A
Sociedade nos Anos 50 – Parte C
10.
Os 20 Riffs dos Anos 50 que mudaram a história da música
De
Bo Diddley a Chuck Berry, artistas dos anos 50 ajudaram
a
conceber os primeiros grandes riffs da música
Por
Felipe Ernani
Poucas
coisas dizem mais sobre a música de uma determinada época do que os famigerados
riffs.
Os
fraseados que ditam o ritmo, tom, e muitas vezes até a melodia de canções que
dominam as paradas ficam marcados por anos e anos e são eles que tornam aquelas
músicas instantaneamente reconhecíveis, mesmo se ela não tiver um refrão tão
grudento.
Vale
lembrar, aliás, que pela definição do New Harvard Dictionary of Music um riff é
uma “progressão de acordes ou refrão repetida na música”, de forma que pode ser
“um padrão, ou melodia […] que formam a base ou acompanhamento da composição
musical”.
É
claro, portanto, que o próprio conceito em si foi variando muito ao longo dos
anos e lá nos primórdios era muito mais difícil que tivemos os riffs como os
conhecemos hoje, bem definidos e geralmente mais escancarados ao ouvinte geral.
É
esse o objetivo dessa próxima série de listas que montaremos aqui: promover um
passeio pela história da música por meio dos riffs, celebrando desde os anos
1950 onde eles eram pouco comuns até os anos 2010, e sem se limitar a um único
estilo ou instrumento.
Hoje,
então, começamos com a década de 1950 e você pode conferir a nossa seleção logo
abaixo (em ordem cronológica).
a)
Bill Haley and His Comets – Rock Around the Clock (1954)
Se
o Rock and Roll chegou aos ouvidos de boa parte dos EUA e depois do mundo,
muito se deve a Bill Halley and His Comets. Além de um solo icônico, a linha de
guitarra que comanda “Rock Around the Clock” pode não ser excepcionalmente
marcante mas ditou o que seria o gênero por anos.
b)
Little Richard – Tutti Frutti (1955)
Quem
disse que riff tem que ser sempre na guitarra? O lendário e saudoso Little
Richard usou seu piano para criar um dos maiores hinos do Rock and Roll e,
acompanhado de uma guitarra, deixou marcado o riff de “Tutti Frutti” como um
clássico.
c)
Muddy Waters – Mannish Boy (1955)
Ainda
que o icônico riff da canção seja de autoria de Bo Diddley (em “I’m a Man”),
foi a versão de Muddy Waters que obteve maior sucesso graças à sua guitarra
mais pesada. A música, aliás, chegou até mesmo a ser sampleada na faixa
“Bluesman”, do brasileiro Baco Exu do Blues, lançada em 2018!
d)
Carl Perkins – Blue Suede Shoes (1956)
Carl
Perkins lançou ao mesmo tempo duas das grandes canções de 1956 com o single que
teve “Blue Suede Shoes” como lado A e “Honey Don’t” como lado B. A primeira foi
regravada por Elvis Presley e a segunda pelos Beatles; tá bom ou quer mais?
e)
Elvis Presley – Hound Dog (1956)
Apesar
da música original ser de Big Mama Thornton e sem dúvidas os créditos da
incrível linha vocal irem para ela, foi na versão de Elvis que “Hound Dog”
ganhou um dos riffs mais inesquecíveis dos anos 50 — e um solo sensacional
também.
f)
Johnny Cash – I Walk the Line (1956)
Literalmente
basta ouvir uma nota de “I Walk the Line” para saber que se trata de um dos
maiores sucessos da carreira de Johnny Cash. É uma pena não termos mais esse
ídolo entre nós, mas certamente seu legado se expandiu bem além da icônica
canção — que ainda permanece como um clássico.
g)
Johnny Burnette and the Rock and Roll Trio – The Train Kept A-Rollin (1956)
Originalmente
gravada em 1951 por Tiny Bradshaw, a icônica “Train Kept A-Rollin'” sobreviveu
ao teste do tempo muito graças à versão de Johnny Burnette em 1956 que a
transformou em um clássico da guitarra. Tanto é que foi regravada “apenas” por
nomes como Yardbirds, Led Zeppelin (só ao vivo) e Aerosmith.
h)
Bo Diddley – Who Do You Love (1956)
“Who
Do You Love” pode não ser a canção mais famosa de Bo Diddley, mas a lenda da
guitarra certamente deixou um de seus legados mais sensacionais da guitarra
nessa gravação. Não é exagero dizer que grande parte dos riffs de rockabilly
que existem até hoje só estão aí graças a ela!
i)
The Everly Brothers – Bye Bye Love (1957)
“Bye
Bye Love” traz uma mistura incrível de Country e Rock que encantou até mesmo o
próprio George Harrison, fazendo com que o ex-Beatle regravasse a faixa lá em
1974.
j)
Betinho & seu Conjunto – Enrolando o Rock (1957)
Pioneiros
na chegada do Rock and Roll ao Brasil, Betinho & seu Conjunto abriu caminho
para uma abordagem mais abrasileirada do gênero tão popular na América do Norte
e “Enrolando o Rock” foi uma das grandes responsáveis por isso.
k)
Dale Hawkins – Susie Q (1957)
“Susie
Q” é provavelmente o mais próximo que tivemos do que hoje conhecemos como um
riff lá nos anos 50, com suas repetições constantes ditando o ritmo da canção
como um todo. Lá em 1968, ela ganhou uma versão pelo Creedence Clearwater
Revival que se tornou ainda mais famosa que a original.
l)
Buddy Holly – “Words of Love” (1957)
A
lendária carreira de Buddy Holly fez com que “Words of Love” não fosse um de
seus maiores hits, mas vale destacar o pioneirismo do cara na canção que ele
gravou em diversas fitas e harmonizou consigo mesmo. Ao vivo, ela também soava
excelente — e foi regravada pelos Beatles anos depois, em uma versão mais
rápida.
m)
Jerry Lee Lewis – “Great Balls of Fire” (1957)
A
mistura de guitarra e piano volta a atacar no riff de “Great Balls of Fire”,
até hoje um dos grandes hinos do Rock and Roll. Mesmo em meio a tantas
polêmicas envolvendo Jerry Lee Lewis, é inegável o legado desta (e outras) de
suas canções para o gênero.
n)
Chuck Berry – “Johnny B. Goode” (1958)
“Johnny
B. Goode” é a “personificação” do Rock and Roll, e é claro que o lick do começo
somado ao riff que comanda a música são os grandes atrativos que se somam à voz
de Chuck Berry para criar um dos maiores sucessos da história.
o)
Bobby Darin – “Splish Splash” (1958)
Sim,
é muito mais provável que você já complete a frase “Splish splah” com “fez o
beijo que eu dei”, graças à versão de Roberto Carlos. Mas o fato é que Bobby
Darin é o autor original da canção, que também foi regravada por Sandy &
Júnior por aqui e é sem dúvida um clássico do Rock cinquentista.
p)
Eddie Cochran – “Summertime Blues” (1958)
Eddie
Cochran só não tem um status tão lendário quanto merece pois morreu cedo
demais, mas mesmo em seus 21 anos de idade ele conseguiu deixar um legado
impressionante que é comandado pela inesquecível “Summertime Blues”.
q)
Ritchie Valens – “La Bamba” (1958)
“La
Bamba” tem uma história complicada e fala-se até em uma possível gravação da
música em 1908, ainda que a primeira efetivamente comprovada seja de El Jarocho
em 1939. No entanto, foi Ritchie Valens quem levou o impressionante riff à fama
e, apesar de sua morte precoce, seu legado foi muito bem preservado com a
regravação dos Los Lobos anos depois.
r)
Bert Weedon – “Guitar Boogie Shuffle” (1959)
A
instrumental “Guitar Boogie Shuffle” é uma verdadeira obra de arte deixada por
Bert Weedon, que declaradamente inspirou nomes como Eric Clapton, Paul
McCartney e Brian May. Só isso mesmo…
s)
Celly Campello – “Estúpido Cupido” (1959)
Talvez
o primeiro sucesso estarrecedor do Rock no Brasil, “Estúpido Cupido” deixou sua
marca na voz de Celly Campello e abriu a porta para o que trariam os anos 60
com tantos outros nomes surgindo no gênero — muito disso graças ao marcante
riff de guitarra.
t)
James Brown and the Famous Flames – “Good Good Lovin'” (1959)
Lançado
pouco antes da virada da década, o single de “Good Good Lovin'” vê o lendário
James Brown ainda fazendo a sua transição entre o Rock, o Rhythm and Blues e o
Soul que viria a se transformar no Funk que o consagrou.
11.
A Geração Beatnik
a)
Introdução
The
Beat Generation foi um movimento literário iniciado por um grupo de autores
cujo trabalho explorou e influenciou a cultura e a política americanas no
período pós-guerra. A maior parte de seu trabalho foi publicada e popularizada
ao longo dos anos 50. Os elementos centrais da cultura Beat são a rejeição dos
valores narrativos padrão, a busca espiritual, a exploração das religiões
americanas e orientais, a rejeição do materialismo econômico, retratos
explícitos da condição humana, experimentação com drogas psicodélicas e
liberação e exploração sexual.
Allen Ginsberg
Allen
Ginsberg 's Howl (1956), William S. Burroughs ' Naked Lunch (1959), e Jack
Kerouac 's On the Road (1957) estão entre os melhores exemplos conhecidos da
literatura Beat. Ambos Howl e Nu almoço foram o foco de obscenidade ensaios que
finalmente ajudaram a liberalizar a publicação nos Estados Unidos. Os membros
da Beat Generation desenvolveram a reputação de novos hedonistas boêmios, que
comemoravam a não conformidade e a criatividade espontânea.
William S. Burroughs
O
grupo principal de autores da Beat Generation - Herbert Huncke, Ginsberg,
Burroughs, Lucien Carr e Kerouac - se reuniu em 1944, dentro e ao redor do
campus da Universidade de Columbia, em Nova York. Mais tarde, em meados da
década de 1950, as figuras centrais, com exceção de Burroughs e Carr,
terminaram juntas em São Francisco, onde conheceram e se tornaram amigas de
figuras associadas ao Renascimento de São Francisco.
Na
década de 1960, elementos do movimento Beat em expansão foram incorporados aos
movimentos hippie e contracultura maior. Neal Cassady, como motorista do ônibus
de Ken Kesey, Furthur, foi a principal ponte entre essas duas gerações. O
trabalho de Ginsberg também se tornou um elemento integrante da cultura hippie
do início dos anos 1960.
Jack Kerouac
b)
Origem do nome
Kerouac
introduziu a frase "Beat Generation" em 1948 para caracterizar um
movimento juvenil subterrâneo e anticonformista em Nova York. O nome surgiu em
uma conversa com o escritor John Clellon Holmes. Kerouac admite que foi Huncke,
um traficante de rua, que originalmente usou a frase "beat", em uma
discussão anterior com ele.
Herbert Huncle
O
adjetivo "beat" pode coloquialmente significar "cansado" ou
"derrotado" na comunidade afro-americana do período e se desenvolveu
a partir da imagem de "bater em suas meias", mas Kerouac apropriou-se
da imagem e alterou o significado para incluir as conotações
"otimista", "beatífica" e a associação musical de ser
"na batida", e "a batida para manter" o Poema Beat
Generation.
c)
Lugares Significativos
c.1.
Universidade de Columbia
As
origens da geração Beat podem ser encontradas na Universidade de Columbia e na
reunião de Kerouac, Ginsberg, Carr, Hal Chase e outros. Kerouac frequentou a
Columbia com uma bolsa de futebol. Embora as batidas sejam geralmente
consideradas antiacadêmicas, muitas de suas ideias foram formadas em resposta a
professores como Lionel Trilling e Mark Van Doren.
Coulmbia Forum
Os
colegas Carr e Ginsberg discutiram a necessidade de uma "Nova Visão"
(um termo emprestado de WB Yeats), para neutralizar o que eles consideravam os
ideais literários formalistas e conservadores de seus professores.
c.2.
Times Square "underworld"
Burroughs
tinha interesse em comportamento criminoso e se envolveu no tráfico de
mercadorias e narcóticos roubados. Ele logo ficou viciado em opiáceos. O guia
de Burroughs para o submundo do crime (centrado principalmente na Times Square
de Nova York) foi Huncke, um pequeno criminoso e viciado em drogas. Os Beats
foram atraídos por Huncke, que mais tarde começou a escrever, convencido de que
possuía um conhecimento mundano vital, inacessível a eles, devido à sua formação
em grande parte da classe média.
Times Square Underground
Ginsberg
foi preso em 1949. A polícia tentou parar Ginsberg enquanto ele dirigia com
Huncke, seu carro cheio de itens roubados que Huncke planejava vender. Ginsberg
bateu o carro enquanto tentava fugir e escapou a pé, mas deixou para trás
cadernos incriminadores. Ele teve a opção de alegar insanidade para evitar a
prisão e ficou internado por 90 dias no Hospital Bellevue, onde conheceu Carl
Solomon.
Solomon
era sem dúvida mais excêntrico que psicótico. Fã de Antonin Artaud, ele se
entregou a um comportamento "louco", como jogar salada de batata em
um professor universitário de dadaísmo. Salomão recebeu tratamentos de choque
em Bellevue; esse se tornou um dos principais temas do "Howl" de Ginsberg,
dedicado a Solomon. Mais tarde, Solomon se tornou o contato editorial que
concordou em publicar o primeiro romance de Burroughs, Junkie , em 1953.
c.3.
Greenwich Village
Os
escritores e artistas de beat lotaram o Greenwich Village, em Nova York, no
final dos anos 50, por causa da baixa renda e do elemento "cidade
pequena" da cena. Canções folclóricas, leituras e discussões aconteciam
frequentemente no Washington Square Park. Allen Ginsberg era uma grande parte
da cena no Village, assim como Burroughs, que morava na 69 Bedford Street.
Greenwich Village - Washington Square Park
Burroughs,
Ginsberg, Kerouac e outros poetas frequentavam muitos bares da região,
incluindo o San Remo Cafe na 93 MacDougal Street, na esquina noroeste de
Bleecker, Chumley's e Minetta Tavern. Jackson Pollock, Willem de Kooning, Franz
Kline e outros expressionistas abstratos também foram visitantes frequentes e
colaboradores dos Beats. Críticos culturais escreveram sobre a transição da
cultura Beat no Village para a cultura hippie boêmia da década de 1960.
Gore Vidal e Allen Ginsberg em frente ao San Remo Café
Em
1960, um ano de eleições presidenciais, os Beats formaram um partido político,
o "Beat Party", e realizaram uma convenção de nomeação falsa para
anunciar um candidato à presidência: o poeta de rua afro-americano Big Brown,
que conquistou a maioria dos votos na primeira votação, mas ficou aquém da
indicação final. A Associated Press informou: "A liderança de Big Brown
assustou a convenção. Big, como o negro rouco é chamado por seus amigos, não
era o filho favorito de nenhuma delegação, mas ele tinha uma tática que
aparentemente lhe valeu votos, uma convenção de conversas, apenas uma vez ele
falou longamente, e isso foi para ler sua poesia".
c.4.
San Francisco e a The Six Gallery reading
Ginsberg
visitou Neal e Carolyn Cassady em San Jose, Califórnia em 1954 e se mudou para
São Francisco em agosto. Ele se apaixonou por Peter Orlovsky no final de 1954 e
começou a escrever Howl. Lawrence Ferlinghetti, da nova livraria City Lights,
começou a publicar a série City Poets Pocket Poets em 1955.
City Light Booksellers
O
apartamento de Kenneth Rexroth se tornou um salão literário de sexta-feira à
noite (o mentor de Ginsberg, William Carlos Williams, um velho amigo de
Rexroth, havia lhe dado uma carta introdutória). Quando perguntado por Wally
Hedrick para organizar a leitura da Six Gallery, Ginsberg queria que Rexroth
servisse como mestre de cerimônias, em certo sentido para unir gerações.
Philip
Lamantia, Michael McClure, Philip Whalen, Ginsberg e Gary Snyder leram em 7 de
outubro de 1955, diante de 100 pessoas (incluindo Kerouac, da Cidade do
México). Lamantia leu poemas de seu falecido amigo John Hoffman. Em sua
primeira leitura pública, Ginsberg apresentou a primeira parte de Howl, que
acabara de terminar. Foi um sucesso e a noite levou a muito mais leituras dos
agora famosos poetas da Six Gallery.
Foi
também um marco do início do movimento Beat, desde a publicação de Howl (City
Lights Pocket Poets, nº 4), em 1956, e seu julgamento por obscenidade, em 1957,
chamou a atenção de todo o país.
The Six Gallery
A
leitura da Six Gallery informa o segundo capítulo do romance de Kerouac de
1958, The Dharma Bums , cujo principal protagonista é "Japhy Ryder",
um personagem que na verdade é baseado em Gary Snyder. Kerouac ficou
impressionado com Snyder e eles ficaram próximos por vários anos. Na primavera
de 1955, eles moravam juntos na cabana de Snyder em Mill Valley, Califórnia. A
maioria dos Beats eram urbanos e consideraram Snyder quase exótico, com sua
formação rural e experiência no deserto, bem como sua educação em antropologia
cultural e línguas orientais. Lawrence Ferlinghetti o chamou de "o Thoreau
da geração Beat".
Conforme
documentado na conclusão do The Dharma Bums, Snyder mudou-se para o Japão em
1955, em grande parte, a fim de praticar e estudar intensamente o budismo zen.
Ele passaria a maior parte dos próximos 10 anos lá. O budismo é um dos assuntos
principais de The Dharma Bums, e o livro, sem dúvida, ajudou a popularizar o
budismo no Ocidente e continua sendo um dos livros mais lidos de Kerouac.
c.5.
Pacific Northwest
Os
Beats também passaram algum tempo no noroeste do Pacífico Norte, incluindo
Washington e Oregon. Kerouac escreveu sobre estadias no North Cascades, em
Washington, no The Dharma Bums e On the Road.
O
Reed College, em Portland, Oregon, também foi local de alguns dos poetas Beat.
Gary Snyder estudou antropologia lá, Philip Whalen frequentou Reed e Allen
Ginsberg realizou várias leituras no campus por volta de 1955 e 1956. Gary
Snyder e Philip Whalen eram alunos da aula de caligrafia de Reed ministrada por
Lloyd J. Reynolds.
d)
Pessoas significativas no movimento
Burroughs
foi apresentado ao grupo por David Kammerer, que estava apaixonado por Carr.
Carr fez amizade com Ginsberg e o apresentou a Kammerer e Burroughs. Carr
também conhecia a namorada de Kerouac, Edie Parker, através de quem Burroughs
conheceu Kerouac em 1944.
Em
13 de agosto de 1944, Carr matou Kammerer com uma faca de escoteiro em
Riverside Park, no que ele alegou mais tarde ser autodefesa. Ele esperou um
tempo e então despejou o corpo no rio Hudson, mais tarde buscando conselhos de
Burroughs, ele lhe sugeriu que se entregasse à polícia. Kerouac o ajudou a
descartar a arma.
Carr
se entregou na manhã seguinte e depois se declarou culpado de homicídio
culposo. Kerouac foi acusado como cúmplice e Burroughs como testemunha
material, mas nenhum deles foi processado. Kerouac escreveu sobre esse
incidente duas vezes em seus próprios trabalhos: uma vez em seu primeiro
romance, The Town and the City, e novamente em um de seu último, Vanity of
Duluoz.
d.1.
Gary Snyder
O
poeta Gary Snyder foi um membro importante do movimento beat e é amplamente
considerado um membro do círculo de escritores da Beat Generation. Ele foi um
dos poetas que leram na famosa Six Gallery e escreveu sobre um dos romances
mais populares de Kerouac, The Dharma Bums.
Gary Snyder
Alguns
críticos argumentam que a conexão de Snyder com os Beats é exagerada e que ele
pode ser melhor considerado como um membro do grupo da Costa Oeste, o San
Francisco Renaissance, que se desenvolveu de forma independente.
d.2.
Neal Cassady
Neal
Cassady foi apresentado ao grupo em 1947, inspirando vários autores do Beat.
Ele se tornou uma espécie de musa para Ginsberg; eles tiveram um caso
romântico, e Ginsberg se tornou o tutor pessoal de redação de Cassady.
Neal Cassady
As
viagens de Kerouac com Cassady no final da década de 1940 se tornaram o foco de
seu segundo romance, On the Road. O estilo verbal de Cassady é uma das fontes
do rap espontâneo, inspirado no jazz, que mais tarde se associou aos "
beatniks ". Cassady impressionou o grupo com o estilo de fluxo livre de
suas cartas, e Kerouac os citou como uma influência fundamental em seu estilo
de prosa espontânea.
e)
As mulheres e os Beats
As
mulheres da Beat Generation incluem Edie Parker; Joyce Johnson; Carolyn
Cassady; Hettie Jones; Joanne Kyger; Harriet Sohmers Zwerling; Diane DiPrima; e
Ruth Weiss, que também fez filmes. Carolyn Cassady escreveu seu próprio relato
detalhado sobre a vida com o marido Neal Cassady, que também incluiu detalhes
sobre seu caso com Jack Kerouac.
Edie Parker
Ela
o intitulou Off the Road, e foi publicada em 1990. A poeta Elise Cowen tirou a
própria vida em 1963. A poeta Anne Waldman foi menos influenciada pelos Beats
do que pela virada posterior de Allen Ginsberg ao budismo.
Elise Cowen
Mais
tarde, surgiram poetas que alegaram ser fortemente influenciadas pelos Beats,
incluindo Janine Pommy Vega na década de 1960, Patti Smith na década de 1970 e
Hedwig Gorski na década de 1980.
f)
Afro-Americanos e a Geração Beat
Embora
os afro-americanos não estivessem amplamente representados na geração Beat, a
presença dos dois escritores negros que esse movimento contribuiu para a
progressão do movimento. Enquanto muitos dos Beats discutem brevemente questões
de raça e sexualidade, eles falaram de suas próprias perspectivas - a maioria
sendo homens brancos. No entanto, mulheres e pessoas de cor acrescentaram um
senso de "eu" à discussão desses tópicos; seu trabalho forneceu aos
leitores visões pessoais das ocorrências no mundo. Em particular, os escritores
afro-americanos do Beat, Robert "Bob" Kaufman e LeRoi Jones (Amiri
Baraka), compartilharam através de seus escritos, bem como em seu cotidiano, a
busca ativa da mudança sobre a qual escreveram.
Robert "Bob" Kaufman
Poeta
Bob Kaufman retratou experiências em vários lugares, fazendo várias atividades.
Após seu tempo nas forças armadas, ele teve problemas com policiais e o sistema
de justiça criminal. Como muitos dos Beats, Kaufman também era fã de Jazz e o
incorporou ao seu trabalho para descrever relacionamentos com os outros. LeRoi
Jones (Amiri Baraka) casou-se com a escritora Beat, Hettie Cohen, que se tornou
Hettie Jones, em 1958.
LeRoy Jones
Eles
trabalharam juntos com Diane di Prima, para desenvolver a revista Yūgen. O Sr.
e a Sra. Jones corriam no mesmo círculo que a maioria dos Beats (Jack Kerouac,
Allen Ginsberg e Gregory Corso). Ou seja, até o assassinato do líder dos
direitos humanos,Malcolm X . Durante esse período, LeRoi Jones se ramificou dos
outros escritores do Beat, incluindo sua esposa, para encontrar sua identidade
entre as comunidades afro-americana e islâmica. A mudança em seu ambiente
social, juntamente com o despertar, influenciou seus escritos e provocou o
desenvolvimento de muitos de seus trabalhos mais notáveis, como "Somebody
Blew Up America", em que ele refletiu sobre os ataques do 11 de setembro e
a reação dos Estados Unidos a esse incidente em relação a outras ocorrências na
América
g)
Cultura e influencias
g.1.
Sexualidade
Uma
das principais crenças e práticas da geração Beat era o amor livre e a
liberação sexual, que se desviavam dos ideais cristãos da cultura americana da
época. Alguns escritores de Beat eram abertamente gays ou bissexuais, incluindo
dois dos mais proeminentes (Ginsberg e Burroughs). No entanto, o primeiro
romance mostra Cassady como francamente promíscuo. Os romances de Kerouac
apresentam um caso de amor inter-racial (Os Subterrâneos) e sexo em grupo (The
Dharma Bums). As relações entre os homens nos romances de Kerouac são
predominantemente homosociais.
g.2.
Uso de drogas
Os
membros originais da Geração Beat usavam várias drogas diferentes, incluindo
álcool, maconha, benzedrina, morfina e, posteriormente, psicodélicas, como
peiote, ayahuasca e LSD. Eles costumavam abordar drogas experimentalmente,
inicialmente não conhecendo seus efeitos. Seu uso de drogas foi amplamente
inspirado pelo interesse intelectual, e muitos escritores de Beat pensaram que
suas experiências com drogas aumentavam a criatividade, a percepção ou a
produtividade. O uso de drogas foi uma influência fundamental em muitos dos
eventos sociais da época que eram pessoais para a geração Beat.
g.3.
Romantismo
Gregory
Corso considerou o poeta romântico inglês Percy Bysshe Shelley um herói e foi
enterrado no pé do túmulo de Shelley no cemitério protestante de Roma. Ginsberg
menciona o poema de Shelley, Adonais, no início de seu poema Kaddish , e o cita
como uma grande influência na composição de um de seus poemas mais importantes.
Michael McClure comparou Howl, de Ginsberg, ao poema inovador de Shelley, Queen
Mab.
A
principal influência romântica de Ginsberg foi William Blake, e o estudou ao
longo de sua vida. Blake foi o assunto da alucinação e revelação auditiva
autodefinida de Ginsberg em 1948. O poeta romântico John Keats também foi
citado como influência.
g.4.
Jazz
Os
escritores da geração Beat foram fortemente influenciados por artistas de jazz
como Billie Holiday e pelas histórias contadas através da música jazz.
Escritores como Jack Kerouac (On the road), Bob Kaufman ("Round About
Midnight", "Jazz Chick" e "O-Jazz-O") e Frank
O'Hara("The Day Lady Died") incorporou as emoções que eles sentiam em
relação ao Jazz. Eles usaram suas peças para discutir sentimentos, pessoas e
objetos que eles associam à música jazz, bem como experiências de vida que os
lembraram desse estilo de música. As peças de Kaufman listadas acima
"pretendiam ser improvisadas livremente quando lidas com acompanhamento de
Jazz" (Cartas 327). Ele e outros escritores encontraram inspiração nesse
gênero e permitiram que ele ajudasse a alimentar o movimento Beat.
g.5.
Fontes americanas antigas
Os
Beats foram inspirados por figuras americanas antigas, como Henry David Thoreau
, Ralph Waldo Emerson , Herman Melville e especialmente Walt Whitman , que é
abordado como o assunto de um dos poemas mais famosos de Ginsberg, “Um
Supermercado na Califórnia” . Edgar Allan Poe era ocasionalmente reconhecido e
Ginsberg via Emily Dickinson como tendo influência na poesia de Beat. O romance
de 1926, You Can't Win, do autor foragido Jack Black, foi citado como tendo uma
forte influência sobre Burroughs.
g.6.
Surrealismo francês
De
muitas maneiras, o surrealismo ainda era considerado um movimento vital nos
anos 50. Carl Solomon apresentou a obra do escritor francês Antonin Artaud a
Ginsberg, e a poesia de André Breton teve influência direta no poema de
Ginsberg Kaddish. Rexroth, Ferlinghetti, John Ashbery e Ron Padgett traduziram
poesia francesa. A segunda geração dos Beat Ted Joans foi nomeada "a única
surrealista afro-americana" por Breton.
Philip
Lamantia introduziu a poesia surrealista no Beats original. A poesia de Gregory
Corso e Bob Kaufman mostra a influência da poesia surrealista com suas imagens
oníricas e sua justaposição aleatória de imagens dissociadas, e essa influência
também pode ser vista de maneiras mais sutis na poesia de Ginsberg. Segundo a
lenda, ao conhecer o surrealista francês Marcel Duchamp , Ginsberg beijou o
sapato e Corso cortou a gravata. Outros poetas franceses influentes para os
Beats foram Guillaume Apollinaire, Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.
g.7.
Modernismo
Gertrude
Stein foi objeto de um estudo de Lew Welch, em tamanho de livro. As influências
admitidas para Kerouac incluem Marcel Proust, Ernest Hemingway e Thomas Wolfe.
g.8.
Budismo e Daoísmo
Gary
Snyder definiu selvagem como "cuja ordem cresceu de dentro e é mantida
pela força do consenso e dos costumes, em vez de legislação explícita".
"O selvagem não é selvageria bruta, mas um equilíbrio saudável, um sistema
auto-regulável". Snyder atribuiu selvagem ao budismo e ao taoísmo, os
interesses de algumas batidas. "A síntese de Snyder usa o pensamento
budista para incentivar o ativismo social americano, baseando-se no conceito de
impermanência e no imperativo classicamente americano em direção à
liberdade".
g.9.
Beatniks
O
termo " Beatnik " foi cunhado por Herb Caen, do San Francisco
Chronicle, em 2 de abril de 1958, um portmanteau com o nome do recente satélite
russo Sputnik e Beat Generation. Isso sugeria que os beatniks estavam
"longe da corrente principal da sociedade" e "possivelmente
pró-comunistas". O termo de Caen permaneceu e se tornou o rótulo popular
associado a um novo estereótipo - o homem de cavanhaque e boina recitando
poesias sem sentido e tocando bateria de bongô enquanto mulheres de espírito
livre, vestindo collants pretos, dançam.
Um
dos primeiros exemplos do "estereótipo beatnik" ocorreu no Vesuvio's
(um bar em North Beach, San Francisco), que empregava o artista Wally Hedrick
para sentar na janela, vestido com barba cheia, gola alta e sandálias, criando
desenhos e pinturas improvisados.
Vesuvios Bar em North Beach San Francisco
Em
1958, os turistas que vieram para São Francisco podiam fazer passeios de ônibus
para ver a cena de North Beach Beat, profeticamente antecipando passeios
semelhantes ao distrito de Haight-Ashbury dez anos depois.
Uma
variedade de outras pequenas empresas também surgiu explorando (e / ou
satirizando) a nova mania. Em 1959, Fred McDarrah iniciou um serviço
"Rent-a-Beatnik" em Nova York, publicando anúncios no The Village
Voice e enviando Ted Joans e amigos em chamadas para ler poesia.
"Beatniks"
apareceu em muitos desenhos animados, filmes e programas de TV da época, talvez
o mais famoso seja o personagem Maynard G. Krebs em Os Muitos Amores de Dobie
Gillis (1959-1963).
Maynard G. Krebs
Enquanto
alguns dos Beats originais adotavam os beatniks, ou pelo menos achavam as
paródias bem-humoradas (Ginsberg, por exemplo, apreciava a paródia na história
em quadrinhos Pogo), outros criticavam os beatniks como poseurs inautênticos.
Jack Kerouac temia que o aspecto espiritual de sua mensagem tivesse sido
perdido e que muitos estavam usando a Geração Beat como uma desculpa para ser
insensatamente selvagem.
g.10.
Hippies
Durante
a década de 1960, aspectos do movimento Beat se metamorfosearam na
contracultura da década de 1960, acompanhada por uma mudança na terminologia de
" beatnik " para " hippie ". Muitos dos Beats originais
permaneceram participantes ativos, principalmente Allen Ginsberg, que se tornou
um elemento do movimento anti-guerra. Notavelmente, no entanto, Jack Kerouac
rompeu com Ginsberg e criticou os movimentos de protesto politicamente radicais
da década de 1960 como uma desculpa para ser "maldoso".
Havia
diferenças estilísticas entre beatniks e hippies - cores sombrias, óculos
escuros e cavanhaques deram lugar a roupas psicodélicas coloridas e cabelos
compridos. Os Beats eram conhecidos por "tocar com calma".
Além
do estilo, houve mudanças substanciais: os Beats tendiam a ser essencialmente
apolíticos, mas os hippies se envolveram ativamente com o movimento dos
direitos civis e o movimento anti-guerra.
g.11.
Legado literário
Entre
os romancistas emergentes das décadas de 1960 e 1970, alguns estavam
intimamente ligados aos escritores de Beat, principalmente Ken Kesey (Um Voo
Sobre o Ninho de Cucos). Embora eles não tivessem conexão direta, outros
escritores consideraram os Beats uma grande influência, incluindo Thomas
Pynchon (Arco-Íris da Gravidade) e Tom Robbins (Até As Vaqueiras Entendem o
Blues).
William
S. Burroughs é considerado um antepassado da literatura pós-moderna; ele também
inspirou o gênero cyberpunk.
O
escritor do Beat, LeRoi Jones / Amiri Baraka, ajudou a iniciar o movimento das
Artes Negras.
Como
havia foco na performance ao vivo entre os Beats, muitos poetas do Slam
afirmaram ser influenciados pelos Beats. Saul Williams, por exemplo, cita Allen
Ginsberg, Amiri Baraka e Bob Kaufman como principais influências.
Os
poetas do Postbeat são descendentes diretos da geração Beat. Sua associação ou
tutela sob Ginsberg na Escola Jack Kerouac de Poéticas da Universidade Naropa e
mais tarde no Brooklyn College enfatizaram o legado social-ativista dos Beats e
criaram seu próprio corpo de literatura. Autores conhecidos são Anne Waldman,
Antler, Andy Clausen, David Cope, Eileen Myles, Eliot Katz, Paul Beatty,
Safira, Lesléa Newman, Jim Cohn, Thomas R. Peters Jr. (poeta e proprietário da
livraria de batidas), Sharon Mesmer , Randy Roark, Josh Smith, David Evans.
g.12.
Música Rock e Pop
O
Beats exerceu uma influência generalizada no rock and roll e na música popular,
incluindo os Beatles, Bob Dylan e Jim Morrison. Os Beatles escreveram seu nome
com um "a", em parte como uma referência à Geração Beat, e John
Lennon era fã de Jack Kerouac. Os Beatles até colocaram o escritor William S.
Burroughs na capa do seu álbum Sgt. Banda de clube de corações solitários de
Pepper. Mais tarde, Ginsberg conheceu e se tornou amigo dos membros dos
Beatles, e Paul McCartney tocou violão no álbum Ballad of the Skeletons, de
Ginsberg.
Ginsberg
era amigo íntimo de Bob Dylan e viajou com ele na Rolling Thunder Revue em
1975. Dylan cita Ginsberg e Kerouac como principais influências.
Jim
Morrison cita Kerouac como uma de suas maiores influências, e Ray Manzarek,
membro do Doors, disse: "Queríamos ser beatniks". Em seu livro Acenda
meu fogo: minha vida com as portas (Light My Fire – My life with the Doors),
Manzarek também escreve "Suponho que se Jack Kerouac nunca tivesse escrito
On the Road, os Doors nunca teriam existido". Michael McClure também era
amigo dos membros do The Doors, em um ponto de turnê com Manzarek.
Ginsberg
era um amigo de Ken Kesey 's Feliz Pranksters , um grupo do qual Neal Cassady
era um membro, que também incluiu membros do Grateful Dead . Na década de 1970,
Burroughs era amigo de Mick Jagger, Lou Reed, David Bowie e Patti Smith.
O
grupo musical Steely Dan recebeu o nome de um vibrador movido a vapor no
Burroughs' Naked Lunch. A banda britânica de rock progressivo “Soft Machine”
recebe esse nome em virtude de um poema de Burroughs “A Soft Machine”.
O
cantor e compositor Tom Waits, um fã do Beat, escreveu "Jack and
Neal" sobre Kerouac e Cassady e gravou "On the Road" (uma canção
escrita por Kerouac depois de terminar o romance) com Primus. Mais tarde, ele
colaborou com Burroughs no trabalho teatral The Black Rider.
O
músico de jazz / compositor Robert Kraft (que não deve ser confundido com o
dono da NFL Team, Robert Kraft) escreveu e lançou uma homenagem contemporânea à
estética de Jack Kerouac e Beat Generation, intitulada "Beat
Generation" no álbum de 1988 Quake City.
O
músico Mark Sandman, que era o baixista, vocalista e ex-membro da banda
alternativa de jazz Morphine, estava interessado na Beat Generation e escreveu
uma música chamada "Kerouac" como uma homenagem a Jack Kerouac e sua
filosofia e maneira pessoal da vida.
A
banda Aztec Two-Step gravou "The Persecution & Restoration of Dean
Moriarty (On the Road)" em 1972.
Houve
um ressurgimento do interesse pelas batidas entre as bandas nos anos 80.
Ginsberg trabalhou com o Clash e Burroughs trabalhou com Sonic Youth , REM ,
Kurt Cobain e Ministry, entre outros. Bono do U2 cita Burroughs como uma grande
influência, e Burroughs apareceu brevemente em um vídeo do U2 em 1997. A banda
pós-punk Joy Division nomeou uma música "Interzone" após uma coleção
de histórias de Burroughs. Laurie Anderson apresentou Burroughs em seu álbum de
1984, Mister Heartbreak, e em seu filme de concerto de 1986 Casa dos bravos. A
banda King Crimson produziu o álbum Beat, inspirado na Beat Generation.
Mais
recentemente, a artista americana Lana Del Rey faz referência ao movimento Beat
e à poesia Beat em sua música de 2014 " Brooklyn Baby ".
g.13.
Crítica
A
geração Beat foi recebida com escrutínio e recebeu muitos estereótipos. Várias
revistas, incluindo Life e Playboy, retrataram os membros da geração Beat como
niilistas e não intelectuais. Essa crítica foi em grande parte devido às
diferenças ideológicas entre a cultura americana da época e a Beat Generation,
incluindo suas crenças inspiradas pelos budistas.
Norman
Podhoretz , um estudante da Columbia com Kerouac e Ginsberg, mais tarde se
tornou um crítico dos Beats. Seu artigo da Partisan Review de 1958, "Os
Boêmios do Nada-Sabe", foi uma crítica veemente principalmente de On the
Road e The Subterraneans, de Kerouac, e também do Howl, de Ginsberg. Sua
crítica central é que o abraço beat da espontaneidade está vinculado a um culto
antiintelectual do "primitivo" que pode facilmente se transformar em
desatenção e violência. Podhoretz afirmou que havia um vínculo entre os Beats e
os delinqüentes criminais.
Ginsberg
respondeu em uma entrevista de 1958 ao The Village Voice, abordando
especificamente a acusação de que o Beats destruiu "a distinção entre vida
e literatura". Na entrevista, ele afirmou que "o pouco sobre o
anti-intelectualismo é uma vaidade, nós tivemos a mesma educação, estudamos na
mesma escola, você sabe que existem 'intelectuais' e intelectuais. Podhoretz
está fora de sintonia com literatura do século XX, ele está escrevendo para a
mente do século XVIII. Agora temos uma literatura pessoal - Proust, Wolfe,
Faulkner, Joyce".
h)
Filmes
D.O.A.
(1949)
Filme
noir ambientado em São Francisco
Inclui
uma das primeiras representações (ficcionais) da cultura Beat.
Um
contador descobre ter sido mortalmente envenenado por um veneno de ação lenta.
Com o tempo que lhe resta tenta descobrir quem e por que o assassinaram.
Direção:
Rudolph Maté
Roteiro:
Russell Rouse e Clarence Greene
Elenco:
Edmond O’Brien, Pamela Britton, Luther Adler, Beverly Garland
Música:
Randy Sparks
The
Beat Generation (1959)
The
Beat Generation é um filme de crime americano de 1959 de Metro-Goldwyn-Mayer,
estrelado por Steve Cochran e Mamie Van Doren, com Ray Danton, Fay Spain,
Maggie Hayes, Jackie Coogan, Louis Armstrong, James Mitchum, Vampira e Ray
Anthony.
Direção:
Charles F. Haas
Música
composta por: Albert Glasser
Um
Balde de Sangue (1959)
A
Bucket of Blood é um filme de terror de comédia americano de 1959, dirigido por
Roger Corman. Estrelado por Dick Miller foi ambientado na cultura beatnik.
Direção:
Roger Corman
Música
composta por: Fred Katz
Roteiro:
Charles B. Griffith
Próxima
parada, Greenwich Village
Next
Stop, Greenwich Village é um filme de comédia dramática estadunidense de 1976,
escrito e dirigido por Paul Mazursky. O roteiro do diretor é semibiográfico e a
produção participou do Festival de Cannes. Foi o primeiro filme de Bill Murray,
num pequeno papel não creditado.
Direção:
Paul Mazursky
Roteiro:
Paul Mazursky
Elenco:
Lenny Baker, Shelley Winters, Ellen Greene
O
que aconteceu com Kerouac?
O
documentário (What Happened To Jack Kerouac?), explora a promessa não cumprida
do ícone da Beat Generation, Jack Kerouac, cobrindo o período desde a
publicação de seu famoso romance On the Road, em 1957, até sua morte por
álcool, 12 anos depois.
Diretores:
Richard Lerner, Lewis MacAdams
Escritor:
Jack Kerouac
Estrelas:
Gregory Corso, Jan Kerouac e Herbert Huncke
Almoço
Nú (1991)
Naked
Lunch é um 1991 filme de drama co-escrito e dirigido por David Cronenberg e
estrelado por Peter Weller, Judy Davis, Ian Holm, e Roy Scheider. É uma
adaptação do romance escrito por William S. Burroughs em 1959 de mesmo nome, e
um co-produção internacional de Canadá, Grã-Bretanha e Japão.
O
filme foi lançado em 27 de dezembro de 1991, nos Estados Unidos e 24 de abril
de 1992, no Reino Unido pela 20th Century Fox. Ele recebeu críticas positivas
dos críticos, mas foi uma bomba nas bilheterias, ganhando apenas US $ 2,6
milhões de um orçamento de US $ 17-18 milhões, devido a um lançamento limitado.
Ele ganhou inúmeros prêmios, incluindo o National Society of Film Critics Award
de Melhor Diretor e sete prêmios Genie, nomeadamente Melhor Filme. Naked Lunch
desde então se tornou num Filme Cult.
Life
and Times of Allen Ginsberg (1993)
A
vida e os tempos de Allen Ginsberg é umfilme de 1993 de Jerry Aronson,
descrevendo a vida do poeta Allen Ginsberg desde o nascimento e a primeira
infância até seus pensamentos sobre a morte aos 66 anos. O filme foi concluído
e lançado várias vezes devido à mudança de tecnologias e eventos mundiais. O
primeiro lançamento do filme foi em 1993, no Festival de Cinema de Sundance,
após o qual ele participou de um festival internacional e de uma peça teatral
nos EUA. Na época, Ginsberg ainda estava vivo. Quando Aronson mostrou o filme,
o poeta teria concordado com a cabeça, pensativo disse: "Então, é Allen
Ginsberg".
So
I Married an Axe Murderer (1993)
So
I Married an Axe Murderer é um filme de comédia romântica americana de 1993,
dirigido por Thomas Schlamme e estrelado por Mike Myers e Nancy Travis. Myers
interpreta Charlie MacKenzie, um homem com medo de se comprometer até conhecer
Harriet (Travis), que trabalha em um açougue e pode ser um serial killer. Myers
também interpreta o pai de seu próprio personagem, Stuart.
Direção:
Thomas Schlamme
Roteiro:
Robbie Fox
Allen
Ginsberg Live in London (1995)
Allen
Ginsberg Live in London é um filme em DVD de Allen Ginsberg lendo sua poesia,
cantando canções e realizando uma meditação tibetana ao vivo no palco em
Londres, na quinta-feira, 19 de outubro de 1995, no Megatripolis club-night
naboate Heaven, em Londres.
The
Source (1999)
O
filme é sobre a Beat Generation e seu impacto nos movimentos de contracultura a
partir das décadas de 1960-70 e apresenta participações de Johnny Depp, Dennis
Hopper e John Turturro recitando cada um dos trabalhos de um escritor (como
Turturro recitando Howl ) para outro.
Direção:
Chuck Workman
Música
composta por: Philip Glass, David Amram
Até
o próximo encontro!
Sensacional. Obrigado, Walter.
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