sexta-feira, 17 de abril de 2015

Special Edition - 53. Neil Young

NEIL YOUNG : Um Extraordinário Poeta Amante da Paz e do Amor !


Neil Percival Young (Toronto, 12 de novembro de 1945) é um músico e compositor de origem canadense, que fez sua carreira nos Estados Unidos. Conhecido por sua voz suave e suas letras pungentes, Young é uma lenda do rock americano, mas seu estilo musical também inclui o folk e o country rock, alternando com álbuns mais "pesados" em que algumas músicas se aproximam do hard rock, com guitarras "sujas" e longos solos improvisados com muita distorção. Seus shows são verdadeiras celebrações de rock usualmente acompanhado da banda Crazy Horse, que o acompanha desde o início da carreira. Foi considerado o 17º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
Neil Percival Kenneth Robert Ragland Young nasceu em Toronto, no Canadá, mas ainda jovem, devido a separação dos pais, mudou-se para Winnipeg, capital da província de Manitoba, localizada na região central do Canadá. Começou sua carreira tocando no circuito folk/rock local.
Durante meados dos anos cinquenta, em torno da idade de dez ou onze anos, o jovem foi atraído para uma variedade de gêneros musicais, incluindo rock and roll, rockabilly, doo-wop, R&B, country e western pop.


Ele ouvia a música pop na estação de rádio CHUM , em seu rádio transistor, quando era garoto. Young afirmou em entrevistas que idolatrava Elvis Presley e esforçou-se para ser como ele. Ao ser entrevistado pela Guitare & Claviers Magazine, Yong afirmou que a vida de Presley inspirou algumas de suas canções mais famosas, como "Hey, Hey, My, My" e "He Was The King".
Young admirava Chuck Berry e Little Richard e adorava assisti-los na televisão. Young afirma em uma entrevista com McDonough que os grupos e artistas que ele descobriu mais influentes no início de sua carreira foram: Elvis Presley, Fats Domino, The Chantels, The Monotones, Ronnie Self, The Fleetwoods, Chuck Berry, Little Richard, Jerry Lee Lewis Johnny Cash, e Grant Gogi.
Em 1965 resolve voltar para Toronto, onde em 1966 se junta a banda The Mynah Birds, gravando alguns compactos. Após isso, mudou-se para Los Angeles e juntamente com Stephen Stills formou o Buffalo Springfield, uma banda de folk-rock inovadora, mas que na época teve apenas uma relativa repercussão (seu trabalho só foi de fato reconhecido mais tarde). Quando o grupo acabou em 1968, Young partiu para a carreira solo. De seus álbuns iniciais, Everybody Knows this is nowhere (1969) e o essencial After the Gold Rush (1970) foram aclamados pela crítica, ao mesmo tempo em que aceitou participar do Crosby, Stills & Nash, como membro efetivo. Acrescido de Young no nome, o quarteto fez muito sucesso nos anos 1969/70, principalmente o álbum Deja Vu. Após uma turnê pelos EUA, separaram-se amigavelmente; Neil Young voltaria ocasionalmente a gravar com os ex-companheiros.


O espetacular sucesso comercial de Harvest (1972), torna Young um "superstar" do folk-rock, mas a morte de dois amigos seus neste mesmo ano, o guitarrista Danny Whitten e o roadie Bruce Berry o colocam numa longa fase depressiva, em que envolve-se com drogas e álcool, acabando por influenciar seu trabalho. Os álbuns gravados neste período são marcados por temas como a morte, a solidão, a loucura, as drogas, trazendo um som mais áspero, cru e pesado, que o afastam do grande público e descontentam a crítica. Entre 1973 e 1975, lança o que é considerada a sua "trilogia suja" (ditch trilogy), bem representativa de sua fase emocional na época: Time Fades Away, On The Beach e Tonight's The Night; à época bastante criticados, hoje são considerados grandes clássicos dos anos 70 e de sua discografia. Esta fase em parte é rompida com "Zuma"(75) e um retorno ao folk e ao country-rock, principalmente em Comes a time (1978), um celebrado álbum embasado no country. Influenciado pelo impacto cultural do punk, Neil Young lança Rust Never Sleeps (1979), uma elegia ao espírito do rock'roll, seguido de Rust live, talvez seu melhor álbum ao vivo.


Nos anos 80, Neil Young desenvolveu uma carreira errática, gravando álbuns de rockabilly, clássicos do country (Old Ways, de 1984) e blues, não se fixando numa linha de atuação. O álbum Freedom (1989) o recoloca em evidência, depois de um período de obscuridade e marca uma retomada bem-sucedida da carreira. "Rockin' in the Free World" é a música-símbolo desta nova fase, assim como a crescente preocupação política de Neil Young, marcada principalmente pelas críticas ao então presidente dos EUA, George H.W. Bush.


Nos anos 1980/1990 destaca-se ainda pela aproximação de Neil Young com a nova geração do rock pesado, principalmente com o movimento grunge. Em 1989, um disco-tributo ao guitarrista contou com a participação de artistas como Nick Cave, Dinosaur Jr. e Pixies. Influenciado por Sonic Youth (que também participou do disco-tributo), gravou os disco ao vivo Weld, em 1991, enquanto o álbum Arc (também de 1991) contou com a participação do guitarrista Thurston Moore. O maior marco desse diálogo de Young com novas bandas foi o disco Mirror Ball, gravado em parceria com o Pearl Jam em 1995, assim como a turnê em conjunto com a banda liderada por Eddie Vedder.
Nos anos 2000, Neil Young continua com uma carreira ativa e, principalmente durante o governo de George W. Bush, intensifica as críticas à política dos EUA.


Lynyrd Skynyrd x Neil Young - Amigos ou inimigos?
Por Bento Araújo

Tudo começou quando o astro canadense resolveu criticar alguns hábitos sulistas através das letras de duas canções: “Southern Man” e “Alabama”. A principal crítica de Young era sobre o racismo desenfreado que rolava no sul dos EUA. O Lynyrd Skynyrd, como maior representante do “orgulho sulista”, não poderia deixar barato e criou uma resposta às críticas de Young sobre o nome de “Sweet Home Alabama”.

Well, I heard Mister Young sing about her
Well, I heard old Neil put her down.
Well, I hope Neil Young will remember
a southern man don't need him around anyhow.
   Bom, eu ouvi o Sr, Young falando sobre ele (o Sul)
   Bom, eu ouvi o velho Neil rebaixando-o
   Bom, eu espero que Neil Young se lembre
   que o homem do Sul não precisa dele por perto.

Bela alfinetada! O “esquentado” Ronnie Van Zant não perdoou e não admitiu que um canadense viesse criticar seus costumes.
Young por sua vez não deixou barato e compôs “Walk On”:

I hear some people been talkin' me down,
Bring up my name, pass it 'round.
They don't mention happy times
They do their thing, I'll do mine.”
   Eu ouvi algumas pessoas falarem mal de mim,
   Falando meu nome por aí
   Eles não mencionaram os bons tempos
   Eles fazem as coisas deles. Eu faço as minhas.”

Alguns fãs de Young garantem que esse trecho era direcionado aos seus companheiros Crosby, Stills e Nash, mas fica claro ser uma resposta para o Lynyrd Skynyrd.
Ao rebater as críticas de Young, o Lynyrd Skynyrd passou a ser tachado de um “grupo racista” até pela imprensa musical da época.
A verdade é que Ronnie Van Zant e Neil Young acabaram se tornando bons amigos, sendo que o bate-boca ficou restrito ao papel.
Ronnie não tirava uma camiseta de Neil Young (com a foto da capa do Tonight’s The Night). Young declarou que gostava tanto de “Sweet Home Alabama” que era uma honra ser citado na canção, não importando qual o motivo de tal citação.


Ronnie declarou que as letras de sua polêmica canção não passavam de uma piada. Elas simplesmente “apareceram” daquele jeito na sua cabeça e foram passadas para o papel. Van Zant deixou ainda bem claro: “Nós amamos Neil Young, realmente amamos sua música...”
O que pouca gente sabe é que Neil Young chegou a oferecer uma de suas canções para o Lynyrd Skynyrd gravar, a pedido da própria banda. Numa entrevista na revista inglesa Mojo, Young explicou melhor: “Eles queriam gravar uma das minhas canções, então mandei para eles uma demo com a música Powderfinger! Por muito pouco eles não a lançaram antes da minha versão (que está no disco Rust Never Sleeps, lançado em 1979).” Young ainda confirmou que o Lynyrd gravou “Powderfinger”, mas nunca a lançou oficialmente...


Depois do acidente aéreo, Neil Young fez um show em Miami (no dia 12/11/1977) que contou com a inclusão de sua música “Alabama” (ele raramente tocou essa música ao vivo). No refrão, ao invés de cantar Alabama, Neil emendava a frase “Sweet Home Alabama”, uma justa homenagem aos integrantes mortos no acidente. E as homenagens não pararam por aí; no filme do show Rust Never Sleeps, o baixista do Crazy Horse, Billy Talbot, aparece vestindo uma camiseta do Lynyrd Skynyrd, mais especificamente aquela baseada no rótulo da Jack Daniel’s. No vídeo Weld, é a vez de um fã de Young exibir uma tatuagem em homenagem ao Lynyrd Skynyrd. Tudo isso sem contar as vezes que Neil Young tocou “Sweet Home Alabama” em suas tours...
Como toda rivalidade musical, muitos boatos foram criados ao redor do tema. Um deles era que Neil Young tinha carregado o caixão de Ronnie Van Zant, que por sua vez fora enterrado com a camiseta de Neil Young...boataria pura...Young não apareceu no enterro e Van Zant foi sepultado num caixão lacrado, ou seja, ninguém realmente viu que roupa ele estava trajando...

Fonte:
Whiplash
http://whiplash.net/materias/biografias/000702-neilyoung.html


Sweet Home Alabama: o mito Lynyrd Skynyrd x Neil Young  
Por Filipi Junio

Esse artigo é uma mescla de: Lynyrd Skynyrd and Neil Young publicado no site Thrasher's Wheat - A Neil Young Archives, Skynyrd X Neil Young: Amigos ou inimigos escrito pelo Bento Araújo e publicado no Poeira Zine e Lynyrd Skynyrd: a história de "Sweet Home Alabama" publicado aqui no Whiplash. Ao longo do texto eu coloco algumas opiniões próprias sobre o assunto. Espero que gostem.


Graças a Neil Young, o Lynyrd Skynyrd foi inspirado a escrever a canção "Sweet Home Alabama".
"Sweet Home Alabama" tem uma longa história. A música é muito popular e tem uma história extremamente complexa. Raramente uma canção popular foi tão amplamente mal compreendida por tantos durante tanto tempo.
As músicas de Young, que eram críticas as atitudes racistas e segregacionistas do sul, serviram de inspiração para a banda produzir uma música que continua a ser escutada incessantemente pelos fãs da banda 39 anos depois de seu lançamento.
Mas a ironia de "Sweet Home Alabama" é que, para muitos, a música não foi concebida como uma critica a Neil Young, e o trecho da música que diz "Hope Neil Young will remember, a southern man don't need him around anyhow” ajuda a evidenciar essas opiniões. Esse trecho pode ser entendido de forma ambígua, pois pode ser visto como repúdio a Young ou um elogio a sua postura anti-racismo.


Letra e Análise
"Sweet Home Alabama" muitas vezes é interpretada como racista, principalmente por causa de certas partes de sua letra, como: "In Birmingham [onde uma igreja negra foi bombardeada e matou quatro jovens] they love the governor [George Wallace que foi um segregacionista]". Depois de cantar essa parte, Ronnie canta "Boo, boo, boo!" como uma desaprovação a Wallace e suas políticas racistas. Quanto à "Boo, boo, boo!" alguns o rejeitaram. Muitos ainda a consideram como um símbolo do descaso do Sul para o movimento dos direitos civis.
 George Wallace foi o governador do Alabama, quando a música foi lançada - aparentemente – ele amava a parte "Em Birmingham eles amam o governador". Na melhor das hipóteses, isto é ambíguo. O que é pior, isso pode ser visto como um endosso da política racista do estado do Alabama.
Talvez Van Zant resume-se melhor. "Nós não estamos na política, não temos nenhuma educação e Wallace não sabe nada sobre rock n’ roll".
Em 1975, Van Zant disse: “A letra sobre o governador do Alabama foi mal entendida. O público em geral não percebeu as palavras ‘Boo! Boo! Boo!’, depois dessa linha em particular, e a mídia pegou apenas a referência do povo amando o governador.” “A linha ‘We all did what we could do’ é, de certa forma, ambígua”. Kooper avisa: “Nós tentamos colocar Wallace pra fora é como eu sempre interpretei a letra”. O jornalista Al Swenson argumenta que a canção é mais complexa do que geralmente pensam, sugerindo que simplesmente parece um apoio à Wallace. “Wallace e eu temos muito pouco em comum,” disse o próprio Van Zant, “Eu não gosto do que ele diz sobre as pessoas de cor.”


O trecho: "Montgomery’s got the answer". Para essa parte da música encontrei duas explicações e ambas levam a entender que o trecho é contra o racismo:
“Alguns dos membros originais da banda revelaram em uma entrevista de rádio há alguns anos atrás, que possivelmente faz referência à famosa marcha de Selma para Montgomery, Alabama, liderada pelo líder dos direitos civis Martin Luther King.”
“Essa é uma referência ao boicote aos ônibus da Montgomery, que levou a Suprema Corte a declarar as leis de segregação racial, em ônibus no Alabama, inconstitucionais.”
O verso "Well, I heard Mr. Young sing about her", pode-se ouvir ao fundo o que soa como a frase "Southern Man". Muitos acreditam que foi a gravação original de Young sendo tocada. No entanto, outros afirmam ser o produtor do álbum, Al Kooper, representando Young.
Além disso, o trecho "Now Watergate does not bother me", dependendo da interpretação, pode mostra a falta de preocupação com a corrupção, que teve no caso Watergate, um dos maiores escândalos de corrupção dos Estados Unidos.
Alguns fãs reivindicam a banda como anti-racista, apontando para a letra da canção "The Ballad of Curtis Loew", uma música que Van Zant escreveu professando seu amor por um homem negro que tocava blues.


Old Curt was a black man with white curly hair
When he had a fifth of wine he did not have a care
He used to own an old dobro, used to play it across his knee
I'd give old Curt my money, he'd play all day for me
(chorus)
Play me a song Curtis Loew, Curtis Loew

Neil Young e Lynyrd Skynyrk
A canção foi inspirada pelas duas canções de Neil Young "Southern Man" e "Alabama". Mais especificamente, por "Southern Man":

Better keep your head
Don't forget
what your good book said
Southern change
gonna come at last
Now your crosses
are burning fast
Southern man
I saw cotton
and I saw black
Tall white mansions
and little shacks.
Southern man
when will you
pay them back?
I heard screamin'
and bullwhips cracking
How long? How long?

E “Alabama”:

Oh Alabama
Banjos playing
through the broken glass
Windows down in Alabama.
See the old folks
tied in white ropes
Hear the banjo.
Don't it take you down home?

No encarte do álbum "Decade", Young escreveu sobre a "Southern Man" de modo irônico:
"Esta canção poderia ter sido escrita em uma marcha pelos direitos civis após parando para assistir "Gone With The Wind" em um teatro local. Mas eu não estava lá então eu não sei ao certo."
Em um artigo na Glide Magazine, Ross Warner, diz o seguinte:
"Embora a música seja percebida como um hino do orgulho sulista, 'Sweet Home Alabama', foi realmente uma intenção, não apenas como lembrança da banda da sua primeira vez em um estúdio de gravação, mas como uma lembrança para o resto da América de que nem todos os sulistas foram rednecks. Quando o Skynyrd critica Neil Young por causa de 'Southern Man', foi por causa da generalização de que todos os sulistas são caipiras. Não condeno os sulistas pelo que seus antepassados fizeram. 'Pensamos que Neil estava fotografando os patos para matar um ou dois', disse Van Zant. 'Somos os rebeldes do sul, mas mais do que isso, sabemos a diferença entre certo e errado'. De fato, a banda foi bastante sincera sobre o seu desdém para as políticas de Wallace."
O mito da rixa foi reforçado com a canção "Ronnie and Neil" do álbum "Southern Rock Opera" do Drive-By Truckers:

And out in California, a rock star from Canada writes a couple of great songs
about the bad shit that went down
"Southern Man" and "Alabama" certainly told some truth
But there were a lot of good folks down here and Neil Young wasn't around
Now Ronnie and Neil became good friends
their feud was just in song
Skynyrd was a bunch of Neil Young fans and Neil he loved that song
So He wrote "Powderfinger" for Skynyrd to record
But Ronnie ended up singing "Sweet Home Alabama" to the lord

O guitarrista Patterson Hood explica:
"Eu escrevi essa canção para dizer da amizade mal compreendida entre Ronnie Van Zant e Neil Young, que foram amplamente acreditados para serem adversários ferrenhos, mas eram na verdade muito bons amigos e admiradores mútuos...”
Quanto à reação de Neil Young sobre tudo isso? A faixa "Walk On" “parece” ser bem clara:

I hear some people been talkin' me down,
Bring up my name, pass it 'round.
They don't mention happy times
They do their thing, I'll do mine.


Mas boa parte das pessoas acreditam que essa faixa foi uma resposta aos ex-companheiros de Young, Crosby, Stills e Nash.
Assim, foram Neil e Skynyrd realmente amigos ou inimigos? Se você olhar atentamente para a foto da capa do último álbum do Lynyrd Skynyrd "Street Survivors", você pode ver Ronnie Van Zant vestindo uma camiseta com a capa do “Tonight's the Night" de Neil Young.
Bento Araújo, em um artigo sobre o assunto, publicado na revista Poeira Zine, diz que:
“Ronnie declarou que as letras de sua polêmica canção não passavam de uma piada. Elas simplesmente “apareceram” daquele jeito na sua cabeça e foram passadas para o papel. Van Zant deixou ainda bem claro: “Nós amamos Neil Young, realmente amamos sua música...””
“O que pouca gente sabe é que Neil Young chegou a oferecer uma de suas canções para o Lynyrd Skynyrd gravar, a pedido da própria banda. Numa entrevista na revista inglesa Mojo, Young explicou melhor: “Eles queriam gravar uma das minhas canções, então mandei para eles uma demo com a música Powderfinger! Por muito pouco eles não a lançaram antes da minha versão (que está no disco Rust Never Sleeps, lançado em 1979).” Young ainda confirmou que o Lynyrd gravou “Powderfinger”, mas nunca a lançou oficialmente...”
Além da canção "Powderfinger", Young, disse que também cedeu “Sedan Delivery” e "Captain Kennedy" para o Skynyrd gravar.


Em uma entrevista a MOJO Magazine, Young disse:
“Ah, eles realmente não me colocaram para baixo! Mas, novamente, talvez eles fizeram! (Risos) Mas não de uma maneira que importa. Merda, eu acho que 'Sweet Home Alabama' é uma grande canção. Eu realmente executei ela ao vivo algumas vezes a mim mesmo."
Mais uma vez Bento Araújo, em um artigo publicado na revista Poeira Zine, diz que:
“Depois do acidente aéreo, Neil Young fez um show em Miami (no dia 12/11/1977) que contou com a inclusão de sua música “Alabama” (ele raramente tocou essa música ao vivo). No refrão, ao invés de cantar Alabama, Neil emendava a frase “Sweet Home Alabama”, uma justa homenagem aos integrantes mortos no acidente. E as homenagens não pararam por aí; no filme do show Rust Never Sleeps, o baixista do Crazy Horse, Billy Talbot, aparece vestindo uma camiseta do Lynyrd Skynyrd, mais especificamente aquela baseada no rótulo da Jack Daniel’s. No vídeo Weld, é a vez de um fã de Young exibir uma tatuagem em homenagem ao Lynyrd Skynyrd. Tudo isso sem contar as vezes que Neil Young tocou “Sweet Home Alabama” em suas tours...”
Em uma entrevista no programa de rádio Rockline (23 de novembro, 1981), quando perguntado sobre "Swee Home Alabama" e Lynyrd Skynyrd, Neil Young disse: "Grande banda, Ronnie disse certa vez que eu vou ser maduro sobre o assunto de um jeito ou outro. Ele estava certo. "
Ainda dizem que Young estava presente no enterro de Van Zant, tendo até carregado o caixão do vocalista do Skynyrd. Como pode ser visto nesse trecho da faixa “Ronnie and Neil” do Drive-By Truckers:

And Neil helped carry Ronnie in his casket to the ground
And to my way of thinking, us southern men need both of them around


Este é outra “lenda urbana” do caso Neil Young/Lynyrd Skynyrd, que é desmascarado em um ensaio interessante do Tone and Groove. Quanto ao boato de que Ronnie Van Zant foi enterrado vestindo uma camisa de Neil Young, novamente, parece ser outro exemplo de um mito para propagar o fato. Ainda mais estranho, são os rumores de que alguns fãs do Skynyrd cavaram o túmulo de Ronnie para provar que Van Zant foi enterrado em uma camisa de Neil Young. Alguns dos fãs/coveiros dizem ter visto o corpo de Van zant com a camisa negra de Neil Young com a capa de "Tonight's the Night", porém os relatórios policiais indicam que o caixão nunca foi aberto. Independentemente da sua motivação para a profanação de um túmulo, os restos mortais de Van Zant e Gaines foram transferidos para um local não revelado. A transferência foi motivada por um arrombamento em 29 de junho de 2000 ás criptas de Van Zant e Gaines no Jacksonville Memory Gardens, em Orange Park, Florida, onde os fãs se reuniram para prestar homenagem à banda.
E os mitos e as lendas em torno do fato Neil Young/Lynyrd Skynyrd são novamente abordados pelo Drive-By Truckers na canção "Three Great Alabama Icons":

Speaking of course of the Three Great Alabama Icons
George Wallace, Bear Bryant and Ronnie Van Zant
Now Ronnie Van Zant wasn't from Alabama, he was from Florida
He was a huge Neil Young fan.
But in the tradition of Merle Haggard writin' Okie from Muskogee
to tell his dad's point of view about the hippies in Vietnam,
Ronnie felt that the other side of the story should be told.
And Neil Young always claimed that Sweet Home Alabama was one of his favorite songs.
And legend has it that he was an honorary pall bearer at Ronnie's funeral -
such is the Duality of the Southern Thing.
One that certainly exists, but few saw beyond the rebel flag…
And this applies not only to their critics and detractors, but also from their fans and followers.
So for a while, when Neil Young would come to town, he’d get death-threats down in Alabama…


Quanto aos perigos enfrentados Neil no sul a que aludem o Drive-By Truckers, Young fez declarações sobre não querer tocar no sul. Existem apenas duas datas a partir de 1973, onde Neil tocou no estado do Alabama. E enquanto suas excursões pelo sul têm sido limitadas, isso é uma provável decisão econômica, em vez de uma fuga deliberada.
Assim como o assassinato de John Lennon pôr fim a década de 1960 ou a morte de Kurt Cobain, marcou o fim da era grunge, a morte de Ronnie Van Zant, terminou um capítulo na história do Southern Rock.
A "falsa disputa" entre Neil Young e Ronnie Van Zant parece fornecer fascínio interminável para seus fãs. Sempre existirá a dúvida, se Neil Young e o Lynyrd Skynyrd eram inimigos ou amigos, Tanto os fãs do Skynyrd e Young terão que tirar suas próprias conclusões diante os fatos apresentados.

Fonte: 
Southern Rock Brasil
Whiplash
http://whiplash.net/materias/curiosidades/120846-lynyrdskynyrd.html


Neil Young, do louco impetuoso ao roqueiro imortal
Jotabê Medeiros

Não tem a poesia das memórias de Patti Smith, não tem o rigor historiográfico da biografia de Bob Dylan. Entretanto, tem a crueza e a honestidade típica da carreira de Neil Young, de 66 anos. Não segue uma cronologia facilitadora, é elíptico e digressivo, e às vezes cansa com suas histórias intermináveis sobre marcas de carros e ferromodelismo, mas com paciência e atenção o rock’n’roll escapa pelas páginas e seu fogo consome o leitor.
Trata-se de Neil Young – A Autobiografia (Globo Livros), volume que chegou às livrarias do mundo todo simultaneamente esta semana, e conta a história do roqueiro canadense que criou os lendários grupos Buffalo Springfield e Crazy Horse e que inscreveu seu nome na galeria dos heróis da consciência do rock, ao lado de Bruce Springsteen, Bob Dylan, Leonard Cohen, Patti Smith e outros poucos. “É melhor queimar do que se apagar”, diz um dos versos mais famosos de Neil Young, citado por Kurt Cobain em sua última carta.
Ao contar sua história, Young pretendeu que não resultasse num livro de premeditação, cheio de lances de nobreza e inspiração fabricados. Todos seus vícios e fraquezas são escancarados ao longo da biografia, e os dilemas de sua vida são esmiuçados.


Ele conta como participou de festas com o assassino Charles Manson (que torturou e matou a atriz Sharon Tate, grávida), e de como tentou convencer Manson a assinar um contrato de gravação de discos. Conta sobre festas com drogas com Eric Clapton e Stephen Stills, e narra como está tendo dificuldades para compor uma música sequer desde que largou a bebida e a maconha.
Young é pai de dois filhos com paralisia cerebral, Zeke e Ben Young (que nasceu tetraplégico e se alimenta por um tubo no estômago, tem 34 anos e é a quem o cantor dedica o livro) e de uma garota, Amber. Neil é filho de um escritor que largou a família (e que morreria de Alzheimer, em 2005), deixando-o para ser criado pela mãe. Nasceu em Omemmee, uma pequena cidade de Ontário, cuja população era de 750 pessoas na sua infância.
Neil Young teve poliomielite quando criança, e teve de retirar uma vértebra da parte inferior da coluna quando tinha 6 anos. Usou aparelho ortopédico por um longo tempo e até realizou turnês assim, como as filmagens do famoso concerto do Massey Hall, em 1972.
Vivendo numa fazenda nas montanhas de Santa Cruz, ao Sul de São Francisco, Neil Young admite sua impaciência crônica e chuta o traseiro da autocomiseração. Examina com atenção seus próprios excessos, “a fama, as drogas, o dinheiro, as casas, os carros e os admiradores”.
Suas reflexões são muitas vezes quase desencarnadas de tão cruas. “Eu achava que comprar um carro ou uma guitarra era como comprar as lembranças de alguém, seus sentimentos e sua história.” E ele cita, e às vezes adota, um lema do seu ex-produtor David Briggs, que costumava dizer: “A vida é um sanduíche de bosta. Coma ou morra de fome”.


O título original do livro é Waging Heavy Peace (algo como “Pagando por uma Paz Pesada”). “Houve momentos em que fui um banana e deixei para os outros o trabalho sujo, mas aprendi que não é assim que se faz”, diz o cantor. Young parece ter escrito para compreender o combustível que move suas próprias escolhas morais, das quais ele não está inteiramente convicto.
Nada na história de Neil Young é ordinário. Sua primeira banda, The Squires, circulava pela cidade a bordo de um carro funerário, Mort, comprado por sua mãe, Rassy, e fez seus primeiros shows. Dormiu no chão do apartamento de uma amiga e foi ali que escreveu a primeira canção que chamou a atenção até de Joni Mitchell, Sugar Mountain.
Os loucos anos 1960 quase deram cabo do jovem Neil Young, que foi preso por dirigir sem carteira e espancado por um policial, que o chamara de “hippie fedorento”, e a quem retrucara: “Você parece um gafanhoto”. Ele não tinha limites. “Nós descolávamos muitas garotas e curtíamos adoidado. Peguei algumas doenças sexualmente transmissíveis e comecei a ficar consciente de que havia uma relação de causa e efeito ligada às decisões que eu tomava.”
Ele até mesmo brinca com o fato de ter feito, deliberadamente, imitações de Bob Dylan no início da carreira. “Vou fazer minha melhor imitação de Bob Dylan. Vou entrar com uma guitarra acústica e uma gaita. Nada de elétrico. (…) Será como um fantasma do passado, um regresso total a outra era.”
Sobre sua mitológica banda Crazy Horse, formada em 1969, ele a coloca num nicho especial em sua carreira. Lembra que muita gente lhe pergunta por que toca com a Crazy Horse até hoje, se não sabem tocar? “Tocar com a Crazy Horse é algo transcendental”, diz. Ele considera que o guitarrista da banda que morreu de overdose, Danny Whitten, teria se tornado um dos maiores do rock se tivesse sobrevivido.


David Crosby e Graham Nash, seus amigos do grupo Crosby, Stills, Nash & Young, ressurgem em quase toda a sua trajetória. Neil Young conta que está sem usar drogas há 7 meses quando finaliza o disco. Foi conselho do médico, que percebeu “algo se desenvolvendo no cérebro” de Neil Young. “Ainda sinto fissura”, confessa.
E também não consegue mais compor, está travado desde que ficou limpo. Além do seu carro elétrico, o LincVolt, com que roda o país em busca de alertar para a necessidade de substituir o consumo de combustíveis no mundo, ele também preconiza uma nova forma de oferta de música na internet, por meio do projeto PureTone.
“O objetivo da empresa é salvar minha forma de arte, a música, da perda de qualidade, que acredito ser o principal motivo para o declínio das vendas no setor musical, e para o declínio da própria música na cultura popular. Com a chegada dos varejistas da música online, como o iTunes, começou a piora da qualidade.”
Young fala de coisas muito próximas da atualidade e as mistura com coisas muito remotas do passado. De ontem: “Chegar a Woodstock foi muito divertido. Lembro de encontrar Jimi Hendrix em um pequeno aeroporto e de viajar de caminhão com Melvin Belli, o famoso advogado, até o show”.
De hoje: “Pearl Jam é uma banda que respeito bastante. Nirvana e Sonic Youth também. Mumford and Sons, My Morning Jacket, Wilco, Givers e Foo Fighters são algumas de minhas favoritas. Respeito as bandas que me dão algo delas que posso sentir – já bandas metidas me desagradam de forma geral”.
Seus companheiros são poucos mas são fiéis. Bruce Springsteen, Nils Lofgren, Tom Petty, Crosby, Stills e Nash e Robin Williams o ajudaram, e à sua mulher, Pegi, a recolher fundos e fundar uma escola para pessoas com paralisia cerebral. Compartilham ansiedades e sonhos. “Meu amigo Paul McCartney sente o mesmo. Ele ama a música, mas precisa se afastar dela para permanecer vital como músico. Esse certamente é um ato de equilíbrio.”
NEIL YOUNG – A  AUTOBIOGRAFIA
Globo Livros, 408 págs
Tradução de Renato Rezende e Helena Londres

Fonte:
Estadão Blogs
http://blogs.estadao.com.br/combate_rock/neil-young-do-louco-impetuoso-ao-roqueiro-imortal/


Neil Young e a história de um “Johnny Rotten”
Marcelo Lopes Vieira

O canadense Neil Young é um dos maiores nomes do rock, sendo sua influência permeável aos mais diversos estilos, indo do classic rock ao grunge. Corroborando com este fato, bandas como Pearl Jam, Bon Jovi, Radiohead e Roxy Music já pagaram o devido tributo a esta lenda, que apesar de não ser natural dos E.U.A., toda a sua carreira foi construída na terra do Tio Sam. Um de seus melhores momentos talvez seja com o grupo Crosby, Stills, Nash and Young e os álbuns Deja Vú (1970) e Four Way Street (1971) são clássicos máximos do rock. Este, na verdade, era um supergrupo formado por membros de bandas como The Byrds, The Hollies e Buffalo Springfield, esta última, banda que Neil Young ajudou a fundar junto com Stephen Stills em 1967, tendo Neil nos dois primeiros álbuns, até debandar após o Monterrey Pop Festival. A carreira solo do canadense mais americano do rock começou em 1968, com o lançamento de seu primeiro álbum. Em mais de quarenta anos de carreira, diversos clássicos foram lançados e poucos deslizes discográficos foram cometidos.
Alguns dos momentos mais brilhantes da longa carreira de Neil Young estão no álbum mezzo acústico, mezzo elétrico, Rusty Never Sleeps, de 1979, que mesmo sendo um disco ao vivo, era composto apenas por canções inéditas. Dentre os clássicos, temos a belíssima My, My, Hey, Hey (Out in the blue), que tem uma estrofe que merece ser analisada:

The king is gone but he’s not forgotten
This is the story of a Johnny Rotten
It’s better to burn out than it is to rust
The king is gone but he’s not forgotten


A questão é óbvia: Quem é o Johnny Rotten da canção? Seria alguma referência ao vocalista do Sex Pistols, nos versos da canção de Neil Young? Vejamos que sim e que existe muito por trás da mensagem deste hino do rock setentista…
A inspiração para a canção veio da idolatria de Neil Young por Elvis Presley e o lamento pela morte do ídolo ainda clamava em seu espírito de compositor. Este fato explica quem é o rei que se foi e não será esquecido, pois a canção foi composta pouco tempo após a morte de Elvis Presley. O mais interessante neste caso é a ligação que o canadense consegue fazer entre as imagens opostas de Elvis Presley e Johnny Rotten, pois sim, a letra da canção em destaque invoca o nome do vocalista do Sex Pistols. Entretanto, a os versos provocam uma discursão inquietante que em palavras de um grande lobo do rock nacional poderia ser resumida como: É melhor viver dez anos a mil km/h (como um Johnny Rotten ou Elvis Presley) ou mil anos a dez km/h? Esta ideia fica claramente exposta nos versos “It’s better to burn out than it is to rust”, que se alinha com o pensamento dos outros versos “It’s better to burn out, than to fade away”, que aparecem na segunda estrofe da canção e que fora usada por Kurt Cobain em sua carta de suicídio. Acredito que quando o líder do Nirvana buscou esta frase para sua mensagem final estava motivado por algumas opiniões quanto ao caráter glorificador aos suicidas e autodestrutivos do rock. Em verdade, Young queria glorificar aqueles que acreditavam que o rock nunca ia morrer, mesmo após a queda de seu rei, e que havia se solidificado como estilo musical forte e eterno. Esta visão fica clara e evidente nos versos “rock n’ rol is here to stay” e “rock n’ roll can never die”.


Assim, apesar de sabermos que a canção fora inspirada por Elvis Presley, a mensagem de Neil Young fora personificada no nome de Johnny Rotten, líder da banda punk Sex Pistols. Em vista de tantos nomes icônicos do rock que partiram repentinamente, por qual razão citar um que estava nascendo para o rock poucos anos antes de 1979 e que ainda não tinha morrido? Se lermos com atenção o verso que traz o nome de Rotten, percebemos o uso do artigo indefinido “um” (esta é a história de “um” Johnny Rotten), ou seja, Neil Young não se refere propriamente ao vocalista do Sex Pistols, mas ao personagem que se tornou maior que o próprio Rotten, uma figura autodestrutiva, que vivia a epígrafe máxima do rock n’ roll, com suas drogas e seu sexo. Virando o disco Rusty Never Sleeps, a última faixa do Lado B traz uma releitura da canção, adicionada de testosterona nas guitarras, intitulada Hey Hey My My (Into the Black). Esta versão vem dar mais suporte ao brado de que o rock nunca morrerá, com suas “guitarras distorcidas e base envenenada”. O mais interessante é que longe de viver os versos de sua canção, Neil Young enferrujou ao invés de queimar (“It’s better to burn out than it is to rust”). Construiu uma longeva carreira que influenciou diversas gerações e foi relevante musicalmente durante todo o percurso. Para fechar o texto mais uma contradição do destino. Quando perguntado sobre sua opinião quanto aos versos “It’s better to burn out, than to fade away”, John Lennon declarou que odiava esta ideia e que é melhor enferrujar como um velho soldado do que queimar. O destino adora pregar suas peças e Lennon queimou enquanto Neil Young enferrujou como um velho soldado.

Fonte:
Blog Uvarau
http://uvarau.com.br/neil-young-e-a-historia-de-um-johnny-rotten/


Neil Young
Infopédia


Cantor e compositor canadiano, Neil Young nasceu a 12 de novembro de 1945, em Ontário. Como a maioria dos adolescentes da época, era muito influenciado pela música que vinha dos Estados Unidos da América. Assim, decide começar a tocar guitarra. Entre 1960 e 1966 integra várias bandas, mas é com o baixista Bruce Palmer que, já em Toronto, decide formar os Mynah Birds e mudar-se para Los Angeles. Aí encontram Stephen Stills e Richie Furay e os quatro formam os Buffalo Springfield.
Gravam três álbuns, fazem várias digressões e, em 1968, separam-se.
Neil envereda por uma carreira a solo e, em 1969, edita o seu primeiro álbum, com título homónimo. Durante a digressão que se seguiu, conhece Danny Whitten, Billy Talbot e Ralph Molina e convence-os a formarem os Crazy Horse, que atuariam como sua banda. Juntos, em 1969, editam o álbum Everybody Knows This Is Nowhere. Este foi o primeiro de uma série de vários álbuns, entre os quais se encontram alguns dos seus melhores, como Re-ac-tor (1981) e Rust Never Sleeps (1979).
Em 1969, Crosby Stills & Nash tinham alcançado algum sucesso com o seu primeiro álbum, mas achavam que deviam incluir uma quarta voz na banda. Stills convida o seu amigo Young a integrar o projeto e assim nasce a Crosby, Stills, Nash & Young.
Esta banda sempre foi uma espécie de projeto paralelo às suas carreiras individuais, nunca se sobrepondo. Em 1970 editam o famoso Déjà Vu. Desde então, editaram mais quatro álbuns, incluindo American Dream, de 1988, que marca o seu regresso.
Da sua carreira a solo destaca-se também o trabalho de 1995, Mirror Ball, que conta com a participação dos Pearl Jam como banda de suporte ao artista.


A carreira de Neil Young foi vasta e prolífera, com os seus álbuns gravados a solo ou com os Crazy Horse, ou até com os CSNY, a terem um enorme sucesso comercial e aclamados pela crítica. Desde sempre produziu todos os álbuns em que participou, o que não o impediu de trabalhar com alguns dos melhores produtores da cena musical, tais como Ry Cooder, Brian Wilson, Danny Kortchmar, entre outros. A olhar para os músicos que trabalharam com Neil Young, verifica-se o respeito e estima que toda esta indústria tem por Neil, sendo um dos performers e compositores mais aclamados dos Estados Unidos da América.
A sua música caracteriza-se por uma experimentação constante, que envolve vários estilos musicais, desde o folk, ao heavymetal, ao rockabilly, ao techno Neil Young criou um som e um sentimento únicos.
Em 2002, o músico foi dos primeiros a aderir à tecnologia DVD Audio, sendo relançado o mítico álbum Harvest, numa edição especial, no trigésimo aniversário do seu lançamento original. No ano seguinte, novo álbum de originais, de título Greendale, uma mágica fábula cantada, sobre uma localidade imaginária, no país profundo e a história de uma peculiar família local. O disco foi editado com um DVD, onde se pode ver Neil Young, a sós no palco, interpretando os temas do álbum, contando a história do disco e interagindo com o público, em momentos únicos.

Fonte:
Infopédia
http://www.infopedia.pt/$neil-young


Entrevista com Neil Young
Stewart Cook

O músico conversou com a Rolling Stone EUA sobre música e transformação política; a entrevista foi publicada na edição comemorativa dos 40 anos da revista.


Você fez um álbum descaradamente anti-Bush no ano passado, Living with War, e foi muito criticado por isso. Ficou espantado ao ver sua geração, que se uniu tanto contra a Guerra do Vietnã, demorar tanto para reagir à Guerra do Iraque?
Acho que eles reagiram muito bem. Estavam adormecidos, eram a maioria silenciosa e não sabiam. Mas acordaram e recuperamos um pouco do controle [no Congresso]. Não estou decepcionado com ninguém. Os universitários hoje reagem a uma situação que é real em suas vidas. Para eles, é mais importante conseguir emprego do que se preocupar com a guerra, porque a economia está tão dilacerada. Estão concentrados em garantir o futuro. Por quê? Porque ninguém está indo ao campus de faculdades para levá-los ao Iraque. Os Estados Unidos não sabem que estão em guerra. Não se pede a ninguém que faça sacrifícios, a não ser os soldados que se apresentaram como voluntários. O governo Bush prefere desperdiçar vidas de norte-americanos - ter soldados cansados e desgastados pela batalha cometendo erros e morrendo em combate - a perder a eleição por realizar uma convocação. Mas, assim que eles começarem a convocar, você vai ver que tudo vai mudar imediatamente. Esses universitários estão prontos para se manifestar, mas ninguém os cutucou.

As canções de rock ainda têm o poder de transformar mentalidades e efetivar mudanças sociais e políticas duradouras? O que acha?
A música é hoje tão poderosa quanto sempre foi. O negócio é que não sou tão poderoso quanto era quando estava com 22, 23 anos - quando as pessoas me ouviam pela primeira vez. Isso acabou, nunca mais vai acontecer. Não posso esperar a reação que obtive há 30, 40 anos. Mas isso não me incomoda, desde que saiba que canto a respeito das coisas em que acredito. Quando escrevi "Let's Impeach the President" [canção de Living with War], muita gente a viu como uma música vagabunda, dizendo que a melodia era horrorosa. O que vou fazer? Escrever uma música dessas e usar uma boa melodia? Isso não faz sentido. É necessária uma melodia que irrite as pessoas, que seja tão idiota e repetitiva que cause raiva.

Você escreveu "Ohio" da mesma maneira?
Não. "Ohio" tem a ver com jovens assassinados [quatro universitários foram mortos a tiros pela Guarda Nacional durante manifestações na Universidade Estadual de Kent, em 1970]. Fala de pessoas com quem você se importa em nível pessoal, seu irmão, sua irmã. É quando você coloca tudo que tem - no quesito poético, musical e de performance - à disposição porque acredita tanto naquilo. "Let's Impeach the President" é uma canção política a respeito de algo tão errado que a única maneira de destacar como é errado é por meio de uma música que seja errada, demolidora. Nesse aspecto, ela teve muito sucesso.

Em "Campaigner" (do álbum Decade, 1977), você cantou: "Even Richard Nixon has got soul" (até Richard Nixon tinha alma). O que quis dizer com isso?
Todo mundo é humano. A alma de Richard Nixon estava na maneira como ele ficava quando estava com a família, com um ar totalmente perdido. Ele foi um grande estadista - esteve na China - mas, mesmo assim, fodeu tanto com tudo em casa. Era muito parecido com Bill Clinton. Bill Clinton desfez todo o bem que realizou, na posição de um homem inteligente governando o país, com o desastre de sua vida pessoal. Abriu a porta para a direita religiosa e permitiu aos conservadores que descrevessem os democratas como infiéis. Isso se transferiu para as duas últimas eleições.


Você consegue se imaginar dizendo que George W. Bush tem alma?
Tenho certeza de que tem. Onde está? Está em Crawford, no Texas, com a família dele. Tem uma coisa sobre Bush: é preciso respeitá-lo por estar em condição física tão boa. Ele se esforça para ficar em forma e isso é um ótimo exemplo. A outra coisa é que ele tem mesmo muita convicção daquilo em que acredita. Ele e o pessoal dele acham que são as únicas pessoas que deveriam governar. Infelizmente, nós não concordamos com ele.

Como jovem criado no Canadá, qual era sua perspectiva em relação à política dos Estados Unidos no início na década de 1960?
De fora deste país, dava para ver muita hipocrisia. Direitos civis, por exemplo, nós não tínhamos esse tipo de problema no Canadá. Mas tínhamos um problema com os nossos norte-americanos nativos - os índios - bêbados que ficavam largados nas ruas. E era um problema que nós mesmos criamos.

Há muitas referências aos índios na sua música e nas imagens dos seus álbuns. Por que uma identificação tão forte com essa cultura?
Eu adorava a simplicidade e a naturalidade deles. Os índios são basicamente pagãos. E é nisso que acredito: na natureza. Esta é a minha igreja: quando vou à floresta, ou a um grande campo verde ou à água. Não preciso de nenhum pregador. Sempre me identifiquei com os ciclos da Lua. E era isso que os índios faziam: "Faz quantas luas que você esteve aqui?". Tem tudo a ver com a Lua. Se estou gravando, espero a Lua. Se tenho músicas, olho no calendário e digo: "Certo, bem aqui, aqui vai ser bom". Sempre tem algo lá, um tipo de energia, nos três ou quatro dias que antecedem a lua cheia. Assim que ela começa a minguar, você perde a concentração. Então, paro nessa época. Não preciso ficar me perguntando por que não sinto a vibe que sentia no dia anterior. Só digo "foda-se" e vou fazer outra coisa.

Você saiu do Canadá em 1966 e foi de carro até Los Angeles com Bruce Palmer (baixista do Buffalo Springfield). O que esperava encontrar lá?
Estúdios de gravação, outros músicos, interação. Não havia gente bastante no Canadá. Se você quer deixar sua marca em algum lugar e só tem uma oportunidade de deixar esta marca, que a deixe então no lugar em que o maior número de pessoas vai reparar. De que adianta ser fantástico e estar em Moose Jaw [Canadá]? Não vai ajudar em nada.

Por que escolheu Los Angeles? Estava sabendo das mudanças que ocorriam em San Francisco?
Chegamos a Los Angeles. E fomos embora, não tínhamos dinheiro. Tomamos o rumo de San Francisco porque não conseguimos dar início a nada em Los Angeles. Foi quando topamos com [Stephen] Stills e [Richie] Furay, em um sinal de trânsito, saindo da cidade [os quatro acabaram ficando em Los Angeles e fundaram o Buffalo Springfield com o baterista Dewey Martin].

Como foi estar no olho do furacão em 1966 e 67?
As pessoas olham para aquela época como um período de abalos sísmicos na cultura pop - como uma lua cheia que durou dois anos. Os jovens estavam unidos em sua oposição à guerra e também descobriam a música que os unia. Não tinha nada a ver com a geração de colegiais de Frank Sinatra. Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane - eles não eram ídolos pop. Faziam parte de um movimento e estávamos todos juntos naquilo. Não era um negócio musical. Não era a indústria do entretenimento. Não tínhamos [programas de TV como] Entertainment Tonight nem American Idol. Não tínhamos essas merdas, a música era convincente e as pessoas acreditavam nela. Foi por isso que os anos de 1966 e 67 foram uma época tão importante na minha vida. E são históricos para os jovens de hoje. Eles olham para trás e pensam: "Meu Deus, queria ter visto aquilo. Como eles conseguiram?". Bom, as pessoas não eram céticas. Woodstock não tinha acontecido. Quando as grandes corporações viram Woodstock, enxergaram muitos cifrões: "Podemos pegar essa música e vender carros Ford". Costumava demorar um ano ou dois, depois de um som fazer sucesso, até que aparecesse em comerciais. Hoje, os comerciais vêm primeiro.

Você saiu do Buffalo Springfield em 1967, depois voltou antes de a banda se desmembrar em 68. Por que era tão difícil para você ficar em uma banda que obviamente era tão maravilhosa?
A banda era maravilhosa, mas tóxica. Estávamos com 20 e poucos anos, tentando nos encontrar, e não gostava que me dissessem o que podia ou não fazer. Os outros também não. Stephen é meu irmão e brigávamos como irmãos - nós não nos agüentávamos, mas também não nos desgrudávamos. Às vezes, tocávamos tão bem que era assustador. E a cozinha rítmica do Buffalo Springfield ao vivo era uma das melhores experiências. Aqueles caras podiam ir a qualquer lugar. Mas a gente tem que fazer o que está a fim.

Você se arrepende de não ter tocado com o Springfield no Monterey Pop Festival?
Não. Eu não gostava de ser agrupado com um monte de outras bandas. Sinto muito por a banda não ter sido assim tão boa em Monterey - provavelmente porque não estava lá. Mas também não me arrependo de não ter feito o The Tonight Show com eles. Não queria que a nossa música fosse entretenimento, achava que era mais do que isso. As pessoas faziam qualquer coisa por divulgação - iam a programas de entrevista vespertinos com algum colunista de fofocas ridículo. Você tinha que ver os lugares em que os agentes nos enfiavam. Eu pensava: "Que se foda tudo isso". Essa exposição também era uma maneira de transmitir a sua mensagem - a adolescentes que nunca tinham ido a San Francisco, mas que podiam ver uma banda como a Airplane no The Ed Sullivan Show. É por isso que as pessoas faziam essas coisas. Era ótimo para elas. Tocavam na TV, e o público as assistia. Mas eu não conseguia comprar essa idéia.

Você disse certa vez que não era "patrocinado por ninguém". Fica desalentado de ver a música de seus contemporâneos, como Jimi Hendrix e The Who, agora aparecer com regularidade em anúncios de TV? É uma guerra que você perdeu?
Eu não perdi, só lutava por mim. Minha música até hoje tem a ver comigo e com meu público, independentemente do número de pessoas que tenha sobrado. No final, quando não estiver mais aqui e o meu público não estiver mais aqui, só vai sobrar a música. As pessoas poderão escutá-la e tirar dela o que bem entenderem.

Você recebe propostas para licenciar suas músicas para comerciais ou as agências de publicidade simplesmente o riscaram de sua lista de desejos?
Elas já desistiram. Tenho sorte na vida por ter me dado tão bem. Não sou um artista de hits. Todos os meus amigos, os compositores e intérpretes que conheço, já tiveram mais hits do que eu. Mas hits são perigosos. É preciso ter cuidado: se tiver vários seguidos, você se fode para sempre. Você fica preso àquela coisa eternamente. Continuo preso àquela coisa do início dos anos 70 com "Old Man" e "Heart of Gold". Mas consegui viver alguns outros momentos em que a minha música era relevante para uma nova geração. Isso é algo pelo que me sinto agradecido.


Você escreveu "Old Man" quando estava na casa dos 20 anos. Agora que está na casa dos 60, qual é a melhor coisa de estar mais velho?
As coisas já não me incomodam tanto. Agora, eu me afasto e digo: "Certo, vamos esperar uma semana para ver o que essa gente vai fazer..." Até lá, provavelmente já vou estar preocupado com outro assunto mesmo. Não vou gastar meu tempo enlouquecendo a respeito de coisas que não posso mudar, a respeito de coisas que outras pessoas dizem - desde que eu possa continuar dizendo o que penso, fazer minha música e tocar minha guitarra. É só isso que me importa. Sei que no fim vou sair por aí de novo fazendo rock'n'roll.

Os hippies deixaram um legado positivo? Agora, são figuras engraçadas. No entanto, quando você canta o verso "trippin' down that ol' hippie highway" (viajando por aquela velha estrada hippie) em "Roger and Out" (de Living with War), é com verdadeiro orgulho, não ironia ou gozação.
Eu e a minha geração: a gente entende o que esse verso quer dizer. Os hippies exerceram alguma influência? Claro que sim - paz e amor. Nós éramos isso. Mas hoje é fácil fazer graça com qualquer coisa. A mídia parece um pátio de escola gigantesco. Um garoto manco entra ali e todo mundo começa a chutá-lo. Fazemos piada com pessoas que são diferentes. Você pode fazer a mesma coisa que faz com um hippie com um caipira. Se os anos 60 foram superestimados, então não sei o que poderia ser dito a respeito de algumas outras décadas e gerações. Fomos superestimados? Comparados a quê? "Geração X", que diabos isso quer dizer? Não é diferente o bastante para se tirar sarro? Cadê a marca? Não deixaram nenhuma. Deixaram um X. Não estou aqui para dizer que os anos 60 foram a única coisa boa que aconteceu. Ainda é possível que o mesmo tipo de coisa aconteça de novo. Não vai acontecer comigo. Vai acontecer com alguém que tem 20 anos de idade. Porque a vida é assim. Você precisa estar envolvido em alguma coisa com várias outras pessoas, identificando-se com algo que só você e elas compreendem. É isso que os jovens estão sempre tentando achar: algo que os separe de seus pais e do resto da cultura dominante.

Você vê algo da energia, da unidade e da esperança que transformou a década de 1960 nos jovens de hoje? Um dos personagens do seu álbum Greendale (2003) é Sun Green, uma ativista ambiental adolescente.
Ela luta para se assegurar de que não vai herdar o mundo do jeito que está indo. Mas é muito solitária porque ninguém enxerga o que ela vê. Nosso país é um dos últimos a perceber que o aquecimento global é causado pelas pessoas. Não vai sobrar muito para os nossos netos se prosseguirmos neste caminho. Quando a minha filha estiver com 50 anos e os filhos dela estiverem crescidos, a diferença entre o mundo agora e como ele era nos anos 60 vai parecer três dias na comparação com o que vem por aí. O que vai acontecer quando todas as casas próximas ao mar forem destruídas? Para onde essas pessoas vão? Vão se voltar contra os que continuam tendo casa. Vai ser um tumulto. Ninguém vai ajudar seus semelhantes. Paz e amor - isso não vai acontecer, não nesse ambiente. Muita gente precisa mudar.

Há coisas alentadoras que você diz a sua filha, que podem lhe dar esperança para o futuro?
Não tem nada específico que eu possa dizer, além de: "Faça aquilo em que você acredita e tente acreditar em tudo que faz". Funciona para mim até hoje.

Fonte:
Rolling Stones Magazine
Edição 09 - Junho de 2007
Tradução: Ana Ban
http://rollingstone.uol.com.br/edicao/9/entrevista-com-neil-young#imagem0


Curiosidades sobre Neil Young
Blitz
http://blitz.sapo.pt/neil-young-curiosidades=f25944

•A banda que o tornou famoso nos anos 60 foi Crosby, Stillls, Nash and Young, mais conhecidos como CSNY.
•A vida pessoal de Neil é um verdadeiro melodrama: durante a infância enfrentou os diabetes, polio e o divórcio dos pais. Mais tarde, no início da sua carreira, a epilepsia veio-lhe também bater à porta - supostamente resultante do stress que vivia com o seu estatuto de famoso - chegando mesmo a acontecer-lhe ataques epilépticos em palco induzidos pelas luzes, o que deixou Young inseguro de tocar em público. O seu primeiro filho nasceu com paralisia cerebral, parcialmente paralisado fisicamente, e mudo. O álbum mais criticado de Neil, "Trans" (1982), que foi gravado com vocoder (sintetizador de voz electrónico), representou uma fase de tentativa de comunicação com o seu filho. A paralisia cerebral não é genética, e no caso de Neil é um autentico azar porque o seu segundo filho nasceu também com a mesma doença, completamente incapacitado, e quadraplegico. Neil diz que lembra o episódio quando depois de saber a notícia caminhava pelo hospital a dizer - "O quê que eu fiz? Deve haver alguma coisa errada comigo". Logo após o nascimento do seu filho, a sua esposa, Pegi, foi diagnosticada com um tumor cerebral, com 50-50 hipóteses de sobreviver, acabando felizmente por ultrapassar a doença. Mais recentemente, em 2005, foi descoberto um aneurisma cerebral em Neil, após uma cirurgia de alto risco, recuperou completamente.
•Neil Young já realizou vários filmes com o pseudónimo Bernard Shakey. •Neil gere a sua vida pelas fases da lua: quando planeia uma tour, entra em estúdio, vai à televisão... Neil acredita que com lua cheia os dias são mais produtivos em termos de criatividade, e não marca concertos nesses dias. Na indústria musical é sabido que Neil está mais receptivo para aceitar projectos que coincidam com a lua cheia, e a rejeitar os que não coincidem.
•Neil usa a mesma guitarra eléctrica desde 1969, é uma Gibson R6 Les Paul de 1956, e até tem nome - Old Black.
•Em 1972 foi lançado o quarto álbum a solo de Neil Young: Harvest é um dos seus álbuns mais bem sucedidos, com famosos êxitos como "Heart of Gold" e "Old Man". Ainda hoje é o álbum de Neil Young que mais cópias vendeu.
•Em 1975 é lançado "Tonight's The Night", um álbum marcado pelo sentimento de perda de dois dos seus melhores amigos - o guitarrista dos Crazy Horse, Danny Whitten, e o roadie Bruce Berry - que morreram de overdose de heroína. Antes do lançamento deste álbum, já Neil Young tinha abordado o assunto da depêndencia de heroína de Danny Whitten, em "The Needle and the Damage Done", enquanto ainda era vivo.


•A música "Keep On Rocking in the Free World" incluída no álbum "Freedom" de 1989, foi escrita em forma de protesto contra a administração de George H. W. Bush (pai). Em 2006 Neil Young lança o álbum "Living With War", e protesta contra a administração do filho, George W. Bush, e a guerra no Iraque. Todas as músicas são marcadas pela contestação à política americana e relançam novamente a importância da utilização da música de intervenção pelas gerações mais jovens, e um alerta de consciências contra o poder dos media e do consumismo. No mesmo ano Crosby, Stillls, Nash and Young fizeram uma digressão de reunião que atravessou os Estados Unidos sobre o nome Freedom of Speech Tour (Digressão da Liberdade de Expressão), e centrou-se sobretudo nas canções do álbum "Living With War". De um lado, as plateias de cidades como Nova Iorque e Los Angeles aclamaram a mensagem, do outro, a América profunda revoltou-se contra o que considera ser uma afronta ao Presidente Bush. "Tivemos que lidar com ameaças de morte e cães especialistas na detecção de bombas durante os nossos concertos", adianta Neil Young. Exemplo desse clima de medo foi um espectáculo em Atlanta, onde o coro de apupos e os dedos médios erguidos no ar após o tema "Let's Impeach the President", e que curiosamente Neil Young descreve como sendo "uma melodia estúpida e repetitiva de forma a irritar as pessoas". Tudo isto surge retratado no filme que documenta esta tour - CSNY Déjà Vu. O filme é do próprio Neil Young, que o realizou sob o pseudónimo de Bernard Shakey.
•Neil Young é considerado por muitos como o "Pai" do Grunge. Foi a principal inspiração de muitas bandas de Seattle, tanto a nível musical como a nível visual, com as suas características camisas de flanela. Ele é uma das principais referências de Eddie Vedder e Kurt Cobain:
1.Em 1994, o líder dos Nirvana terminou mesmo a sua nota de suicídio com a frase "It's better to burn out than to fade away", uma deixa da música "My My, Hey Hey (Out Of The Blue)" que Neil Young gravara 15 anos antes. Isto tocou-o de tal forma que decidiu dedicar o álbum "Sleeps with Angels" (1994) em memória de Kurt.
2.Neil Young é assumidamente o maior ídolo de Eddie Vedder. As colaborações com os Pearl Jam foram imensas após os músicos se terem cruzarem em 1992, num espetáculo de tributo a Bob Dylan. Neil Young viria a juntar-se aos Pearl Jam em "Rockin in The Free World" no MTV Music Awards em 1993, e quando chegou a hora de o veterano integrar as fileiras do Rock and Roll Hall of Fame, Eddie Vedder foi convidado por si a fazer a sua introdução. Seguir-se-iam numerosas colaborações, quer em disco - o álbum a meias Mirror Ball e o EP que se seguiu, Merkin Ball - quer em palco, na consequente tour (sem Eddie Vedder), e em muitas outras ocasiões. Em 1995, Neil Young chegou a tomar o lugar de Eddie num concerto dos Pearl Jam, quando o vocalista se sentiu mal ao fim de algumas músicas, devido a uma intoxicação alimentar.
•Bridge School é um programa educacional internacional dirigido a pessoas com deficiências físicas e problemas de fala (à semelhança de dois dos três filhos de Neil Young), cujo objectivo é desenvolver a expressão pessoal e a participação social através de métodos de comunicação alternativos. A organização é totalmente independente e não-lucrativa, foi criada em 1986, e teve como um dos fundadores a mulher do músico, Pegi Young. Neil Young é um dos directores, e o responsável pela organização anual de um concerto/festival de caridade - o Bridge School Benefit - no qual faz sempre questão de participar. David Bowie, Bruce Springsteen, Paul McCartney, Metallica, Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers são alguns dos artistas que já actuaram no evento.
•Neil Young, Willie Nelson e John Mellencamp organizaram o primeiro Farm Aid concert em 1985 para alertar acerca das dificuldades da agricultura familiar intensamente vividas na América, e para angariar fundos para pagar as dívidas de algumas famílias, de forma a que não perdessem as suas terras devido ao individamento resultante da crise instalada no sector. Actualmente o Farm Aid é uma organização não-lucrativa de defesa da agricultura familiar, que promove a conservação dos recursos naturais e a alimentação saudável. Neil Young, Willie Nelson, John Mellencamp, e Dave Matthews, são alguns dos actuais directores, e que todos os anos chamam a atenção para as suas causas com um grande festival com vários artistas de Country, Blues e Rock. Os discursos de Neil Young sobre o ambiente são um dos pontos altos do evento.
•Em 1989 o videoclip "This Note's For You" ganha o prémio de melhor vídeo do ano pela MTV, que inicialmente tinha banido o vídeo pelo seu conteúdo, cuja letra critica os músicos que se vendem, e que deixam que as suas músicas sejam utilizadas em spots publicitários. No vídeo em causa, Michael Jackson era um dos músicos visados. Neil considera que essa atitude empobrece a integridade artística.
•No início da sua carreira, foi rejeitado por muitas editoras, que diziam que apesar de ele ser um bom guitarrista/songwriter tinha uma péssima voz, mas se isso era um defeito no início, a fragilidade da sua voz tornou-se numa das suas maiores virtudes, porque foi com a sua voz anasalada que marcou o seu enorme ego no mundo da música.

Fonte:
Blitz
http://blitz.sapo.pt/neil-young-curiosidades=f25944


Grande Letras, Grandes Poemas

My My, Hey Hey (Out of the blue)
   My my, hey hey (do nada)

My my, hey hey
Rock and roll is here to stay
It's better to burn out
Than to fade away
My my, hey hey
My my, hey hey
   O Rock n' roll está aqui para ficar
   É melhor apagar
   Do que desaparecer
   My my, hey hey

Out of the blue and into the black
They give you this, but you pay for that
And once you're gone, you can never come back
When you're out of the blue and into the black
   Do nada para a escuridão
   Eles te dão isso, mas você paga por aquilo
   E assim que você se vai, você nunca pode voltar
   Quando você não é esperado

The king is gone but he's not forgotten
This is the story of a Johnny Rotten
It's better to burn out than it is to rust
The king is gone but he's not forgotten
   O rei se foi, mas ele não foi esquecido
   Essa é a história de Johnny Rotten
   É melhor apagar do que enferrujar
   O rei se foi, mas ele não foi esquecido

Hey hey, my my
Rock and roll can never die
There's more to the picture
Than meets the eye
Hey hey, my my
   Hey hey, my my
   Rock n' roll nunca pode morrer
   Há mais na figura
   Do que vêem os olhos
   Hey hey, my my



Hey Hey, My My (Into the Black)

Hey hey, my my
Rock and roll can never die
There's more to the picture
Than meets the eye.
Hey hey, my my.
Hey Hey My My
   Hey Hey My My
   O Rock n roll nunca morrerá
   Há mais no quadro
   que os olhos vêem
   Hey Hey My My

Out of the blue and into the black
You pay for this, but they give you that
And once you're gone, you can't come back
When you're out of the blue and into the black.
   Fora do azul, dentro do preto
   Você paga por isto, e eles lhe dão aquilo
   E uma vez que você tenha ido, você não pode voltar
   Quando você sai do azul e entra no preto

The king is gone but he's not forgotten
Is this the story of Johnny Rotten?
It's better to burn out than to fade away
The king is gone but he's not forgotten.
O rei se foi, mas ele não será esquecido
É esta a história de Johnny Rotten?
É melhor queimar do que se apagar aos poucos
My My Hey Hey

Hey hey, my my
Rock and roll can never die
There's more to the picture
Than meets the eye
Hey Hey My My
   O Rock n roll não pode morrer
   Há mais ao quadro
   que os olhos vêem
   Hey Hey My My


Cortez The Killer
   Cortez o Assassino

He came dancing across the water
With his galleons and guns
Looking for the new world
In that palace in the sun.
   Ele veio dançando sobre as águas
   Com seus galeões e armas
   Procurando pelo novo mundo
   Naquele palácio sob o sol.

On the shore lay Montezuma
With his coca leaves and pearls
In his halls he often wondered
With the secrets of the worlds.
   Na costa estava Montezuma
   Com suas folhas de coca e suas pérolas
   Em seus salões, ele se perguntava
   Sobre os segredos dos mundos.

And his subjects gathered 'round him
Like the leaves around a tree
In their clothes of many colors
For the angry gods to see.
   E seus súditos se reuniram ao seu redor
   Como as folhas ao redor de uma árvore
   Em suas roupas de muitas cores
   Sob os olhares dos deuses raivosos.

And the women all were beautiful
And the men stood straight and strong
They offered life in sacrifice
So that others could go on.
   E todas as mulheres eram lindas
   E os homens eram fortes e valentes
   Ofereceram a vida em sacrifício
   Para que outras pessoas pudessem ir em frente.

Hate was just a legend
And war was never known
The people worked together
And they lifted many stones.
   Ódio era apenas lenda
   E a guerra nem mesmo existia
   As pessoas trabalhavam juntas
   E ergueram muitas pedras.

They carried them to the flatlands
And they died along the way
But they built up with their bare hands
What we still can't do today.
   Levaram-os para as planícies
   E eles morreram ao longo do caminho
   Mas eles construíram com as próprias mãos
   O que nós ainda hoje não podemos fazer.

And I know she's living there
And she loves me to this day
I still can't remember when
Or how I lost my way.
   E eu sei que lá ela ainda mora
   E que até hoje ela me ama
   Só não me lembro quando
   Ou como eu me perdi.

He came dancing across the water
Cortez, Cortez
What a killer
   Ele veio dançando sobre as águas
   Cortez, Cortez
   Mas que assassino


Southern Man
   Homem do Sul

Southern man better keep your head
Don't forget what your good book said
Southern change gonna come at last
Now your crosses are burning fast
Southern man
   Homem do Sul melhor manter sua cabeça
   Não esqueça o que o seu bom livro diz
   A alteração do Sul vai vir enfim
   Agora suas cruzes estão queimando rapidamente
   Homem do Sul

I saw cotton and I saw black
Tall white mansions and little shacks.
Southern man when will you pay them back?
I heard screamin' and bullwhips cracking
How long? How long?
   Eu vi algodão e eu vi preto
   Grandes mansões brancas e pequenos barracos
   Homem do Sul, quando você vai pagá-los de volta?
   Eu ouvi gritos e barulho de chicotes de touro
   Quanto tempo? Quanto tempo?

Southern man better keep your head
Don't forget what your good book said
Southern change gonna come at last
Now your crosses are burning fast
Southern man
   Homem do Sul melhor manter sua vabeça
   Não esqueça o que seu bom livro diz
   A alteração do Sul vai vir enfim
   Agora suas cruzes estão queimando rapidamente
   Homem do Sul

Lily Belle, your hair is golden brown
I've seen your black man comin' round
Swear by God I'm gonna cut him down!
I heard screamin' and bullwhips cracking
How long? How long?
   Lily Belle, seu cabelo é castanho dourado
   Eu tenho visto seu homem preto ao redor
   Juro por Deus que vou derrubá-lo!
   Eu ouço gritos e barulho de chicotes de touro
   Quanto tempo? Quanto tempo?



Alabama
   Alabama

Oh, Alabama
The devil fools with the best laid plan
Swing low, Alabama
You got spare change
You got to feel strange
And now the moment is all that it meant
Oh, Alabama
   Os tolos mexem com os melhores planos
   Pega leve, Alabama
   Você tem troco de sobra
   Você tem que se questionar
   E agora é o momento para isso

Alabama, you got the weight on your shoulders
That's breaking your back
Your Cadillac has got a wheel in the ditch
And a wheel on the track
   Alabama, você leva um peso nos seus ombros
   Que está quebrando suas costas.
   Seu Cadillac tem uma roda na vala
   E uma roda na pista

Oh, Alabama
Banjos playing through the broken glass
Windows down in Alabama
See the old folks tied in white ropes
Hear the banjo
Don't it take you down home?
   Oh, Alabama
   Banjos tocando através da vidraça partida
   Janelas caídas no Alabama
   Veja os velhos conhecidos amarrados em cordas brancas
   Ouça o banjo
   Isso não te faz lembrar de casa?

Alabama, you got the weight on your shoulders
That's breaking your back
Your Cadillac has got a wheel in the ditch
And a wheel on the track
   Alabama, você leva um peso nos seus ombros
   Que está quebrando suas costas
   Seu Cadillac tem uma roda na vala
   E uma roda na pista

Oh, Alabama
Can I see you and shake your hand
Make friends down in Alabama
I'm from a new land
I come to you and see all this ruin
What are you doing Alabama?
You got the rest of the union to help you along
What's going wrong?
   Oh, Alabama
   Posso te visitar e apertar sua mão
   Fazer amigos lá no Alabama
   Eu sou de uma nova terra
   Eu vou até você e vejo toda essa ruína
   O que você está fazendo Alabama?
   Você tem o resto do país para te ajudar
   O que está dando errado?


Sweet Home Alabama
   Doce Lar Alabama

Big wheels keep on turning
Carry me home to see my kin
Singing songs about the southland
I miss alabamy once again
And I think its a sin, yes
   Rodas continuam girando
   Me levam para casa para ver meu pessoal
   Cantando músicas sobre o sul
   Eu sinto falta do Alabama outra vez
   E acho que isso é pecado, sim

Well I heard Mister Young sing about her
Well, I heard old Neil put her down
Well, I hope Neil Young will remember
A southern man don't need him around anyhow
   Bem, eu ouvi o Sr. Young cantar sobre ela
   Bem, eu ouvi o velho Neil humilhá-la
   Bem, eu espero que Neil Young lembre
   Um homem sulista não precisa dele perto

Sweet home Alabama
Where the skies are so blue
Sweet home Alabama
Lord, I'm coming home to you
   Alabama, doce lar
   Onde os céus são tão azuis
   Alabama, doce lar
   Deus, estou voltando para casa

In Birmingham, they love the governor
Boo boo boo...
Now we all did what we could do
Now watergate does not bother me
Does your conscience bother you?
Tell the truth
   Em Birmingham, eles amam o governador
   Boo boo boo...
   Agora, todos fizemos o que podíamos
   Agora, o Watergate não me incomoda
   Sua consciência te incomoda?
   Diga a verdade

Sweet home Alabama
Where the skies are so blue
Sweet home Alabama
Lord, I'm coming home to you
Here I come Alabama
   Alabama, doce lar
   Onde os céus são tão azuis
   Alabama, doce lar
   Deus, estou voltando para casa
   Alabama, aqui vou eu

Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
   Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
   Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
   Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama
   Ahhh, ahhhhh, ah, Alabama

Now Muscle Shoals has got the Swampers
And they've been known to pick a song or two
Lord, they get me off so much
They pick me up when I'm feeling blue
Now, how about you?
   Agora Muscle Shoals tem os Swampers
   E eles foram conhecidos por uma ou duas músicas
   Senhor, me tire dessa
   Eles me pegaram quando me sentia triste
   Agora, como foi com você?

Sweet home Alabama
Where the skies are so blue
Sweet home Alabama
Lord, I'm coming home to you
   Alabama, doce lar
   Onde os céus são tão azuis
   Alabama doce lar
   Senhor, eu estou vindo para casa por você

Sweet home Alabama
Oh, sweet home, baby
Where the skies are so blue
And the governor's true
Sweet home Alabama
Lordy, Lord, I'm coming home to you
Yeah, yeah, Montgomery's got the answer
   Alabama, doce lar
   Oh, doce lar, querida
   Onde os céus são tão azuis
   E o governador é verdadeiro
   Alabama, doce lar
   Senhor, Senhor, eu estou vindo para casa por você
   Yeah, yeah, o Montgomery tem a reposta



Discografia
 Com Crosby, Stills, Nash & Young
   1970 Déjà Vu
   1971 Four Way Street
   1974 So Far
   1988 American Dream
   1999 Looking Forward

 Com Buffalo Springfield
   1967 Buffalo Springfield
   1967 Buffalo Springfield Again
   1968 Last Time Around
   1973 Buffalo Springfield (compilação)
   2001 Buffalo Springfield (box set)


 Solo
   1968 Neil Young
   1969 Everybody Knows This Is Nowhere (com Crazy Horse)
   1970 After the Gold Rush
   1972 Harvest (com The Stray Gators)
   1972 Journey Through the Past
   1973 Time Fades Away (com The Stray Gators)
   1973 Tonight's the Night (com The Santa Monica Flyers)
   1974 On the Beach
   1975 Zuma (com Crazy Horse)
   1976 Long May You Run (com Stephen Stills)
   1977 American Stars'n'Bars
   1977 Decade
   1978 Comes A Time
   1979 Rust Never Sleeps (com Crazy Horse)
   1979 Live Rust (ao vivo, com Crazy Horse)
   1980 Where the Buffalo Roam
   1980 Hawks and Doves
   1981 Re-ac-tor (com Crazy Horse)
   1982 Trans
   1983 Everybody's Rockin' (com Shocking Pinks)
   1985 Old Ways
   1986 Landing on Water
   1987 Life (com Crazy Horse)
   1988 This Note's For You (com The Bluenotes)
   1989 Eldorado (EP) (com The Restless)
   1989 Freedom
   1990 Ragged Glory (com Crazy Horse)
   1991 Weld (ao vivo, com Crazy Horse)
   1991 Arc (ao vivo, with Crazy Horse)
   1992 Harvest Moon
   1993 Lucky Thirteen
   1993 Unplugged
   1994 Sleeps With Angels (com Crazy Horse)
   1995 Mirror Ball (com Pearl Jam)
   1996 Dead Man (banda sonora)
   1996 Broken Arrow (com Crazy Horse)
   1997 Year of the Horse (ao vivo, com Crazy Horse)
   2000 Silver & Gold
   2000 Road Rock Vol. 1
   2002 Are You Passionate? (com Booker T. & the MG's)
   2003 Greendale (com Crazy Horse)
   2004 Greatest Hits
   2005 Prairie Wind
   2006 Living With War
   2006 Live At Fillmore East 1970-2006 (with Crazy Horse)
   2007 Chrome Dreams II"
   2009 Fork in the Road
   2010 Le Noise
   2011 A Treasure
   2012 "Americana"(Com Crazy Horse)
   2012 "Psychedelic Pill" (Com Crazy Horse)
   2014 Storystone



NEIL YOUNG : Cortez The Killer Live Rust


NEIL YOUNG : Hey Hey My My ( Into The Black ) Live Rust


NEIL YOUNG : Shots


CROSBY STILLS NASH & YOUNG : Southern Man Live 1970


CROSBY STILLS NASH & YOUNG : Live Aid Two Songs


CROSBY STILLS NASH & YOUNG : This Old Home Live Farm 1990


NEIL YOUNG : Like A Hurricane Live Rust


NEIL YOUNG : Southern Pacific


NEIL YOUNG & PEARL JAM : Rockin’In Free World Live 1993


ULF NILSSON : My My Hey Hey Live


DAVE MATTHEWS BAND & WARREN HAYNES : Cortez The Killer Live At Central Park


LYNYRD SKYNYRD : Sweet Home Alabama Live 1977


SID VICIOUS : Hey Hey My My


PEARL JAM : Keep On Rockin In The Free World Live 


JEFF HEALEY : Like A Hurricane Live


NEIL YOUNG : My My Hey Hey ( Out Of The Blues ) Live At Farm Aid 1985


NEIL YOUNG : Harvest Moon Unplugged


NEIL YOUNG : Natural Beauty




Neil Young é um excepcional músico, suas poesias são de extrema beleza, e sempre com foco na defesa dos direitos humanos, da natureza e da vida.
Eterno na Galeria dos Imortais do Rock Mundial.
Longa Vida a Neil Young !
Longa Vida ao Rock And Roll !



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