terça-feira, 30 de junho de 2020

Spectrodelic Project

Sonzeira Sessentista das boas


Vince Velvet lança álbum calcado em selvagens sons de guitarras que celebram o rock-and-roll e a música nas suas mais diversas encarnações
“Se fantasmas realmente existem, os meus são psicodélicos”. É com essa afirmação, de evidente emanação lisérgica, que o guitarrista gaúcho Vince Velvet define a sonoridade sulcada em sua grata estreia fonográfica – o disco Spectrodelic Project. Finalizado entre 2017 e 2018, o disco, que possui 14 potentes faixas, foi gravado, produzido e mixado por ele próprio (que já tocou em reconhecidas bandas da cena de rock porto-alegrense como, por exemplo, Os Flutuantes.
Na fervura de riffs e solos que ardem no som (de timbre setentista) da Spectrodelic, as múltiplas sonoridades que se entrelaçam ao longo do disco – que em algumas faixas soam como num vinil – formam um amplo mosaico de estilos musicais, que vão do rock-and-roll clássico aos blues, do jazz ao erudito, passando pelo funk, soul e western. Etecetera. Um nome que faz a cabeça de Vince, em especial, e cuja influência apresenta-se no debute da Spectrodelic, é o da banda britânica de progressive/psychedelic hard rock Family Bandstand.


A ideia, segundo Vince, é que em breve o disco – que ainda tem participação especial de Eduardo Schaffer na música “O Viajante” e projeto gráfico de Andréia Hernandez – também seja prensado em vinil. A Spectrodelic Project tem ultrapassado as fronteiras do Rio Grande do Sul e suas músicas já tocaram em estações de rádio em várias partes do mundo e também Brasil afora. Teve faixas executadas, por exemplo, no programa “Under a Paisley Sky”, da rádio RPP – Mornington Peninsula & Frankston, da Austrália. O disco foi tão bem-recebido por lá, conta o guitarrista, que entrou na programação da emissora: “Foram 14 semanas de Spectrodelic Project sob céu australiano! ” diz, satisfeito, Vince Velvet.


E, apesar da música instrumental ter melhor aceitação no exterior, acredita o guitarrista, algumas web-rádios brasileiras também estão curtindo o disco da Spectrodelic e tocando suas faixas em programas alternativos.
Músicas, aliás, que possuem sugestivos nomes, os quais revelam a fértil imaginação do artista: “Terrific”, “Stone Crusher”, “Monstro na Sopa”, “Brasa Blues”, “Duna Lunar”, “Grande Tiro”, “Boreal”. E, para completar, também há uma espécie de “ode ao grunge”, no caso de “Chuva em Seattle”, que também é uma elegia ao som “crunch” do pedal fuzz presente nas músicas de bandas como Mudhoney, Nirvana e Green River.


O próximo disco da Spectrodelic Projet, anuncia Vince Velvet, já vem sendo gestado. Ele adianta que está compondo novas músicas e que tem planos de gravar ao vivo com banda, com a inserção de overdubs e a utilização de sintetizadores. “Com certeza será diferente de tudo que eu já fiz”, anuncia.
Ouça o disco da Spetrodelic Project:
https://linktr.ee/spectrodelic

Assessoria de Imprensa: Cristiano Bastos
Contatos: WattsUp: (51) 9 9555 8744



Sprectodelic Project





Entrevista


Teu nome é Vince Velvet, o cara por trás do Spectrodelic Project, isso?
Vince Velvet foi como me batizou John Morton (integrante de uma banda da cena do rock psicodélico, chamada Hunger que atuou na Sunset Strip, em Los Angeles, na década de 1960.  Morton dizia que este nome iria soar mais de acordo com o estilo de música que venho fazendo.


Tem alguma explicação especial para o nome "Spectrodelic"?
Se fantasmas realmente existem, os meus são psicodélicos rsrsrs.
A verdade é que eu estava embusca de um trocadilho com a palavra Psychedelic  e queria um nome  diferente das bandas daquela época. Imaginei o espectro solar(a imagem que se visualiza na sombra quando a luz do sol se divide através de um prisma) unido à psicodelia, então Spectrodelic foi o nome que minha mente me revelou!

Quais bandas e artistas influenciaram o som da Spectrodelic?
Delimitar as influencias é difícil e acredito que este não seja o caminho... a gente escuta tanta coisa ao longo da vida. Pra quem vive a música, sente sempre de uma maneira diferente cada sonoridade que nos chega. Enfim, somos o resultado de muitas influências, somos multifacetados e o que sou hoje, como músico, é formado por muitos estilos diferentes, quer seja pelas músicas que ouvia ainda criança, quer seja pelas minhas escolhas que tem muito de rock clássico, blues, jazz, música erudita, western. Uma banda que me influencia e que eu indico muito é Family Bandstand, escuto toda a discografia há muitos anos e não me enjoa, além de ser uma banda criativa o seu frontman, Roger Chapman, é um excelente vocalista, um vocal que rebenta os alto-falantes. Escutem Family Band Stand e sejam felizes.

"Chuva em Seattle": isso tem a ver com grunge?
Chuva em Seattle é uma breve passagem no disco e me refiro ao  Grunge por eu ter usado, naquele momento da gravação, uma distorção suja que só um Pedal Fuzz pode oferecer, para tirar um som no estilo daquele vindo de Seattle,o movimento grunge fez chover! Mas Chuva em Seattle pode pode soar muito bem no formato acústico, também. 
Sobre sua experiência como guitarrista: além dos Flutuantes, quais foram as outras bandas nas quais tocou?
Antes dos Flutuantes, toquei com bandas undergrounds, como a Tramóia que era um projeto muito bacana, infelizmente não chegamos a gravar, mas adoraria que isso acontecesse um dia. Com os Flutuantes, gravamos um disco,Vol.1 e alguns singles, foram muitos anos de estrada com shows em várias cidades do país. Logo que voltei a tocar, participei de uma banda chamada Diletantes por algum tempo, e paralelo a isso, fui finalizando o meu disco. Atualmente, tenho me dedicado ao disco da Spectrodelic e a novas composições para o futuro disco, também fui convidado para alguns shows acústicos com o músico e produtor Egisto Dal Santo, muito conhecido por sua vasta produção fonográfica e por lançar grandes bandas no RS. Também fiz algumas participações especiais nos projetos Histórias do Rock Gaúcho e Tributo Oficial Bebeco Garcia idealizados por Dal Santo, também tenho o acompanhado na divulgação do disco os 4 Magníficos.

Quando o disco da Spectrodelic foi gravado?
O disco foi gravado entre 2010 e 2018.Quando saí de minha cidade natal (Canoas) para vir morar no Litoral Norte do RS, em 2012, tive que me adaptar a nova realidade e por questões pessoais me afastei da música.No entanto, em 2017, voltei a compor e finalizei o disco.

Pretende prensar o disco em vinil?
Desde o início desse projeto a intenção era fazer vinil,talvez por isso o disco soe um tanto analógico com timbres setentistas. Espero ainda ter em mãos o tão sonhado bolachão Spectrodelic. Ainda estou a procura de um selo.


O disco tocou em rádios em vários lugares do mundo e também do Brasil. Fale sobre isso.
Isso é muito interessante porque com esse formato instrumental a minha música se tornou universal e sem limitações de idioma. Certa vez mostrei uma demo que se chama "Esse é o dobro do preço" para um amigo de rede social, Malcolnm Frank Thompson, ele disse que havia adorado o som e me perguntou se poderia tocar a música no programa de rádio dele que  vai ao ar todas as quintas-feiras na  RPP RADIO - Mornington Peninsula & Frankston Local News, Events And Weather, no programa UNDER A PAISLEY SKY,na Austrália, autorizei de imediato pois aquilo seria uma experiência incrível.Na verdade nem acreditei no que estava acontecendo.Isso foi um grande motivo para eu terminar o disco SPECTRODELIC PROJECT. Desde então ele tocava tudo que eu mostrava, sempre elogiando o trabalho, a mistura, a sonoridade.  Foquei na finalização do disco e assim que ficou pronto, enviei para ele. Ao receber o disco, ele rodou faixa por faixa, uma a cada semana em seu programa, foram 14 semanas de Spectrodelic Project sob céu australiano!
Apesar da música instrumental ser melhor aceita no exterior, algumas webrádios aqui do Brasil estão curtindo o disco e tocando em seus programas alternativos.

Há quanto tempo existe o Spectrodelic Project e por que a opção de fazer um trabalho instrumental?
Tudo começou há uns 10 anos quando comecei a compor e produzir alguns sons que não se encaixavam no repertório das bandas que participei, optei então por fazer um trabalho solo. O som instrumental foi se formando naturalmente, gravei algumas demos e mostrei para amigos do Youtube que curtiram, naquele tempo conseguia me comunicar inbox e divulgar no youtube também, se ainda tem isso hoje eu realmente estou desatualizado rsrsrs

Como tem sido a recepção do público?
Pelo fato do disco ter sido feito com diferentes estilos musicais, mas tendo como base aquele veneninho que só o Rock’n’roll tem, tenho recebido muitos elogios sobre a obra. Quem ouve, gosta e muitos comentam que, apesar de ser instrumental, é um disco leve de ouvir, pois as músicas diferem bastante entre si.

Como está sendo a divulgação do trabalho nesse período sem shows e quais os planos futuros?
Nessa fase de lives em que os músicos e a classe artística está se reinventando, vou seguir trabalhando novas composições para o futuro disco. Quanto a divulgação, está sendo feita nas webrádios, blogs, divulgação nas redes sociais, tentando levar este trabalho o mais longe possível.

Como será o próximo disco? O que dá pra adiantar?
O que posso adiantar é que estou compondo novas músicas e tenho planos de gravar ao vivo com banda e colocar overdubs e sintetizadores. Com certeza será diferente de tudo que eu já fiz.





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