o 87º melhor álbum de todos os tempos.

Concertos
O Pink Floyd apresentou The Wall apenas em concertos em Nova Iorque, Los Angeles, Londres, e Dortmund.
As atuações incluíam pequenos filmes animados de Gerald Scarfe projetados em uma área circular atrás de um muro gigante construído para o show. Também havia gigantescas marionetes dos desenhos.
Os grandes palcos dos espectáculos exigiam enormes equipamentos (incluindo guindastes) e custavam muito dinheiro. Por isso a banda perdeu muito dinheiro na realização dos espectáculos, à exceção de Wright, que por ter sido "expulso" da banda por Waters, fora contratado como um cantor externo, ganhando assim um capital fixo, diferentemente dos componentes da banda.

Palco
Em 2004 foi anunciado que haviam sido assinados contratos para a realização de um musical na Broadway, indo Waters escrever novas músicas. O musical conterá todas as músicas escritas por Waters para o álbum. No entanto, desconhece-se o que acontecerá com as músicas escritas em conjunto com David Gilmour (Young lust, Confortably numb e Run like hell). Prevê-se que o espectáculo esteja pronto em 2006 e será mais "leve" que a versão do cinema. Há também rumores que outras músicas da banda, possivelmente Money do álbum Dark Side of the Moon entre outras, serão incluídas no musical.


Faixas
Todas as canções foram escritas por Roger Waters, exceto quando indicado.

Lado 1 (primeiro vinil)
   1. "In the Flesh?"     Waters 3:19
   2. "The Thin Ice"     Gilmour, Waters 2:27
   3. "Another Brick in the Wall (Parte 1)"     Waters 3:21
   4. "The Happiest Days of Our Lives"     Waters 1:46
   5. "Another Brick in the Wall (Parte 2)"     Gilmour, Waters 3:21
   6. "Mother"     Gilmour, Waters 5:36

Lado 2 (primeiro vinil)
   1. "Goodbye Blue Sky"     Gilmour 2:45
   2. "Empty Spaces"     Waters 2:10
   3. "Young Lust"   Gilmour, Waters Gilmour 3:25
   4. "One of My Turns"     Waters 3:35
   5. "Don't Leave Me Now"     Waters 4:16
   6. "Another Brick in the Wall (Parte 3)"     Waters 1:14
   7. "Goodbye Cruel World"     Waters 1:13

Lado 3 (segundo vinil)
   1. "Hey You"     Gilmour, Waters 4:40
   2. "Is There Anybody Out There?"     Waters 2:44
   3. "Nobody Home"     Waters 3:26
   4. "Vera"     Waters 1:35
   5. "Bring the Boys Back Home"     Waters 1:21
   6. "Comfortably Numb"   Gilmour, Waters Gilmour, Waters 6:24

Lado 4 (segundo vinil)
   1. "The Show Must Go On"     Gilmour 1:36
   2. "In the Flesh"     Waters 4:13
   3. "Run Like Hell"   Gilmour, Waters Waters 4:19
   4. "Waiting for the Worms"     Gilmour, Waters 4:04
   5. "Stop"     Waters 0:30
   6. "The Trial"   Bob Ezrin, Waters Waters 5:13
   7. "Outside the Wall"     Waters 1:41


Faixas adicionais para o filme
"When The Tigers Broke Free" (Editado em Echoes: Best of... Disco 2, Faixa 05 e na reedição em 2004 de The Final Cut)
"What Shall We Do Now?" (Versão mais comprida "Empty Spaces" durante a sequência de construção do muro)

Faixas do álbum não incluídas no filme
"Empty Spaces" (Versão menor com a letra ao contrário)
"Hey You" (editado no DVD)
"The Show Must Go On"

Faixas do concerto ao vivo
A versão ao vivo de "The Wall", Is There Anybody Out There?, incluía as seguintes faixas não incluídas no álbum original:
"What Shall We Do Now?" depois de "Empty Spaces".
"The Last Few Bricks" depois de "Another Brick In The Wall (Part III)".

The Wall – Música Vera
A protagonista da canção “Vera” é a cantora inglesa Vera Lynn, musa dos soldados britânicos durante a Segunda Guerra. Em 1942, ela gravou aquele que seria seu maior sucesso: “We’ll Meet Again”, cuja letra dizia “Nós vamos nos encontrar de novo, não sei onde, não sei quando, mas sei que vamos nos encontrar de novo em algum dia ensolarado”. É essa letra que Waters cita em sua música. Vera Lynn tem hoje 91 anos e vive ainda na Inglaterra.

Vera
Where the hell are you?
Over 47 german planes were destroyed with the loss of only 15 of our own aircraft
Where the hell are you Simon?
[Machine gun sound, followed by plane crashing]
   Onde diabos está você?
   Mais de 47 aviões alemães foram destruídos e perdemos apenas 15 das nossas naves.
   Onde diabos está você, Simon?
   [Som de metralhadora seguido por queda de avião]

Does anybody here remember Vera Lynn
Remember how she said that
We would meet again
Some sunny day
Vera! Vera!
What has become of you
Does anybody else in here
Feel the way I do ?
   Alguém aqui se lembra de Vera Lynn?
   Se lembra como ela disse
   Que nos encontraríamos novamente
   Em um dia ensolarado?
   Vera! Vera!
   O que houve com você?
   Alguém mais aqui se sente como eu?


We'll Meet Again
Vera Lynn
Composição: Hughie Charles / Ross Parker

We'll Meet Again
We'll meet again
We'll meet again,
Don't know where,
Don't know when
But I know we'll meet again some sunny day
Keep smiling through,
Just like you always do
Till the blue skies drive the dark clouds far away
   Nos encontraremos novamente
   Nos encontraremos novamente
   Nos encontraremos novamente,
   Não sei onde,
   Não sei quando
   Mas eu sei que nos encontraremos novamente em algum dia ensolarado
   Continue sorrindo até o fim,
   Assim como você sempre faz
   Até que o céu azul afaste as nuvens escuras para longe

So will you please say "Hello"
To the folks that I know
Tell them I won't be long
They'll be happy to know
That as you saw me go
I was singing this song
   Então por favor diga "Olá"
   Para as pessoas que eu conheço
   Diga que eu não demorarei
   Eles ficarão felizes em saber
   Que quando você me viu partir
   Eu estava cantando essa canção

We'll meet again,
Don't know where,
Don't know when
But I know we'll meet again some sunny day
   Nos encontraremos novamente,
   Não sei onde,
   Não sei quando
   Mas eu sei que nos encontraremos novamente em algum dia ensolarado

[ We'll meet again,
Don't know where
Don't know when.
But I know we'll meet again some sunny day.
Keep smiling through
Just like you always do,
'Til the blue skies
Drive the dark clouds far away
So will you please say"Hello"
To the folks that I know.
Tell them I won't be long.
They'll be happy to know
That as you saw me go,
I was singin' this song.
   [Nos encontraremos novamente,
   Não sei onde
   Não sei quando.
   Mas eu sei que nos encontraremos novamente em algum dia ensolarado.
   Continue sorrindo até o fim
   Assim como você sempre faz,
   Até que o céu azul
   Afaste as nuvens escuras para longe
   Então por favor diga "Olá"
   Para as pessoas que eu conheço.
   Diga que eu não demorarei.
   Eles ficarão felizes em saber
   Que quando* você me viu partir,
   Eu estava cantando esta canção.

We'll meet again,
Don't know where,
Don't know when
But I know we'll meet again some sunny day ]
   Nos encontraremos novamente,
   Não sei onde,
   Não sei quando
   Mas eu sei que nos encontraremos novamente em algum dia ensolarado]


Citações
Em 1980 quando terminámos em Nova Iorque, Larry Maggid, um promotor de Philadelphia […] ofereceu-nos 1 milhão de dólares por espectáculo, mais despesas, para fazermos dois concertos de 'The Wall'no JFK Stadium [...] e eu recusei. Tive que voltar a explicar tudo aos outros membros do grupo. Disse-lhes que deviam ter lido as explicações do que 'The Wall significava para mim'. Disse-lhe que já passavam três anos desde que tínhamos tocado num estádio e que tinha jurado nunca mais voltar a fazê-lo; disse que 'The Wall' perdia a chama completamente, tocado num estádio, e que nem o público nem a banda nem ninguém conseguiam aproveitar alguma coisa que valesse a pena e que por isso não ia fazê-lo
Roger Waters - Junho de 1987, com Chris Salewicz

Talvez a minha aprendizagem de arquitetura me tivesse ajudado a ver os meus sentimentos de alienação perante o público do rock’n’roll, o que foi o ponto de partida para 'The Wall'. O fato de ter encarnado uma narrativa autobiográfica era como que secundário à questão principal, que era uma afirmação teatral na qual eu dizia: Isto não é horrível? Aqui estou eu em cima do palco e vocês estão aí em baixo, não é horrível? Que porra é que nós estamos aqui a fazer?
Roger Waters - Junho de 1987, com Chris Salewicz


Filme
Uma adaptação para o cinema de "The Wall" foi feita em 1982 pela MGM sob o título de "Pink Floyd - The Wall". O filme realizado por Alan Parker, com Bob Geldof no papel principal. O filme conta a história de um rapaz chamado "Pink" que perdeu o pai na 2ª Guerra Mundial quando era bebê, tendo, por consequência, desenvolvido uma relação muito estreita com a sua mãe. Tendo uma educação escolar opressiva, Pink cresce e se torna um astro de rock. No entanto a sua vida é completamente vazia, e, se mostrando sempre apático na presença da esposa, ela acaba traindo-o. Sendo esse o último tijolo no muro metafórico de Pink, ele se isola da sociedade. Durante esse isolamento, a sua crise aumenta e, alucinado, imagina-se um líder de um grupo neo-nazi durante um de seus shows e manda as minorias em sua audiência "contra o muro". Sentindo-se culpado, Pink resolve refletir e vai a um julgamento também metafórico. Seu juiz interior determina que seu muro sera derrubado e que Pink volte para a sociedade.
O filme tem muito poucos diálogos. A história é contada através das músicas do álbum que refletem os pensamentos de "Pink". Segmentos animados por Gerald Scarfe e várias outras sequências surreais são intercaladas com a ação.
O filme gira fortemente em volta de material autobiográfico de Roger Waters e Syd Barrett, combinando a infância de Waters com a retirada de Barrett e seu esgotamento mental. Também apresenta fortes críticas sociais e políticas,revelando a intensa preocupação de Waters com a sociedade moderna.Uma das principais preocupações demonstradas no filme foi em relação a modernidade e o consumismo.
Roger Waters disse na Rádio Australiana em 1988 que estava um pouco desapontado porque não conseguia sentir nenhuma simpatia com o principal personagem representado por Bob Geldof. Que a sua investida contra os sentidos era de tal forma imperdoável que não lhe tinha dado hipótese de se envolver.
É importante ressaltar que, apesar do que acreditam muitos fãs, Pink nunca tenta suicídio.


História
Pink é um roqueiro, uma das causas para seu comportamento depressivo. Começa o filme em um quarto de hotel que acabou de devastar, ao som de Vera Lynn cantando "The Little Boy that Santa Claus Forgot". Revela-se na cena seguinte que o pai de Pink morreu na Segunda Guerra Mundial ("When the Tigers Broke Free", Parte 1) - referência a Eric Fletcher Waters, o pai de Roger Waters, que morreu na Itália, durante a Batalha de Anzio em 1944. Pink começa a se ver como um ditador, cenas de tumulto e da Segunda Guerra. ("In The Flesh?") Segue a infância de Pink nos anos 50, ("The Thin Ice") com ele questionando a ausência de seu pai ("Another Brick In The Wall (Part I)") até aprender que este morreu na guerra ("When the Tigers Broke Free", Parte 2) ("Goodbye Blue Sky"). Na escola, é humilhado por compor poemas ("The Happiest Days of Our Lives") - as letras de "Money", de The Dark Side of the Moon - e começa a pensar em se rebelar ("Another Brick In The Wall (Part II)"). Também sofre com sua mãe superprotetora ("Mother"). Pink cresce, se torna um astro de rock e, sem suportar a pressão, cai em depressão. Passa então a negligenciar a esposa,que se envolve com outro homem, e Pink se sente depressivo com relação a isso e preenche este sentimento comprando bens materias.("Empty Spaces"), e levando uma groupie para seu quarto. ("Young Lust") Eventualmente esta vai embora após Pink surtar e destruir seu quarto. ("One Of My Turns")
Pink começa a enlouquecer ("Don’t Leave Me Now")("Another Brick In The Wall (Part III)")("Goodbye Cruel World"), eventualmente raspando todos os pelos do corpo ("Is There Anybody Out There?") - referência a Syd Barrett, ex-membro da banda que apareceu nas gravações de Wish You Were Here sem sobrancelhas e pelos - e após tentar se reconectar a seu passado ("Nobody Home") começa a se ver como um ditador Neo-nazista ao assistir The Dam Busters ("Vera") ("Bring the Boys Back Home"). O empresário de Pink, junto com o gerente do hotel e alguns paramédicos, descobrem Pink e injetam drogas nele para que este possa se apresentar. ("Comfortably Numb") As drogas levam Pink a alucinar. É arrastado para a sua limousine, gritando, vendo o seu corpo a mudar de forma, imaginando ser um ditador neo-nazi e o seu show uma manifestação. ("In The Flesh") Pink manipula a platéia e usa o seu poder para que o sigam em frente e “limpe o mundo dos males das sociedades”. E os seus seguidores atacam minorias étnicas e estupram a namorada branca de um negro. ("Run Like Hell") Pink faz uma apresentação cantando enquanto martelos em passo de ganso andam sobre Londres. ("Waiting for the Worms")
Então Pink tem um colapso ("Stop") e vai para um banheiro onde recita poemas (que mais tarde se tornaram as canções "Your Possible Pasts" de The Final Cut e "5:11 AM (The Moment Of Clarity)" do álbum de Roger Waters The Pros and Cons of Hitch Hiking). Pink declara-se cansado de viver assim e pede para voltar a ser quem era antes. Segue-se então um julgamento na sua mente, onde ele encara seu passado. Pink é uma pequena boneca que mal se move, o juiz é um par gigantesco de nádegas, o advogado é uma figura alta e ameaçadora. Mãe, esposa e professor (este último, uma marionete) depõem contra ele, e a sentença do juiz é que cesse seu isolamento do mundo externo. ("The Trial") O muro se destrói, e crianças caminham na rua entre seus destroços ("Outside the Wall") .O filme trata da construção de um "muro" imaginário, que reflete que qualquer pessoa consegue superar qualquer obstáculo na sua vida. Numa visão geral, a queda de um músico,unindo a depressão e o abuso de alucinógenos são o tema central do filme, podendo decorrer da sofrida infância de Pink, uma vez que este viveu durante regimes e guerras.

Elenco
   Bob Geldof (Pink)
   Christine Hargreaves (Mãe de Pink)
   James Laurenson (Pai de Pink)
   Eleanor David (Esposa de Pink)
   Kevin McKeon (Jovem Pink)
   Bob Hoskins (Empresário)
   David Bingham (Pequeno Pink)
   Alex McAvoy (Professor)
   Marjorie Mason (Esposa do professor)
   Ellis Dale (Médico)
   Robert Bridges (Médico americano)
   Ray Mort (Vó do Pink)
   James Hazeldine
   Jenny Wright
   Roger Waters aparece como convidado do casamento de Pink em "Mother".


Produção
Antes mesmo de gravar o disco, a banda tinha a intenção de transformar The Wall em um filme, que consistiria em apresentações ao vivo intercaladas com a animação de Gerald Scarfe, com Roger Waters como Pink. A EMI não pretendia fazer o filme por não entender o conceito.
Então o diretor Alan Parker, fã da banda, perguntou a EMI sobre uma adaptação de The Wall, e a gravadora sugeriu a ele conversar com Waters, que pediu a Parker para dirigir o filme. Parker inicialmente iria apenas produzir, com Scarfe e o diretor de fotografia Michael Seresin dirigindo. Waters estudou livros de roteiro e escreveu o filme. Depois, junto com Scarfe, escreveu um livro juntando o roteiro com arte para atrair investidores. O livro trazia Waters como Pink, mas após testes o músico foi removido do papel, que passou para o músico punk Bob Geldof. Geldof inicialmente não queria fazer o filme, e discutiu sobre isso com seu agente em um táxi - sem saber que o taxista era irmão de Waters, que mais tarde contou o caso a Roger.
Como a turnê de The Wall tinha acabado, cinco novos shows foram realizados na casa de shows londrina Earls Court com a intenção de serem utilizados no filme - mas a qualidade das imagens, o contraste com as animações e cenas do filme e o fato de que Waters não estava no papel principal cancelaram esses planos (os shows mais tarde se tornaram o CD e DVD Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81). A eliminação das cenas de concerto levaram à saída de Seresin, e Parker se tornou o único diretor.
Geldof se cortou filmando a cena em que destrói o quarto (as imagens aparecem no filme). Como Geldof não sabia nadar, durante as cenas em que Pink aparece boiando em uma piscina (filmadas nos Estúdios Pinewood), Geldof está em um suporte similar ao usado para cenas de voo em Superman - O Filme - mas como o de Christopher Reeve era muito grande, é na verdade o de Supergirl, usado por Helen Slater.
Uma sequência para "Hey You" foi filmada, mas não concluída, por sua complexidade, o tom depressivo e pelo fato de que o filme já estava longo demais. As cenas envolvendo vermes provém de imagens criadas pela equipe de efeitos especiais, com os animais devorando uma cabeça humana falsa (feita de carne de porco e olhos de cordeiro). Para criar as imagens que dão closes extremos no relógio e no olho de Pink, foi necessário um dia inteiro e nove tomadas.

Recepção
The Wall apareceu no Festival de Cannes de 1982, fora de competição, e estreou oficialmente no cinema londrino Empire em 14 de Julho de 1982. A premiere teve muitos famosos, dentre eles três membros do Pink Floyd, Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason - Richard Wright havia sido demitido por Waters. Críticas de The Wall foram positivas,[1] e o filme recuperou seu orçamento de US$12 milhões arrecadando $22 milhões nos Estados Unidos.[2]
Roger Waters não gostou muito do filme, definindo as filmagens como "uma experiência enervante e desagradável", e disse que não conseguiu se envolver com a produção ao assistí-la, mas elogiou a performance de Geldof. Parker teve diversos conflitos com Waters e Scarfe durante a produção, descrevendo as filmagens como "uma das experiências mais miseráveis da minha vida", e mais tarde se referiu a The Wall como "o mais caro filme de estudante já produzido". David Gilmour disse que seus conflitos com Waters começaram na produção do filme.


THE WALL : Movie Trailer 1982


PINK FLOYD : The Wall Full Álbum


PINK FLOYD : The Wall Live Tour Nassau Coliseum 1980


PINK FLOYD : Another Brick On The Wall Trailler


PINK FLOYD : The Wall Movie Trailler 2012


ROGER WATERS : The Wall Live Berlin 1990




THE LAMB LIES DOWN ON BROADWAY - GÊNESIS


The Lamb Lies Down on Broadway é um álbum conceptual da banda britânica de rock progressivo Genesis, lançado em 1974. Foi o sexto álbum de estúdio.
O álbum conta a história surreal do jovem delinqüente porto riquenho Rael morando em Nova Iorque, que é varrido para uma dimensão alternativa com criaturas bizarras e outros perigos para resgatar seu irmão John. Várias ocorrências e lugares descritos derivam de sonhos de Peter Gabriel, e o nome do protagonista é um trocadilho com seu sobrenome.
A maioria das canções do álbum foram escritas por Tony Banks, Phil Collins, Steve Hackett e Mike Rutherford, sem a participação de Gabriel. Gabriel insistiu em escrever a história e todas as letras sozinho, o que causou tensão na banda, em particular pelo fato de Rutherford ter sugerido originalmente um álbum baseado em O Pequeno Príncipe. A ausência completa de Gabriel na composição foi devido aos problemas de sua esposa com sua primeira gestação.
Durante a pré-produção de The Lamb, Gabriel contactou o cineasta William Friedkin, na época aproveitando o grande sucesso de O Exorcista, para um possível filme. Apesar da desaprovação dos outros membros, Gabriel deixou a banda para trabalhar em alguns rascunhos. Apesar do projeto não ter saído do papel, Gabriel acabou voltando para a banda.


The Lamb Lies Down on Broadway foi lançado com críticas mistas, e atingiu a décima posição no Reino Unido, e quase atingindo o Top 40 dos Estados Unidos, recebendo disco de ouro naquele país posteriormente. A banda entrou em turnê mundial após o lançamento, apresentando a obra em sua totalidade 102 vezes. Logo no começo da turnê Gabriel decidiu sair da banda por definitivo, apesar de ter terminado toda ela, tornando o assunto público somente em agosto de 1975.
Uma versão remasterizada foi lançada em CD em 1994 pela Virgin Records na Europa e pela Atlantic Records nos Estados Unidos e Canadá.


Faixas
Todas as canções são creditadas à Peter Gabriel, Steve Hackett, Tony Banks, Mike Rutherford e Phil Collins.

Disco um
Lado A
   1."The Lamb Lies Down On Broadway" – 4:50
   2."Fly On A Windshield" – 2:45
   3."Broadway Melody Of 1974" – 2:10
   4."Cuckoo Cocoon" – 2:12
   5."In The Cage" – 8:13
   6."The Grand Parade Of Lifeless Packaging" – 2:46

Lado B
   1."Back In N.Y.C." – 5:43
   2."Hairless Heart" – 2:13
   3."Counting Out Time" – 3:40
   4."The Carpet Crawlers" – 5:15
   5."The Chamber Of 32 Doors" – 5:41


Disco dois
Lado A
   1."Lilywhite Lilith" – 2:42
   2."The Waiting Room" – 5:25
   3."Anyway" – 3:08
   4."Here Comes The Supernatural Anaesthetist" – 3:00
   5."The Lamia" – 6:56
   6."Silent Sorrow In Empty Boats" – 3:07

Lado B
   1."The Colony Of Slippermen (The Arrival/A Visit To The Doktor/Raven)" – 8:14
   2."Ravine" – 2:04
   3."The Light Goes Down On Broadway" – 3:33
   4."Riding The Scree" – 3:56
   5."In The Rapids" – 2:24
   6."It." – 4:17


Integrantes
   Peter Gabriel – vocal e flauta
   Steve Hackett – guitarra
   Tony Banks – teclado
   Mike Rutherford – baixo e violão de 12 cordas
   Phil Collins – bateria, percussão, vibrafone, backing vocal

Convidados
   Brian Eno


GENESIS : The Lamb Lies Down On Broadway Full Álbum 1974


GENESIS : The Lamb Lies Down On Broadway Live 1974




BERLIN – LOU REED


Berlim é o terceiro álbum deLou Reed, lançado em 1973 lançado logo após o disco Transformer.  Em 2003, o álbum foi classificado como número 344 na Rolling Stone na Lista dos 500 melhores Álbuns de Todos os Tempos, embora a revista tenha chamado o álbum de um "desastre", 30 anos antes.

Conceito
O álbum é uma trágica Óera Rock sobre um casal condenado, e aborda temas como o uso de drogas , prostituição , depressão , violência doméstica , e suicídio.
"The Kids" conta a história de Caroline que tem seus filhos retirados de suas mãos pelas autoridades, e apresenta os sons de crianças gritando e chorando por sua mãe.  A banda inglêsa Waterboys usa esse tema numa de suas músicas.


Temas musicais
Musicalmente, Berlim é muito diferente da maior parte do trabalho de Reed, devido ao uso de arranjos orquestrais pesados, instrumentos de sopro, e músicos Top. Instrumentalmente, o próprio Reed só contribui violão.


Tal como acontece com os dois álbuns anteriores de estúdio de Reed, Berlin refaz várias músicas que tinham sido escritas e gravadas anteriormente.  A faixa-título apareceu pela primeira vez no álbum de estreia de sua carreira solo, só que aquia música é simplificada, a chave da música muda, e é re-arranjada para um piano solo.  "Oh, Jim" faz uso de uma música do Velvet Underground nunca usada por eles a "Oh, Gin". "Caroline Says (II)" é uma regravação de " Stephanie Says "do Velvet. O Velvet Underground, também havia gravado uma demo alternativa de "Sad Song", cuja letra era muito mais suave que em sua forma original.  "Men of Good Fortune" também tinha sido executada pelo Velvet já em 1966;  um CD de arquivo com performances ao vivo da banda tocando na Andy Warhol’s Factory fornece a evidência da idade da canção.  O CD com a gravação na primeira faixa de "Men of Good Fortune" não está à venda e só pode ser ouvido no Museu Andy Warhol , em Pittsburgh, Pensilvânia .


Recepção e crítica
Apesar de críticas moderadas, Berlim chegou ao número 7 na parada de álbuns do Reino Unido (melhor realização da Reed na Inglaterra até 1992). A Indústria Fonográfica Britânica concedeu o registro de uma premiação de prata.  Vendas fracas nos EUA (# 98) e duras críticas feitas a Reed fazem-no sentir-se desiludido sobre o álbum; no entanto, ele usa muitas vezes músicas do álbum em seus shopws ao vivo, incluindo "Berlin", "Lady Day", "Caroline Says I", " How Do You Think It Feels ", "Oh, Jim "," The Kids "," The Bed "e" Sad Song " as quais podem ser encontradas em vários álbuns ao vivo que precederam a sua encenação de 2006 do álbum inteiro em concerto.
Em 1979, O Guia Rolling Stone Grave descreveu o álbum como "grandioso e decadente" e, finalmente, "um dos registros mais deprimentes já feito, e estranhamente bonito em sua própria maneira horrível."
Em 2003, a Rolling Stone, após várias reconsiderações e pesquisas, incluíram o álbum em sua lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos, e, em 2008, uma performance ao vivo filmada foi realizada. Quando perguntado se ele se sentiu vingado, Reed disse: "Por quê? Eu sempre gostei de Berlim."

Performance ao vivo
Reed e o produtor Bob Ezrin haviam planejado uma adaptação teatral do álbum no seu lançamento inicial, mas engavetou os planos devido a críticas mistas e vendas fracas.  Em 2007 Reed cumpriu as suas esperanças originais em turnê do álbum com uma banda de 30 peças e 12 coralistas. O Diretor Julian Schnabel filmou o show e lançou em 2008 como de Lou Reed Berlin, que abriu com fortes críticas. O álbum foi digitalmente remasterizado e relançado em CD para comemorar o evento.


Covers
"Caroline Says II" foi regravada por vários artistas: o Soft Boys , Human Drama, Suede and Siouxsie Sioux , em 1993, Mercury Rev e Antony and the Johnsons. Marc Almond também realizou um cover com sua banda Marc and the Mambas no álbum de 1982 Untitled.
O grupo Tvfordogs fez um cover da música "How Do Yu Thing It Feels" para o álbum After Hours: um tributo à música de Lou Reed (de Mark Doyon Wampus Records, 2003).
O cantor mexicano e espanhol Alaska tirou seu nome da canção "Caroline Says II".


Faixas
Todas as músicas compostas por Lou Reed

Lado Um
   1. Berlin
   2. Lady Day
   3. Men of Good Fortune
   4. Caroline Says I
   5. How Do You Think It Feels
   6. Oh, Jim  

Lado Dois
   7. Caroline Says II
   8. The Kids
   9. The Bed
   10. Sad Song


Faixa Perdida
Na primeira fita de 8 faixas de Berlim, houve uma faixa sem título com um solo de um minuto de piano realizada por Allan Macmillan, que foi o músico que tocou nas faixas "Berlin" e "Lady Day", e que também apareceu nas primeiras versões do álbum em cassete.  Ele nunca foi visto no formato em vinil ou em CD, ou qualquer reedição posterior a ela. Nunca houve qualquer explicação oficial para por que ela apareceu na gravação original e depois em nenhum outro lugar, mas foi provavelmente colocado lá a fim de preencher o tempo e permitir a sequenciação de música ininterrupta. Em 2006, quando Reed tocou todo o álbum no St. Ann’s Warehouse em Nova York, este solo foi tocado, mas desta vez foi realizado antes da música  "Caroline Says II", sugerindo que este é o lugar onde era supostamente para estar a fim de aparecer na sequência completa do álbum.

Pessoal
   Lou Reed – vocals, acoustic guitar
   Bob Ezrin – piano, mellotron, production, arrangement
   Michael Brecker – tenor saxophone
   Randy Brecker – trumpet
   Jack Bruce – bass; except "Lady Day" & "The Kids"
   Aynsley Dunbar – drums; except "Lady Day" & "The Kids"
   Steve Hunter – electric guitar
   Tony Levin – bass on "The Kids"
   Allan Macmillan – piano on "Berlin"
   Gene Martynec – acoustic guitar, synthesizer and vocal arrangement
   Jon Pierson – bass trombone
   Dick Wagner – background vocals & electric guitar
   Blue Weaver – piano on "Men of Good Fortune"
   B.J. Wilson – drums on "Lady Day" & "The Kids"
   Steve Winwood – organ & harmonium
   Steve Hyden, Elizabeth March, Lou Reed, Dick Wagner – choir
   Bob Ezrin – producer
   Jim Reeves – engineer
   Allan Macmillan – arrangement


LOU REED : Berlin Full Álbum


LOU REED : Berlin Live 2006




THE RISE AND FALL OF ZIGGY STARDUST AND THE SPIDERS FROM MARS – DAVID BOWIE


The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars é um álbum do músico e ator britânico David Bowie lançado em 1972 pela RCA. O álbum foi aclamado pela revista Melody Maker como o melhor disco dos anos 70.2

Conceito
O álbum conta a história de um alienígena chamado Ziggy Stardust, que vem para salvar a Terra que seria destruída em cinco anos e acaba formando uma banda chamada "Spiders from Mars". Ele se torna uma estrela e acaba cedendo aos exageros do Rock n' Roll. O álbum termina com o suicídio de Ziggy.
The Rise and Fall of Ziggy Stardust e os Spiders from Mars (muitas vezes abreviado para Ziggy Stardust) é o quinto álbum de estúdio pelo Inglês músico David Bowie , que é baseado em uma história de um alienígena chamado Ziggy Stardust. Alcançou a posição No. 5 no Reino Unido e No. 75 nos Estados Unidos sobre os Charts Billboard Music .
O álbum conta a história de de Bowie alter ego Ziggy Stardust, um Rock Star que age como um mensageiro para os seres extraterrestres.  Bowie criou Ziggy Stardust, enquanto estava em Nova York promovendo Hunky Dory e executado com ele em uma turnê do Reino Unido, Japão e América do Norte . O álbum, e o personagem de Ziggy Stardust, eram conhecidos por seus Glam Rock e influências em temas sobre a exploração sexual e comentários sociais.  Estes fatores, juntamente com a ambiguidade em torno da sexualidade de Bowie e alimentados por um desempenho inovador de "Starman" no Top of the Pops , levou ao álbum a ser contemplado com a controvérsia e saudado como uma obra seminal.


The Rise and Fall of Ziggy Stardust ... lança uma luz sobre a artificialidade do Rock em geral, a discussão de questões de política, o uso de drogas, e orientação sexual.
The Rise and Fall of Ziggy Stardust e os Spiders From Mars tem sido consistentemente considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos, com a Revista Rolling Stone classificando-o como um dos maiores discos da história. O disco foi classificado como o maior álbum no Top 20 já em 1997 segundo pesquisa britânica, o 24º maior de todos os tempos pela Q magazine e um das 100 maiores lançamentos de todos os tempos pela Time Magazine.  Um filme-concerto de mesmo nome , dirigido por DA Pennebaker , foi lançado em 1973.

Produção
As sessões de Ziggy Stardust começou apenas algumas semanas depois de Hunky Dory ter sido lançado.  A primeira canção gravada no Trident Studios para o álbum, ocorreu em setembro de 1971. A primeira sessão de Novembro produziu "Hang on para Yourself", "Ziggy Stardust", "Rock 'n' Roll Star "(mais tarde encurtado para" Star "),"Moonage Daydream","Soul Love","Lady Stardust"e"Five Years".
Também gravado durante o novembro, alguns covers de Ziggy, destinados ao álbum, ainda mãp tinham título.
Eles utilizaram os estúdios de Chuck Berry 's (que depois seria renomeado de "Round and Round") e o Jacques Brel "s" Amsterdam.
"Velvet Goldmine", primeiro gravado durante as sessões de Dory Hunky, também foi destinado para Ziggy, mas foi substituído por" Suffragette City ".  RCA lançou em 1975 como lado-B para o re-lançamento do "UK Space Oddity ", depois de tê-lo remixada e masterizado sem a aprovação de Bowie.


Depois de gravar algumas das novas canções para Sons dos anos 70 com Bob Harris (que aparecem em Bowie no Beeb ) como The Spiders, recém-apelidado From Mars em janeiro - fevereiro de 1972, a banda voltou para o Trident Studios. Eles gravaram "Starman", "Suffragette City" e "Rock 'n' Roll Suicide" até o final do mês.
"Starman", lançada como single em abril, nunca apareceu em seu mix "loud" original em CD.  Ela difere um pouco na medida em que "apresenta uma seção moderada" código morse "entre o verso eo refrão" em comparação com o original lançado em 1972. "Suffragette City", o b-side de "Starman", foi masterizado para o álbum com um miz de três instrumentos para fazer as músicas soarem uníssonas. Elas nunca foram tocadas dessa forma por Bowie em concertos ao vivo.
Gravado e lançado durante a turnê Ziggy que se seguiu foram duas outras canções. O primeiro, " John, I Just Dancing", foi gravado no Trident no final de junho e lançado (apenas no Reino Unido), em setembro. "Jean Genie", gravada na RCA Studios, em Nova York, no início de outubro, no início da turnê norte-americana, foi lançada nos EUA em novembro.  A canção foi remixada para Aladdin Sane.
O Tecladista Rick Wakeman foi chamado para fazer os teclados do álbum, mas optou por permanecer junto ao Yes.

Ziggy Stardust história
O álbum foi destinado pelo Bowie para servir de trilha sonora e base musical para um show no palco e / ou produção de televisão contando a história de Ziggy Stardust. [ carece de fontes? ] músicas, bem como as canções do álbum, Bowie também destinados como " Todos os jovens Dudes "," Rebel Rebel "e" Rock 'n' Roll With Me "(os dois últimos mais tarde gravou para Diamond Dogs ) para esta realização da história Ziggy. [ carece de fontes? ]
Em uma entrevista a Rolling Stone com William S. Burroughs , Bowie expandiu a história de Ziggy Stardust:

O tempo é de cinco anos para ir até ao fim da terra.  Foi anunciado que o mundo vai acabar por causa da falta de recursos naturais.  Ziggy está em uma posição em que todas as crianças tenham acesso a coisas que eles achavam que eles queriam.  As pessoas mais velhas que perderam todo o contato com a realidade e as crianças são deixadas à própria sorte para saquear nada.  Ziggy estava em uma banda de rock-and-roll e as crianças não querem mais rock-and-roll.  Não há eletricidade para jogá-lo.  Assessor de Ziggy diz a ele para coletar notícias e cantá-la, porque não há nenhuma notícia.  Então Ziggy faz isso e não há notícia terrível.  "Todos os caras jovens" é uma canção sobre esta notícia.  Não é nenhum hino à juventude como as pessoas pensavam.  É completamente o oposto.  [...]
O fim vem quando os infinitos chegar.  Eles são realmente um buraco negro, mas eu fiz-lhes as pessoas, porque seria muito difícil de explicar um buraco negro no palco.  [...]

Ziggy é aconselhado em um sonho pelos infinitos para escrever a vinda de um Starman, então ele escreve 'Starman', que é a primeira notícia de esperança de que as pessoas já ouviu falar.  Então, eles trancar-lo imediatamente ... Os starmen que ele está falando são chamados os infinitos, e eles são jumpers de buracos negros.  Ziggy tem falado sobre este incrível astronauta que estarão vindo para salvar a terra.  Eles chegam em algum lugar no Greenwich Village.  Eles não têm um cuidado no mundo e não são de nenhum uso possível para nós.  Eles só passou a tropeçar em nosso universo pelo buraco de salto preto.  Toda a sua vida é viajar de universo em universo.  No palco, um deles se assemelha Brando, outra é um Black New Yorker.  Eu até tenho um chamado Queenie, o Infinito Fox ... Agora Ziggy começa a acreditar em tudo isso a si mesmo e pensa-se um profeta dos futuros starmen.  Ele leva-se até as alturas espirituais incríveis e é mantida viva por seus discípulos.  Quando os infinitos chegar, eles levam pedaços de Ziggy para torná-los real, porque em seu estado original eles são anti-matéria e não pode existir em nosso mundo.  E eles rasgá-lo em pedaços no palco durante a música 'Rock' n 'roll suicídio ".  Assim que Ziggy morre no palco os infinitos tirar os elementos e fazer-se visível.


Lançamento
Após a sua libertação, em 6 de junho de 1972, Ziggy Stardust chegou ao número 5 no Reino Unido e No. 75 em os EUA.  Ele acabou por ser disco de platina e ouro no Reino Unido e Estados Unidos, respectivamente. O único single do disco, "Starman", alcançou o número 10 no Reino Unido, enquanto chegando a No. 65 em os EUA.  O álbum iria passar a vender um número estimado de 7,5 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se segunda-best-seller álbum de Bowie.
Na edição da revista Rolling Stone, de 20 Julho de 1972, o escritor Richard Cromelin deu ao álbum uma crítica favorável de "pelo menos um 99" (assumido em 100);  a revisão foi escrito de uma forma que, mesmo que ele pensou que era um bom álbum, ele não acreditava no poder duradouro de ele ou o estilo em geral.  Em sua revisão Cromelin escreve: "todos nós devemos dizer uma breve oração que sua fortuna não são feitos para subir e descer com o destino da síndrome de 'drag-rock'".

Legado
Em 1987, como parte de seu 20º aniversário, a revista Rolling Stone classificou-o No. 6 em "As 100 Melhores Álbuns de nos últimos vinte anos."  Em 1997, Ziggy Stardust foi nomeado o melhor álbum dia 20 de todos os tempos em um musical da Millennium pesquisa realizada no Reino Unido pela HMV Grupo , Channel 4 , The Guardian e Classic FM .  Em 1998, os leitores da revista Q colocou no No. 24 e Virgin Todo o tempo Top 1000 Albums classificou-o no No. 11, enquanto que em 2003, a rede de TV VH1 colocou no No. 48. Foi nomeado o melhor álbum já feito pela revista Rolling Stone em sua lista dos 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos .  Em 2000 Q colocou no No. 25 em sua lista dos 100 Maiores Álbuns britânicos nunca.  Em 2004 ele foi colocado no No. 81 em Pitchfork Mídia 's Top 100 Álbuns da década de 1970.  Em seu livro de 1995, "A Música alternativa Almanac", Alan Cruz colocou o álbum como número 3 na lista dos '10 clássico alternativos álbuns.  Em 2006, o álbum foi escolhido pelo TEMPO revista como um dos 100 melhores álbuns de todos os tempos.
Em 2012, no 40º aniversário do lançamento do álbum, uma placa comemorativa foi revelado no local da foto de capa sobre Heddon Street, em Londres.


Capas do Álbum
A capa do álbum fotografia foi tirada fora furriers "K. Ocidente" a 23 Heddon Rua , Londres, W1., olhando para o sul-leste em direção ao centro da cidade.  Bowie disse do signo: "É uma pena que o sinal foi [foi removido]. As pessoas lêem muito nele. Eles pensaram 'K. Ocidente" deve haver algum tipo de código para "busca".  Levou em todo este tipo de conotações místicas. "A estação de correios no fundo (agora "The Living Room, W1" bar) foi o local da primeira casa noturna de Londres, A Caverna do Bezerro de Ouro , que foi inaugurado em 1912 . Como parte das reformas de rua, em Abril de 1997 um vermelho " série K phonebox "foi devolvido para a rua, a substituição de um phonebox azul moderno, que por sua vez tinha substituído o phonebox original caracterizou na tampa traseira.

Da embalagem do álbum em geral, Bowie disse:

Fizemos as fotos do lado de fora em uma noite chuvosa, e em seguida, no andar de cima no estúdio, fizemos o sósias Relógio Laranja que tornou-se o encarte.  A ideia era atingir uma olhada em algum lugar entre a coisa Malcolm McDowell com o na pestana mascaraed e insetos.  Era a época de Wild Boys, por William S. Burroughs .  Esse foi um livro muito pesado que tinha saído por volta de 1970, e foi um cruzamento entre isso e Laranja Mecânica que realmente começou a montar a forma ea aparência do que Ziggy e as aranhas estavam indo para se tornar.  Ambos eram peças poderosas de trabalho, especialmente as gangues de saqueadores menino de Wild Boys de Burrough com suas facas Bowie.  Eu tenho sempre em frente a isso.  Eu li tudo em tudo.  Tudo tinha de ser infinitamente simbólico.


A capa estava entre os dez escolhidos pelo Royal Mail para um conjunto de "capa do álbum clássico" selos postais emitidos em janeiro de 2010. A capa traseira do álbum de vinil original tinha a instrução "para ser jogado no máximo VOLUME ".  A instrução foi omitido, no entanto, a partir da EMI 1999 re-lançamento.
Em março de 2012, The Crown Estate , que é dono de Regent Street e Heddon Street, instalado uma placa marrom comemorativa aos 23 Heddon Street, no mesmo lugar que o sinal de "K. Ocidente" sobre a foto da capa.  A inauguração contou com a presença dos membros originais da banda Mick Woodmansey e Trevor Bolder , e por Gary Kemp .  A placa foi o primeiro a ser instalado por The Crown Estate e é uma das poucas placas no país dedicada a personagens fictícios. [39] O sinal acima da cabeça de Bowie foi instalado por Barry Lomax em meados dos anos 1960, enquanto trabalhava para a London depot de Brighton empresa sinal Bush assina.

Faixas
Todas as músicas foram compostas por David Bowie exceto onde indicado.
   1."Five Years" – 4:43
   2."Soul Love" – 3:33
   3."Moonage Daydream" – 4:35
   4."Starman" – 4:16
   5."It Ain't Easy (Ron Davies) – 2:56
   6."Lady Stardust" – 3:20
   7."Star" – 2:47
   8."Hang on to Yourself" – 2:37
   9."Ziggy Stardust" – 3:05
   10."Suffragette City" – 3:19
   11."Rock 'n' Roll Suicide" – 2:57

Faixas-Bônus
   1."John, I'm Only Dancing" (Mixagem alternativa não lançada anteriormente) – 2:43
   2."Velvet Goldmine" (single Lado B do relançamento de Space Oddity) – 3:09
   3."Sweet Head" (Faixa não lançada anteriormente) – 4:14
   4."Ziggy Stardust" (demo) – 3:35
   5."Lady Stardust" (demo) – 3:35

Pessoal
   David Bowie - vocais, violão , saxofone , piano, arranjos
   Mick Ronson - guitarra elétrica, backing vocals, teclados, piano
   Trevor Bolder - baixo, trompete
   Mick Woodmansey - bateria

Pessoal Adicional
Dana Gillespie - backing vocals em "It Is not Easy"
Rick Wakeman - cravo em "It Is not Easy"

Pessoal Técnico
   Ken Scott - produtor, engenheiro de gravação , engenheiro de mixagem
   David Bowie - produtor
   Dr. Toby Montanha - remasterização engenheiro (para a liberação Rykodisc)
   Jonathan Wyner - engenheiro assistente remasterização (para a liberação Rykodisc)
   Peter Mew - remasterização engenheiro (para a liberação EMI)
   Nigel Reeve - engenheiro assistente remasterização (para a liberação EMI)
   George Underwood - artwork


DAVID BOWIE : The Rise And Fall Of Ziggy Stardust Full Álbum


DAVID BOWIE : Starman Live 1972


DAVID BOWIE : The Story Of Ziggy Stardust BBC Documentary


DAVID BOWIE : Ziggy Stardust From Motion Picture




THE FINAL CUT


The Final Cut é o décimo segundo álbum de estúdio da banda britânica de rock Pink Floyd. Lançado em março de 1983,[1] foi distribuído pela gravadora Harvest Records no Reino Unido e várias semanas depois através da Columbia Records nos Estados Unidos. Assim como os anteriores do grupo, é um álbum conceitual e é o último de sua discografia com o integrante Roger Waters, no qual é o compositor e vocalista de todas as músicas. O tecladista Richard Wright não participou da obra, por ter sido expulso durante as sessões do projeto anterior, The Wall.
The Final Cut foi inicialmente planejado como uma trilha sonora para o filme Pink Floyd The Wall, de 1982. Nesta época, ocorreu a guerra das Malvinas, contexto que inspirou Roger a compor canções anti-guerra, além de dissertar a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial. Repetindo o estilo de ópera rock de seu predecessor, The Wall (1979), Final Cut foi gravado em oito estudos diferentes do Reino Unido, entre julho e dezembro de 1982. Nesta época, ocorreram algumas das maiores tensões no grupo, especialmente entre Waters e o guitarrista David Gilmour. O projeto gráfico também ficou a cargo do baixista. The Final Cut chegou na primeira posição na parada de álbuns do Reino Unido, mas recebeu críticas mistas. Após seu lançamento, foi produzido um curta-metragem para divulgação.
Após o lançamento do álbum a cada membro da banda concentrou-se em trabalhos solo. Nesta época, Roger Waters anunciou sua saída da banda, mas tentou impedir que Gilmour e Nick Mason utilizassem o nome Pink Floyd futuramente.[2] David Gilmour mostrou-se forte crítico de The Final Cut, considerando-a, muitas vezes como um álbum solo de Roger. Nenhuma das canções do álbum foram tocadas ao vivo pelo Pink Floyd, e Waters executou algumas em suas turnês.


Características Gerais
O álbum foi dedicado ao pai de Roger Waters (Eric Fletcher Waters). Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou vários temas discutidos do mesmo, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra na Guerra das Malvinas, a culpa que ele colocou nos líderes políticos ("The Fletcher Memorial Home"). E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset"). Michael Kamen e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright (que não foi formalmente anunciada antes do lançamento do álbum).
Apesar de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no encarte do LP, somente atrás aparece: "The Final Cut - Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason". Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som que ele faria em próximos álbuns em sua carrreira solo. Waters disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda rejeitou a ideia. No entanto, no seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da canção é bastante similar ao do The Wall mas também mais quieto e suave, lembrando canções como "Nobody Home" mais do que "Another Brick in the Wall (Part 2)", por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo 1º lugar no Reino Unido e 6º nos EUA), mas recebeu razoáveis elogios do críticos.


O álbum teve um pequeno hit, "Not Now John", a única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins que eles supostamente não eram visto gravando no mesmo estúdio simultaneamente. Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de canções meramente como um veículo para suas letras críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia. Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autoriais). Não houve turnê para esse álbum, apesar de as canções do álbum terem sido apresentadas por Waters em suas futuras turnês solo.


História
Gravado em vários estúdios ingleses entre Julho e Dezembro de 1982, o LP foi editado no Reino Unido em 21 de Março de 1983 e nos Estados Unidos em 2 de Abril. Originalmente agendado para ser a banda sonora do filme da banda "The Wall", evoluiu para se tornar em mais um álbum conceitual, marchando contra a guerra e com o subtítulo de "A requiem for the post war dream" ("uma elegia para o sonho do pós-guerra").
The Final Cut chegou a Nº 1 de vendas nas tabelas do Reino Unido e a Nº 6 nos Estados Unidos. Em 23 de Maio de 1983, The Final Cut chegou a disco de ouro e platina e em 31 de Janeiro de 1997 atingiu a dupla platina.
O álbum parece ser divido em duas histórias separadas que se intercalam:
Uma parece ser a visão de Waters sobre os problemas do mundo actual (faixas 1, 5, 7, 8, 9, 11, 12), muitas destas são sobre a Guerra das Malvinas e condenam Margaret Thatcher, Ronald Reagan e Menahem Begin, entre outros. Waters expõe também a sua visão do mundo e termina o álbum com um holocausto nuclear que ele teme poder vir a acontecer.
Há também uma pequena história sobre a paranóia de um veterano da II Guerra Mundial (faixas 2, 4, 6 e 10) presumivelmente por ter estado envolvido no bombardeamento a Dresden. As canções também reportam as memórias de Waters sobre a guerra (Your possible pasts), culpando a escola pelos seus problemas (One of the Few, The Hero's Return), lamentando a sua vida (Paranoid eyes) e chegando quase ao suicídio (The final cut).
“Not now John” foi editado em single (sendo o verso “fuck all that” dobrado para “stuff all that” e tendo no lado 2 uma versão mais comprida de “The Hero's Return”. Foi também feito um vídeo EP para acompanhamento de quatro das canções do álbum e realizado pelo (na altura) cunhado de Waters.
Em 1986, o álbum foi editado em CD. Em 1994 foi reeditado com nova mistura digital. Para comemorar o 21º aniversário do lançamento foi editado em 19 de Março de 2004 com nova mistura e nova embalagem, contendo a faixa “When the tigers broke free”, anteriormente apenas acessível em single ou na banda sonora do Filme “The Wall”.


Faixas
Todas as letras e canções de autoria de Roger Waters. Todas as músicas cantadas por Roger Waters, exceto em "Not Now John" (Roger Waters e David Gilmour).

No álbum original
   1."The Post War Dream" - 3:02
   2."Your Possible Pasts" - 4:22
   3."One of the Few" - 1:23
   4."The Hero's Return" - 2:56
   5."The Gunner's Dream" - 5:07
   6."Paranoid Eyes" - 3:40
   7."Get Your Filthy Hands Off My Desert" - 1:19
   8."The Fletcher Memorial Home" - 4:11
   9."Southampton Dock" - 2:13
   10."The Final Cut" - 4:46
   11."Not Now John" - 5:01
   12."Two Suns in the Sunset" - 5:14


Na reedição de 2004
   1."The Post War Dream" - 3:00
   2."Your Possible Pasts" - 4:26
   3."One of the Few" - 1:11
   4."When the Tigers Broke Free" - 3:16
   5."The Hero's Return" - 2:43
   6."The Gunner's Dream" - 5:18
   7."Paranoid Eyes" - 3:41
   8."Get Your Filthy Hands Off My Desert" - 1:17
   9."The Fletcher Memorial Home" - 4:12
   10."Southampton Dock" - 2:10
   11."The Final Cut" - 4:45
   12."Not Now John" - 4:56
   13."Two Suns in the Sunset" - 5:23

Banda
   Roger Waters - baixo e vocais
   David Gilmour - guitarra e violão
   Roger Waters - baixo,violão e vocais
   Nick Mason – bateria

Participações
   Michael Kamen – acordeão, piano
   Andy Brown – órgão hammond
   Ray Cooper - percussão
   Andy Newmark – bateria em "Two Suns In The Sunset"
   Raphael Ravenscroft – saxofone tenor
   The National Philharmonic Orchestra - arranjos e direcção de Michael Kamen


Citações
Foi uma tristeza fazer “The final cut”, mesmo tendo-o ouvido depois e gostado de grande parte, não gosto da maneira como cantei. Consegue-se perceber a tensão louca por todo o álbum. Se você tenta expressar algo e não consegue fazê-lo por estar tão nervoso... Foi uma época terrível. Nós discutíamos como cães e gatos, começando a perceber ou antes a aceitar que não havia banda. Na verdade estava nos sendo imposto que nós não éramos uma banda, e que não éramos já há muito tempo, pelo menos desde 1975, quando fizemos Wish you were here. Mesmo nessa altura havia grande desacordo sobre o conteúdo e sobre como fazer o álbum [...] Venderam-se 3 milhões de cópias, o que nem era muito para o Pink Floyd, e como consequência David Gilmour disse: “Aí está, eu sabia que ele estava fazendo tudo errado”. Mas é absolutamente ridículo julgar um álbum apenas pelo número de vendas. Se vamos usar as vendas como único critério, isso faz de Grease um álbum melhor que Graceland
Roger Waters, Junho de 1987, a Chris Salewicz

Bem, isto foi sempre o meu objetivo durante anos, ou seja sempre foi um dos meus objetivos, que tudo o que se fizesse, fosse equilibrado. Disse a ele centenas de vezes até chatear – o que conta é o equilíbrio entre as palavras e a música, e eu penso que foi isso que se perdeu em “The Final Cut”
David Gilmour, à Rádio Australiana em Fevereiro de 1988


PINK FLOYD : The Final Cut Full Álbum


PINK FLOYD : The Final Cut Legendado


PINK FLOYD : The Final Cut Full Video EP




FROM THE INSIDE - ALICE COOPER


From The Inside é um álbum conceitual de Alice Cooper, lançado no ano de 1978. Este álbum foi inspirando quando Alice Cooper esteve internado num sanatório para tratamento de dependência de alcoolismo.






ALICE COOPER : From The Inside Live


ALICE COOPER : The Awakening Live Theatre Of Death 2009


ALICE COOPER : How You Gonna See Me Now 1978


ALICE COOPER : Jackknife Johnny




HEMISPHERES - RUSH


Hemispheres é o sexto álbum de estúdio da banda canadense Rush, lançado em 28 de Outubro de 1978. Neste disco, pode-se notar que a banda volta a trabalhar com o tema "Cygnus X-1". Faixas longas continuam sendo abordadas.





RUSH : Hemispheres Full Álbum 


RUSH : Hemispheres Prelude Live 1994


RUSH : Circunstances Live Snake And Arrows


RUSH : La Villa Strangiato Live 1978




THE LAST TEMPTATION – ALICE COOPER


The Last Temptation é um álbum conceitual do cantor de rock Alice Cooper, lançado em julho de 1994 pela Epic Records que fala de um garoto chamado Steven (mesmo nome do protagonista de um trabalho anterior de Cooper, Welcome to My Nightmare), e um diretor de circo misterioso. O diretor de circo, aparentemente com habilidades sobrenaturais, tenta com o uso de versões distorcidas de jogos psicológicos persuadir Steven a unir-se a seu show itinerante, "O Teatro do Real - Do Grande Guignol!", onde ele "nunca cresceria".



História em Quadrinhos
A história completa foi concebida em uma HQ de 3 partes escrita por Neil Gaiman,[4] [5] das quais a primeira parte acompanhava o álbum. Na HQ, o diretor do circo (ao qual sempre se refere somente como tal) foi descrito como sendo o próprio Cooper. Páginas da HQ podem ser vistas no vídeo da música Lost in America, sendo lida por Steven.
Originalmente publicada pela Marvel Comics e depois reimpressa pela Dark Horse Comics, como "trade paperback.


ALICE COOPER : You’re My Temptation


ALICE COOPER : It’s Me


ALICE COOPER : Sideshow


ALICE COOPER : Nothin’s Free


ALICE COOPER : The Last Temptation Book I


ALICE COOPER : The Last Temptation Book II


ALICE COOPER : The Last Temptation Book III




LISZTOMANIA – RICK WAKEMAN


Lisztomania é um álbum da trilha sonora de rock por Rick Wakeman ao filme de mesmo nome.




LISZTOMANIA : Trailler 1975


LISZTOMANIA : Devil Song


LISZTOMANIA : Ken Russell Superior Race 


LISZTOMANIA : Rape, Pillage and Clap




THE PROS AND CONS OF HITCH HIKING – ROGER WATERS


The Pros and Cons of Hitch Hiking é um álbum conceitual de Roger Waters gravado em 1984. Waters contou com o auxílio de várias celebridades durante a gravação do álbum. Entre elas estão o produtor Michael Kamen, o ator Jack Palance, o saxofonista David Sanborn e o guitarrista Eric Clapton. Cada faixa representa um momento durante a saga de um noite pegando carona.
O álbum ganhou disco de ouro em 1995, pela RIAA, com 500 mil cópias vendidas.





ROGER WATERS : The Pros And Cons Of Hitch Hiking Full Álbum


ROGER WATERS : The Pros And Cons Of Hitch Hiking Live


ROGER WATERS : The Pros And Cons Of Hitch Hicking Part 11 Live




TOO OLD TO ROCK’N’ROLL: TOO YOUNG TO DIE ! – JETHRO TULL


Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die! é um "álbum conceitual" e o nono álbum de estúdio lançado pela banda britânica Jethro Tull. Uma versão remasterizada saiu em 2002 com duas faixas bônus que foram deixadas de fora do LP original, "Small Cigar" e "Strip Cartoon".




JETHRO TULL : Too Old To Rock’n’Roll Too Young To Die Full Álbum


JETHRO TULL : Too Old To Rock’n’Roll To Young To Die Video Music


JETHRO TULL : Too Old To Rock’n’Roll … TV Special 1976




WELCOME TO MY NIGHTMARE – ALICE COOPER


Welcome to My Nightmare é o primeiro álbum da carreira solo do cantor e compositor Alice Cooper, lançado em 1975.




ALICE COOPER : Welcome To My Nightmare Live 1979


ALICE COOPER : Only Women Bleed Live 1979


ALICE COOPER : The Black Widow Video Music 




OUTRAS OBRAS CONSIDERADAS COMO ÓPERA ROCK

Frank Zappa - Joe's Garage Acts I, II, and III (Barking Pumpkin, 1979)
Willie Nelson - Red Headed Stranger (Columbia Records, 1975)
Mike Watt - Contemplating The Engine Room (Columbia Records, 1997)
Pretty Things - SF Sorrow (Original Masters, 1968)
Harry Nilsson - The Point (RCA, 1970)
The Goats - Tricks of the Shade (Ruffhouse, 1992)
Queensryche - Operation Mindcrime (EMI, 1988)
Paul Kantner - Blows Against The Empire (RCA, 1970)
The Coolies - Doug ( DB, 1988)
Green Day - American Idiot (Reprise Records, 2004)
Neil Young and Crazy Horse's Greendale
Excalibur - The Celtic Rock Ópera



THE EXCALIBUR : Celtic Rock Opera Live Mitschnitt Der Show


GREEN DAY : Boulevard Of Broken Dreams Live


GREEN DAY : Wake Me Up When September Ends Live




O Rock é muito mais que apenas música ... ele é um elemento essencial para a vida, para que haja progresso e para que haja paz. Enquanto houver guerra e desamor, o Rock sempre existirá !
Longa Vida ao Rock And Roll !



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