Posted on 21.01.2019 by Alta Voltagem Rockwear
Por Erick Silva, jornalista
O bom e velho rock’n roll já
está aí, há décadas, e, a cada nova estação, é anunciada a sua morte. Então,
surgem novas bandas que dão um gás no estilo, e (voilà!) o estilo passa a virar
moda novamente.
Mas, se você ainda não se
rendeu a um dos ritmos musicais mais longevos do mundo, listaremos aqui dez
motivos pelo qual este estilo tão inspirador, criativo a cativante que é o
rock’n roll seja o mais ouvido e adorado pelo mundo!!
Vamos nessa?
1º) O rock é uma mistura de
excelentes estilos
Pra quem acha que rock’n roll
é apenas “barulho”, devido ao heavy metal, repense os seus conceitos. Nos
primórdios (e, digo primórdios, mesmo, tipo Chuck Berry, Little Richards, Elvis
Presley…), o rock surgiu de uma mistura temperadíssima entre blues, jazz e
country.
Resultado: acelerando e
eletrificando esses estilos, a cultura negra se juntou à cultura branca dos
EUA, numa simbiose, até então, inédita, criando um petardo que dura até os dias
de hoje.
2º) O rock é insolente,
rebelde e contestador
Os conservadores (mesmo dentro
do estilo) não podem reclamar, nesse aspecto, pois só o surgimento do rock
(colocando em harmonia as culturas de negros e brancos em tempos de Apartheid)
já era subversivo por si.
Mas, aí veio o punk na
Inglaterra (numa época de muita recessão econômica naquele país) e mostrou que,
com boas doses de rebeldia, o rock poderia ir mais longe. Bandas como MC5, The Clash, Dead Kennedys,
Bad Religion não se tornaram clássicas apenas pela tremenda qualidade musical,
mas, por suas posturas altamente contestadoras.
3º) O rock permitiu o
surgimento dos mega shows
Se hoje em dia, um público aí
pelo mundo vai ao delírio com grandes shows em estádios, arenas, ao ar livre, e
tudo mais, agradeçam ao rock, oras! Os primeiros grandes eventos de música ao
ar livre tiveram grandes atrações do estilo: Monterey Pop Festival e Woodstock.
Pertence ao Led Zeppelin a
alcunha de criador do termo “rock de arena”, com mega apresentações que
entraram para a história, mostrando que um show de música podia ser algo
grandioso. E, o que dizer dos maravilhosos shows conceituais do Pink Floyd?
Pois, é. Se atualmente, vamos
ao delírio com esses shows grandiosos que vemos por aí, o rock’n roll é o
culpado.
4º) Existe rock para todo tipo
de gente
Há quem pense que o rock’n
roll só se resume a gritarias e coisas do tipo. Mas, engane-se quem tem esse
preconceito, pois, a diversidade de subgêneros dentro do estilo é imensa.
Gosta de algo mais
introspectivo, poético e reflexivo? Escute um Jeff Buckley, um Radiohead ou um
Joy Division, por exemplo.
A sua praia é algo mais
agitado, pesado e sombrio? Vá de Slayer, Pantera, Rammstein, Sepultura, e por
aí vai.
No entanto, você curte mesmo
letras mais intrincadas, quase narradas, num tom mais clássico? Aproveite um
Bob Dylan, então.
Não importa qual a sua
personalidade. Com certo, existe um tipo de rock feito só para você.
5º) Muitos dos seus músicos
são considerados os melhores do mundo
Este motivo, por sinal, é uma
constatação até óbvia, visto que o estilo surgiu a partir de outro que possui
uma qualidade musical estupenda: o jazz.
Caras como Neil Peart
(baterista do Rush), Cliff Burton (saudoso baixista do Metallica) e Yngwie
Malmsteen (virtuoso guitarrista) são considerados verdadeiros mestres em seus
respectivos instrumentos.
É certo dizer que os melhores
instrumentos do rock não são melhores por acaso, e sim, por fazer por merecer.
Evidentemente que esse tipo de
avaliação se perdeu muito com o passar dos anos, principalmente, quando o vinil
deixou de ser moda (atualmente, voltou a ser moda, para cair novamente…).
Mas, ainda é inegável que
algumas capas de artistas do rock’n roll são emblemáticas para a cultura pop
como um todo. “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band” (Beatles), “London
Calling” (The Clash) e “Nevermind” (Nirvana) são alguns poucos exemplos.
Pode parecer clichê ou brega
falar assim, mas, o rock, ao lado do rap, é o estilo que melhor tem expressado
os sentimentos de revolta pelo mundo.
Do Pink Floyd ao Rage Against
the Machine, passando pelos brasileiros dos Titãs e do Rappa (pelo menos,
enquanto Marcelo Yuka fazia parte da banda), muitas de suas letras são um grito
muito bem-vindo em meio a uma sociedade apática.
E, se o negócio é só diversão
descompromissada, sem muita pretensão de reflexão sobre algo, existem bandas
certeiras para você, como Kiss, Motorhead, e por aí vai.
É o tipo de música para se
escutar no volume 10, sem pensar muito no dia de amanhã.
Não é difícil comprovar que o
rock’n roll se transformou num verdadeiro estilo de vida. Não só através dos
adereços ou vestimentas, mas, no modo de pensar e de agir de muitas pessoas.
Foi o rock quem uniu negros e
brancos norte-americanos durante o Apartheid, quem denunciou muitas injustiças
pelo mundo, quem provocou o status quo da sociedade vigente e por aí vai.
Sem contar que a influência do
estilo pode ser encontrada tanto na literatura, quanto no cinema, mostrando a
versatilidade que o estilo imprimiu (e imprime) às gerações que viram após os
anos 50 do século passado.
Mesmo surgido a mais de 60
anos, o rock’n roll não “parou no tempo”. Mesmo que, a cada ano, a sua “morte”
seja anunciada, novas bandas vão surgindo e cativando um público bastante
jovem, que tem a chance, inclusive, de conhecer coisas mais antigas.
Artistas como Jack White,
Mastodon, Lamb of God, Arctic Monkeys, Royal Blood, Greta Van Fleet e tantos
outros, cada um ao seu estilo, vão conquistando fãs no mundo todo, e
comprovando aquela máxima da música do Rainbow (banda do saudoso Ronnie James
Dio): “Long Live Rock’n Roll”!
Entre estes e muitos outros
motivos, é impossivel não se apaixonar pelo Rock and Roll né?
Pondos os pés neste blog e como por os pés em terra de gigantes.
ResponderExcluirÉ fantástico cara!