Vince Velvet lança álbum calcado em
selvagens sons de guitarras que celebram o rock-and-roll e a música nas suas
mais diversas encarnações
“Se fantasmas realmente existem, os meus
são psicodélicos”. É com essa afirmação, de evidente emanação lisérgica, que o
guitarrista gaúcho Vince Velvet define a sonoridade sulcada em sua grata
estreia fonográfica – o disco Spectrodelic Project. Finalizado entre 2017 e
2018, o disco, que possui 14 potentes faixas, foi gravado, produzido e mixado
por ele próprio (que já tocou em reconhecidas bandas da cena de rock
porto-alegrense como, por exemplo, Os Flutuantes.
Na fervura de riffs e solos que ardem no
som (de timbre setentista) da Spectrodelic, as múltiplas sonoridades que se
entrelaçam ao longo do disco – que em algumas faixas soam como num vinil –
formam um amplo mosaico de estilos musicais, que vão do rock-and-roll clássico
aos blues, do jazz ao erudito, passando pelo funk, soul e western. Etecetera.
Um nome que faz a cabeça de Vince, em especial, e cuja influência apresenta-se
no debute da Spectrodelic, é o da banda britânica de progressive/psychedelic
hard rock Family Bandstand.
A ideia, segundo Vince, é que em breve o
disco – que ainda tem participação especial de Eduardo Schaffer na música “O
Viajante” e projeto gráfico de Andréia Hernandez – também seja prensado em
vinil. A Spectrodelic Project tem ultrapassado as fronteiras do Rio Grande do
Sul e suas músicas já tocaram em estações de rádio em várias partes do mundo e
também Brasil afora. Teve faixas executadas, por exemplo, no programa “Under a
Paisley Sky”, da rádio RPP – Mornington Peninsula & Frankston, da
Austrália. O disco foi tão bem-recebido por lá, conta o guitarrista, que entrou
na programação da emissora: “Foram 14 semanas de Spectrodelic Project sob céu
australiano! ” diz, satisfeito, Vince Velvet.
E, apesar da música instrumental ter
melhor aceitação no exterior, acredita o guitarrista, algumas web-rádios
brasileiras também estão curtindo o disco da Spectrodelic e tocando suas faixas
em programas alternativos.
Músicas, aliás, que possuem sugestivos
nomes, os quais revelam a fértil imaginação do artista: “Terrific”, “Stone
Crusher”, “Monstro na Sopa”, “Brasa Blues”, “Duna Lunar”, “Grande Tiro”,
“Boreal”. E, para completar, também há uma espécie de “ode ao grunge”, no caso
de “Chuva em Seattle”, que também é uma elegia ao som “crunch” do pedal fuzz
presente nas músicas de bandas como Mudhoney, Nirvana e Green River.
O próximo disco da Spectrodelic Projet,
anuncia Vince Velvet, já vem sendo gestado. Ele adianta que está compondo novas
músicas e que tem planos de gravar ao vivo com banda, com a inserção de
overdubs e a utilização de sintetizadores. “Com certeza será diferente de tudo
que eu já fiz”, anuncia.
Ouça o disco da Spetrodelic Project:
https://linktr.ee/spectrodelic
Assessoria de Imprensa: Cristiano Bastos
Contatos: WattsUp: (51) 9 9555 8744
Sprectodelic Project
Entrevista
Teu nome é Vince Velvet, o cara por trás
do Spectrodelic Project, isso?
Vince Velvet foi como me batizou John
Morton (integrante de uma banda da cena do rock psicodélico, chamada Hunger que
atuou na Sunset Strip, em Los Angeles, na década de 1960. Morton dizia que este nome iria soar mais de
acordo com o estilo de música que venho fazendo.
Tem alguma explicação especial para o nome
"Spectrodelic"?
Se fantasmas realmente existem, os meus
são psicodélicos rsrsrs.
A verdade é que eu estava embusca de um
trocadilho com a palavra Psychedelic e
queria um nome diferente das bandas
daquela época. Imaginei o espectro solar(a imagem que se visualiza na sombra
quando a luz do sol se divide através de um prisma) unido à psicodelia, então
Spectrodelic foi o nome que minha mente me revelou!
Quais bandas e artistas influenciaram o
som da Spectrodelic?
Delimitar as influencias é difícil e
acredito que este não seja o caminho... a gente escuta tanta coisa ao longo da
vida. Pra quem vive a música, sente sempre de uma maneira diferente cada
sonoridade que nos chega. Enfim, somos o resultado de muitas influências, somos
multifacetados e o que sou hoje, como músico, é formado por muitos estilos
diferentes, quer seja pelas músicas que ouvia ainda criança, quer seja pelas
minhas escolhas que tem muito de rock clássico, blues, jazz, música erudita, western.
Uma banda que me influencia e que eu indico muito é Family Bandstand, escuto
toda a discografia há muitos anos e não me enjoa, além de ser uma banda
criativa o seu frontman, Roger Chapman, é um excelente vocalista, um vocal que
rebenta os alto-falantes. Escutem Family Band Stand e sejam felizes.
"Chuva em Seattle": isso tem a
ver com grunge?
Chuva em Seattle é uma breve passagem no
disco e me refiro ao Grunge por eu ter
usado, naquele momento da gravação, uma distorção suja que só um Pedal Fuzz pode
oferecer, para tirar um som no estilo daquele vindo de Seattle,o movimento
grunge fez chover! Mas Chuva em Seattle pode pode soar muito bem no formato
acústico, também.
Sobre sua experiência como guitarrista:
além dos Flutuantes, quais foram as outras bandas nas quais tocou?
Antes dos Flutuantes, toquei com bandas
undergrounds, como a Tramóia que era um projeto muito bacana, infelizmente não
chegamos a gravar, mas adoraria que isso acontecesse um dia. Com os Flutuantes,
gravamos um disco,Vol.1 e alguns singles, foram muitos anos de estrada com
shows em várias cidades do país. Logo que voltei a tocar, participei de uma
banda chamada Diletantes por algum tempo, e paralelo a isso, fui finalizando o
meu disco. Atualmente, tenho me dedicado ao disco da Spectrodelic e a novas
composições para o futuro disco, também fui convidado para alguns shows
acústicos com o músico e produtor Egisto Dal Santo, muito conhecido por sua
vasta produção fonográfica e por lançar grandes bandas no RS. Também fiz
algumas participações especiais nos projetos Histórias do Rock Gaúcho e Tributo
Oficial Bebeco Garcia idealizados por Dal Santo, também tenho o acompanhado na
divulgação do disco os 4 Magníficos.
Quando o disco da Spectrodelic foi gravado?
O disco foi gravado entre 2010 e
2018.Quando saí de minha cidade natal (Canoas) para vir morar no Litoral Norte
do RS, em 2012, tive que me adaptar a nova realidade e por questões pessoais me
afastei da música.No entanto, em 2017, voltei a compor e finalizei o disco.
Pretende prensar o disco em vinil?
Desde o início desse projeto a intenção
era fazer vinil,talvez por isso o disco soe um tanto analógico com timbres
setentistas. Espero ainda ter em mãos o tão sonhado bolachão Spectrodelic.
Ainda estou a procura de um selo.
O disco tocou em rádios em vários lugares
do mundo e também do Brasil. Fale sobre isso.
Isso é muito interessante porque com esse
formato instrumental a minha música se tornou universal e sem limitações de
idioma. Certa vez mostrei uma demo que se chama "Esse é o dobro do
preço" para um amigo de rede social, Malcolnm Frank Thompson, ele disse
que havia adorado o som e me perguntou se poderia tocar a música no programa de
rádio dele que vai ao ar todas as
quintas-feiras na RPP RADIO - Mornington
Peninsula & Frankston Local News, Events And Weather, no programa UNDER A
PAISLEY SKY,na Austrália, autorizei de imediato pois aquilo seria uma
experiência incrível.Na verdade nem acreditei no que estava acontecendo.Isso
foi um grande motivo para eu terminar o disco SPECTRODELIC PROJECT. Desde então
ele tocava tudo que eu mostrava, sempre elogiando o trabalho, a mistura, a
sonoridade. Foquei na finalização do
disco e assim que ficou pronto, enviei para ele. Ao receber o disco, ele rodou
faixa por faixa, uma a cada semana em seu programa, foram 14 semanas de
Spectrodelic Project sob céu australiano!
Apesar da música instrumental ser melhor
aceita no exterior, algumas webrádios aqui do Brasil estão curtindo o disco e
tocando em seus programas alternativos.
Há quanto tempo existe o Spectrodelic
Project e por que a opção de fazer um trabalho instrumental?
Tudo começou há uns 10 anos quando comecei
a compor e produzir alguns sons que não se encaixavam no repertório das bandas
que participei, optei então por fazer um trabalho solo. O som instrumental foi
se formando naturalmente, gravei algumas demos e mostrei para amigos do Youtube
que curtiram, naquele tempo conseguia me comunicar inbox e divulgar no youtube
também, se ainda tem isso hoje eu realmente estou desatualizado rsrsrs
Como tem sido a recepção do público?
Pelo fato do disco ter sido feito com
diferentes estilos musicais, mas tendo como base aquele veneninho que só o
Rock’n’roll tem, tenho recebido muitos elogios sobre a obra. Quem ouve, gosta e
muitos comentam que, apesar de ser instrumental, é um disco leve de ouvir, pois
as músicas diferem bastante entre si.
Como está sendo a divulgação do trabalho
nesse período sem shows e quais os planos futuros?
Nessa fase de lives em que os músicos e a
classe artística está se reinventando, vou seguir trabalhando novas composições
para o futuro disco. Quanto a divulgação, está sendo feita nas webrádios,
blogs, divulgação nas redes sociais, tentando levar este trabalho o mais longe
possível.
Como será o próximo disco? O que dá pra
adiantar?
O que posso adiantar é que estou compondo
novas músicas e tenho planos de gravar ao vivo com banda e colocar overdubs e
sintetizadores. Com certeza será diferente de tudo que eu já fiz.
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