São Paulo é um município brasileiro, capital do estado homônimo e
principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a
cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo
o hemisfério sul. São Paulo é a cidade brasileira mais influente no cenário
global, sendo, em 2016, a 11.ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a
classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World
Cities Study Group & Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão
oficial, é Non ducor, duco, frase latina que significa "Não sou conduzido,
conduzo".
Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e
exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de
vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos,
parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua
Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico
de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a
Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a São
Paulo Fashion Week e a Parada do Orgulho LGBT.
O município possui o 10.º maior PIB do mundo, representando,
isoladamente, 11% de todo o PIB brasileiro, 34% do PIB do estado, bem como 36%
de toda a sua produção de bens e serviços, além de ser sede de 63% das
multinacionais estabelecidas no Brasil, sendo ainda responsável por 28% de toda
a produção científica nacional em 2005, e por mais de 40% das patentes
produzidas no país. A cidade também é a sede da B3 (sigla de Brasil, Bolsa,
Balcão), a 5.ª maior bolsa de valores do mundo em capitalização de mercado
(dados de 2017), resultado da fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros
de São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação
Financeira de Títulos (CETIP). São Paulo também concentra muitos dos edifícios
mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino
Arantes, a Torre Norte, entre outros.
A cidade é a 8.ª mais populosa do planeta e sua região metropolitana,
com cerca de 21 milhões de habitantes, é a 10.ª maior aglomeração urbana do
mundo. A capital paulista também possui um caráter cosmopolita, dado que, em
2016, possuía moradores nativos de 196 países diferentes. Regiões ao redor da
Grande São Paulo também são metrópoles, como Campinas, Baixada Santista e Vale
do Paraíba; além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações
urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de
metrópoles — o chamado Complexo Metropolitano Expandido — chegava a 33 milhões
de habitantes em 2017 (cerca de 75% da população do estado e 12% da população
do país) formando a primeira megalópole do hemisfério sul, responsável pela
produção de 80% do PIB paulista e de quase 30% do PIB brasileiro.
Fundação
A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de janeiro de 1554
com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da
Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios
Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de
taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na
região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar,
chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".
O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi
25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do
apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à
Companhia de Jesus:
A 25 de Janeiro
do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a
primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele
dedicamos nossa casa!
José de Anchieta
Período Colonial
O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando,
na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente,
este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do
Campo, que fora criada por João Ramalho em 1553, para os arredores do colégio,
denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais
adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo,
por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para
melhor se proteger dos ataques dos índios. Por ser em uma alta colina, margeada
por dois vales (dos rios Tamanduateí e Anhangabaú), era mais seguro que a Vila
de Santo André da Borda do Campo (atual cidade de Santo André), próxima à Serra
do Mar, que era constantemente ameaçada por índios mais combativos.
São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila
pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral, e se mantinha por
meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila
no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente
porque era dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de
São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo
Caminho do Padre José de Anchieta. Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania
de São Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje
Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.
Adoniran Barbosa um grande Paulistano.
Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de
São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de
São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital
foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.
Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São
Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo
interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os
paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de
ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, na década
de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo.
Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania de São
Paulo e Minas de Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a
Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários.
Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade.
Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes,
nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato
que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo
econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da
Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção
açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira
estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.
Período Imperial
Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do
Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom
Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no
Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade,
com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a ser
denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.
Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do
café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões
de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São
Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de
São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A
Inglesa.
Surgem, no final do século XIX, várias outras ferrovias que ligam o
interior do estado à capital, São Paulo. São Paulo tornou-se, então, o ponto de
convergência de todas as ferrovias vindas do interior do estado. A produção e
exportação de café permite à cidade e à província de São Paulo, depois chamada
de Estado de São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.
De meados desse século até o seu final, foi o período que a província
começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos,
dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a
se instalar.
República Velha
Com o fim do Segundo Reinado e início da República a cidade de São
Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e
populacional, também auxiliado pela política do café com leite e pela grande
imigração europeia e asiática para São Paulo. Sobre o grande número de
imigrantes na capital paulista, Cornélio Pires recolheu, em seu livro
"Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911, de Dino Cipriano, que
descreve a impressão que o homem do interior tinha da capital paulista:
!Só úa coisa
aquí in S. Pólo que eu já ponhei in reparo: que só se vê é estrangero!
Brasilêro é muito raro!
Dino Cipriano
Durante a República Velha (1889–1930), São Paulo passou de centro
regional a metrópole nacional, se industrializando e chegando a seu primeiro
milhão de habitantes em 1928. Seu maior crescimento, neste período, relativo se
deu, na década de 1890, quando dobrou sua população. O auge do período do café
é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no
fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas
mansões.
O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua margem
esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A sede do governo paulista é
transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos
Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco
na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu,
o edifício Martinelli.
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão
de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para o
clima de desenvolvimento da cidade; alguns estudiosos consideram que a cidade
inteira foi demolida e reconstruída naquele período.
Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, para a qual
contribuiu também as dificuldades de acesso às importações durante a Primeira
Guerra Mundial, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns
bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. A partir da
década de 1920 com a retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas
águas para alimentar a Usina Hidrelétrica Henry Borden, terminaram os
alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste
de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a "Região
dos Jardins". No final da década de 1920 mais precisamente entre os anos
de 1928 e 1933 foram elaboradas plantas cadastrais do município em escala
1:5.000 e 1:1.000, sendo este o primeiro executado no Brasil e um dos primeiros
do mundo pelo uso da aerofotogrametria. Foi um dos pioneiros do mundo, com isso
o municipio de São Paulo ganhava um grande detalhamento de seu território por
meio da execução rápida da aerofotogrametria rápida quando comparado com
levantamentos topográficos, método anteriormente utilizado.
Revolução de 1932 à Contemporaneidade
Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior movimento cívico: a
revolução constitucionalista, quando toda a população se engaja na guerra
contra o "Governo Provisório" de Getúlio Vargas. Em 1934, com a
reunião de algumas faculdades criadas no século XIX e a criação de outras, é
fundada a Universidade de São Paulo (USP), hoje a maior do Brasil. Outro grande
surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na
cafeicultura na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional
durante a guerra, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento econômico
muito elevada que se manteve elevada no pós-guerra.
Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia asfaltada: a Via Anchieta
(construída sobre o antigo traçado do Caminho do Padre José de Anchieta), liga
a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo era conhecida como
A cidade que não pode parar e como A cidade que mais cresce no mundo.
São Paulo realizou uma grande comemoração, em 1954, do "Quarto
Centenário" de fundação da cidade. É inaugurado o Parque do Ibirapuera,
lançados muitos livros históricos e descoberta a nascente do rio Tietê em
Salesópolis. Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte do
centro financeiro da cidade que fica localizado no centro histórico (na região
chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida Paulista, as suas
mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes edifícios.
No período da década de 1930 até a década de 1960, os grandes
empreendedores do desenvolvimento de São Paulo foram o prefeito Francisco
Prestes Maia e o governador do estado de São Paulo Ademar de Barros, o qual
também foi prefeito de São Paulo entre 1957 e 1961. Prestes Maia projetou e
implantou, na década de 1930, o "Plano de Avenidas para a Cidade de São
Paulo", que revolucionou o trânsito de São Paulo.
Estes dois governantes são os responsáveis, também, pelas duas maiores
intervenções urbanas, depois do Plano de Avenidas, e que mudaram São Paulo: a
retificação do rio Tietê com a construção de suas marginais e do Metrô de São
Paulo: em 13 de fevereiro de 1963, o governador Ademar de Barros e o prefeito
Prestes Maia criaram as comissões (estadual e municipal) de estudos para a
elaboração do projeto básico do Metrô de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas
primeiras verbas.
No início dos anos 1960, São Paulo já somava quatro milhões de
habitantes. Iniciado a sua construção em 1968, na gestão do prefeito José
Vicente de Faria Lima, o metrô paulistano começou a operar comercialmente em 14
de setembro de 1974 e em 2016 contava com uma rede de 71,5 quilômetros de
extensão e 64 estações distribuídas por cinco linhas. Naquele ano, foram
transportados pelo sistema 1,1 bilhão de passageiros.
Em 2008, a cidade de São Paulo ocupava a 56.ª posição no ranking dos 75
mais importantes centros de comércio global, ocupando a 3.ª posição na América
Latina.
Geografia
São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo,
situando-se na latitude 23°33'01'' sul e na longitude 46°38'02'' oeste. A área
total do município é de 1 521,11 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial. De
toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas (2000), sendo a
maior área urbana do país.
São Paulo tem altitude média de 760 metros. O ponto culminante do
município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros de altitude acima do nível do
mar, localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se
encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da
Cantareira.
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo
tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região,
criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como
por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a
chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. A
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente
é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a
terceira maior das Américas, com 20 820 093 habitantes. Seu Produto Interno
Bruto (PIB) somava em 2009 cerca de 613 bilhões de reais
Clima
O clima de São Paulo é considerado subtropical úmido do tipo Cwa na
classificação climática de Köppen-Geiger, com diminuição de precipitações no
inverno, com temperatura média anual em torno dos 20,1 °C (no período entre
1981 e 2010), tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente
altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de
edifícios (ilha de calor). O mês mais quente do ano é fevereiro (23,2 °C) e o
mais frio é julho (16,7 °C). A precipitação média é de 1 616 milímetros (mm)
anuais, concentrados principalmente no verão, sendo janeiro o mês de maior
precipitação (288,2 mm). O tempo de insolação é de cerca de 1 893 horas/ano, e
a umidade do ar é relativamente elevada, com médias mensais entre 70% e 77%,
sendo a média anual de 74%. As estações do ano são relativamente bem definidas:
o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono
e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em
regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do
município.
Entregador de pães na Rua Augusta em 1940
Apesar da maritimidade que evita maiores variações de temperatura, a
altitude de São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites
e madrugadas cálidas na cidade, sendo que as temperaturas mínimas raramente são
superiores a 23 °C num período de 24 horas.
No inverno, porém, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas
de excessiva nebulosidade às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam
muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com temperaturas máximas que variam
entre 14 °C e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e o início da
primavera. Durante o inverno, já houve vários registros de tardes em que a
temperatura sequer ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 24 de julho de 2013,
quando a máxima foi de apenas 8,5 °C.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961
a menor temperatura registrada em São Paulo, no Mirante de Santana, foi de 0,8
°C em 10 de julho de 1994, mas o recorde mínimo foi de -2,1 °C, registrado em 2
de agosto de 1955. Já a maior temperatura atingiu os 37,8 °C em 17 de outubro
de 2014, ultrapassando a marca anterior de 37 °C observada em 20 de janeiro de
1999. O maior acumulado de precipitação observado em 24 horas foi de 151,8 mm
em 21 de dezembro de 1988, sendo o recorde mensal de 607,9 mm em março de 2006.
O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de 14 de
agosto de 2009, de 10%.
Hidrografia
São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as
sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua
configuração. Seus rios já foram uma importante fonte de água doce e de lazer.
No entanto, efluentes industriais pesados e descargas de águas residuais no
final do século XX fizeram com que os rios ficassem fortemente poluídos. Um
programa de limpeza substancial para ambos os rios está em andamento (vide
Projeto Tietê), financiado através de uma parceria entre o governo local e os
bancos internacionais de desenvolvimento, como o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). O rio é navegável no trecho que atravessa a cidade,
embora o transporte de água se torne cada vez mais importante no rio Tietê devido
à Hidrovia Tietê-Paraná.
Não existem grandes lagos naturais na região, mas os reservatórios
Billings e Guarapiranga nos subúrbios do sul da cidade são usados para
geração de energia, armazenamento de água e atividades de lazer. A flora
original da área consistiu principalmente em angiospermas perenifólias. As
espécies não autóctones são comuns, o clima ameno e as chuvas abundantes
permitem cultivar a multidão de plantas tropicais, subtropicais e temperadas,
especialmente o onipresente eucalipto.
O norte do município contém parte do Parque Estadual Cantareira de 7.917
hectares, criado em 1962, que protege uma grande parte do abastecimento de água
metropolitana de São Paulo. Em 2015, São Paulo experimentou uma grande seca,
que levou várias cidades do estado a iniciar o sistema de racionamento.
Parques e Biodiversidade
São Paulo possuía em 2010, 62 parques municipais e estaduais, como o
Parque Estadual Turístico da Cantareira, parte da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde de São Paulo e que abriga uma das maiores florestas urbanas do
planeta com 7 900 hectares de extensão, o Parque Estadual das Fontes do
Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual
do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, a Área
de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o
Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros.
Em 2009, São Paulo possuía 2,3 mil hectares de área verde, menos que
1,5% da área da cidade e abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 21% da área do município é coberta
por áreas verdes, incluindo reservas ecológicas (dados de 2010)
No município é possível observar pássaros florestais que geralmente
aparecem na primavera, devido ao cinturão de mata nativa que ainda cerca a
região metropolitana. Espécies como o sabiá-laranjeira, sanhaço, bem-te-vi e
colibri são as mais comuns. Apesar da intensa poluição, os principais rios da
cidade, o Tietê e o Pinheiros, abrigam várias espécies de animais como
capivaras, gaviões, quero-quero, garças africanas e ratões do banhado. Outras
espécies encontradas no município são o veado-catingueiro, bugio,
tucano-de-bico-verde e pavão-do-mato.
Desenvolvimento Humano
O município possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto
(0,805), o décimo quarto maior do estado e o 28º do Brasil. Porém, a
distribuição do desenvolvimento humano na cidade não é homogênea. Os distritos
mais centrais em geral apresentam IDH superior a 0,9, gradualmente diminuindo à
medida que se afasta do centro, até chegar a valores de cerca de 0,7 nos
limites do município.
A diferença social entre as regiões centrais e as periferias deve a
questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre
os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram
os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público, bem como
onde se instalou, historicamente, quase a totalidade da elite econômica da
cidade. As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo
de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município,
mais desprovidas de infraestrutura.
Um ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria
internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na 117ª
posição entre 221 cidades e a terceira posição entre as quatro cidades
brasileiras do ranking, atrás somente de Curitiba, Florianópolis e Porto
Alegre, e à frente de Brasília. O status ecológico em um ranking paralelo
aponta a cidade na 148ª posição.
O índice de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de
0,62. Os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior
disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e
Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de
duzentos indicadores socioeconômicos da capital.
Imigrantes e Migrantes
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais
diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes
chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a cidade
com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola,
libanesa e árabe fora de seus países respectivos, e com o maior contigente de
nordestinos fora do Nordeste. No censo de 2010, da população total, 6 823 004
eram brancos (60,63%), 3 447 290 pardos (30,63%), 717 215 pretos (6,37%), 250
146 amarelos (2,22%) e 12 959 indígenas (0,12%), além de 2 891 sem declaração
(0,03%).
A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a
cidade. Dos dez milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis milhões de
pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes
de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é
Roma, com 2,5 milhões de habitantes). Ainda hoje, os italianos agrupam-se em
bairros como o Bixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas. Em
1870, como o início da substituição da mão de obra escrava pela de imigrantes
europeus, a população italiana em São Paulo era de 30 mil pessoas. No início do
século XX, essa população havia saltado para 240 mil pessoas. São Paulo é a
segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo (dados de 2007). São seis
mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia (dados de 2008).
A comunidade portuguesa também é bastante numerosa, e estima-se que três
milhões de paulistanos possuem alguma origem em Portugal. A colônia judaica
representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em
Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente). A
partir do século XIX, e especialmente durante a primeira metade do século XX,
São Paulo recebeu também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro),
espanhóis e lituanos (no bairro Vila Zelina). Podemos destacar também a
importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas
proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim
e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados suas
principais atividades.
Com a decadência da imigração europeia e asiática após a década de 1930,
passou a predominar a vinda de migrantes, em sua maioria oriundos da região
Nordeste do Brasil.
A cidade já contava com população afrodescendente no século XIX, mas foi
a partir da segunda metade do XX que a população de origem africana cresceu
rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados brasileiros,
principalmente da zona litorânea da Bahia. De acordo com o IBGE, no Censo de
2000, 30,3% da população paulistana tinham alguma ascendência africana; isto é,
declaravam-se como "pretos" e "pardos".
Uma das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os
libaneses e sírios chegaram em grande número entre os anos de 1900 a 1930. Hoje
seus descendentes estão totalmente integrados à população brasileira, embora
aspectos culturais de origem árabe marcam até hoje a cultura da capital
paulista. Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo
pratos que já entraram definitivamente na culinária brasileira: quibe, esfiha,
charutinho de repolho etc. A rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram
em sua maioria comerciantes.
A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram
de origem asiática (amarelos) do Brasil. Cerca de 456 mil pessoas são de origem
oriental, dos quais 326 mil são japoneses. A comunidade japonesa da cidade é a
maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e
imigraram em grande número até a década de 1950. A maior concentração de
orientais da cidade está no distrito da Liberdade. Este distrito de São Paulo
possui inúmeros restaurantes japoneses, lojas com peças típicas do Japão, e
nele veem-se letreiros escritos em japonês e ouve-se muito o idioma. A colônia
coreana da cidade também é notável. São mais de 60 mil pessoas de origem
sul-coreana, particularmente concentrados no Bom Retiro, Aclimação e Liberdade.
No bairro da Aclimação é possível encontrar diversos restaurantes coreanos,
além de locadoras de vídeo e mercearias coreanas. Os chineses são bastante
numerosos nos distritos da zona central da cidade, como o Brás e a Liberdade.
Em 2016, o município possuía pelo menos um morador nativo de 196 países
diferentes, segundo dados do Departamento de Polícia Federal.
Religiões
Tal qual a variedade cultural verificável em São Paulo, são diversas as
manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido
sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização
quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos paulistanos declara-se católica
—, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações
protestantes diferentes, assim como a prática do islamismo, espiritismo, entre
outras.
O budismo e as religiões orientais também têm relevância entre as
crenças mais praticadas pelos paulistanos. Estima-se que existem mais de cem
mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas. Também são consideráveis as
comunidades judaica, mórmon, e das religiões afro-brasileiras.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2010 a população de São Paulo era de 6 549 775 católicos apostólicos
romanos (58,2%), 2 487 810 protestantes (22,11%), 531 822 espíritas (4,73%),
101 493 testemunhas de Jeová (0,9%), 75 075 budistas (0,67%), 50 794
umbandistas (0,45%), 43 610 judeus (0,39%), 28 673 católicos apostólicos
brasileiros (0,25%), 25 853 religiosos orientais (0,23%), 18 058
candomblecistas (0,16%), 17 321 mórmons (0,15%), 14 894 católicos ortodoxos
(0,13%), 9 119 espiritualistas (0,08%), 8 277 islâmicos (0,07%), 7 139
esotéricos (0,06%), 1 829 praticavam tradições indígenas (0,02%) e 1 008 eram
hinduístas (0,01%). Outros 1 056 008 não tinham religião (9,38%), 149 628
seguiam outras religiosidades cristãs (1,33%), 55 978 tinham religião
indeterminada ou múltiplo pertencimento (0,5%), 14 127 não souberam (0,13%) e 1
896 declararam seguir outras religiosidades (0,02%).
A Igreja Católica divide o território do município de São Paulo em
quatro circunscrições eclesiásticas: a Arquidiocese de São Paulo, a Diocese de
Santo Amaro, a Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Campo Limpo, sendo
estas três últimas sufragâneas da primeira. O arquivo da arquidiocese,
denominado Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, localizado no
bairro do Ipiranga, guarda um dos mais importantes patrimônios documentais do
Brasil. A sé arquiepiscopal é a Catedral Metropolitana de São Paulo (conhecida
como Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, considerada um dos cinco
maiores templos góticos do mundo. A Igreja Católica reconhece como padroeiros
da cidade São Paulo de Tarso e Nossa Senhora da Penha de França.
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como
a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata, Igreja
Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal
Anglicana, as igrejas batistas, a Igreja Assembleia de Deus, a Igreja
Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal
do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras, além de
cristãos de várias outras denominações.
Economia
São Paulo possui o maior PIB dentre as cidades brasileiras, o décimo
maior do mundo e, segundo projeção da PricewaterhouseCoopers, será o sexto
maior em 2025. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2016, seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de 687 035 889,61 reais, o
que equivale a cerca de 11% do PIB brasileiro, 34% do PIB, assim como 36% de
toda a produção de bens e serviços, do estado de São Paulo, e 21% da economia
da região sudeste.
De acordo com uma pesquisa divulgada Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), se fosse um país, a
cidade de São Paulo poderia ser classificada como a 36.ª maior economia do mundo,
acima de nações como Portugal, Finlândia e Hong Kong. De acordo com o mesmo
estudo, o município sedia 63% dos grupos internacionais instalados no país e 17
dos 20 maiores bancos.
Sua região metropolitana possui um PIB de cerca de 613 bilhões de reais
(dados de 2009). Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida
pela cidade no resto do país abrange 28% da população e 40,5% do PIB
brasileiro.
A capital paulista é a sexta cidade do mundo em número de bilionários,
segundo a listagem da revista Forbes considera como referência o endereço
principal dos 1 210 bilionários da lista de 2011 feita pela revista, com base
em valores convertidos para o dólar norte-americano. Entretanto, a crise
financeira de 2008-2009 afetou a renda média domiciliar per capita dos
moradores de São Paulo, que, em 2008, era de 816,40 reais, o que posiciona a
cidade na oitava colocação no ranking das capitais brasileiras, atrás de
Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte.
Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para
funcionários estrangeiros, São Paulo está entre as dez cidades mais caras do
mundo, classificada na décima posição em 2011, 11 postos acima de sua
classificação de 2010, e na frente de cidades como Londres, Paris, Milão e Nova
Iorque.
Um dos maiores centros financeiros do Brasil e do mundo, São Paulo passa
hoje por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo a indústria
constituiu uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém São Paulo
tem atravessado nas últimas três décadas uma clara mudança em seu perfil
econômico: de uma cidade com forte caráter industrial, o município tem cada vez
mais assumido um papel de cidade terciária, pólo de serviços e negócios para o
país. Em São Paulo, por exemplo, está sediada a B3 (sigla de Brasil, Bolsa,
Balcão), a bolsa oficial do Brasil. A B3 tinha em 2017, um patrimônio de 13
bilhões de dólares. São Paulo ficou em segundo lugar depois de Nova Iorque no
ranking bi-anual da revista FDI das "Cidades do Futuro" 2013/14 nas
Américas, e foi nomeada a cidade latino-americana do Futuro 2013/14,
ultrapassando a Santiago de Chile, a primeira cidade na classificação anterior.
Santiago agora ocupa o segundo lugar, seguido por Rio de Janeiro, o estudo
também indica que São Paulo recebeu mais Investimentos Estrangeiros Diretos que
Nova Iorque.
O município tem alguns centros financeiros espalhados por seu
território, concentrados na região das subprefeituras da Sé, Pinheiros e Santo
Amaro. O principal e mais famoso deles a avenida Paulista, que abriga sedes de
bancos, multinacionais, hotéis, consulados e se impõe como um dos principais
pontos turísticos e culturais da cidade. O centro da cidade, que apesar de ter
sido ofuscado pelas centralidades econômicas mais recentes, abriga a bolsa de
valores, diversas empresas e hotéis. Além destes, outras regiões que se
destacam por sua intensa e moderna verticalização, pela presença de hotéis de
luxo e empresas multinacionais são as regiões das avenidas Brigadeiro Faria
Lima e Luís Carlos Berrini.
Muitos analistas também têm apontado São Paulo como uma importante
"cidade global" (ou "metrópole global", classificação
dividida apenas com o Rio de Janeiro entre as cidades brasileiras). Como cidade
global, São Paulo tem acesso às principais rotas aeroviárias mundiais, às
principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas
transnacionais de importância global, além de importantes instituições
financeiras, mesmo estando conectada marginalmente aos fluxos transnacionais de
pessoas, investimentos e empregos.
O urbanista João Sette Whitaker Ferreira, entretanto, considera que a
desigualdade social e a segregação espacial descaracterizam São Paulo como uma
cidade global. Apesar de ser o centro financeiro do país, São Paulo apresenta
também alto índice de negócios ligados à economia informal. Neste mesmo
cenário, segundo dados de 2001 da prefeitura do município, cerca de 10% dos
paulistanos vivia abaixo da linha de pobreza.
A cidade de São Paulo também tem se consolidado em um polo de comércio
de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados, em geral localizados em
alguns pontos do centro da cidade como a Rua 25 de Março, a rua Santa Ifigênia
e áreas próximas a estações de metrô. Os artigos em geral são CDs com versões
piratas de softwares, filmes ou álbuns em CD e DVD, ou então acessórios e itens
de vestuário, principalmente mochilas e tênis de marcas internacionais, entre
outros artigos. Nos últimos anos, porém, tem crescido a apreensão desses
artigos pirateados.
Turismo
São Paulo destaca-se mais como uma cidade marcada pelo turismo de
negócios que pelo turismo recreativo. Grandes redes de hotéis cujo público-alvo
é o corporativo estão instaladas na cidade e possuem filiais espalhadas em
várias das suas centralidades. Toda a infraestrutura para eventos da cidade faz
com que ela seja sede de 75% das principais feiras do país. Dentre as
principais, estão o Salão do Automóvel de São Paulo, a Couromoda e a Francal,
entre outras. A cidade ainda promove uma das mais importantes semanas de moda
do mundo, a São Paulo Fashion Week, sendo um dos principais centros geradores
de tendências em moda.
O turismo cultural também possui relevância para a cidade, especialmente
quando se têm em vista os vários eventos internacionais que ocorrem na
metrópole, como a Bienal de Artes de São Paulo e os vários espetáculos de
celebridades estrangeiras que, quando se apresentam no Brasil, escolhem poucas
metrópoles. Além disso, a Parada do orgulho LGBT de São Paulo, que acontece
desde 1997 na Avenida Paulista em prol do combate à homofobia, é o evento que
atrai mais turistas à cidade.
A cidade possui inúmeras atividades culturais e uma vida noturna que é
considerada umas das melhores do país. Há diversos cinemas, teatros, museus e
centros culturais, alguns atendendo a parcela de maior poder aquisitivo, outros
contemplando mais o público popular, o que leva muitos a dizerem que
"sempre há um programa para se fazer em São Paulo". A rua Oscar
Freire, de acordo com a Mystery Shopping International, foi eleita uma das oito
ruas mais luxuosas do mundo, e São Paulo, a 25ª "cidade mais cara" do
planeta.
De acordo com a International Congress & Convention Association
(ICCA), São Paulo ocupa o primeiro lugar entre as cidades que mais recebem
eventos internacionais na América e a 12ª posição no mundo, depois de Viena,
Paris, Barcelona, Singapura, Berlim, Budapeste, Amsterdã, Estocolmo, Seul,
Lisboa e Copenhague.[174] De acordo com um estudo feito pela MasterCard em 130
cidades ao redor do mundo, a capital paulista foi o terceiro destino mais
visitado da América Latina (atrás da Cidade do México e de Buenos Aires), com
2,4 milhões de viajantes estrangeiros, que gastaram 2,9 bilhões de dólares em
2013 (o valor mais alto entre as cidades da região). Além disso, estima-se que
a metrópole se torne a mais visitada da América Latina até 2017. Em 2014, a CNN
classificou a vida noturna paulistana como a quarta melhor do mundo, atrás
apenas de Nova York, Berlim e Ibiza, na Espanha, que ficou no primeiro lugar.
A diversidade de povos e culturas que construíram a cidade faz também
com que a rica gastronomia da região seja por si só um grande atrativo
turístico. Essa afirmação pode ser comprovada através da ampla variedade
gastronômica da cidade, que abrange mais de 50 tipos de culinária. Durante o
10º Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo (CIHAT)
realizado em 1997, a cidade recebeu o título de "Capital Mundial da
Gastronomia" de uma comissão formada por representantes de 43 nações. O
município tem ganhado espaço em diversos jornais internacionais (ex.: The New
York Times, The Wall Street Journal e CNN), que demonstram a pluralidade
cultural da capital paulista para todo o mundo.
Patrulha do Espaço – São Paulo City
Made In Brazil – Paulicéia Desvairada
Joelho de Porco – São Paulo
Mixto Quente – Sexta a Noite
365 - São Paulo
Tema de São Paulo - Billy Blanco
São Paulo (Orgulho de Ser Paulistano) Premeditando o Breque & Billy
Blanco
Sinfonia de São Paulo
Hino Paulista de 1932 / MMDC
Hino da Cidade de São Paulo - Capital de
São Paulo
Hino da Cidade de São Paulo
São Paulo teu jesuíta,
Com seu colégio predominou, São Paulo teu bandeirante,
Fez uma estrada, não mais parou.
São Paulo teu operário,
Da ferramenta fez devoção, E agora de toda parte,
São Paulo inteiro faz mutirão.
São Paulo de pau e pedra,
São Paulo de pedra e cal, São Paulo fazendo a ponte,
Do progresso nacional.
São Paulo de uma semente,
Fez o milagre da progressão,São Paulo de uma oficina,
Fez uma industria com precisão.
São Paulo, braço de aço,
Rodando a roda do seu trator, Do meio da engrenagens,
Nasceu uma rosa, cheia de amor,
São Paulo é assim !
A Pátria Paulista-- Hino da Cidade de São
Paulo