O Monsters of Rock foi criado em 1980 pelo promotor Paul Loasby que, juntamente com Maurice Jones, queria um festival apenas com bandas de Hard Rock e Heavy Metal. O local escolhido foi uma pista de corrida em Donington Park, localizada ao lado da aldeia de Castle Donington, em Leicestershire, Inglaterra. O local era desconhecido, mas a facilidade de transportes de todas as partes do país e o nível do solo inclinado, que permitia uma ótima visualização para o público em todo o local, influenciaram em sua escolha. O line up dos primeiros anos do Monsters consistia em uma mistura de bandas britânicas e internacionais e o sucesso foi instantâneo, com um público de 35 mil fãs presentes. Concebido como um evento único, já no primeiro ano nasceu a ideia de transformar o festival em uma atração anual. Ao longo dos anos, os números do público continuaram a crescer, chegando a 107 mil pessoas em 1988, quando dois fãs morreram durante um show do Guns 'n Roses – logo após o começo do show, houve uma precipitação de público em direção ao palco. Inicialmente, a culpa foi atribuída ao tamanho da multidão, mas depois chegou-se à conclusão de que o clima úmido, chuvas e muita lama, em um terreno inclinado, favoreceram o incidente. Em consequência disso, o festival foi cancelado no ano seguinte, retornando em 1990 com uma limitação de público de 75 mil pessoas.
O festival continuou como o principal evento de Hard Rock na Grã-Bretanha na década de 90, mas teve um segundo cancelamento, em 1993, devido à incapacidade de se encontrar um forte headliner para a edição daquele ano. Em 1995, o festival se viu em uma situação semelhante, e teve que fazer um acordo com o Metallica, que pediu controle sobre o evento, ganhando o nome de “Escape from the Studio”. Em 1996, Ozzy Osbourne e Kiss encabeçaram o line up e embora na época se anunciassem planos para estender o festival em um evento de dois dias, a partir de 1997 o Monsters não voltou a acontecer. Em 2006, o festival foi revivido na Inglaterra em edição única, tendo o Deep Purple como headliner e Alice Cooper como convidado especial. Até hoje, a única banda a encabeçar o festival mais de duas vezes foi o AC/DC, em três ocasiões: 1981, 1984, 1991.
O sucesso do Monsters foi tanto que a partir de 1983 o festival começou a ganhar versões internacionais - Alemanha, Suécia, Italia, Eua, Holanda, Espanha, França, Hungria, Bélgica, Áustria, Polônia, Rússia, Brasil, Chile e Argentina.
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Os Monstros vão invadir São Paulo
O Monsters Of Rock Brasil
No Brasil, o Monsters teve sua primeira edição realizada no dia 27 de agosto de 1994, no Pacaembu, tendo como atrações Kiss, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Raimundos, Angra e Dr. Sin. A segunda edição, também realizada no Pacaembu, em 2 de setembro de 1995, trouxe como atrações Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth, Therapy, Paradise Lost, Virna Lisi, Clawfinger e Rata Blanca. O Pacaembu foi novamente palco do festival em 24 de agosto de 1996, quando tocaram o Iron Maiden, Skid Row, Motörhead, Biohazard, Raimundos, Helloween, King Diamond, Mercyful Fate e Héroes del Silencio. Em 1998, no dia 26 de setembro, na Pista de Atletismo do Ibirapuera, aconteceu a quarta edição do festival no país, tendo nos palcos a presença das bandas Slayer, Megadeth, Manowar, Dream Theater, Saxon, Savatage, Glenn Hughes, Korzus e Dorsal Atlântica.
Em 2013 aconteceu a quinta edição brasileira do Monsters of Rock, na Arena Anhembi, nos dias 19 e 20 de outubro, com dois dias de apresentações e dois palcos, e a presença das bandas Aerosmith, Whitesnake, Slipknot, Korn, Limp Bizkit, Killswitch Engage, Hatebreed, Gojira, Ratt, Buckcherry e Queensrÿche.
Em 2015 será realizada a sexta edição brasileira do festival.[1] Nos dias 25 e 26 de abril se apresentarão as bandas Ozzy Osbourne, Judas Priest, Motorhead, Black Veil Brides, Rival Sons, Coal Chamber, Primal Fear, Kiss, Judas Priest, Manowar, Accept, Unisonic, Yngwie Malmsteen e Steel Panther.
Monsters Of Rock Brasil 1994
27 de Agosto de 1994
Philips Monsters Of Rock
Roberio Lima
27 de Agosto de 1994 ficou marcado na memoria de muitos, pois foi realizada a primeira edição brasileira do famoso festival inglês Monsters Of Rock, e que por aqui ficou eternizado pelo nome de Philips Monsters Of Rock por ter como seu principal patrocinador a empresa Holandesa de eletrônicos.
Quando surgiram os primeiros boatos a respeito do festival, muita gente não acreditou, ate porque, na época a internet engatinhava e, nesse caso, constatar a veracidade de certos fatos era tarefa difícil.
As bandas anunciadas para a primeira edição do festival foram muito festejadas pelos fãs e apesar das formações da época não estarem a altura de suas respectivas historias, foram muitos bem vindas pelo publico brasileiro. Kiss, Black Sabbath, Slayer e Suicidal Tendencies deliciaram a todos com clássicos e mais clássicos. Curiosamente as bandas nacionais escaladas estavam todas no auge e não fizeram feio diante da multidão que esteve no estádio Paulo Machado de Carvalho. Raimundos, Viper, Dr. Sin e Angra foram agraciadas com a oportunidade de tocarem no mesmo palco dos verdadeiros “Monstros”.
A banda responsável pela abertura do festival foi o Viper que desfrutava de muito prestigio no Japão e ate gravou o EP “Maniacs in Japan” em terras nipônicas.
O Raimundos foi a segunda banda a entrar no palco e com seu “forro core” e já deixou o publico em alvoroço, de quebra, ainda teve a participação do Joao Gordo que colocou ainda mais lenha na fogueira.
A terceira banda a entrar no palco foi o Dr. Sin que já tinha bastante prestigio no cenário nacional e com um Hard n Heavy certeiro agradou o publico com a musica “Emotional Catastrophe” que tocava bastante na época.
A ultima banda nacional a entrar no palco foi o Angra que alcançou popularidade somente comparada a do Sepultura no exterior e tinham lançado o excelente “Angels Cry”.
O Pacaembu já estava praticamente lotado e Suicidal Tendencies contaminou a plateia com energia e movimentação, sempre presentes em todas as apresentações da banda e Mike Muir e Cia como sempre tiveram o publico literalmente na mão.
O mais natural seria ter o Slayer na sequencia, pois estávamos falando de dois monstros sagrados do metal (Kiss e Black Sabbath), mas na pratica o que se viu foi o Black Sabbath com sua formação quase original, mas que contava com o mediano Tony Martin no vocal, tarefa difícil, pois a banda já teve em sua linha de frente lendas do porte de Ozzy Osbourne, Ronnie James Dio e Ian Gillan. Definitivamente não foi uma boa apresentação da banda, que divulgava o disco “Cross Purposes”.
Quem já esteve em uma apresentação do Slayer entendera o que foi o show dos americanos e saberá que o publico presente esteve diante do inferno onde todos faziam questão de permanecer. Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Paul Bostaph levaram os quase 40 mil “Bangers” presentes ao êxtase absoluto.
Para encerrar o evento com chave de ouro o KISS, que retornava ao Brasil agora sem mascara e depois de onze anos deu ao publico o que ele queria e mesmo não tocando seu maior hino (Rock N Roll All Nite) agradou boa parte do publico presente que aquela altura já estava em frangalhos, devido a maratona de quase 10 horas do mais puro som pesado.
No final o saldo foi mais que positivo e já deixava aberta a possibilidade de uma segunda edição do festival.
Fonte:
Salada Itinerante
Roberio Lima
http://saladaitinerante.blogspot.com.br/2012/03/philips-monsters-of-rock-27-de-agosto.html
Aventuras no Primeiro Monsters of Rock Brasil
Wikimetal - Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers
Se hoje, quase 20 anos depois, ainda tenho empolgação para tocar numa banda de Heavy Metal, de ir a shows de rock, é por causa do Kiss. É por causa desse show. É por causa desse festival como um todo!”
por Marcel Ianuck
Dia 27 de agosto de 1994.
Data marcada para o resto da minha vida e de muitos outros headbangers brasileiros. Por que? Essa foi a data do primeiro Philips Monsters of Rock no Brasil!
Primeiro vamos contextualizar essa época. Em 1994, muito poucos shows internacionais, ainda mais de rock, aconteciam no Brasil. Ainda mais se compararmos aos tempos de hoje, quando chegamos a ter, nas grandes capitais, até mais de um evento na mesma noite. Até aconteciam festivais como Hollywood Rock, Skol Rock e, claro, o Rock in Rio com bandas importantes. Mas era uma vez por ano e olhe lá. Tour de um único artista pelo país era coisa rara e geralmente restrita a Rio e São Paulo, gerando carreatas/excursões por todo país rumo ao Sudoeste (dessa forma que vi bandas como Metallica e Skid Row, por exemplo). Porém, uma edição brasileira do famoso festival inglês Monsters of Rock que, diferente dos já citados festivais, seria totalmente focado na musica pesada?
Era “O” sonho de todos os fãs, que ficavam acompanhando os históricos lineups do festival original através de fotos e cartazes nas revistas e zines da época.
Eu, pessoalmente, gostava (e ainda gosto) e todas as bandas dessa primeira edição nacional. Então, mesmo com 16 anos de idade e morando em Brasília, eu não poderia ficar de fora dessa!
O primeiro passo foi convencer a minha mãe a me levar, visto as excursões que procurei por aqui já estavam lotadas e as que não estavam lotadas tinham restrições para levar menores de idade. Tarefa facilitada por ter, na época, um padrasto fã de Black Sabbath, Deep Purple e afins que, ainda por cima, trabalhava em São Paulo durante alguns dias do mês.
Como era um esquema bate e volta, procuramos um hotel bem baratão para não gastar muita grana. Tenham em mente que era uma época sem grandes ajudas de internet, GPS e tecnologias afins. Foi escolhido o hotel Governador em uma esquina da Praça da Sé.
No dia 27, pela manhã, chegamos eu e a minha mãe de ônibus em São Paulo. Compramos um jornal para nos informarmos sobre o show e uma revista do Kiss especial que a Top Rock fez na época (acho que ainda tenho até hoje!). No jornal vimos como seria a estrutura do show, com uma organizada praça de alimentação e outras mordomias. Bazinga! Meu padrastro estava atrasado e convenci a minha mãe de me deixar ir sozinho na frente para não perder nenhum dos shows. Ela me deu dinheiro para o taxi e ida, algum dinheiro para comer e combinamos de nos encontrarmos na “ala de alimentação“ a direita do palco após o primeiro show internacional. Tranquilo!
Chegando lá, sozinho, entrei na enorme fila para ingresso e, depois, na enorme fila para entrada no estádio do Pacaembu. Mesmo assim deu tempo de entrar a tempo de ouvir os primeiros acordes da primeira banda.
ANGRA: Eu tinha o LP Angels Cry do Angra, saído recentemente, e gostava bastante. Como Viper era pra mim (e ainda é) uma das minhas bandas preferidas, eu fiquei muito entusiasmado em ouvir e ver pela primeira vez o vocalista original André Matos ao vivo. Carry On começou matadora. Corri tanto que acho que cheguei mais perto do palco na metade da música. Eram mais ou menos 14:00 e, por isso, o estádio não estava lotado, mas já tinha bastante gente. Foi realmente um showzaço, não só por parte do André mas toda a banda estava muito afiada e empolgaram bastante o público presente com as ótimas músicas desse disco que é, pra mim, junto com o Reason do Shaman um dos melhores trabalhos do André pós-Viper. Lembrei de algo que li, se não me engano no jornal, onde o André Matos falou que, se o pessoal do Viper chamasse para uma jam, ele estaria disposto. Era aguardar e conferir. Fim do show, todos satisfeitos com a sensação que tinhamos acabado de ver algo especial, e tinhamos mesmo pois o Angra cresceu muito, ocupando por muito tempo, junto com o Sepultura, o posto de principais representantes brasileiros do Metal no mundo.
DR. SIN: Já tinha visto eles no Hollywood Rock, então não era muito novidade. E confesso que ainda estava digerindo o show do Angra, junto com um cachorro quente e um refrigerante, minha última refeição do dia. Mas é uma banda muito legal ao vivo, principalmente pela pegada matadora do baterista Ivan Busic. Emotional Cathastrophy tinha tido uma razoável exposição na MTV, chegando até em programas como TOP 10 Brasil (Sim! Essa mesma MTV de hoje já teve coisa boa assim!) e foi um dos pontos altos do show. Também foram muito bem recebidos pelo público, que agitou bastante durante o ótimo set. Lembro que o som estava bem mais limpo que o do Angra, que começou meio embolado nas primeiras músicas. Vantagens de um power-trio.
VIPER: Nem precisa dizer que das bandas nacionais, era a banda que eu mais esperava ver. Evolution era, e ainda é, um dos meus discos favoritos do Metal nacional. Já tinha visto eles abrindo o show do Metallica alguns anos atrás mas, além do som naquele dia estar meio ruim, o set foi muito pequeno. Nesse show foi diferente pois, do cast nacional, eles eram um dos principais, o que proporcionou um tempo maior e som bem melhor. Dava pra ver que faltava “ritmo de jogo” pois eles estavam mixando o próximo disco, o controverso (mas ótimo) Coma Rage , e não estavam fazendo shows direto. Mas compensaram um ou outro erro com muita energia e uma presença de palco impar, destacando a empolgação do guitarrista Felipe Machado e do baixista/cantor Pit Passarell. Para quem é de fora de São Paulo, é de arrepiar, assim foi na abertura do Metallica, ver o estádio inteiro cantar a introdução de Living for the Night! Nunca entendi como eles não estouraram pra valer no mundo todo! Tocaram ainda duas músicas do (futuro) álbum Coma Rage, com uma pegada mais hardcore, o que não me incomodou por eu gostar de ambos os estilos. O fim, com o hit Rebel Maniac, com uma pequena participação do João Gordo (Ratos de Porão) selou uma memorável apresentação de uma banda que, infelizmente, não teve nos anos seguintes o devido reconhecimento e acabou se desfazendo. Também não rolou a aguardada jam session com o André Matos, mas confesso que só lembrei disso alguns minutos depois do término da apresentação. Sinal de que o show foi mesmo excelente!
SUICIDAL TENDENCIES: Esse daí foi o meu primeiro baque real. Eu já conhecia e gostava do Suicidal, tinha dois discos se não me engano, o Still Cyco After All These Years (regravação do primeiro e parte do segundo disco) e Lights Camera Revolution e conhecia outras músicas de fitas cassetes copiadas de amigos. Mas, pra mim, tudo mudou depois desse show! Depois desse dia, comprei todos os discos, aprendi a tocar várias músicas, e quis montar uma banda de crossover/Hardcore/Metal. Começa a intro de You Can’t Bring Me Down e, então, entra o vocalista Mike Muir anunciando a música Suicyco Muthafucker, do disco Suicidal for Life que acabara de ser lançado. Por aproximadamente meio segundo fiquei decepcionado por não ouvir o resto do hino You Can’t Bring Me Down. A partir daí não pude mais ficar parado e o cicle pit pegou fogo. Foi um rolo compressor de músicas animalescas como War Inside My Head, No Fucking Problem, Lost Again, Join the Army, entre outras. A clássica I Saw Your Mommy demoliu tudo e todos que estavam nas rodas de pogo. A formação era, na minha opinião, a melhor de todos os tempos com o excelente baterista Jimmy DeGrasso, a mão direita nervosa da guitarra base de Mike Clark, os solos alucinados do Rocky George, Robert Trujillo no baixo, que dispensa apresentações, e o folclórico e insano vocalista Mike Muir. O grande público não era deles. Era uma banda, de certa forma, deslocada no cast do festival. Fora a galera do gargarejo, pra onde foram os fãs da banda, o restante ainda não conhecia tanto o som deles. E nessa hora deu pra sentir como a banda estava no auge pois era visível muitos fã de outras bandas ficaram lá curtindo a performance matadora dos caras. A parte final do show, com os clássicos How Will I Laugh Tomorrow e Pledge Your Allegiance, foi emocionante. Fiquei uns minutos parado no meio do povo, sozinho, tentando entender o que acabara de ver.
Antes de falar da próxima banda, voltando a aventura desse que vos escreve, fui encontrar minha mãe e meu padrastro na, obviamente inexistente, “ala de alimentação” a direita do palco. Rodei por todas as barraquinhas toscas de cachorros frios e refrigerantes e cervejas quentes e nada de encontrá-los. Quando comecei a movimentação para o próximo show, esqueci todo futuro problema logístico que isso poderia me causar e voltei para a massa roqueira.
BLACK SABBATH: Esse foi um show esquisito. Óbvio que eu gostava muito de Black Sabbath na época. Mas só conhecia melhor a fase do Ozzy. Até a fase do Dio, fora uma ou outra música tipo Neon Knights e Mob Rules, era obscura pra mim naquele tempo. Imagina ainda dizer que vinha a banda original tocar nesse dia com o vocalista Tony Martin? Quem? Como, a essa hora da noite, já estava em pé tinha muuuuuito tempo, resolvi assistir esse show mais de longe. Como era bom ser jovem e conseguir assistir praticamente todos os shows colados na grade! Eu estava até achando o show legal, até que eles resolveram executar a música Black Sabbath. Nossa, aquilo me assustou de verdade, mas não no propósito que a música originalmente foi feita. O Tony Martin simplesmente destruiu esse clássico! A partir daí, eu meio que me desliguei um pouco do show e fui dar uma volta para ver se achava minha mãe ou algum conhecido, pois vários amigos meus foram de excursão. Mas não encontrei ninguém. Nessa época nem eu, nem quase ninguém, tinha celular. Nem sei se existia, pra falar a verdade. Então estar perdido em outra cidade, com pouco dinheiro, não era algo tão fácil de se resolver. Ainda curti mais algumas músicas mas confesso que só me dei por satisfeito em relação ao Sabbath quando vi o Heaven & Hell e o Ozzy anos depois.
SLAYER: Quem já viu o DVD Get Thrashed lembra que é falado como é complicado uma banda abrir um show do Slayer, afinal não existe show ruim do Slayer. Não existe nenhum pingo de exagero nessa frase! Apesar do baterista não ser o original Dave Lombardo, o Paul Bostaph segurou muito bem a onda nessa fase. Ele e os mestres Kerry King, Jeff Hanneman e Tom Araya mostraram porque eles são mesmo os reis do Thrash Metal. Não é show para qualquer um não! Ouvindo e vendo serem executadas pedradas clássicas como Hell Awaits, Angel of Death, Dead Skin Mash, Chemical Warfare, Season in the Abyss e, claro, Raining Blood, a catarse é geral. Quem não é fã, vira na hora! Tamanho foi o impacto desse show, eles viriam a ser os headliners de outra edição no futuro.
KISS: Apesar do excelente disco Revenge, o Kiss não estava no seu pico comercial na cena mundial. Os shows continuavam lotados, o disco vendia bem, mas não era mais aquela febre como nos anos 70 e 80. Mesmo assim, desde o show do Maracanã, em 83, quando tocou para 200 mil pessoas, o Brasil não via a banda ao vivo. Então, com certeza, era o show mais esperado da noite. Eu já era muito fã de Kiss e esse show só fez esse fanatismo aumentar. Entraram de cara com Creatures of The Night mostrando que o peso seria a marca da noite. O palco estranhamente era o do disco anterior; o fraco Hot in the Shades. Reza a lenda que foi temor de problemas para retirada do palco do país, como ocorreu em 83, que fizeram eles trazerem esse palco, que apesar de não ser atual, era bem bacana e cheio de firulas, com uma mega esfinge no centro. Daí pra frente, foram quase duas horas de aula de Rock and Roll com clássicos como Deuce, Firehouse (com direito a sessão cospe fogo do Mr. Simmons), Parasite, War Machine e muito mais! Algumas músicas do Revenge foram apresentadas e bem recebidas como a pesada Unholy e Take it Off , quando eles tradicionalmente convidaram algumas strippers para dançar no palco. Tenho que dizer que a mulher brasileira foi muito mal representada naquela noite, apesar da empolgação do pessoal com as moçoilas semi-nuas. A formação com Bruce Kulick e Eric Singer era excelente e muito sólida. Esse último, inclusive, manteve a tradição dos bateristas do Kiss e cantou muito bem a apoteótica Black Diamond. Já os patrões Gene e Paul, pra variar, são as grandes atrações. Gene Simmons, mesmo sem a maquiagem, é o lado heavy da banda, com as músicas geralmente mais pesadas e as poses de malvadão. Já Paul Stanley é o showman que tem o público na mão o tempo todo! Coisas simples que levam o público ao delírio, como quando ele falou “vamos tocar tudo o que vocês quiserem ouvir hoje.. O que VOCÊ quer ouvir (apontando para uma pessoa da platéia)?”. Em seguida ele malandramente fala “Ele quer ouvir uma música antiga… Beleza então”, e puxa o riff da matadora Watching You. Mesmo tendo 90% de certeza que não foi a música que o cara pediu, nem precisa dizer a galera foi abaixo com esse petardo! Finalizaram o show com a ótima Heaven’s on Fire, do mediano disco Animalize, com direito a fogos de artificio, Paul botando fogo e quebrando a guitarra e tudo mais. Faltou alguma música? “Só” o clássico maior da banda: Rock and Roll All Night! Todo mundo ficou cantando o refrão após o fim da última, mas logo as luzes do estádio se acenderam anunciando o fim da festa. Eles tinham dado um tempo nessa música, tanto que no disco Alive 3, ela é executada no meio do set, sem muito destaque. Não importava! Tinha sido um mega show, que ficou na minha memória e de todos ali presentes por muitos anos. Se hoje, quase 20 anos depois, ainda tenho empolgação para tocar numa banda de Heavy Metal (New Revenge Scheme), de ir a shows de rock, muitas vezes fora de Brasília, é por causa do Kiss. É por causa desse show. É por causa desse festival como um todo!
Depois de praticamente 12 horas sozinho, quer dizer, na companhia de anônimos irmãos e irmãs do rock, era hora de resolver a minha volta pra casa. Fiquei uma meia hora na porta do Pacaembu tentando achar minha mãe e meu padrastro, logicamente em vão. Pensando hoje, foi uma ideia bem idiota já que era um gigantesco mar de gente saindo sem parar. Depois, consultei o meu bolso, ainda tinha algum dinheiro. Poderia comer alguma coisa, pois estava morrendo de fome. Mas como não tinha perspectiva de encontrar ninguém conhecido, tinha que tentar voltar pro hotel. Depois de rodar um tempo, vi um taxi fazendo uma espécie de lotação. Pelo preço de, digamos hoje em dia, 30 reais, ele fazia uma rota e deixava você onde queria, desde que no caminho para os outros passageiros.
“Moço, eu vou para o hotel Senador, que fica em uma esquina na Praça da Sé“. Excelente! Alguns muitos minutos o taxi pára na porta do hotel Senador em uma esquina na Praça da Sé. “Moço, não é esse o meu hotel, acho que o nome é outro“. A resposta foi um educado “Se vira” e o barulho do carro acelerando para outro destino. O que era pior? Perdido e sozinho na frente do Pacaembu cheio de gente e polícia ou, 3 da manhã, numa silenciosa e sombria Praça da Sé? Nem precisa responder!
Fui andando, tentando não fazer barulho nem para respirar para não acordar os walking dead que eu via no caminho e fui procurar o raio do hotel Governador (até hoje não sei o nome certo, mas era uma confusão do tipo). De repente, para o meu alívio, me deparo na porta do fechado hotel. Rapidamente o porteiro abre a porta e me diz que minha mãe ligou de um orelhão para saber se eu tinha chegado. Pensei que iria encontrar minha mãe tão preocupada e furiosa que até considerei voltar e bater um papo com os meus amigos walking deads. Que nada! Meia hora depois, entram no quarto minha mãe e meu padrasto e a primeira coisa que falam foi “Showzão hein? O Kiss arrebentou! Você gostou?“. Resposta mais que óbvia! Ainda mais agora, com o final feliz dessa saga.
Anos mais tarde, fui em outras edições do festival, em outros shows internacionais, até que a pirataria fez com que os artistas ficassem mais tempo na estrada para garantir o ganha-pão e eu pude ver shows do Ozzy, Iron Maiden, Shaman, Guns N’Roses, Sepultura, Edguy, Slash, Deicide, Scorpions, entre outros, na porta da minha casa.
Ano que vem farão 20 anos desse dia histórico. Haverá algum show para marcar essa data? Algum documentário? Qualquer coisa? Só sei que, no mínimo, eu vou, no dia 27 de agosto de 2014, estar sentado no sofá da minha casa, assistindo todos esses shows em DVD bootleg (foi transmitido pela MTV e o Kiss lançou esse show quase completo no Kissology) tomando umas cervejas com alguns amigos, que foram lá mas não os encontrei, e relembrando todas essas histórias divertidas ao som de Rock and Roll da melhor qualidade.
Grande abraço a todos que acompanham a Wikimetal!
Fonte:
Aventuras no Primeiro Monsters of Rock Brasil
wikimetal 10 abril, 2013
Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers
http://wikimetal.com.br/site/aventuras-no-primeiro-monsters-of-rock-brasil/
20 anos do primeiro Festival Monsters of Rock no Brasil
Roquereverso
O dia 27 de agosto de 2014 marca os 20 anos do primeiro festival Monsters of Rock no Brasil. Realizado em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, nesta mesma data em 1994, o evento foi o primeiro de grande porte somente com bandas de rock pesado a ser realizado na cidade onde heavy metal mais concentra fãs no País.
Na escalação das bandas, quatro eram internacionais e outras quatro eram nacionais.
Entre os grupos gringos, a lista trazia o Suicidal Tendencies com sua formação clássica; o Black Sabbath sem Ozzy Osbourne ou Ronnie James Dio nos vocais, mas com o terrível Tony Martin; o aguardadíssimo Slayer pela primeira vez no Brasil, mas sem Dave Lombardo na bateria; e o não menos esperado KISS, sem máscara, fechando o festival.
Do lado nacional, estavam o então novo Angra, com Andre Matos nos vocais, o Dr. Sin arrebentando, o Viper fazendo sucesso até no Japão e os Raimundos, com o primeiro disco bombando.
As bandas nacionais abriram o Monsters. O primeiro show, do Angra, estava agendado para as 14 horas, mas, já às 11 horas, as filas para entrar no Pacaembu chegavam ao topo do vale que cerca a Praça Charles Muller. Várias pessoas chegaram a dormir na porta do estádio, tamanha a ansiedade para ver aquele evento.
Para os jovens de hoje que não puderam presenciar aquele festival, o Brasil engatinhava pela primeira vez com uma onda convincente de atrações estrangeiras do heavy metal. Pouco antes do Monsters, em 1993, o Metallica tinha vindo pela segunda vez ao País durante a turnê do estrondoso “Black Album” e o Anthrax havia feito a estreia em palcos brasileiros, assim como o Pantera no auge! No início de 1994, o Hollywood Rock trouxe o Aerosmith e o Sepultura bombando demais com o álbum “Chaos AD”. Na mesma época, o Helmet fez um excelente show no Olympia e o público queria sempre mais!
A despeito de o Rock in Rio, em 1985, ser o pioneiro a trazer bandas esperadíssimas do estilo, repetir a dose em 1991 e a capital paulista ter tido experiências legais com as edições do Hollywood Rock, o Monsters of Rock consolidou um sonho dos amantes do rock pesado na cidade que tinha uma legião de fãs e era berço da Galeria do Rock, da Woodstock, do bar Black Jack e de outros tantos locais que reuniam o público de uma época na qual as “redes sociais” não eram virtuais.
O Plano Real também era novo e parecia, depois de inúmeros planos que deram errado, que iria dar certo, como, de fato, aconteceu logo depois. A consolidação do plano econômico foi fundamental na sequência para que esta onda de atrações gringas se consolidasse anos depois.
O Angra abril o festival e foi seguido pelo Dr. Sin, Viper e Raimundos. Todos os shows das bandas nacionais foram bons e não comprometeram. O destaque foi a apresentação do Dr. Sin, que chegou a levantar o estádio inteiro com sua versão de “Have You Ever Seen the Rain?”, do Creedence Clearwater Revival.
Quanto aos shows internacionais, o Suicidal Tendencies fez uma apresentação impecável e muito animada. “War Inside My Head” foi um dos grandes momentos, com os fãs cantando o famoso refrão do começo ao fim. Vale lembrar que Robert Trujillo, atualmente baixista do Metallica, fazia parte da formação do ST e, para variar, deu um show à parte.
O grupo também contava com os bons guitarristas Mike Clark e Rocky George, além do baterista Jimmy DeGrasso e o elétrico vocalista Mike Muir, único membro atual que permanece no Suicidal.
Na sequência, o Black Sabbath veio com três de seus quatro integrantes clássicos: Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Na falta de Ozzy e Dio, quem assumiu os vocais foi o questionável Tony Martin.
É claro que foi bem interessante ver o Sabbath ali de perto, mas a performance de Martin deixou muito a desejar. Quem se lembra dele cantando “Sabbath Bloody Sabbath”, sabe que ele lembrou muito mais Louis Armstrong cantando do que qualquer vocalista que tenha passado pelo grande grupo de heavy metal.
Após o Sabbath, finalmente o Slayer se apresentava num palco brasileiro. Um dos maiores ícones do thrash metal, a banda norte-americana tinha o baterista Paul Bostaph no lugar do mago Dave Lombardo, mas fez um excelente show, com todos os grandes clássicos do grupo.
Este jornalista lembra de ter visto muito marmanjão da velha guarda do heavy metal chorando na fila do gargarejo porque estava vendo o Slayer pela primeira vez. Entre os destaques da apresentação do grupo, “Mandatory Suicide”, “Hell Awaits”, “Postmorten”, “Angel of Death”, “Raining Blood” são só alguns exemplos de faixas que não deixaram a galera recuperar o fôlego.
Depois de assistir a todos os shows nas primeiras fileiras até a apresentação do Slayer (que era a mais esperada por muitos), este jornalista preferiu acompanhar o KISS mais próximo da torre central. Foi uma forma de descansar e, ao mesmo tempo apreciar os efeitos especiais que o grupo norte-americano trouxe para o Pacaembu.
Sem as máscaras tradicionais e com os ótimos Eric Singer (bateria) e Bruce Kulick (guitarra), o que se viu no show do KISS foi uma grande performance, capitaneada por Gene Simmons (baixo e vocal) e Paul Stanley (vocal e guitarra). ““I Love It Loud”,“Deuce”, “Detroit Rock City”, “Lick it Up” e “Creatures of the Night” foram são alguns dos hits históricos tocados. Mas um momento inesquecível foi quando foi tocada “Heaven’s On Fire”, com grande utilização de fogos e efeitos especiais que encantaram o público. O Monsters of Rock de 1994 terminou por volta das 2 horas da manhã do dia 28 e totalizou cerca de 12 horas de evento. Foi tanto um sucesso que foram realizadas edições em 1995, 1996 e 1998. O bom resultado daquele festival fez com que organizadores acreditassem mais no potencial do público de heavy metal. Não por acaso, até hoje é este o gênero que está entre os que mais contam com atrações internacionais no Brasil.
Para relembrar o Monsters of Rock de 1994, descolamos, é claro, vídeos no YouTube. Para detonar tudo, fique com as apresentações do Suicidal Tendencies, do Black Sabbath, do Slayer e do KISS filmadas pela finada MTV Brasil.
Fonte:
20 anos do primeiro Festival Monsters of Rock no Brasil
Roquereverso
http://roquereverso.com/2014/08/27/20-anos-do-primeiro-festival-monsters-of-rock-no-brasil/
Monsters Of Rock Brasil 1995
2 de Setembro de 1995
Philips Monsters Of Rock
Brasil Underground
Philips Monsters Of Rock 1995 , a segunda etapa do melhor festival de Rock já realizado no Brasil, foi um espetáculo que aconteceu 02 de setembro 1995 em São Paulo no estádio do Pacaembú.
Fazer um show ao ar livre com nove bandas é uma loucura! O calor de 30 graus do dia anterior foi substituído por um tempo frio, quem teve fôlego, chegou antes das duas horas da tarde (horário previsto para inicio dos shows).
Entre os intervalos, a produção rolava uma fita contendo informações sobre as saídas de emergências e postos médicos.
O primeiro grupo a pisar no palco foi o Clawfinger, o Virna Lisi foi a única banda brasileira a tocar e foi a segunda da noite, o Rata Blanca, banda da Argentina apresentou um heavy metal clássico, o Therapy fez sua parte com set perfeito.
A coisa esquentou quando o Paradise Lost pisou no palco e foi a primeira banda a levantar a galera, todos vibraram com “Last Time”.
O Megadeth fez um show impecável tanto no som quanto de luz, a dupla Marty Friedman e Mustaine estavam afiados e só tocaram clássicos e fecharam o bis com “Anarchy In The Uk”.
Faith No More agradou o público sem fazer muito esforço, misturando sucessos com músicas novas fez um excelente show.
Chegou a hora do Rock-Horror começar, Alice Cooper no segundo show no Brasil, (o primeiro foi em 1974 na turne do Muscle of Love), o teatro começou com “Under My Wheels” e varios clássicos com “Billion Dollar Babies”, “No More Mr. Nice Guy”, “Go to Hell” e “It’s Me”, o ponto mais alto foi “Welcome To My Nightmare”, bem entrosada e excelente postura cênica como as tradicionais vistas em vídeos, quase no final do show o grupo lançou enormes bexigas no público, a última música foi cantada com a camisa da seleção brasileira e no final do show ele agitou a bandeira do Brasil, fez um show com maestria, excelente apresentação.
E a hora estava chegando, era quase meia noite quando as luzes se apagaram e no telão começou a passar um filme engraçado, nele aparecia figuras conhecidas como Beatles, Madonna, Elvys Plesley, família Adams e o MR. Madman imitando essas pessoas e a platéia riu muito com isso, logo após veio o vídeo de abertura Live & LOud com cenas da carreira de Ozzy, eis que o grupo entra no palco e soa os primeiros acordes de “Paranoid” e ai foi loucura total, não demorou muito e Ozzy começou a jogar baldes de água no público das primeiras filas, o show teve todos os clássicos da carreira e algumas do Black Sabbath, Geezer Butler arrebentando no Baixo e Deen Castronovo é um animal na bateria e Joe Holmes brincando com as seis cordas, mais ou menos na metade do show um fan correu na direção de Ozzy e os seguranças tentaram leva-lo, mas Ozzy dispensou todos e ficou abraçado com o cara por um bom tempo e claro foi aplaudido por toda platéia pela atitude, coisa que poucos músicos de sucesso fazem, o fim estava próximo quando os primeiros acordes de “Bark de Moon” eram executados, foram mais de 100 minutos de show excelente, que viu, viu e eu estava lá.
Fonte:
Brasil Underground
http://www.acnbrasil.com.br/underground/philips-monsters-of-rock-1995/
Philips Monsters Of Rock
Roberio Lima
Logo no inicio do ano de 1995 iniciou-se uma grande movimentação para saber quem seriam as atrações do Phiulips Monsters Of Rock, ou ate mesmo, para confirmar se haveria uma segunda edição do festival, e as apostas logo começaram a pipocar.
Não demorou muito, e Ozzy Osbourne foi a primeira confirmação do festival, e claro, como headline. Alice Cooper seria a outra grande atração a ser confirmada e motivos não faltaram para comemorar a volta da “Tia Alice” ao Brasil, pois a ultima vez que esteve por aqui foi no histórico show de 1974. Em seguida seriam confirmadas as outras bandas que completariam o “casting” do festival,
Megadeth, Faith No more, Therapy?, Paradise Lost, Rata Blanca, Clawfinger e o Virna Lisi, e apesar de alguns deslizes na escalação das bandas, o dia 02 de setembro de 1995 ficaria marcado na memoria de quem esteve presente no Pacaembu. Vamos aos principais momentos de cada atração:
O Virna Lisi foi a única banda nacional desta edição, e consequentemente a mais dispensável. Definitivamente não era o tipo de banda que o publico do “PMOR” queria ver. Em seguida os Argentinos do Rata Blanca, que já tinham 15 anos de carreira e estava divulgando o álbum “ Entre El Cielo Y El Infierno” lançado em 94 agradou os presentes. O Clawfinger, banda sueca que tinha um som, alto- denominado como “Industrial Rapcore”, e sua gravadora apostavam no sucesso desta apresentação para alavancar a careira da banda por aqui, mas o resultado foi bem aquém do esperado.
O Therapy? , outra banda deslocada, realizou uma apresentação morna e também não agradou. As coisas começaram a melhorar com os ingleses do Paradise Lost que estava divulgando o já clássico “Draconian Times” e já vinha abrindo as apresentações do “Mad Man” em varias partes do mundo.
O Megadeth e uma das bandas que mais tocam no Brasil e os fãs nem se importam com isso, pois as apresentações dos caras são sempre de altíssimo nível. Nesta altura do campeonato, estava difícil ate respirar em meio a tanta gente e “Skin On My Teeth” e “Holy Wars” além de uma versão para “Anarchy In The UK“ do Sex Pistols, incendiaram a plateia. O Faith No More veio a seguir e voltava ao Brasil depois de uma apresentação memorável na segunda edição do Rock In Rio, mas desta vez não estava em boa fase e realizou uma apresentação que dividiu opiniões. O Alice Cooper, foi a penúltima banda a se apresentar e utilizou muito de seus números teatrais, marca registrada de suas apresentações, e despejou uma serie de clássicos para a alegria de todos os presentes, entre eles “Elected” e “Hey Stoopid”.
A ultima e mais esperada atração da noite era mesmo, Ozzy Osbourne, o cara que fez historia com o Black Sabbath retornava ao Brasil depois de dez anos, (a primeira vez foi no Rock In Rio de 1985). E acompanhado por Geezer Butler, Joe Holmes e Dean Castronovo, e com o multiplatinado “No More Tears” como ultimo lançamento de estúdio, fez uma grande apresentação mesclando clássicos do Sabbath e de sua consagrada carreira solo, ainda teve espaço para a nova musica “ I Just Want You” do disco que já estava pronto mais ainda não tinha sido lançado “Ozzmosis”. No final, mais uma edição para ficar na memoria.
Fonte:
Salada Itinerante
Roberio Lima
http://saladaitinerante.blogspot.com.br/2012/05/philips-monsters-of-rock-02-de-setembro.html
Set List da Apresentação de Ozzy Osbourne no Monsters Of Rock Brasil 1995
1.Paranoid
2.Desire
3.I Don't Know
4.Flying High Again
5.Goodbye to Romance
6.No More Tears
7.I Just Want You
8.I Don't Want to Change the World
9.Suicide Solution
10.Sabbath Bloody Sabbath
11.Iron Man
12.Sweet Leaf
13.Children of the Grave
14.Mr. Crowley
15.War Pigs
16.Bark at the Moon
17.Mama, I'm Coming Home
18.Crazy Train
Monsters Of Rock Brasil 1996
24 de Agosto de 1996
Philips Monsters Of Rock
Roberio Lima
Como já havia acontecido no ano anterior, as especulações começaram a borbulhar a respeito das bandas que seriam escaladas para o PMOR de 1996. E mais uma vez, os fãs foram presenteados com grandes atrações.
Era só uma questão de tempo para que o Iron Maiden fosse confirmado como atração principal deste festival, e o fato de estarem lançando novo disco e a estreia do novo vocalista davam mais motivos para os fãs conferirem ao vivo o substituto de Bruce Dickinson. Além da “Donzela”, foram confirmadas as seguintes bandas: Skid Row, Motorhead, Biohazard, Helloween, King Diamond, Mercyful Fate, aimundos e Heroes Del Silencio.
Os espanhóis do Heroes Del Silencio foram os primeiros a subirem ao palco e, encontraram o estádio do Pacaembu bastante vazio. Na ocasião, estavam divulgando o quinto álbum, “Avalancha” pela EMI. Mesmo assim, não tiveram muito êxito por aqui.
As próximas atrações foram muito festejadas e, vê-los ao vivo (no mesmo festival), não passava de um sonho para os “Metalheads” Brasileiros. O Mercyful Fate fez com que a pista do estádio Paulo Machado de Carvalho lotasse rapidamente, e a emoção era imensa. Estavam divulgando o ótimo “Into The Unknown”. O que dizer de clássicos como “Come To The Sabbath”? Rapidamente o mestre King Diamond correu para o camarim para recompor a maquiagem (tarefa difícil, pois o calor estava infernal!). Em menos de meia hora King Diamond já estava no palco despejando clássicos de sua carreira e novas musicas do “The Graveyard”.
Outra banda que se apresentava pela primeira vez no Brasil subiu ao palco para emocionar aos fãs que os aguardavam desde a época dos “Keepers”, e mesmo não contando mais com o carismático Michael Kiske, Andi Deris (Ex-Pink Cream 69), deu conta do recado e empolgou a plateia com perolas do quilate de “Dr. Stein” e “Future World”.
Uma das situações mais inusitadas desta edição foi a escalação do Raimundos, que apesar de ter incendiado a plateia foi, no mínimo, beneficiado por tocar depois de grandes lendas do metal mundial.
O Biohazard trouxe folego extra aos que já estavam exaustos com as apresentações anteriores e divulgando disco “Mata Leão” realizaram uma apresentação impecável.
Lemmy Kilmister, Mikkei Dee e Phil Campbell foram responsáveis por uma destruição sonora poucas vezes vista ate então. Tenho que ressaltar o desempenho de Mikkei Dee que, simplesmente massacrou a bateria e arrancou elogios ate de Nicko McBrain (Iron Maiden), que assistia o desempenho na lateral do palco.
O momento mais triste do evento ficou por conta do episodio que envolveu um dos baluartes do Hard Rock. O Skid Row tinha tudo para ser uma das bandas mais festejadas do festival, mas por conta de uma radicalidade inexplicável por parte do publico, foram praticamente expulsos do palco devido ao grande numero de objetos atirados no palco. Infelizmente, pouco tempo depois, essa situação lastimável culminou com a saída de Sebastian Bach, que não aguentou a pressão dos demais integrantes.
A grande atração da noite entraria no palco para mostrar ao publico brasileiro, que mesmo sem Bruce Dickinson, dariam muitos motivos para seus seguidores se tornarem ainda mais fanáticos pela banda. Mesmo sem o mesmo carisma de seu antecessor, Blaze Baley conduziu os clássicos do Maiden com energia suficiente para empolgar os mais de trinta mil fãs. O disco “X- Factor” dividiu opiniões e como todos já sabem a historia de Blaze com a banda não durou muito, mas, no final, o saldo foi positivo.
Fonte:
Roberio Lima
Salada Itinerante
http://saladaitinerante.blogspot.com.br/2012/07/philips-monsters-of-rock-24-de-agosto.html
Skid Row: no Monsters Of Rock banda foi vítima do público
Whiplash
O ano era 1996. Local, o estádio do Pacaembu, em São Paulo, onde acontecia a terceira edição do Philips Monsters of Rock. A atração principal era o Iron Maiden, que apresentava Blaze Bayley ao mundo na turnê do álbum The X-Factor. Completavam o cast: Heroes Del Silencio; Mercyful Fate & King Diamond (sim, dose dupla do mestre!); Helloween (pela primeira vez por aqui); Raimundos; Biohazard; Motörhead e... Skid Row. E foi aí que o bicho pegou, já que a banda sempre foi vítima de preconceito pelos bangers, graças à devoção das garotas pelo vocalista do grupo.
De qualquer modo, o que se sucedeu foi um verdadeiro fiasco coletivo, como contou em suas páginas a Rock Brigade número 122, de setembro daquele ano, em texto de Fernando Souza Filho:
As garotas se aproximaram do palco e as vozes femininas falaram mais alto. Muitos marmanjos se mandaram para a frente do palco para “aproveitar” a marcante presença do sexo feminino. Mas quem estava interessado apenas em música, se deparou com um show energético, demonstrando grande amadurecimento musical dos caras do Skid Row.
Só que, depois de Biohazard e Motörhead, a recepção ao Skid Row não poderia ser das mais simpáticas. Cusparadas, garrafas, chinelos e até radinhos eram atirados no palco, tendo como alvo principal o vocalista Sebastian “Barbie” Bach. Vaias, então, nem se fala...
Claro que foi nos sucessos e nas baladas que a vibração das fãs à frente do palco foi maior, mas o fato é que o show do Skid Row hoje está bem forte, satisfazendo não apenas as garotinhas que ficam gritando pelo “Barbie”, mas também aos apreciadores de um grupo competente de Rock. Monkey Business e 18 and Life foram algumas das que mais mexeram com o público.
No entanto, a essa altura, o cansaço já tomava conta da platéia que, nas arquibancadas, permanecia sentada guardando forças para o Iron Maiden. Na pista, o cenário não era diferente e, do meio para trás, boa parte do público permanecia sentado descansando. Não raro de costas para o palco.
Resultado: esse foi o último show do Skid Row com Sebastian Bach, que abandonou o barco. Um retorno aconteceria apenas 3 anos mais tarde, com Johnny Solinger assumindo o microfone. Hoje é provável que a reação negativa tivesse sido bem menor, já que o Hard Rock é bem aceito por boa parte da geração atual de headbangers, muito graças ao apoio que o estilo conquistou na mídia segmentada, que abraçou o gênero quando ele mergulhou em crise profunda. Curiosamente, lá fora a banda já excursionou com grupos bem mais pesados, como Pantera e Anthrax. Imaginem isso acontecendo por aqui? Problemas à vista.
O Skid Row retornaria para show único em São Paulo apenas em 2009. Sebastian passaria por aqui no mesmo ano, como atração de abertura para o Guns N’ Roses, além de já ter tocado quatro anos antes.
Blaze Bayley também lembrou o fato em apresentação solo, anos depois.
Provavelmente, se soubessem o que ele faria com as músicas de Bruce Dickinson no principal show da noite, os fãs não tivessem atacado Sebastian com tanta veemência.
Fonte:
Whiplash – 03.10.11
http://whiplash.net/materias/curiosidades/139419-skidrow.html
Monsters Of Rock Brasil 1998
26 de Setembro de 1998
Philips Monsters Of Rock
Roberio Lima
Depois de três edições realizadas com muito sucesso, o Philips Monsters Of Rock já estava se consolidando como um dos principais eventos da cidade, mas, ao contrario do que todos esperavam o evento não foi realizado em 1997. Em seu lugar, tivemos o Skol Rock que contou com atrações do quilate de Scorpions, Bruce Dickinson e Dio. Mesmo com nomes de peso, o festival não tinha a mesma magia do PMOR e logo nos primeiros dias do ano de 1998 pipocaram noticias sobre a volta do festival.
O local escolhido para sediar o evento foi o Estádio do Ibirapuera, que no ano anterior já havia sido palco para o Skol Rock. Sem muita polemica, o cast do festival foi um dos melhores dentre todas as edições. Pra começar, duas lendas do metal nacional, Korzus e Dorsal Atlântica foram escaladas merecidamente para essa grande festa. Do lado internacional tivemos Saxon, Savatage, Manowar, Dream Theater, Megadeth (que já havia tocado na segunda edição), Slayer (tocou na primeira edição) e que desta vez seria responsável por fechar a noite. A atração que mais destoou do cast foi Glen Hughes, mas isso não foi problema, pois estamos falando de uma lenda do Classic Rock.
Nem o calor insuportável que fazia naquele histórico sábado, foi suficiente para espantar os fanáticos por musica pesada e muita gente chegou cedo para prestigiar as bandas nacionais.
A primeira atração foi a Dorsal Atlântica que naquele momento divulgava o disco “Straight”. Carlos “Vândalo” Lopes e sua trupe deram mais uma aula de energia. A segunda atração não deixou a “peteca” cair, o Korzus não deixou pedra sobre pedra e, com um set recheado de clássicos já deixou alguns pescoços doloridos.
A primeira atração internacional a se apresentar foi Glen Hughes, que como foi dito no começo deste texto, tem os dois pês no Classic Rock e muita influencia do soul, para os mais ortodoxos, não agradou, mas o cara e uma lenda viva e certamente influenciou boa parte das bandas que iriam tocar naquele dia, para os apreciadores de boa musica, agradou em cheio. O Savatage havia tocado a pouco tempo no Brasil, mas possui um publico fiel que cantou cada refrão como se não houvesse amanha. O Saxon veio na sequencia e manteve o publico na mão. Ver um dos principais nomes do NWOBHM (New Wave British Of Heavy Metal) fez muito marmanjo lacrimejar.
O Dream Theater fez uma apresentação que certamente agradou aos fãs apaixonados por sua técnica e perfeição, mas, em minha opinião, não empolgou. Já a atração que veio na sequencia, empolgou e muito. O Manowar se utilizou de performance e discursos sobre a sua já conhecida paixão pelo Heavy Metal. Excelente show com tudo que os fanáticos seguidores esperavam.
O Megadeth já tocou no Brasil diversas vezes e mesmo não passando por um bom momento devido ao lançamento do criticado “Cryptic Writings”, manteve uma das melhores performances ao vivo, e mais uma vez saiu do palco aclamado.
O Slayer estava promovendo “Diabulos in Musica”, mas os headbangers queriam ouvir os clássicos. E tome porrada uma atrás da outra. Confesso que tive certo medo, pois era a primeira vez que via ao vivo a lenda do metal extremo, mas ao mesmo tempo estava muito feliz por ver “A Raiz de Todo o Mal” conforme definição de Abbath, líder do Immortal.
Mais um momento histórico para os que tiveram a oportunidade de comparecer ao estádio Icaro de Castro Melo, já que hoje estamos rodeados de festivais oportunistas com atrações medianas e preços abusivos de ingressos. Mesmo sendo anunciada a volta do festival para esse ano, tenho certeza que não será como antes.
Fonte:
Roberio Lima
Salada Itinerante
http://saladaitinerante.blogspot.com.br/2013/04/philips-monsters-of-rock-26-de-setembro.html
Monsters Of Rock Brasil 2013
19 e 20 de Outubro de 2013
Batemos Ponto : Monster Of Rock 2013
Por Marcelo Coleto
Neste sábado depois de 15 anos, aconteceu novamente em São Paulo o Monsters Of Rock. O primeiro dos dois dias de festival reuniu bandas com a “cara mais jovem”: Projetc46, Gojira, Hatebreed, Killswitch Engage, Limp Bizkit, Korn e Slipknot. Todas as bandas, exceto Slipknot, foram apresentadas por Eddie Trunk, um dos apresentadores do The Metal Show. Todos shows muito bons mas o destaque com certeza, fica por conta dos três últimos.
O Limp Bizkit entrou no palco do Monsters Of Rock no começo da noite e foi justamente quando o público se concentrou em frente ao palco para de lá não mais sair.
Fred Durst trajava uma corrente grande no pescoço, bem ao estilo rapper. Sua camiseta homenageava o brasileiro Sabotage, morto em 2003.
A banda abriu o show com um dos seus maiores sucessos, a faixa Rollin’. My Generation, Live It Up e My Way levantaram o público que parecia se controlar para os dois shows seguintes. Não deu.
Um animado Fred Durst, em companhia do iluminado – literalmente – guitarrista Wes Borland, introduziram os covers de Smells Like Teen Spirit do Nirvana e Killing In The Name do Rage Against The Machine.
Covers essas que o grupo vem fazendo desde o seu retorno aos palcos depois do fraco “Gold Cobra”, último disco de estúdio do grupo e que não teve nenhuma música presente no setlist da apresentação.
Eat You Alive, Faith, Take a Look Around (trilha sonora do filme ‘Missão Impossível’) e Break Stuff fecharam o curto show do Limp Bizkit. Curto mas potente, explosivo, com um vocalista que não demonstrava a arrogância de outrora. Fred Durst estava muito à vontade e os outros integrantes da banda pareciam estar na mesma sintonia.
Cerca de meia hora depois sobe ao palco o Korn, que dividia o público e suas camisetas com o Slipknot.
Impecável. Assim poderia ser descrita a apresentação de Jonathan, Munky, Head, Ray e Fieldy no Monsters Of Rock 2013. O grupo fez uma mescla interessante de músicas clássicas como Blind (música de abertura) e Falling Away From Me, com faixas de “The Paradigm Shift”, lançado na semana passada e até uma música do tão criticado “The Path Of Totality”, Narcissistic Canninbal, entrou no repertório.
Love & Meth, Frey For Me e Never Never, três primeiros single de “The Paradigm Shift”, foram apresentadas ao vivo para o público brasileiro, que não reagiu com tanta empolgação.
Diferente de músicas como Shoots And Leaders, Y’ll Want A Single, Got The Life e a adorada Freak On A Leash, esta escolhida para fechar a impecável apresentação do grupo.
Um dos destaques, senão o maior deles, foi a entrada de Derrick Green e Andreas Kisser, vocalista e guitarrista do Sepultura, respectivamente, para tocar junto ao Korn o seu maior sucesso: Roots Bloody Roots.
O Korn acertou em cheio. No repertório, nas participações especiais, e sabia que aqueceria o público para o headliner da noite.
Durante a próxima 1h40 o caos seria instaurado no Anhembi. Máscaras, macacões, chamas e até um taco de baseball indo de encontro a um tambor, dariam o tom do show do Slipknot no Monsters Of Rock 2013.
O Brasil recebia pela quarta vez Corey Taylor e sua trupe para um espetáculo de luzes, som, horror e dessa vez, sentimentalismo.
Disasterpiece, Liberate e Wait And Bleed abriram o setlist do Slipknot, seguidas por Get This.
Boas surpresas foram as presenças de faixas como Gently, Everything Ends, Sulfur e Dead Memories, estas últimas que não haviam sido tocadas na última passagem do grupo pelo Brasil (Rock In Rio 2011).
Before I Forget e Duality incendiaram o público no Anhembi com a última tendo como pano de fundo o número 2 em referência ao falecido Paul Gray, baixista da banda.
O ponto alto da apresentação, como de costume, foi Spit It Out, quando Corey Taylor mandou o público da Arena Anhembi sentar com o seu famoso “Get down on the fuc**** ground high now” e depois explodir após um sonoro “jumpdafu**up“.
A apresentação foi encerrada com Surfacing e o que se viu foi um público em êxtase com o que tinha visto. Ao som de ‘Til We Die o público foi deixando o Anhembi.
O Slipknot hoje, é a banda de melhor performance ao vivo. Seus membros não param um minuto sequer, seja tocando, seja cantando ou correndo, caindo, tendo seus instrumentos suspensos no ar. Um espetáculo que parece um teatro de monstros e barulho ensurdecedor.
“Vocês são o sangue que mantém o Slipknot vivo”, disse um emocionado Corey Taylor. Possivelmente o pensamento de muitos ali seria justamente o contrário.
O primeiro dia de Monsters Of Rock foi totalmente dedicado a um público que ansiava por ter um festival, ainda que apenas um dia, só seu. Com um lineup quase que perfeito para os que lá estavam.
A organização do festival acertou em cheio quando separou os públicos. Sem reclamações de “essa banda não deveria estar nesse dia” ou coisas assim.
Quando a organização dentro do Anhembi, banheiros com filas, óbvio, mas que andavam rápido, fácil acesso, posto médico visível, bares que não ficaram superlotados e inúmeras lojas.
O Monsters Of Rock 2013, pelo menos no seu primeiro dia, nos faz ter a sensação de que o público mais jovem no Brasil merecia um festival para si e com certeza vai esperar por uma próxima edição de mesmo nível em todas as questões, não só sonora.
Fonte:
Batemos Ponto : Monster Of Rock 2013
Por Marcelo Coleto ( Rock Noize)
De Crachá
http://decracha.com.br/batemos-ponto-monsters-of-rock-2013/
Korn no Monsters of Rock: o pior show de todos os tempos
Emir Ruivo
Quando o nu metal (ou new metal) apareceu, havia quem achasse que o velho e bom heavy metal ficaria obsoleto. Lembro que, por exemplo, a gravadora Roadrunner rescindiu seu contrato de anos com o Sepultura e assinou com a então nova banda de Max Cavaleira, o Soulfly.
O quanto eles estavam errados o tempo se encarregou de provar.
Pois bem. Neste exato momento o Korn toca no Monsters Of Rock o que é provavelmente o pior show que já vi na vida. A melhor música deste show não foi deles, mas da banda que a Roadrunner considerou obsoleta no fim dos anos 90, o Sepultura.
Jonathan Davis, o cantor, estava chateado com alguma coisa e descontou no público. “Vocês estão aí?”, perguntou. “Eu achava que tinha vindo a São Paulo!”, gritou, pedindo barulho. Até aí, tudo bem. Todo entretainer tenta tirar o máximo do público.
Mas ele tocou uma música e insistiu, com agressividade. “Eu não vim lá de longe até aqui para ouvir isso”, dizendo que o barulho do público estava baixo. De fato, não veio. Ele veio para fazer uma performance para um público que pagou ingresso. Uma performance pela qual foi pago.
E começou a fazer um sermão – em inglês – como se as pessoas estivessem entendendo o que ele falava. Parecia um pai dando uma bronca num filho.
O Korn é uma das bandas boas de sua geração. O problema é que é uma geração fraca. Slipknot, Limp Bizquit, Linkin Park, são muito, muito fracos se comparados com os caras do heavy metal anteriores. Lembre-se que estamos falando de um gênero que tem Black Sabbath, Deep Purple, Metallica, Slayer.
O show não é mal tocado. Pelo contrário. A banda é boa, tecnicamente falando. Não cheguei a ouvir nenhum erro. Mas as músicas são muito fracas. Melodias mal acabadas e pop no que há de pior, e as letras, adolescentes e superficiais. É heavy metal bundão. Isso, sem contar a atitude do cantor.
Eu entendo que o artista pode estar num mau dia. Mas, quando é o caso, a melhor coisa a fazer é entrar quieto e sair calado. Não que ele não possa dizer o que dá na telha. O microfone está nas mãos dele, não à toa. Mas ele não precisa ser tão grosseiro e agressivo com gente que está ali olhando para cima para vê-lo.
Fonte:
Korn no Monsters of Rock: o pior show de todos os tempos
Emir Ruivo
Diário do Centro do Mundo
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/korn-no-monsters-of-rock-o-pior-show-de-todos-os-tempos/
Monsters Of Rock Brasil 2015
19 e 20 de Outubro de 2013
Um dos mais importantes festivais do país, o Monsters of Rock está de volta em 2015. E para comemorar os 21 anos de sua primeira realização no Brasil, irá trazer para o público uma edição inesquecível. As datas já estão marcadas: dias 25 e 26 de abril, na Arena Anhembi, em São Paulo. Maior festival nacional com uma escalação 100% Rock´n Roll, o evento em 2015 apresentará 14 atrações de peso.
Realizado no Brasil em 1994, 95, 96, 98 e 2013, a versão nacional do Monsters, criado originalmente na Inglaterra, já reuniu um público de mais de 300.000 pessoas em edições anteriores e trouxe ao país nomes como Black Sabbath, Slayer, Kiss, Megadeth, Faith no More, Alice Cooper, Ozzy Osbourne, Skid Row, Iron Maiden, Motorhead, Megadeth, Slipknot, Aerosmith e Whitesnake, entre muitos outros.
Responsável pela realização do evento desde sua primeira edição, a Mercury Concerts promete uma experiência mais do que especial em 2015. O Monsters vem fazendo história no país desde sua primeira versão e, quando chega a sua maioridade, vai brindar o público com uma escalação hiper especial. Uma edição inesquecível, que não deixará pedra sobre pedra.
Além de um line-up de primeira, a Arena Anhembi em São Paulo receberá um palco monumental, preparado para se adequar aos mega shows de algumas das maiores bandas do mundo, e toda uma estrutura de diversão e interação que será montada no local para atender ao público presente.
Monsters Of Rock Brasil – Line Up das Bandas
1994 Philips Monsters of Rock - São Paulo, Pacaembu - 27 de agosto de 1994
Dr. Sin
Angra
Raimundos
Viper
Suicidal Tendencies
Black Sabbath
Slayer
Kiss
1995 São Paulo, Pacaembu - 2 de setembro de 1995
Rata Blanca
Clawfinger
Virna Lisi
Paradise Lost
Therapy?
Megadeth
Faith No More
Alice Cooper
Ozzy Osbourne
1996 São Paulo, Pacaembu - 24 de agosto de 1996
Héroes del Silencio
Mercyful Fate
King Diamond
Helloween
Raimundos
Biohazard
Motörhead
Skid Row
Iron Maiden
1998 São Paulo, Pista de Atletismo do Ibirapuera - 26 de setembro de 1998
Dorsal Atlântica
Korzus
Glenn Hughes
Savatage
Saxon
Dream Theater
Manowar
Megadeth
Slayer
2013 São Paulo, Arena Anhembi - 19 e 20 de outubro de 2013
19.10.13
Slipknot
Korn
Limp Bizkit
Killswitch Engage
Hatebreed
Gojira
Project46
20.10.13
Aerosmith
Whitesnake
Ratt
Buckcherry
Queensrÿche
Dokken
Dr. Sin
2015 São Paulo, Arena Anhembi - 25 e 26 de abril de 2015
25.04.15
Ozzy Osbourne
Judas Priest
Motorhead
Black Veil Brides
Rival Sons
Coal Chamber
Primal Fear
26.04.15
Kiss
Judas Priest
Manowar
Accept
Unisonic
Yngwie Malmsteen
Steel Panther
Monsters Of Rock Brasil - Curiosidades
- A Philips foi a empresa que promoveu o evento no país.
- Os três primeiros Monsters tiveram como sede o estádio do Pacaembu. O último ocorreu no Ibirapuera.
- A primeira edição, realizada em 1994, foi a que contou com o maior número de atrações nacionais. Foram quatro bandas: Angra, Viper, Dr. Sin e Raimundos.
- Em 1996, King Diamond realizou dois shows em seqüência. Primeiro com o Mercyful Fate, depois com sua banda solo.
- Não bastasse a já dura tarefa de se apresentar duas vezes seguidas, King ainda precisou superar um contratempo de ordem intestinal. Após se esbaldar com pratos de feijoada, o cantor justificou sua alcunha de Rei e precisou sentar no trono inúmeras vezes nos dias seguintes.
- Megadeth, Slayer e Raimundos foram as bandas que mais se apresentaram na história do festival. Cada uma participou duas vezes.
- O baterista Jimmy DeGrasso esteve presente em três edições. Em 1994 com o Suicidal Tendencies, 1995 com Alice Cooper e 1998 com o Megadeth.
- Headliners do primeiro Monsters, o KISS surpreendeu por não tocar o seu maior clássico, “Rock and Roll All Nite”.
- Nesse show, Paul Stanley cometeu duas gafes. Dedicou “Cold Gin” a quem tinha visto a banda em 1982 (erro que também constava no press-release). E anunciou “I Stole Your Love”, do álbum “Love Gun” como sendo de “Rock and Roll Over”.
- No mesmo ano, o Black Sabbath trouxe uma formação atípica, com todos os instrumentistas da formação original e o vocalista Tony Martin, que jamais havia tocado com o baterista Bill Ward anteriormente.
- Apesar de toda sua história, o Sabbath se apresentou antes do Slayer. Na coletiva oficial, ao ser perguntado sobre a situação dos veteranos, o guitarrista Kerry King disparou: “Eles já deviam ter se aposentado faz muito tempo”.
- Equivocadamente escalados para o evento em 1995, o Virna Lisi foi hostilizado pela platéia o tempo todo. O ápice aconteceu quando o vocalista anunciou que iam “tocar um samba, pois estamos no Brasil”. As coisas só acalmaram um pouco quando Igor Cavalera entrou para uma participação especial.
- Um ano mais tarde, a vítima da vez seria o Skid Row. Tocando entre Iron Maiden e Motörhead, o grupo serviu de alvo para tudo que os headbangers tinham em mãos. A experiência foi tão traumatizante que Sebastian Bach lembra até hoje e constantemente cita o momento.
- Três shows realizados no festival foram lançados oficialmente. O Kiss incluiu sua participação como bônus no terceiro volume da série de DVDs KISSology. Também no formato, o Manowar incluiu sua apresentação em 1998 como atração principal em Hell On Earth Part II. Do mesmo ano, o Korzus retirou sua apresentação para o CD Live at Monsters of Rock.
- O Slayer foi headliner da última edição, embora inicialmente não estivesse programado para tal função. A produção tentou trazer Judas Priest e Van Halen, mas não teve sucesso nas investidas. Coube a Tom Araya e seus asseclas realizar o último concerto da história do Monsters of Rock Brasil.
Fonte:
Monsters of Rock: a feijoada que quase derrubou King Diamond
http://whiplash.net/materias/curiosidades/126322.html#ixzz3W9LVMh2E
Obs: nem todos os vídeos abaixo têm boa qualidade, mas são os únicos registros do Festival, portanto, pela importância histórica, eu os coloquei assim mesmo.
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1994 : Black Sabbath
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1994 : Kiss
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1994 : Slayer
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1994 : Dr. Sin
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1995 : Alice Cooper
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1995 : Ozzy Osbourne
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1995 : Rata Blanca
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1995 : Faith No More
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1996 : Os Bastisdores do Monsters Of Rock 1996
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1996 : Iron Maiden
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1996 : Motorhead
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1996 : Helloween
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1996 : King Diamond
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1998 : Programa Furia Metal MTV
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1998 : Savatage Gutter Ballet
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1998 : Glenn Hughes
MONSTERS OF ROCK BRASIL 1998 : Saxon Motorcycle Man & Interview
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2013 : Whitesnake
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2013 : Aerosmith
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2013 : Queensryche
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2013 : Dokken
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Chamada para o Festival
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Unisonic
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Black Veil Brides
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Rival Sons
MONSTERS OF ROCK BRASIL 2015 : Primal Fear
O Monsters Of Rock é um festival fantástico, sempre com bandas de extrema qualidade e históricas no Rock.
Longa Vida ao Monsters Of Rock Festival !
Longa Vida ao Rock And Roll !
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